A Deusa do Medo escrita por Ana e Mah


Capítulo 1
Um dia mais do que especial


Notas iniciais do capítulo

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Hoje era um dia especial, pois é o dia no qual mamãe e papai voltam para casa. Eles passam a maior parte do ano viajando em missões para resgatar semideuses em perigo (Isso é tão heróico). Por isso, eu e meu irmão, Charles, vivemos com nossa avó paterna, Sally, e de 15 em 15 dias eles vem nos visitar, e contam-nos diversas histórias sobre quando eram jovens.

      A história mais legal que o papai conta é a da vez que ele derrotou Cronos, contra seus exércitos de monstros e semideuses. Também gosto daquela em que papai perdeu a memória, e a única coisa de que se lembrava era do rosto da mamãe, é tão romântico! Mas não é mais romântica do que a do primeiro beijo deles, no labirinto. Acho super engraçado quando papai   conta que mamãe tinha ciúmes de minha madrinha Rachel. Acho estranhas as aventuras de mamãe com Thalia, mas nas histórias, Thalia é mais velha que ela, o que na realidade é um pouco mais velha que eu, e vira e mexe tenta me convencer a me tornar uma caçadora. O mais engraçado, são as estórias contadas na versão do titio Grover, ele conta de uma forma ridiculamente engraçada, nem sei como ficou com a titia Júniper, afinal, ela é uma ninfa do bosque super responsável, ao contrário do tio Grover.

        Adoro quando Nico vem nos visitar, ele é meio sinistro, mas ele é super legal. Gosto de ouvir ele falando sobre o mundo inferior, um dia ainda vou visitar esse lugar viva, igual à meus pais.

       Um carro parou em frente nossa casa de verão. Papai e mamãe haviam chegado. Aquela seria uma tarde perfeita. Iríamos ouvir histórias, comer doces azuis e para melhorar no dia seguinte iríamos para o acampamento meio-sangue.

       Não somos completos semideuses igual à mamãe e papai, mas mesmo assim vamos ao acampamento para treinar nossos pequenos dons divinos. Charles não herdara nenhum dom especial, mas ele lutava muito bem, quase melhor que papai. Eu, bem, era meio estranho, toda vez que alguém chegava perto de mim para me atacar, elas acabavam recuando extremamente assustadas. Uma vez, estava lutando com um garoto, e quando ele tentou me atacar, ele não simplesmente recuou, mas ficou gritando desesperadamente como se estivesse vendo algo no qual os outros não viam, algo assustador, e quando não agüentou mais, ele pulou no lago de canoagem e acabou se afogando, como se tivesse medo de colocar a cabeça para fora da água. E isso não é tudo, às vezes consigo sentir o que as pessoas mais temem. Me senti muito culpada pela morte de Logan, apesar de todos dizerem que não foi culpa minha.

        Tenho que parar de pensar negativamente, e curtir essa tarde maravilhosa que iríamos ter em família. Subi até o quarto de Charles e bati na porta.

        --- Charles! Mamãe e papai chegaram! --- disse eu.

        Ele abriu a porta e me olho com seus olhos cinzas, depois abriu um longo sorriso. Charles era a pessoa mais doce que conhecia. Ele era educado, inteligente e legal. Nós nos dávamos muito bem, ele vivia rindo de minhas piadas e eu de suas caretas.

        --- Vamos descer Silena, estou ansioso para rever nossos pais.

       Quando estávamos descendo as escadas vovó interceptou o caminho e disse:

       --- Não, não desçam agora --- sua voz parecia preocupada, mesmo ela tentando disfarçar --- Fiquem no quarto. Vamos fazer uma surpresa para eles. Não saiam do quarto até eu mandar.

      Desconfiada, entrei com Charles em seu quarto e fechamos a porta.

       --- Si, tem algo estranho acontecendo --- disse Charles, sério --- Ela nunca pede para ficarmos no quarto quando papai e mamãe chegam, pelo contrário, ela diz para não entramos, afinal, não é todo dia que os vemos.

      --- Tem razão --- concordei --- Vamos ver o que está acontecendo.

      --- Não...

     --- Fala sério! Você realmente quer ficar nesse quarto enquanto tem algo esquisito acontecendo com nossos pais? Meus deuses! Ás vezes me surpreendo com sua falta de curiosidade.

     Sai do quarto com Charles logo atrás de mim. Descemos sorrateiramente as escadas e colamos os ouvidos na porta da cozinha, que estava trancada, obviamente.

     --- Ela não tem os poderes comuns de uma semideusa, Percy --- disse mamãe preocupada.

     --- O garoto teve um ataque do pânico, Silena não teve nada a ver com isso --- uma onda de choque passou por meu corpo, ao ouvir papai dizer meu nome.

     --- Não é a primeira vez. Quíron nos disse que as pessoas temem chegar perto dela --- disse mamãe, soluçando --- Quando ela tinha seis anos, ela me perguntou se era normal sentir medo, e eu disse que sim, então, ela me perguntou se era normal sentir o medo de outras pessoas...

     Todos mergulharam em profundo silêncio. Quando meu irmão era menor ele me chamava de medrosa, mas ele não compreendia. Eu não tinha medo, mas os outros tinham, eu podia sentir.

     --- Não posso acreditar no que me disse, Annabeth --- disse papai --- Nossa filha uma deusa...

     Gelei. Como assim? Uma deusa? Não faz sentido! Só então pensei: papai e mamãe são semideuses, ½ + ½ = 1, logo semideus + semideus = deus.

       Ainda não conseguia acreditar. Eu? E Charles? Se eu herdara todos os dons divinos, o que restou para Charles? Ele não tinha nenhum dom sobrenatural igual a mim, então quer dizer que Charles é um humano? Um simples humano?

       Em meio daquela explosão de pensamentos em minha cabeça, acabei esbarrando na maçaneta da porta, abrindo-a.


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Notas finais do capítulo

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