A Deusa do Medo escrita por Ana e Mah
Notas iniciais do capítulo
Ana Falando
sem nada para fala
aaaaaaaah leiam porra!
Uma onda de alívio invadiu mri corpo quando vi os olhos de Charles se abrindo vagarosamente. Ele estava vivo.
Eu e Kathy o abraçamos. As lágrimas ainda escorriam pelo meu rosto. Não conseguia imaginar o que seria de minha vida sem Charles.
Disse a ele tudo que havíamos feito para acordá-lo, todo o desespero que havia sentido ao ver que não sentia sua pulsação.
– Acho que ainda não se livraram de mim, ein? - brincou Charles.
Dei uma risadinha e Kathy me acompanhou.
– Onde estamos? - perguntou meu irmão.
– Em Halifax, mais precisamente em um quarto de hotel - respondeu Luke - Há um porto há alguns metros daqui.
Charles assentiu e se levantou rapidamente.
– Então o que estamos esperando? O mundo está prestes a acabar vamos logo para esse porto!
– Tem razão! - concordou Kathy - Vamos lá!
Saímos clandestinamente do hotel, pois não tínhamos dinheiro para pagar o aluguel do quarto, e fomos caminhando em direção ao porto.
– Charles... De noite, você falava coisas estranhas... Com o que estava sonhando? - perguntei.
Ele hesitou por um momento majs em seguoda respondeu:
– Sonhei com Circe - ele hesitou novamente - Ela disse que vem me observando desde que me deu "poderes", seja lá o que isso signifique. Depois ela me mostrou algumas cenas da nossa viagem - ele revirou os olhos meio envergonhando - Quando Kathy me beijou no Cassino e depois quando Bia me beijou... Bem, ela não gostou muito dessa última... Disse que eu estava me tornando igual aos homens comuns...
Kathy soltou uma risadinha.
Charles virou-se para ela.
– Continue - disse a garota tenando segurar o riso.
– Circe disse que se eu continuasse assim, perderia meus poderes - continuou Charles.
– Quando ela diz "poderes" ela está se referindo ao que você fez com o vendedor lá no terminal de Fredie Ricton? - perguntou Luke.
– Eu não sei, ela disse apenas para eu "ouvir meu coração". - respondeu meu irmão imitando a voz da feiticeira.
– Ela disse maus alguma coisa? Sobre algum de nós ou sobre nossa missão? - perguntei.
– Sim - ele virou-se para Luke. - Ela falou de você.
– De mim?! - espantou-se Luke.
– Sim. Disse que você é um herói - Luke suspirou aliviado - Mas disse para tomarmos cuidado, pois você adora brincadeiras, qualquer tipo de brincadeiras...
Luke revirou os olhos e depois desviou o assunto.
E assim fomos, conversando e galando besteiras atê chegarmos ao porto.
– E agora? - perguntou Charles observando os barcos ancorados - Nenhum dos barcos é adequado para nos levar até o norte. Sem contar que não temos comida e nem suprimentos para a viagem.
– Tem razão - disse Kathy - Esses barquinhos de madeira não aguentariam até o Norte. O único barco que seria pelo menos sensato viajarmos é aquele navio enorme ali, mas acho que seria meio impossível roubá-lo.
– Talvez não precisemos roubá-lo exatente... - disse Luke pensativo.
– Como assim? - perguntei.
– Esperem aí - disse ele corendo em direção a um homem que trajava fardas de marinheiro, á alguns metros de distancia de nós.
Ele parou o homem e os dois começaram a conversar, conversa da qual não conseguíamos ouvir daquela distância. Então Luke agradeceu ao homem e em seguida correu em nossa direção novamente.
– O moço disse que aquele Navio vai cruzar toda a costa norte da Europa - informou ele - poderíamos pegar uma carona até a Dinamarca.
– Ótimo - concordei - mas tem um pequeno detalhe: NÓS NÃO TEMOS DINHEIRO PRA EMBARCAR EM UM CRUZEIRO!!
– Eu disse que poderíamo pegar carona, não que iríamos pagar as passagens - retrucou Luke abrindo seu sorriso malicioso irresistível.
Charles sorriu.
Kathy sorriu.
Eu sorri.
– O navio parte daqui três horas - disse Luke.
Sentamos em um banquinho de madeira e começamks a conversar sobre assuntos incrivelmente bestas enquanto esperávamos.
Quando deram as três horas de espera, e as pessoas já começavam a embarcar, fomos caminhando em direção á entrada do navio.
– Luke, segure minha mão, Charles, segure a mão de Luke e Kathy, segure a mão de Charles - falei - Vamos desapareer em meio a multidão. Literalmente.
Eu nos deixei invisíveis e nós nos misturamos a multidão que entrava no cruzeiro, conseguindo assim, entrar sem sermos vistos.
Fomos adentrando o navio, tomando o maior cuidado para não fazer nenhum barulho, pois qualquer ruído poderia nos denunciar. E acredite quando digo que atravessar o salão do navio, tendo que desviar de todas aquelas pessoas que andavam feito loucas para lá e para cá com suas malas, e ainda por cima sen produzir um ruído sequer, não é nada fácil.
Precisávamos arranjar um lugar para nos esconder até que o tumulto passasse. O primeiro ligar que avistei foi o banheiro feminino.
Fui guiando Kathy, Charles e Luke para dentro. Pude sentir a resistência dos dois garotos ao ver que entrávamos em um banheiro feminino, mas mesmo assim continuei puxando-os para dentro.
O banheiro parecia aparentemente vazio, por isso, soltei a mão de Luke, este soltou a mão de Charles, que por sua vez, soltou a mão de Kthy, fazendo nossa corrente de invisibilidade se quebrar e nossos corpos reaparecerem.
– Melhor nos escondermos em um dos boxes - sugeriu Kathy.
Concordei com a cabeça.
– Ainda não acredito que estou me escondendo em um banheiro feminino - murmurou Charles.
Dei uma risadinha.
– Vamos lá - falei entrando no maior dos boxes, destinado aos cadeirantes. Kathy, Charles e Luke entraram logo em seguida. Fechei a porta.
Ficamos dentro do boxe sem dizer nada durante o que pareceram horas. Diversas vezes ouvimos o barulho dos sapatos de salto das mulheres que entravam e saiam do banheiro.
– Será que já podemos sair? - perguntei.
– Acho que sim - respondeu Charles abrindo a porta.
Ele ia saindo do boxe, mas de repente parou.
– Charles? O que aconteceu... - comecei a perguntar, mas então reparei en quem Charles estava encarando.
A garota de cabelos negros e lisos, com os lábios perfeitamente delineados. Bia.
– Charles?! - espantou-se Bia - O que está fazendo aqui?
– Bom, é uma história complicada, de como cheguei no navio, mas... - meu irmão começou a explicar.
– Não falo do navio! O que você faz no banheiro feminino?! Por acaso virou gay?! Isso seria uma perda e tanto... Mas explicaria o fato de você não ter ficado muito a vontade quando nos beijamos...
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