New Life escrita por Nyh_Cah


Capítulo 13
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Acordei na manhã seguinte, cedo. Ainda eram oito e meia da manhã, mas acordei nervosa. Tinha de decidir o que fazer. Tinha que ser agora. Eu iria morar para casa do meu pai ou continuava a viver no anexo? Eu nunca vivi em família. Nunca soube o que era isso. Era algo de novo para mim, algo que me assustava. E se eu não me adaptasse?
Como é que iria ser? Estava com tanto medo do que decidir. Se eu decidisse morar no anexo, poderia magoar o meu pai. Ele queria que eu fosse viver com ele, percebi isso, ontem, quando ele me perguntou. Se eu fosse viver para casa dele, tinha medo de não me adaptar ou deles não gostarem que eu viva lá. O que é que eu iria fazer?
- Querida, está aqui o teu pequeno-almoço. – Disse uma enfermeira já de idade, entrando no meu quarto. Ela depositou o tabuleiro à minha frente e saiu. Comi num instante e depois pus o tabuleiro de lado. Já eram quase nove e meia. Quanto tempo é que eu teria mais para decidir? Estava a ficar nervosa. Nesse momento, alguém bateu à porta e entrou.
- Bom dia! – Disse o Jasper entrando no quarto. Ele chegou-se para o pé da cama e beijou-me mas percebeu que algo me incomodava. – Em que pensas? – Perguntou ele pondo uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
- No que responder ao meu pai sobre a questão de ir morar para casa dele. – Respondi-lhe ainda um pouco nervosa. – Se eu decidir continuar a morar sozinha no anexo, tenho medo de magoar o meu pai. Eu sei que ele quer que eu vá lá para casa. Se eu for morar para casa do meu pai, tenho medo de não me adaptar ou de eles não gostarem de viver comigo. – Expliquei-lhe o que me preocupava.
- E porque é que tens medo de não te adaptar? – Perguntou ele acariciando a minha bochecha.
- Jasper, eu nunca vi em família. Não sei viver assim. Não sei viver com outras pessoas na mesma casa. Jasper, eu vivi num hospício a minha vida toda. Estou com medo. – Desabafei.
- Eu percebo, pequena, mas vê o lado positivo. Nunca viveste em família, agora é a tua oportunidade. Se nunca o fizeres nunca vais saber o que é e se gostas de viver assim. Não podes ir sempre pelo seguro, não podes escolher sempre o que te faz sentir confortável. Tens de arriscar. Tens de tentar novas coisas. Agora, é a tua oportunidade de saberes o que é viver em família e não devias deixar esta oportunidade escapar. Mas, pequena, é apenas a minha opinião. Não te quero obrigar a nada. – Disse ele carinhosamente.
- Eu sei, Jasper. Achas que eu deva tentar ir morar com eles? – Perguntei.
- Acho que sim. Se não te sentires bem lá em casa, falas com o teu pai e explicas que preferes morar sozinha.
- Está bem. – Disse um pouco mais descansada. – Obrigada, Jasper. – Agradeci, unindo os nossos lábios por um beijo.
- Vou estar sempre aqui para te apoiar. – Disse ele, abraçando-me. Nesse momento, o meu pai entrou no quarto onde eu estava internada. Espero que ele me dê alta.
- Bom dia, Alice. – Disse ele entrando no quarto.
- Bom dia, pai. – Disse dando-lhe um beijo na bochecha.
- Trago boas notícias.
- Vais-me dar alta? – Perguntei esperançosa. Eu queria tanto sair daquele hospital.
- Vou. – Respondeu ele sorrindo. – Mas tens que me prometer que continuas a comer bem há refeições e vais tomar os medicamentos que eu te vou receitar a tempo e horas. – Disse ele. – Se seguires tudo à risca, vais ficar boa num instante.
- Eu prometo seguir tudo o que me disseres para eu fazer, à risca. – Prometi. Ele sorriu para mim e deu-me os papéis da alta para assinar. Depois disso, fui até à casa de banho para me vestir e depois voltei para o pé do Jasper e do meu pai.
- Alice, já pensaste na minha proposta? – Perguntou o meu pai de certa forma receoso. Eu acho que ele estava com medo que eu rejeitasse a proposta dele.
- Sim, já pensei. – Respondi. – Eu vou morar contigo, pai. – Ele abriu um enorme sorriso e abraçou-me fortemente. Conseguia perceber o quão feliz estava o meu pai e fiquei feliz por isso. Eu não queria magoar o meu pai. – Mas primeiro, tenho de ir ao anexo buscar as minhas coisas e avisar o Charlie. – Expliquei-lhe.
- Sim, eu compreendo. O meu turno acaba às duas, achas que a essa hora já estás despachada? – Perguntou ele ainda sorrindo abertamente.
- Sim, estou.
- Então, a essa hora, eu passo lá no anexo para te trazer. Está bem?
- Está bem. – Respondi sorrindo.
- Agora, tenho de ir trabalhar, filha. Até logo.
- Até logo, pai. – Disse, despedindo-me com um beijo na sua bochecha. O Jasper saiu comigo do hospital. – Podes ficar comigo até o meu pai me vier buscar? – Perguntei.
- Claro que posso. – Disse ele sorrindo. – Antes de irmos para o anexo vamos comprar algo para o almoço, precisas de comer bem.
- Está bem. - Saímos da porta do hospital e andámos até ao minimercado para comprar comida. Ficámos uma meia hora no minimercado e acabámos por encontrar a Sr. Adams ao pé da caixa. – Bom dia, Sr. Adams. – Cumprimentei-a sorrindo.
- Bom dia, querida. – Cumprimentou-me ela. – Já estás melhor? – Perguntou-me. Como é que ela sabia que eu tinha estado doente?
- Sim, já estou melhor, mas como é que sabe que eu estive doente? – Perguntei intrigada.
- Ontem, não te vi aqui e perguntei ao Sr. Erikson porque é que não estavas cá e ele respondeu-me que estavas no hospital doente. Fiquei preocupada, querida. Tens a certeza que agora está tudo bem? – Perguntou outra vez.
- Sim, Sr. Adams. Acabei de ter alta. Está tudo bem comigo.
- Ainda bem, querida. E tu, querido, como vais? – Perguntou carinhosamente para o Jasper.
- Eu estou bem, Sr. Adams. Estou a tomar conta dela. – Disse ele rindo.
- Fazes bem. – Disse ela. – Bem, agora tenho que ir. Tenho que preparar o almoço. Até queridos, gostei muito de vos ver. – Despediu-se ela. Ela foi para a caixa e de seguida foi embora. Nós ainda ficámos a ver de mais algumas coisas e depois é que fomos pagar, quer dizer o Jasper é que pagou. Eu ainda não tinha dinheiro nenhum. Não queria que ele pagasse aquilo tudo, mas sabia que contestar não ia dar em nada e ele ia acabar por pagar na mesma. Depois de sairmos do minimercado, fomos até ao anexo. Enquanto eu arrumava as minhas poucas coisas no anexo, o Jasper ficou a fazer o almoço.
- Jasper, vou só falar com o Charlie, já volto. – Disse-lhe saindo do quarto.
- Está bem. O almoço está quase feito.
Saí do anexo e fui tocar à porta do Charlie. Quem me atendeu foi a Bella.
 - Olá, Alice. – Cumprimentou-me ela. – Estás melhor? – Perguntou.
- Olá, Bella. Sim, tive alta, hoje. Queria falar com o teu pai. Ele está? – Perguntei.
- Sim, vou chamá-lo. – Disse ela. Passados uns minutos, o Charlie apareceu na porta de sua casa. Quando me viu, sorriu para mim.
- Estou a ver que já tiveste alta, Alice. – Disse ele.
- Sim, hoje, de manhã. – Respondi. – Queria falar consigo, sobre a minha estadia no anexo. – Comecei. – Eu vou sair de lá, Charlie. Não tem nada a ver das condições e se eu gostei ou não, porque eu gostei muito de viver no anexo, mas é que as coisas melhoraram para o meu lado. Resolvi o que vim cá fazer e já tenho sítio onde morar. – Expliquei. Ele olhou para mim um pouco confuso mas depois assentiu com a cabeça.
- Está bem. Obrigada por me avisares, Alice. – Disse ele simpaticamente. – Tudo de bom para ti.
- Obrigada, Charlie. Para ti, também. – Disse. – E obrigada por tudo. Se não fosse você eu estaria a viver na rua.
- Não tens de agradecer. Se eu estivesse no teu lugar também gostaria que me fizessem isso.
- Mesmo assim, muito obrigada. Até outro dia. – Despedi-me.
- Até outro dia, Alice. – Disse ele, fechando de seguida a porta de sua casa. Dirigi-me até ao anexo e de lá vinha um cheirinho muito bom.
- Cheira tão bem. – Disse entrando no anexo.
- Ainda bem que dizes isso, porque é o nosso almoço. – Informou-me o Jasper pondo o tabuleiro com comida na mesa. Ele serviu os dois pratos e começámos a comer. A comida estava realmente deliciosa. – Então o que achaste da comida? – Perguntou o Jasper quando acabámos de comer.
- Estava deliciosa. – Disse sorrindo. Ele também sorriu para mim. Peguei nos pratos e pus-me a lavar a loiça, visto que ia sair do anexo, tinha de deixar tudo como estava, depois fui ter com o Jasper ao sofá. Deitei-me com a cabeça nas pernas dele. Ele começou a acariciar-me a cabeça e eu acabei por relaxar um pouco no sofá. O meu pai devia estar aí a vir. – Jasper, vens comigo a casa do meu pai? – Perguntei.
- Alice, eu queria muito ir contigo, mas precisas de ir sozinha. Precisas de enfrentar este novo mundo, sozinha. Eu não vou poder dormir lá contigo também. Tens de te habituar. Não fiques chateada. Acho que é o melhor para ti, apenas.
- Não vou ficar chateada. Tens razão, eu preciso de ir sozinha. Mas promete que depois vais lá. – Pedi.
- Claro que vou. – Disse ele sorrindo. – Amanhã de manhã vou lá, o que achas?
- Está bem. Vou ficar à tua espera. – Disse sorrindo.
- Agora, vou andando, pequena. O teu pai deve estar a chegar. Se quiseres, depois logo à noite liga-me. O Edward e o Emmet têm o meu número.
- Está bem. - Ele levantou-se do sofá e eu também me levantei para o levar até à porta. – Amo-te tanto. – Disse beijando-o de seguida apaixonadamente.
- Também te amo, minha pequena. Nunca te esqueças disso. – Disse ele quando separamos os nossos lábios.
- Não me vou esquecer. – Respondi sorrindo. Ele saiu do anexo e foi em direcção à sua casa. Fechei a porta e voltei a deitar-me no sofá, à espero do meu pai. Espero que ele não tenha nenhuma emergência. Ainda fiquei uns bons minutos a ver televisão, até ele bater à porta. Levantei-me rapidamente do sofá e fui abrir a porta ao meu pai.
- Olá, pai. – Disse sorrindo abertamente. Além de o ter apenas conhecido há pouco tempo, sentia-me tão à vontade com ele. Era tão estranho sentir-me assim. Eu já amava e muito o meu pai. Ele desde o inicio se mostrou carinhoso comigo.
- Olá, Alice. – Disse ele dando-me um beijo carinhoso na testa. Sorri ainda mais. Nunca tinha tido demonstrações de amor paternal. Mesmo vivendo com a minha mãe, ele não me abraçava, ou beijava. Ela estava doente, por isso eu compreendia. Mas eu via os outros pais e as outras mães a fazerem isso com os seus filhos e eu sempre tive um pouco de inveja. Sempre quis aquilo para mim também. Abracei o meu pai fortemente e ele retribuiu o abraço. – Pronta para ir para casa? – Perguntou com um sorriso absurdamente igual ao meu.
- Sim. – Respondi convicta. Agora tinha a certeza que tinha optado bem. Que seria bom eu ir viver com o meu pai e a sua família. Era disso que eu precisava. Fui buscar a minha mala lá dentro e depois fomos até ao carro do meu pai. Ele dirigiu até casa dele. Fomos em silêncio, mas num silêncio confortável. Quando lá chegámos, ele pegou na minha mala e conduziu-me até à porta principal da casa. Eu já tinha estado lá, mas agora era diferente. Agora, aquela passaria a ser a minha casa e não apenas a casa do meu pai. Entrámos em casa e ela estava silenciosa. Ele pousou a minha mala no hall de entrada e guiou-me até à sala.
- A Esme deve estar na sala a trabalhar no novo projecto dela. – Olhei para ele intrigada. Não sabia no que a Esme trabalhava. – Ela é arquitecta e tem uma empresa de arquitectura, só que prefere trabalhar em casa. – Explicou ele. Sorri em resposta. Depois de entrarmos na sala, ele continuou a andar e bateu numa porta que se situava na sala. Quando cá estive, não tinha reparado nessa porta. Ouvimos um “entre” abafado e o Carlisle abriu a porta. – Querida, cheguei. – Anunciou ele. Aquela porta dava para um enorme escritório. Era muito bonito e aconchegante. A Esme estava sentada atrás de uma secretária, muito concentrada a olhar para uns papéis. Quando o meu pai falou, ela deixou os papéis de lado e olhou para ele. Sorriu abertamente e levantou-se da cadeira, vindo na direcção do meu pai.
- Boa tarde, querido. – Cumprimentou-o, beijando-o. – Chegaste cedo. – Comentou feliz.
- Sim, o meu turno acabou cedo. Trouxe uma pessoa. – Disse ele sorrindo. Ele desviou-se para a Esme me puder ver. Quando ela me viu abriu o sorriso tão grande como o do meu pai. Sorri timidamente para ela.
- Ela aceitou? – Perguntou a Esme esperançosa. O meu pai afirmou com a cabeça. A Esme chegou-se mais para o pé de mim e abraçou-me carinhosamente. Ao inicio fiquei um pouco tensa. Não era normal, eu receber abraços, mas depois relaxei e abracei-a também. – Bem-vinda a casa, querida. – Disse ela ternamente.
- Obrigada. – Agradeci sinceramente.
- Anda ver o teu quarto. Espero que gostes. Podes mudar o que quiseres. – Falou ela enquanto subíamos as escadas. O andar de cima era tão bonito como o de baixo. Entramos numa porta e eu fiquei embasbacada com o que vi. Era um quarto enorme em tons de vermelho e branco. Tinha uma enorme cama no centro, depois tinha uma parte que tinha um sofá enorme com uma estante ao lado. A televisão também estava perto do sofá. Do outro lado do quarto, existia uma secretária com um computador lá em cima. O quarto tinha uma janela enorme que dava para uma varanda que tinha uma vista lindo. Também existiam mais duas portas. Dirigi-me à que ficava mais perto de mim. Era uma casa de banho, enorme também. Fechei a porta e dirigi-me à outra porta. Abri-a e deparei-me com um enorme armário. As minhas roupas não iam encher nem metade dele. Nem tinha reparado que sorria imensamente. – Gostaste querida?
- Gostei. – Disse um pouco empolgada de mais. – Muito obrigada. – Agradeci ainda sorrindo largamente.
- Vamos-te deixar à vontade para arrumar as tuas coisas. Qualquer coisa que precisares, estamos lá em baixo. – Disse o meu pai.
- Está bem.
Ele saíram do meu quarto e eu atirei-me para a enorme cama. Nunca tinha tido um quarto que pudesse chamar de meu. Eu no hospício andava sempre a trocar de quarto e às vezes tinha que dormir no chão no quarto da minha mãe. Os pacientes vinham em primeiro lugar. Eu estava tão feliz neste momento.
Passado uns minutos, fui até à minha mala que o meu pai tinha trazido para cima e comecei a arrumar as minhas roupas no armário. Como eu previra nem metade do armário ocuparam. Depois arrumei os restos dos meus pertences. Como uns livros que me tinham dado, a foto do meu pai, que meti em cima da mesa-de-cabeceira e outras coisas. Depois de tudo arrumado, sentei-me no sofá e fiquei a ver um pouco de televisão para passar o tempo. Quando dei por mim, já eram quase cinco e meia da tarde. Tinha que ir lanchar. Precisava de comer bastante durante o dia e sinceramente já me estava a sentir um pouco cansada. Levantei-me do sofá e fui até à cozinha. A Esme também estava lá, só que já estava a comer.
- Posso comer alguma coisa? – Perguntei envergonhada. Ainda não me sentia totalmente à vontade aqui em casa.
- Claro, querida. Queres que eu prepare o teu lanche? – Perguntou ela prestativa.
- Deixa estar. Eu preparo, só não sei onde estão as coisas. – Disse. Não tinha a certeza, mas acho que notei um pouco de tristeza nos olhos da Esme quando eu recusei a sua ajuda.
- Está ali pão fresco, tens leite no frigorífico, tens naquele armário, cereais e bolachas e tens ali fruta. Come o que quiseres. – Disse ela acabando de comer e saindo da cozinha. Tirei leite do frigorífico e fiz uma sandes para comer. Depois de acabar, lavei o que sujei no lava-loiça e voltei a meter no sítio. Segui para o meu quarto e fui tomar um banho demorado. Quando saí do banho e enxuguei-me, vesti algo confortável e desci. Tinha passado a tarde no quarto. Fui até à sala e estava lá o Emmet com a Rose. Eles estavam os dois, aconchegados um no outro a ver televisão.
- Olá. – Disse timidamente da porta da sala. Eles olharam para mim surpresos. Não deviam estar à espera de me verem ali. Entrei e sentei-me no sofá que tinha apenas um lugar.
- Alice! – Exclamou o Emmet. – O que fazes aqui? – Perguntou. Se calhar eles não sabiam que eu tinha vindo morar para cá.
- O pai convidou-me para morar cá em casa e eu aceitei. – Disse ainda um pouco envergonhada.
- Bem-vinda à família, maninha. – Disse ele brincalhão.
- Obrigada. – Agradeci. Depois disso ficámos em silêncio o filme que estava a passar na televisão. Depois de o filme acabar, a Esme chamou-nos para jantar. O Edward também já tinha chegado a casa. Fomos todos para a mesa e jantamos entre conversas e risadas. Depois do jantar fomos todos para a sala conversar. Eu voltei a sentar-me no sofá que tinha apenas um lugar e eles sentaram-se no outro sofá.
- Então, Alice onde é que vivias antes de vires para Forks? – Perguntou a Rose.
- Seattle. – Respondi simplesmente.
- Fui tantas vezes a Seattle ver se te encontrava ou encontrava a tua mãe e nunca te vi. Percorri Seattle inteiro. – Disse o meu pai. De certeza que ele não tinha procurado onde eu vivia. Ninguém ia supor que eu vivia num hospício porque a minha mãe era doente mental.
- Pois, é normal não me teres encontrado disso. – Disse um pouco receosa. Não sabia se lhes havia de contar a verdade ou não. Tinha medo que eles não me aceitassem por isso.
- Porquê? – Perguntou o Emmet curioso. – O pai foi a todo o lado em Seattle, até te procurou em orfanatos e instituições.
- Eu morava num hospício. – Disse tudo de uma vez. Eles ficaram chocados a olhar para mim. Acho que pensaram que eu era louca. – Não, eu não era paciente lá mas a minha mãe era. Como eu tinha apenas meses quando a minha mãe deu entrada no hospício, deixaram-me ficar lá. Eles ainda procuraram parentes da minha mãe e tentaram descobrir quem era o meu pai, mas a minha mãe nunca disse nada. – Disse sentido já o choro a vir. – Eu acho que ela queria apenas que eu ficasse com ela para ela não ficar sozinha, então eles deixaram-me viver lá.
- Não era assustador? – Perguntou a Rose ainda chocada.
- Era, um pouco. Quando eu era mais pequena, tinha mais medo. Muitas vezes não dormia por causa dos gritos dos pacientes e de cenas que eu via durante o dia. Mas fui-me habituando e desde que eu estivesse com a minha mãe, não me importava.
- O que é que aconteceu à tua mãe, querida? – Perguntou a Esme. Ela estava a conter o choro, eu percebia isso.
- Ela começou a ficar doente. Acho que foi por causa dos medicamentos e dos tratamentos. Nunca percebi. Ela tinha momentos que apagava e não sabia onde estava, não sabia o que estava ali a fazer, quantos anos tinha e não me reconhecia. Nesses momentos, ela pensava que eu era uma enfermeira. – Disse sentido uma lágrima solitária descer pela minha face. – Nos últimos dias, mal estava lúcida. Eram raros os momentos em que ela sabia quem eu era. Ela estava a morrer lentamente, até que uma noite, ela ficou lúcida por uns minutos e disse-me que me amava e que o meu pai se chamava Carlisle Cullen. Acho que ela sabia que ia morrer em breve, porque nessa mesma noite, ela morreu. – Expliquei, sentido agora mais lágrimas a escorrerem pelas minhas bochechas. Levei as mãos à cara e limpei as lágrimas. – Depois, disso eu não podia ficar mais ali. Eles não deixavam, então decidi vir para Forks. Eu tinha pesquisado na internet o teu nome, pai, e apareceu que logo o site do hospital de Forks e que tu trabalhavas lá, por isso é que decidi vir para cá. A primeira noite dormi na rua, mas de manhã o Charlie encontrou-me e disse que eu podia dormir no anexo ao lado da casa dele e eu aceitei. – Eu ainda chorava um pouco mas já estava bastante mais calma. Depois de acabar de falar o meu pai veio até mim e abaixou-se para ficar à minha altura.
- Desculpa, Alice. Desculpa não ter-te proporcionada uma infância normal e no meio de uma família. – Desculpou-se ele. Ele não tinha que pedir desculpas. Ele não sabia onde eu estava, não tinha a culpa.
- Pai, não tens culpa. Nem sabias onde eu estava. Eu estou muito feliz por estar agora contigo e o passado agora não importa. – Disse abraçando o meu pai. – Eu amo-te pai. – Disse o que queria dizer há algum tempo. Eu já o amava e muito.
- Eu também, Alice. – Disse ele beijando a minha testa.
Depois desta tensão toda, devido à conversa, mudámos de assunto e a noite foi divertida. Ficámos na sala a conversar até muito tarde. Eu comecei a sentir-me muito cansada. Despedi-me de todos e fui para o quarto dormir. Mal caí na cama, adormeci.


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Notas finais do capítulo

Olá, gente. Só consegui postar agora, tenho três testes para a semana e tenho imenso para estudar. Só consegui escrever tudo agora. Estou a postar três fics, ao mesmo tempo! :p Espero que tenham gostado do capitulo. Quero avisar que está quase no final. Fatam apenas dois capitulos! Fico à espera dos vossos comentários, e gente eu queria mesmo uma recomendação! *.*
Beijinhos
S2



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