What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 22
Capítulo 21 - How To Save a Life


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas.
Eu sei que eu sumi por mais de um mês, mas eu tenho um bom motivo: física. Sim, eu tava quase ficando de recuperação nessa joça (nada contra quem gosta, mas eu sou uma completa negação), então eu tive que dedicar todo o meu tempo livre aos estudos, quando eu entrei de férias eu estava sem inspiração e completamente cansada, mas, depois, eu consegui escrever o capítulo. Ele é um dos importantes, apesar de curto. E no final você vão entender porquê.
Chega de enrolação, certo?
Bom, o capítulo é dedicado à ChestnutWild6678 que recomendou a fic. Obrigada, linda!
Nos vemos lá embaixo =*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/152283/chapter/22

Capítulo 21 – How To Save a Life


Ronald Weasley ergueu as sobrancelhas para o nada, enquanto olhava para o dossel de sua cama no dormitório que estava dividindo com Harry. O ruivo não era de ficar desconfiado, raramente ele “encucava” com alguma coisa, mas aquilo estava lhe tirando fora do sério.

- Harry? – ele chamou o amigo que estava com o nariz enfiado dentro do livro do Príncipe Mestiço, coisa que já havia virado costume – Harry?

- Hã? – perguntou o moreno, com ar abobalhado, sem tirar os olhos do livro – O que foi, Ron?

- Você percebeu alguma coisa errada com as meninas?

O moreno tirou o livro da frente do rosto e encarou o amigo.

- Gina? – ela perguntou.

- Sim. – assentiu Rony – Gina e Hermione. – ele completou – Tem alguma coisa errada com aquelas duas, Harry.

- Realmente, elas andam estranhas, mas...

- Não é só estranhas com a gente, mas uma com a outra. Elas não estão se falando... Pelo menos, não mais do que para pedir a manteiga no café da manhã ou coisas assim. Nada daqueles segredinhos irritantes ou daqueles risinhos para lá e para cá.

- Sim. – Harry concordou – Mas talvez não seja nada, Rony. A Mione fica estudando um tempão... Talvez isso sugue o tempo de conversa delas.

Rony assentiu, nada convencido.

- Talvez.

#*#*#

Hermione mordeu os lábios, impaciente, enquanto tentava, em vão, se concentrar nos capítulos finais de Jane Eyre. Ela já tinha passado os olhos mais de quinhentas vezes pela mesma linha sem absorver uma única palavra de seu conteúdo, uma pergunta ecoava no fundo de sua mente, não dando espaço para mais nada: o que diabos Tom queria com ela?

Não sabia e não tinha nem um mínimo palpite... Sentia-se burra por não saber e um beicinho se formou em seus lábios.

Fechou o livro e o colocou na mesa de cabeceira, em baixo da pena que Rony havia lhe dado de presente, não fazia o menor sentido tentar ler se ela não conseguia se concentrar em uma única palavra. Levantou as cobertas e se enfiou de baixo delas, se enroscado em si mesma como um gato.

Tinha um belo tempo até a meia noite e ela já tinha abdicado de seu jantar... Aliás, nem sabia que horas eram. Ficou ali por tanto tempo, especulando consigo o que poderia ser que Riddle queria, que se esqueceu até mesmo de sua fome.

A porta se abriu e ela ouviu os passos de Gina soando dentro do quarto. Até aquele momento, ela não pensou em como faria na hora que sairia... Será que deveria ser silenciosa e tentar agir na surdina? Ou, já que ruiva já sabia onde provavelmente a castanha estava indo, ela não deveria tomar nenhuma precaução adversa?

Decidiu que tanto fazia, o que de fato era verdade; a única coisa que isso poderia fazer era que, talvez, Gina resolvesse cumprir sua promessa e contar aos meninos o que Hermione estava fazendo. Tudo bem que isso iria contra o que a ruiva queria, que era que a castanha tomasse a iniciativa, mas havia se passado uma semana desde que elas haviam brigado e Hermione nem havia sequer cogitado em contar nada à Harry e a Rony.

Mas como ela poderia? Eles eram sua família, as pessoas que ela mais confiava e sabia que isso era reciproco. Sabia que estava sendo egoísta, mas não poderia suportar que eles virassem as costas para ela, assim como Gina havia feito... Não que a culpa fosse da garota, mas Hermione esperava, pelo menos, um apoio.

Amizades são importantes, pensou, mas são tão frágeis quanto vidro. Uma hora, elas se quebram e acabam. Sentiu um aperto no peito. Só não queria que isso tivesse acontecido comigo e com Gina.

Mordeu o lábio, estava inquieta, desperta... Não queria dormir, mas também não tinha o que fazer, porque não conseguia se concentrar em nada naquele momento, tudo passava batido a ela, enquanto ela meditava consigo mesma o que poderia ser que Tom queria.

O quarto ficou escuro e ela notou que Gina havia se deitado e, logo, estaria ressonando na cama ao lado. Tudo o que restava a ela era ficar de olhos abertos no escuro, esperando o tempo passar, o que parecia que não acontecia nunca. Os minutos pareciam se arrastar apenas por birra à ela e a sua ansiedade.

Mas... Por que estou ansiosa? Perguntou a si mesma, sem entender por que, de repente, seu coração começou a bater rapidamente que parecia que estava apostando uma corrida. Para ver Tom, respondeu a vozinha irritante na cabeça de Hermione. Até parece... Devolveu a castanha, irritando-se. Então, diga que não é, retrucou a voz em tom zombeteiro.

A castanha suspirou profundamente, sabendo que deveria ignorar a tal voz. Os primeiros sinais de insanidade aparecem quando uma pessoa começa a discutir consigo mesma. E, se tinha uma coisa que ela não era, era insana... Apesar de não ter muita certeza sobre esse fato.

Depois de um tempo incontável de ócio puro, Hermione julgou que já estava na hora de se levantar e ir de encontro a Tom. Ergueu as cobertas e seus pés repousaram no chão, calçou os sapatos e pegou a varinha na mesa de cabeceira, colocando no bolso logo após.

Evitou fazer barulhos, mas não tomou a costumeira precaução de antes. Não ficava olhando para a cama de Gina para ver se ela havia despertado.

Chegou até a porta e abriu, passou por ela e a fechou em seguida. O corredor estava preenchido por uma completa treva, mas ela não queria produzir nenhum tipo de luz. Gina podia já saber o que estava acontecendo, mas Harry e Rony não.

Ela se movimentou pelo corredor, tranquilamente. Quando era pequena, diferentemente das outras crianças de sua idade, sempre tivera facilidade em se mover no escuro, nunca precisou chamar a mãe por medo de “monstros” ou precisou acender todas as luzes da casa para pegar um copo de leite na geladeira.

Sempre havia sido corajosa.

Seus pés eram silenciosos e ela se perguntou quando havia aprendido a andar daquele modo, como um gato a espreita. Deu de ombros, não fazia diferença.

Saiu da Torre da Grifinória e olhou para os corredores, cautelosamente. Sabia que podia tentar lançar o Feitiço da Desilusão em si mesma, mas nunca tinha lançado o feitiço, havia apenas o retirado, e havia grandes mudanças nessas duas ações... E se ela fizesse algo errado? E se ficasse impossibilitada, sendo encontrada de um algum modo nada agradável? Não, o Feitiço da Desilusão não lhe parecia uma opção viável.

Decidiu que era melhor dar a cara a tapa de um modo cauteloso. Andou pelos corredores tão rápido o quanto se era possível e, graças a Merlin, não encontrou nenhum monitor ou professor pelo caminho.

Depois de alguns minutos, chegou a Torre de Astronomia. A porta estava trancada por fora, ela podia ver e não por magia. A castanha puxou o trinco e abriu a porta, entrando na Torre, seus olhos a percorreram por menos de um minuto antes dela perceber que estava vazia.

(N/A: link da música: http://letras.mus.br/the-fray/329715/#traducao)

Fechou a porta atrás de si e suspirou, sem saber muito bem o que fazer. Tom já deveria estar ali... Pelo menos, ela estava no horário... Bom, dessa vez ele não pode reclamar da minha falta de pontualidade...

Primeiro, você diz que precisamos conversar

Ele anda, você diz: sente-se, isso é apenas uma conversa

Ele sorri cortês de volta pra você

Você o encara educadamente

Algum tipo de janela a sua direita

Enquanto ele vai para a esquerda você continua na direita

Entre as linhas do medo e da responsabilidade

E você começa a se perguntar porquê veio

Um sorriso inoportuno brotou na ponta dos lábios da castanha sem que ela percebesse ao pensar em Tom. Seus pensamentos vagaram – novamente – para o desenho que ele havia feito dela e um calafrio estranho percorreu sua espinha.

Onde eu errei? eu perdi um amigo

Em algum lugar na amargura

Eu poderia ter ficado com você a noite toda

Saberia eu como salvar uma vida?

O que é isso? Ela se perguntou, inutilmente, pois sabia que não obteria resposta. Abraçou-se, tentando se livrar do calafrio e do pensamento em Tom. Precisava de outra coisa para pensar, outra coisa que pudesse distrair seu pensamento.

Deixe-o saber que você sabe mais

Porque no final você realmente sabe mais

Tente acabar com o tempo da defesa dele

Sem conceder inocência

Estabeleça a lista do que está errado

As coisas que você tem avisado-o esse tempo todo

E ore a Deus para que ele te ouça

E ore a Deus para que ele te ouça

Levantou-se mecanicamente e aproximou-se do beiral da Torre. Uma pequena vertigem era tudo o que precisava para varrer todo o resto de sua mente. Sua mãos se agarraram a grade e ela sentiu sua cabeça girar, parecia que ela não estava mais em seu corpo, era como se algo a impelisse para baixo ao mesmo tempo que a puxasse para cima. Apertou mais as mãos, até que sentisse sua força se dissipar... O calafrio havia ido embora e... O que era mesmo? Não importava. O único pensamento que tinha era o de não vomitar e, de algum jeito, isso lhe parecia ótimo.

Onde eu errei? eu perdi um amigo

Em algum lugar na amargura

Eu poderia ter ficado com você a noite toda

Saberia eu como salvar uma vida?

- Que diabos está fazendo? - ela ouviu uma voz perguntar, mas não assimilou de quem era. Estava muito concentrada em seus pensamentos ritmados. Não vomite. Não vomite. Pelo amor de Merlin, Hermione, não vomite.

A medida que ele começa a levantar a voz

Você baixa a sua e concede a ele uma última chance

Dirija até você perder a estrada

Ou corte relações com aqueles que você tem seguido

Ele fará uma das duas coisas:

Ele admitirá tudo

Ou ele irá dizer que não é mais o mesmo

E você vai começar a se perguntar porquê veio

De algum modo, que ela não sabia como, tinha se desgrudado da grade e estava de volta aos degraus. Só naquele momento percebeu que tinha permanecido com os olhos cerrados.

- Hermione – a voz disse novamente e a castanha percebeu que se tratava de Tom – você tem sérios problemas.

Onde eu errei? eu perdi um amigo

Em algum lugar na amargura

Eu poderia ter ficado com você a noite toda

Saberia eu como salvar uma vida?

Ela abriu os olhos e o encarou. Ele tinha uma espécie de riso sarcástico no canto dos lábios. A castanha se endireitou, olhando para Tom atentamente e se desgrudando dele.

- Eu? Por quê?

- Você não tem vertigens?

- Sim.

Onde eu errei? eu perdi um amigo

Em algum lugar na amargura

Eu poderia ter ficado com você a noite toda

Saberia eu como salvar uma vida?

- Então por que diabos estava inclinada na grade da Torre? – ele perguntou erguendo a sobrancelha esquerda. Ela ficou quieta, iria responder o que? Ah! Eu só queria ter uma vertigem para evitar pensar no desenho fiel que você fez de mim... Não que isso tenha algum problema, além do fato de você ser... Você! Sua melhor resposta foi um dar de ombros.

Como salvar uma vida...

Como salvar uma vida...

- O desenho. – ele disse sem saber o que a levou a dizer aquilo – Ficou muito bom.

- Eu sei. – ele sorriu torto – Obrigado.

- Desde quando você desenha?

Onde eu errei? Eu perdi um amigo

Em algum lugar na amargura

Eu poderia ter ficado com você a noite toda

Saberia eu como salvar uma vida?

- Desde meus dez anos. – ele respondeu, sem parecer inclinado a querer falar mais sobre o assunto.

- É muito bom no que faz, mas acho que eu já disse isso. – ela deu de ombros novamente – O que queria falar comigo, afinal?

Onde eu errei? Eu perdi um amigo

Em algum lugar na amargura

Eu poderia ter ficado com você a noite toda

Saberia eu como salvar uma vida?

Tom se levantou e começou a percorrer a sala a passos lentos. Os olhos se perdendo na escuridão, indo e voltando ao rosto de Hermione.

Como salvar uma vida...

Como salvar uma vida...

- Você se lembra da última reunião?

- Sim.

- Você lembra do nome do alvo?

Alvo. Ela pensou, o estômago embrulhando de jeito estranho.

- Alice. – ela sussurrou – Alice Jeannings, certo?

- Sim. – ele respondeu, sorrindo com aprovação as palavras dela – Eu tenho um plano. Um plano brilhante. É o plano perfeito, Hermione.

Modesto. Ela pensou.

- Por que está me contando isso? – ele perguntou sem entender.

- Porque... Confio em você. Você me fez confiar em você. – ele disse.

Algo estranho borbulhou dentro do peito de Hermione. Ela sentiu várias coisas diferentes ao mesmo tempo ao saber que Tom Marvolo Riddle confiava nela – ele, que não confiava em ninguém – mas não sabia expressar realmente quais eram essas gamas de emoções.

- Qual é o plano? – ela perguntou, finalmente.

- Alice é monitora. Dentro de uma semana ela irá monitorar esta Torre e aqui do lado há... Um banheiro. Por intermédio desse banheiro posso fazer o monstro da Câmara atacá-la, sem que ninguém veja ou perceba.

Voltas. Era isso o que o estômago de Hermione fazia no momento; estranhas piruetas. Canos. Ela pensou se lembrando do Basilisco.

O plano era pérfido e cruel. E – de algum modo – Hermione podia ver até onde ia a genialidade escabrosamente má de Riddle.

- Realmente, é brilhante. – ela se obrigou a falar para não criar suspeitas.

- Eu pensei em agir com a ajuda de meus Comensais, mas acho irei agir só dessa vez, para que não aja nenhum erro. – ele bufou – Estou cansado da incompetência deles. Claro, isso não se aplica a você, mas, de qualquer forma, prefiro fazer tudo sozinho. – ele se levantou e Hermione o ouviu sussurrar – O Herdeiro de Slytherin não pode se permitir errar.

A garota nada disse... O que iria dizer, afinal? Você é insano, era tudo o que pensava. Foi para isso que ele me chamou? Ah! Claro! Esqueci que agora eu sou uma Comensal de Riddle! Uh! Que alegria!

- O que Jade achou do plano? – ela perguntou, para desviar um pouco o foco do assunto.

- Ainda não contei a Jade. – ele respondeu, prontamente – De qualquer forma, não acho que ela esteja com cabeça para isso no momento. – ele bufou – Só espero que volte a tempo...

Hermione não entendeu nada do que Tom disse. Quando seu olhar se voltou para ela, ele viu a expressão interrogativa em sua face e deu de ombros.

- Nada importante, Hermione.

O silêncio pairou entre eles, mas ele não era, de forma alguma, incomodo. A castanha se pegou olhando meticulosamente para Riddle, o queixo quadrado, o cabelo muito bem penteado e os olhos... Ela se viu perdida no meio dos olhos do rapaz e nem seu deu conta. Minutos se passaram enquanto eles se miravam, mas nenhum desgrudou os olhos do outro.

Depois de um tempo, Tom pigarreou e Hermione sentiu as bochechas esquentarem, desviando seus olhos no ato. Eu estava encarando Riddle? Por quê? Meu Merlin! O que diabos está acontecendo comigo?

- Eu acho que vou voltar, Tom. – ela anunciou – A menos que tenha algo mais a me dizer.

- Não, era só isso. – ele ficou calado por um instante – Eu lhe acompanho até a Torre.

Ela arqueou a sobrancelha esquerda.

- Isso é desnecessário e você sabe disso. – rebateu, na hora.

Tom sorriu.

- Sua teimosia é encantadora, Hermione, mas acho que já deixei claro que não podemos nos dar ao luxo de sermos pegos. E como você explicaria, caso fosse?

Touché. Hermione pensou, mas ela não se sentiu desconfortável, de algum modo insano, ela não se importava que Riddle a acompanhasse. E, Merlin, como isso era estranho.

#*#*#

Tom estaria mentindo se ele dissesse que fazia alguma ideia do que estava acontecendo. Ele só sabia que, assim que teve sua ideia brilhante, Hermione Granger precisava saber dela na hora.

Ele não soube o que lhe fez enviar o desenho a ela, mas ele o fez mesmo assim. E quando a coruja já voava em direção a Torre da Grifinória ele pensou que talvez tivesse sido uma má ideia, que ela poderia não gostar... Mas, o principal, que ele não entendia, era por que diabos ele estava preocupado com isso?

Tanto fazia, no fim das contas, se ela gostasse ou não, certo? Era só um desenho estúpido e nada mais. Entretanto, quando ela disse que havia ficado ótimo e que havia gostado, algo estranho perpassou pelo peito do sonserino. E ele não entendia que raios era aquilo.

O mais estranho, era que ela também não parecia estar em seu estado normal. Ficou encarando o rapaz por Merlin sabe quanto tempo, mas ele também não teve coragem – ou vontade – de quebrar o contado visual. Quando, infelizmente - ele ficou surpreso em constatar - ela desviou os olhos corando, Tom sentiu uma vontade avassaladora de rir. Rir! Ele que odiava fazê-lo, a não que fosse com escárnio, mais que a tudo.

Agora, ele se encontrava escoltando-a para a Torre da Grifinória, os dois completamente perdidos em pensamentos não compartilhados. Mas aquilo não era desconfortável, era, para ser sincero, bom.

O que está acontecendo comigo? Alguém jogue um balde de água gelada na minha cabeça, por Merlin!

Tom passou seus olhos pelo corredor e constatou que já haviam chegado a Torre. Um suspiro saiu de seus lábios e ele olhou para a castanha, que mirava o chão embaixo de seus pés. Os olhos achocolatados da menina se voltaram para ele e eles ficaram se encarando por alguns segundos.

- Bom, eu vou entrar, Tom. - ela disse – Boa noite.

- Boa noite, Hermione.

A garota se virou e uma rajada de vento bateu em seus cabelos, fazendo seu perfume chegar a Tom que o inalou, completamente inebriado. Ele viu ela desaparecer por detrás do buraco do retrato ao mesmo tempo que um sorriso brotava em seus lábios. O que estava acontecendo com ele? Agora estava sorrindo sem motivo algum no meio do corredor?

Deu meia volta, em direção as masmorras. Precisava entender o que diabos estava acontecendo, mas, a principal pergunta era: será que ele realmente queria saber o que era aquilo? Aquilo que Hermione estava provocando nele?

Ele ainda sentia o perfume da garota impregnado em seu nariz e não sabia se isso era bom ou ruim. Balançou a cabeça e continuou andando rapidamente, precisava colocar isso de lado e seguir normalmente com seus planos ou ficaria louco.

#*#*#

Hermione entrou na Torre com um sensação estranha pairando dentro de si... Inexplicavelmente estranha. O que estava acontecendo com a garota? Não sabia, realmente não sabia.

Percorreu os corredores silenciosamente e chegou a seu dormitório. Entrou nele e logo fechou a porta atrás de si e tomou um susto.

As velas estavam acesas, iluminando uma ruiva que estava de pé olhando pela janela. Hermione sentiu gelou ao ver aquela cena, pois tinha certeza absoluta que coisa boa não sairia dali.

Gina ouviu que a amiga chegou e virou-se para ela, encarando-a sem expressão. Seus olhos estavam marejados e a castanha ficou preocupada no ato.

- Gina, está tudo bem? – perguntou, falando com a ruiva pela primeira vez em dias.

- Sim. – ela sussurrou – Quer dizer, não. - suspirou – Nós precisamos conversar, Hermione.

A castanha assentiu e sentou em sua cama, a ruiva seguiu seu ato e as duas ficaram em um silêncio constrangedor, no qual a mente de Hermione trabalhava rapidamente, pensando no que diabos Gina tinha e o que ela queria com a castanha, depois de todo aquele tempo sem trocarem uma palavra sequer. Então a resposta veio.

O prazo que Gina havia dado a Hermione. Ela queria cobrar a castanha, queria que ela contasse a Harry e a Rony o que estava acontecendo.

- Hermione, eu – Gina começou a falar, fazendo a mente da castanha se calar –, eu não sei por onde começar. – ela suspirou novamente – Vou pedir, então, que me deixe falar, porque eu não sei se posso terminar caso você me interrompa.

A garota assentiu.

- Hermione, foi horrível, simplesmente horrível o que eu senti quando vi você ali, beijando Tom Riddle... Porque a Hermione que eu conheci jamais faria isso, a Hermione que é a melhor amiga... Bom, ela jamais chegaria perto dele. Eu senti como se fosse estivesse traindo a todos nós... E não era só isso, eu senti como se você traísse pessoalmente a minha confiança, porque Riddle fez da minha vida um inferno. Eu quase matei pessoas inocentes... Eu quase matei você. – a ruiva fungou – Eu precisei de uma semana para assimilar o que você me contou depois, que você só está fazendo isso para ajudar Harry e... Então, eu percebi que isso é difícil para você também e arriscado, porque você nasceu trouxa e está se arriscando para poder ajudar Harry, para poder nos ajudar. E, agora eu entendo e percebo o quanto eu não fui compreensiva e o quanto eu fui egoísta. – fixou seu olhar na castanha – Mas agora eu percebi, Mione, eu percebi e eu quero dizer que estou ao seu lado e que quero te ajudar no que você precisar... Se você me perdoar, é claro.

Hermione sentiu os olhos cheios de lágrimas de felicidade. Tudo transcorreu incrivelmente diferente do que ela pensou que seria. Ela abraçou a ruiva, sua melhor amiga, se sentindo completamente leve por dentro.

- É claro que eu te perdoo, Gin. E é claro que eu te entendo... Afinal, a culpa disso tudo foi minha, somente minha e de mas ninguém.

Elas se afastaram e ela viu que a ruiva também chorava. Gina limpou as lágrimas disfarçadamente e olhou para a amiga.

- Mas eu não vou retirar o que disse a respeito de Harry e Rony. Você deveria contar a eles antes que eles descubram...

A castanha assentiu.

- Eu sei que devo, mas não sei se consigo. Não sei se posso suportar se eles reagirem de um modo ruim. Se eles reagirem...

- Como eu reagi. – completou a ruiva – Vamos pensar em um jeito. – a ruiva sorriu – Mas... Você estava com ele, não estava?

- Sim. – Hermione confirmou e começou contar a ruiva o que tinha acontecido na reunião na qual a ruiva havia os descoberto; contou sobre aquele dia, sobre a biblioteca e depois o bilhete com o desenho, contou sobre o plano de Riddle e o fato de que ela não fazia ideia do que fazer para evitar a morte de Alice Jeannings.

Gina escutava tudo silenciosamente, arqueando as sobrancelhas em alguns momentos e fazendo algumas caretas em outros. Quando Hermione terminou, a ruiva tinha um sorriso perspicaz no canto da boca.

- Gina? – chamou Hermione – No que está pensando.

- Eu... Eu acho que eu sei como nós podemos fazer para evitar a morte dessa garota, Mione. E quem me deu a ideia foi você.

Hermione olhou para Gina sem entender nada. O que será que essa maluca está pensando?

#*#*#

Loucura completa e total. Era isso que o plano de Gina era, tinha mais chances que ele falhasse do que funcionasse, mas a castanha não tinha outra alternativa...

Afundou a cabeça no travesseiro, enquanto se virava na cama. Já buscado um milhão de formas de tentar dormir, mas não tinha conseguido... E como poderia? Estava nervosa, preocupada e confusa... Principalmente confusa.

Mas um sentimento se sobrepunha a todos esses. Não, não era bem um sentimento, mas sim uma certeza. A certeza de que ela tinha que fazer o possível para evitar a morte de Alice Jeannings, não só porque era a única que podia, mas porque aquilo era o mais correto a se fazer.

Ela tinha traçado aquele plano com um único intuito: descobrir coisas sobre Riddle que pudessem fazer Harry conseguir destruí-lo no futuro e, assim, evitar as tantas mortes que estavam por vir. Se posso impedir as mortes que irão ocorrer daqui a cinquenta anos, posso impedir uma morte que irá acontecer em uma semana. Eu não só posso como vou. Isso faz parte do que eu sou, faz parte do que quero ser e do lado que estou na guerra que se desenrola em meu presente. Não importa se o plano de Gina tem falhas, ele ainda é o melhor que eu tenho e, sendo assim, é o que irei seguir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?
Sei que demorei para fazer essas duas se reconciliarem, mas elas precisavam desse tempo, principalmente porque não foi fácil para Gina ver Hermione com o Tom...
Pra quem ficou curioso quanto plano da nossa ruiva favorita, bom, ele é bem simples, na verdade, e por isso tem mais probabilidade de dar errado do que certo...
Bom, tenho mais um aviso para vocês. Se tiver algum fã de Os Instrumentos Mortais entre meus leitores eu escrevi uma One-shot Clary/Jace... Já tem um tempo que eu postei... Enfim, quem quiser dar uma passadinha lá tá aqui o link: http://fanfiction.com.br/historia/282472/One-shot_-_Everything_Has_Changed/
É isso, meus lindos, espero vocês nos reviews.
=*