First Kiss escrita por kif01


Capítulo 2
Nuno e Teodora


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap dessa coletânea de estória! Pessoal, eu tenho outra fic também muito gostosa de ler, se quiserem vão lá dar uma olhadinha xD



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Você consegue imaginar crescer num mundo onde só há luta, armas, sangue e morte? Nuno e Teodora não só conseguem como também vivem nesse mundo. A S.I.B. é uma agencia de espionagem e assassinatos por encomenda, contando com vários espiões, em sua maioria orfãos que chegam nessa agência pequenos e começam a treinar em troca de comida e moradia. Nuno é um agente que prefere trabalhar sozinho, um lobo solitário por assim dizer, e Teodora uma agente inexperiente em sua primeira missão, querendo colocar logo em prática tudo o que aprendeu. Mas ninguém sabia que o que ela queria mesmo é ver o mundo lá fora. Ver o que a muralha do compo de treinamento dos agentes escondia. Por culpa da diretoria, ou do destino, esses dois diferentes espiões terão que trabalhar juntos numa missão; Nuno acordou, fez suas necessitades matinais e foi direto para a cafeteria, onde se encontrava um enorme mural com fichas de missões. Nuno pegou a sua, leu que tinha que matar um político corrupto e fazer com que parecesse um acidente. Hm, ótimo. Pra ele isso não seria nada, só que não era uma missão igual as outras, teria que trabalhar em dupla. Assustou-se ao ler isso no final da folha. Sempre foi um agente exemplar e focado, mas preferia trabalhar sozinho. E a diretoria sempre aceitou isso, então por que mudaram de idéia? Ainda por cima era uma de rango A! Teodora nunca fora de acordar cedo, mas hoje seria diferente. Hoje teria sua primeira missão! Desde que se conhece por gente, lembrava de invejar dos agentes que vinham até o mural da cafeteria conseferir suas missões. Os agentes eram divididos em rangos, devido as suas missões já executadas, indo de A, AB, B à BC. Tirando o A, ela sempre sonhou em ser um deles, eram tão mais privilegiados, tinham mais refeições, mais liberdade em andar  pelo condomínio (sim, o campo de concentração era quase como um condominio normal, só que vazio, escuro e oprimido pelos capitães e a grande muralha). Pegou a folha onde estava os dizeres do que teria que fazer e alegrou-se. Matar um politico qualquer? Fácil, pelo menos é o que repetia à si mesma. Por fora parecia confiante, mas por dentro estava desesperada! Claro que queria descobrir o mundo a fora e havia treinado muito, mas nunca é como esperamos que seja. Continuou lendo e surpreendeu-se ao ver o nome de outra pessoa na folha. Teria um parceiro! Relaxou com a idéia de ter um, já que se ela fizesse uma burrada, ele que é mais experiênte poderia concertar. Iriam sair para as ruas às 2:15 da madrugada, mas para Teodora isso seria terrível de aguentar! Queria ir o mais rápido possível. Quando deu duas da madrugada, ela já estava esperando, preparada com sua arma que treinara desde pequena no lado de dentro do portão, seu parceito. Nuno demorou a chegar, essa seria uma missão não muito agradável pra ele, mas como em todos esses anos na S.I.B, se focaria no prêmio: Rango BC. Quando chegou no portão, viu que sua parceira, essa tal de Teodora, já o estava eperando.

- Hallo! Quer dizer, gute nacht! M-meu nome é Teodora! - Começou Teodora, tentando não sorrir e parecer madura, mas só conseguindo se atrapalhar com as palavras.

- Gute. - Respondeu Nuno, olhando-a de cima à baixo com um olhar de desdém.

Às duas e meia da madrugada esses dois diferentes agentes vão para as desertas ruas da alemanhã em busca de seu objetivo. A noite era gelada, sem estrelas, seca... Vagaram por esquinas no silêncio daquela noite, esperando o tempo passar. O silêncio foi quebrado por Teodora, que avistou uma familia de cachorros se abrigando numa caixa de papelão. 

- Oh! Que schön! - Exclamou ela, indo até lá fazer carinho neles.

- Newcomer! 

- Eu?! - Olhou-o ela, assustada.

- Em posição! Agora! - Ordenou ele, com o senho franzido.

- Não sei como vocês de rango A são treinados hoje em dia, mas você deve ter foco! 

- D-desculpe... - Disse ela, de cabeça baixa.

- Você deve estar atento todo o instante, pois pode levar um tiro a qualquer instante.

- Eu já pedi desculpas! - Exclamou ela.

- Aff, novata. 

Sentaram no telhado de uma casebre abandonado, esperando o carro do tal politico passar. Nuno faria tudo sozinho o mais rápido possível, sem se importar se a novata levaria o crédito de algo que não fez. Só queria que aquilo acabasse logo! Teodora estava meio trêmula, mas não pelo frio, e sim pelo que a neblina escondia. Não sabia o que era, mas algo estava estranho. Podia sentir... Tentou ficar calma e se convencer que não era nada, olhando pra lua, buscando a serenidade e o poder que ela tinha. Assustou-se ao escutar um gemido de dor. Olhou para trás e viu seu parceiro deitado no chão, aparentemente ferido.  Correu até ele, mas vou surpreendida por um chute nas costas. Caiu ao lado de Nuno, agora eles podendo visulizar 4 pessoas totalmente cobertas de preto saindo da neblina.

- É uma emboscada! 

Nuno anunciou, olhando com raiva para os assasinos. Estavam em menor número, isso sem contar que a novata não conta. Ótimo, lá se vai a sua idéia de terminar isso o mais rápido possível. 

- Corre, agora!

Teodora obedeceu Nuno, correndo o máximo que pôde sem nem pensar duas vezes. Estava terrivelmente assustadada! Todo seu treinamento passou por sua cabeça, mas não conseguia assimilar nada! Não ensinaram o quanto é assustador uma missão de verdade! Depois de correr sem parar por uns minutos, conseguiu se esconder atrás de um prédio, mas logo teve que correr novamente pois um dos assassinos a achou.  O que iria fazer? Não conseguia lembrar de nada do que aprendeu! Entrou, sem perceber, numa rua sem saídda, ficando encurralada. Teodora foi andando de costas, até encostar na parede, não conseguindo parar de olhar pro adversário. O inimigo tirou sua katana da bainha, vindo correndo em direção à ruiva, apontando-a para o peito da garota. De repente começou a a ver tudo em câmera lenta, mas não conseguindo pensar em nada. Se atrapalhou até com o gatilho da sua arma preferida! Guiada por instintos, deus as costas para o inimigo, mais uns passos para trás, correu em direção à parede colocando um pé nela para pegar o impulso da sua cambalhota para trás. Ficou de cara com as costas do inimigo, dando uma veloz punhalada no pescoço dele com o cabo de sua arma. Acabei com o inimigo na minha primeira missão, pensou! Pulou de alegria, logo tomando um susto com a lembrança de que não estava sozinha ali. Nuno tinha ficado para trás! Correum desesperada, em busca do seu parceiro. Escutou ao longe um barulho de ferro se tocando, mas não sabia de que direção vinha. Tentou seguir seu instinto, dobrando duas esquinas à direita e duas para a esquerda. Viu Nuno lutando com dois inimigos e um caído no chão, aparentemente desmaiado. Nuno combatia os assassinos ao mesmo tempo, eles com espadas e ele com duas facas (que mais parecia uma espécia de kunai) em cada mão. Teodora pensou em ajudar, mas achou que só ia atrapalhar. Aliás, ele não parecia estar com problemas, ao contrário, parecia estar se divertindo! A ruiva ficou parada admirando a destreza com que Nuno enfrentava os inimigos, ele lutava com um sorriso no rosto. Teodora sorriu também, afinal não era tão assustador uma missão de verdade... Sem perceberem, o inimigo que estava caído no chão se levantou, indo apunhalar Nuno pelas costas. Teodora correu o mais rápido que pôde, quando perto dado um pulo deixando as pernas retas e enrijecidas, dando uma voadora no peito dele. Nuno dando uma olhada rápida para trás, viu um vulto negro voando e constatou que já estava na hora de acabar com as brincadeiras. Num movimento extremamente ágil, rasgou a garganta dos inimigos com suas facas-kunais. Teodora nunca tinha dado uma voadora na vida! Percebeu que era legal só na hora que você está no ar com o chute pronto pra atacar o adversário, porque quando você cai, é terrívelmente doloroso! Resmungou de dor, não conseguindo levantar do chão. O inimigo que acabara de atacar com uma voadora veio na direção dos agentes, segurando sua katana e a do outro que estava jogada no chão. Nuno se pôs a frente de sua parceira caida no chão, pronto pra enfrentar o inimigo. Nuno conseguiu causar alguns rasgões no braço dele, mas estava dificil chegar perto, pois o inimigo ea muito ábil com as duas katanas. Tinha que chegar mais perto, suas facas-kunais eram de curta distância! Finalmente conseguiu desistabilizar o inimigo e Teodora aproveitou pra dar uma rasteira com o cano de sua arma (que tinha caido junto com ela) nas pernas do inimigo, o fazendo cair. Os dois agentes se entreolharam, surpresos com a sincronia dos dois. Esses seguindos de guarda baixa foram o suficiênte para o assassino caído puxar uma arma do bolso de dentro do colete. Pego de surpresa, Nuno deu um leve chute na mão do inimigo o fazendo largar a arma. Como não conseguiu chutar com mais força, a arma não se afastou muito do inimigo, e ele assim poderia pegar a arma com facilidade e atirar neles. Percebendo isso. isso, Nuno pegou Teodora nos braços e correu o mais rápido possível! O inimigo se reergueu com a arma, correndo atrás dos agentes da S.I.B. Nuno correu como um maluco de um lado para o outro, não deixando que tivesse uma boa mira deles. Virou a esquina e ficou agradecido ao ver um bueiro perto. Com o pé subiu a tampa do bueiro e pulou dentro do buraco antes de a tampa cair e fechar-se acima deles. Com a pouca luz do luar que entrava ali, Teodora só conseguia ver partes do rosto de Nuno. Esperaram uns bons minutos no bueiro, e quando ameaçaram sair, escutaram um grunhido canino de dor. A família de cachorros! Pensou na hora os dois agentes. Teodora tentou desesperadamente sair dali, mas Nuno a segurou com toda a força que podia. Passado mais alguns minutos, Nuno soltou a fera, deixando ela correr em direção à família de cachorros. O agente por um instante perdeu Teodora de vista, mas logo a encontrou de joelhos no asfalto, com as mãos no rosto tentando esconder o choro. Na casa de papeão estava os filhotes, ainda de olhinhos fechados, procurando a mãe e seu delicioso leite. Olhando para o outro lado, se via o cachoro-pai estirado no chão, obviamente morto. A cachorra-mãe ficava em cima, cheirando-o com a esperaça de que ele ainda se levantasse. Pelas costas da ruiva, Nuno pegou o corpo do cachorro morto e o jogou num rio ali perto. Não conseguia ver o rosto de Teodora, que estava enterrado em suas mãos, mas via a poça que fazia embaixo dela. Não conseguiu evitar, foi tocado pela inoscência da garota. Era sua primeira missão, não devia ser assim. Chegou perto dela, estendendo a mão para que ela a pegasse.

- Vem. - Disse ele.


- V-valeu... *Snif* - Agradeceu ela, tentando esconder as lágrimas.


- Pode chorar se você quiser. - Disse Nuno, olhando para o chão enquanto andava ao lado da parceira.


- N-não... Estou bem... 


- Hmm...


- Vem cá, você já deve estar *Snif* acostumado a isso, não é? - Perguntou Teodora.


- Sim. É por isso que me foco no objetivo. - Respondeu ele, sério.

- Hm, acho que tenho que me acostumar.

- Isso vem com o tempo.


- Você fala isso porque é um bom agente. Quando me contaram que eu ia trabalhar com você, pesquisei a sua ficha- D-esculpa. - Confessou ela.


- Não precisa se desculpar, eu também faria o mesmo. Mas tive um pouco de preguiça. - Disse ele, sem expressão.

- Entendi... Nuno, você chegou na agência com 7 anos e eu com 2. Mal me lembro dos meus pais e do que aconteceu comigo, mas você já era grandinho, então você se lembra, não é? - Perguntou ela, empolgada.


- Lembro sim. - Falou ele, não muito animado.


- Me conta como é aqui fora. Eu desconheço. - Pediu, fazendo um pouco de beiço.


- Bom, já faz dez anos que cheguei na S.I.B. e quando saio para missões, é só para missões. Tenho em mente só o objetivo e não desfrutar.


- Entendo. Ah, e como era a sua família? Você tinha uma? - Perguntou Teodora, animada em saber sobre o mundo que era escondido dela.

- T-tinha. - Respondeu, meio engasgado, Nuno.


- A-ah, desculpa. - Se desculpou Teodora, percebendo o quão delicado aquele assunto poderia ser pra ele.


- Relaxa, é que faz tempo que não penso sobre eles.


- Você queria esquecer e eu te fiz lembrar, não é? DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA!!



- Haha, está tudo bem. Deixa eu lembrar... Eu morava no norte da alemanhã com meus pais e um irmão. Estávamos em festa, era aniversário do meu irmão menor Jasper. Fui buscar o meu canário no andar de cima, no meu quarto para dar ao Jasper.

- Canário? O que é isso? - Perguntou Teodora.

- Uma pequena ave amarela. Vem do Brasil.

- Ah, sim. Continua vai.

- De repente ouvi tiros, gritos e mais gritos. Assustado, me escondi no armário. Só saí dali quando a ambulância chegou avisada pelos vizinhos. Fui para um orfanato e ali a B.I.P me achou, fez testes e me colocou no campo de treinamento.

"Oh!" Foi só o que pode dizer Teodora. Se arrependeu na hora de ter perguntado sobre sua familia. Não lembrava, então pra ela, nunca tinha tido uma familia. Nuno estava com os olhos encharcados de lágrimas, prontas para cair finalmente depois de tantos anos. Teodora não sabia o que fazer!Nunca vira ninguém chorando, e não sabia como reagir. Por impulso, se pôs na frente do parceiro, olhando aqueles olhos lacrimosos, segurou meio que bruta o rosto do garoto e tascou-lhe um beijo estalado. Theodora mecheu os lábios, oferecendo mais, só que Nuno imeditamente a puxou para o outro lado, afastando-a. 


- Mas o que você está fazendo?! - Perguntou Nuno, quase gritando, com os olhos esbugalhados.


- E-eu n-não queria te ver chorando... - Explicou Theodora, morrendo de vergonha.

- E-eu não tava chorando! - Disse ele, dando as costas e apressando o passo.


- Eu não queria te deixar bravo, Desculpa... 


- ... - Nada respondeu ele.

- Nuno, não me ignora, por favor! Oh...! - Exclamou ela, puxando seu parceiro pelo braço e vendo o quão vermelho ele estava.

- Me solta! 

- Nuno... Você está um pimentão! 

- Não estou não! - Mentiu ele.

- Está sim... Oh, Deus! Será que... esse foi o seu primeiro beijo? 

- C-claro que não! Eu já beijei m-muitas garotas!

- HAHAHA - Riu Theodora.

- Por que você está rindo? NÃO É MENTIRA!

- HAHAHAHAHAHAHAA - Continuou gargalhando ela.

Voltaram a S.I.B com uma estória para contar.  


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