Mia e Michael escrita por jamifrossard


Capítulo 1
Capítulo 1




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Sexta feira, 06 de setembro, último dia em casa.

Tudo bem, meu quarto esta uma bagunça! Só se vê caixas e caixas espalhadas pelo chão, cama, e qualquer parte do meu quarto. Eu sabia que mudança dava trabalho, mas não imaginava quanto. É difícil decidir o que levar e o que deixar aqui. Minha mãe não quer que eu leve tudo porque ela tem a ilusão de que eu vá voltar para casa e também para que eu ter o meu quarto quando eu vier visitá-la (isso faz mais sentido do que a coisa de voltar pra casa).

Michael disse que ia me ajudar (ta legal, eu praticamente implorei pra ele vir me ajudar hoje), mas pelo visto vai ser lá no alojamento, já que eu estou quase saindo de casa e ele ainda não deu sinal de vida.

Com essa mudança eu achei cada coisa! Uma delas foi o meu pijama da Hello Kitty, que eu usei por uma semana quando o Michael foi pro Japão. Talvez um dia eu conte a ele sobre essa época negra da minha vida.

Meu pai chegou para levar minhas coisas para o alojamento!

Aiii meu Deus, minha mãe esta chorando. Ela está tentando esconder, mas tem lágrimas saindo dos olhos ela! Já disse que só vou ficar a 40 minutos de distância.

Cadê o Michael?? Não tem graça arrumar o alojamento com seu pai e seu segurança! Qual é eu ajudei ele a arrumar o quarto quando ele foi pra faculdade.

Sexta feira, 06 de setembro, no meu novo quarto.

Ok, vou ter que me acostumar a ter um namorado que trabalha e tem compromissos. Não me agüentei e liguei para o Michael enquanto estava no carro.

Eu: Michael cadê você? Já estou chegando na Sara Lawrence!

Michael: Estou indo, mas teve um imprevisto na Pavlov e tive que resolver. Agora estou nesse maldito engarrafamento na Times com a 42.

Eu: Tudo bem, ainda não cheguei, mas daqui a uns minutos estou chegando.

Michael: Daqui a uns 30 minutos eu chego. Minha irmã vai te ajudar também?

Eu: Esta maluco? Claro que não, a graça é só ter você! Ei você bem que podia trazer uma coisa pra gente comer.

Michael: Opa! Melhor do que eu estava esperando, sem Lilly! Ok, eu passo em algum lugar e levo.

Eu: Eii eu já cheguei, meu pai esta mandando eu desligar o telefone e ajudar com as caixas. Cadê meus privilégios de princesa?  Estou te esperando e estou com fome!

Michael: Estou quase achando que esta mais ansiosa pela comida do que pela minha presença!

Eu: Quase isso! Te Amo.

Desliguei.

 Sexta feira, 06 de setembro, 21h, novo quarto.

Obviamente o trabalho maior foi do Lars, mas eu levei algumas coisas! Até meu pai ajudou. Mamãe disse que vem aqui amanhã para “dar um toque familiar” como ela diz. Quem vê até pensa que ela é dessas donas de casa que tem tudo organizado. Nossa casa só é apresentavelmente arrumada por causa do Sr. Gianini.

Lars e meu pai só subiram as coisas e foram embora, acho que meu pai entendeu o meu telefonema para o Michael. Devo dizer que Michael acertou em cheio quando quis provar para o meu pai que era digno de estar comigo ou coisa assim. O primeiro ministro da Genovia agora é o maior defensor de Michael Moscovitz.

Fui começar a desencaixotar as coisas enquanto Michael não chegava e adivinhe só: me descobriam aqui! Quer dizer, descobriram que a princesa de Genovia esta estudando na Sarah Lawrence. Com as eleições e toda aquela história de ter paparazzi’s quando eu estava com o JP, fez com que eu fosse reconhecida mais facilmente. Estava arrumando meu quarto com a porta aberta, já que tinham vários quartos assim e também havia algumas caixas na frente da porta, foi ai que uma menina parou em frente ao quarto e ficou observando, mas não demorou muito para reconhecer. “Oi, desculpa mas você é a princesa Mia não é?” ela perguntou apesar de já ter certeza. “Sou sim” eu confirmei. “Não acredito que está estudando aqui. Seremos vizinhas, eu sou do quarto aqui ao lado”, ela estava tentando puxar assunto, então me esforcei para fazer o mesmo, apesar de estar mais preocupada com a demora de Michael. “Que bom! Você também esta perdida com as caixas? Não fazia idéia de que era tão trabalhoso se mudar. Vai ver é por isso que minha mãe nunca quis sair lá de casa!”. “Já me mudei algumas vezes, mas não o suficiente para me tornar uma especialista, então estou na mesma situação que você.” Ela concordou comigo. Grandmere sempre diz que não devemos contrariar pessoas mais influentes que nós – o que eu não concordo, alias, no Que eu concordo com a minha avó?- será que foi por isso que a menina concordou comigo?  Lembrei que é bem educado perguntar o nome das pessoas (essa parte é uma das poucas em que eu e grandmère concordamos) e perguntei como ela se chamava. “Emma! Bem Mia, eu vou deixar você terminar sua mudança! Boa sorte com as caixas!”, “Obrigada, você também”.

Sexta feira, 06 de Setembro, 22h.

Consegui dar uma arrumada no quarto antes que Michael chegasse. Agora dava para andar sem esbarrar em alguma caixa ou mala, mas ainda assim havia muito que arrumar.

Finalmente ouvi a batida na porta que eu tanto esperava. Lá estava ele, todo lindo me esperando, vestido socialmente já que tinha acabado de sair da Pavlov. Estava com uma calça e blusa social, mas tinha tirado gravata – eu gosto tanto do traje completo, apesar de preferir as roupas casuais e all star! Ah, ele é lindo de qualquer forma mesmo! – ainda não consigo me controlar quando vejo o Michael, ainda mais agora que eu não tenho porquê fazer isso, já que ele é meu namorado. Por isso, joguei meus braços em volta de seu pescoço ( essa coisa do complexo e histocompatibilidade esta ficando cada vez mais forte) no instante em que o vi parado na minha porta. Parecia que tínhamos ficado semanas sem nos vermos, pois nos beijávamos tão intensamente quanto no nosso ‘segundo primeiro beijo’ na charrete do Central Park. Mas uma semana sem o cheiro do Michael é mesmo um período bem longo. Lembrei que ainda estávamos no corredor do alojamento e que eu já tinha sido facilmente reconhecida pela minha vizinha Emma, então relutei mas parei o beijo, convidando-o a entrar.

Ele notou a intensidade e urgência do beijo e brincou “Parece que alguém esqueceu a fome!”, eu respondi “É, você tem esse efeito em mim” Michael deu aquele sorriso perfeito e colocou a embalagem de comida em cima de uma caixa e se jogou na minha cama, parecendo realmente cansado com o dia de trabalho. Certo, agora eu me senti culpada por ter implorado para que ele viesse me ajudar a arrumar o quarto após um dia de trabalho, ainda mais uma sexta-feira. Realmente vou ter que me acostumar a ter um namorado que trabalha.

Vi Michael deitado, com alguns botões da camisa abertos e lembrei que gostava da gravata.

“Gosto quando usa o traje completo”

“Hã?”

“A gravata!”

“Ah sim! Me encontre ao meio dia, talvez me veja com ela! Mas não espere me ver usando aquilo no fim do dia. Ela saiu do meu pescoço no segundo que entrei no carro!”

“Certo, vamos nos ver no almoço a partir de agora.”

Michael riu e meu estômago roncou, mas graças a Deus só eu ouvi. Fui ver o que ele tinha comprado para comer e lá estava a caixinha de yakissoba de legumes. Ainda não contei a Michael sobre o meu pseudo-vegetarianismo.

“Resquícios do Japão?” eu perguntei. Michael só riu e eu tomei como um Sim. Mostrei a ele o banheiro para caso ele quisesse lavar o rosto ou coisa assim, o que ele totalmente aceitou.

Enquanto ele usava o banheiro, eu arrumei a comida em cima de uma caixa no chão, peguei um lençol para servir de toalha pra ‘mesa’ e sentei no chão esperando que ele voltasse para comermos.

Ele saiu do banheiro e se juntou a mim no chão.

Começamos a comer e conversar sobre o nosso dia e tudo o mais, até que fomos fazer o que realmente devia ser feito e ficamos horas e mais horas tirando coisas de caixas e guardando, relembrando...

Michael achou a caixa em que guardo lembranças nossas como fotos, as cartas anônimas, algumas conversas instantâneas que eu imprimi. Ele ficou falando que achava que eu não estava nem ai pra ele e que achava que nunca ia conseguir ter algumas coisa comigo e tal.

Ficamos até tarde arrumando tudo, até que de repente fui falar com e ele e ele simplesmente tinha “capotado” de sono no tapete que eu coloquei aos pés da cama com umas almofadas no chão. Me senti completamente culpada e o acordei para que ele dormisse decentemente. Ele levantou cambaleando e caiu feito pedra na cama!


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