-Sou uma Vampira, Ang! –Eu respondi de cabeça baixa.

-Isso... –Ela parou de boca aberta. –é o maximo.

-Como? –Perguntei.

-Deve ser muito maneiro ser imortal, ter poderes e não envelhecer! –Ela disse super-animada. –Então é por isso que os Cullen’s não falavam com os humanos antes de você chegar.

-Sim. –Eu disse. –Eles não sabiam que eu sou uma vampira, e prefiro que continue assim.

-Por quê? –Ela perguntou.

-Por que Aro o rei dos vampiros me quer na guarda Volturi. –Eu disse abaixando os olhos para minhas mãos. –Ele mandou matar todos os meus amigos só para que eu fosse para lá, ele só não contava com o poder de minha mãe de se transformar em humana.

-Então como os Cullen’s eram amigos dele você preferiu não confiar! –Ela encerrou o assunto já sabendo que estava certa, sem precisar eu assenti abaixando os olhos. –Eu te aceito assim Bells e não contarei a ninguém.

-Obrigada Ang. –Eu disse.

-Bom eu preciso ir! –Ela disse pegando o celular.

-Eu te levo! –Eu disse.

-Não precisa Ben vem me buscar! –Ela sorriu para mim, suas bochechas corando.

-Fico feliz que vocês se amem! –Eu disse e ela me abraçou, fui até a frente da casa com ela, e ficamos conversando enquanto esperávamos Ben chegar, assim que ele estacionou o carro, Ang se foi me deixando um sorriso de esperança.

 Minha garganta não ardia tanto o que era bom para mim, usei o poder de meu pai para deixar meus olhos dourados sem nenhum requisito de vermelho afinal não queria que eles ficassem chateados comigo.

 Ficamos conversando na sala quando uma visão nada boa me atingiu, soltei um grito de terror ao ver o que estava para acontecer e me pus de pé, meus pais também ficaram esperando que eu dissesse algo.

-Ângela e Ben, vão sofrer um acidente de carro na avenida perto da entrada para a antiga casa dos Cullen! –Eu disse já saindo pela porta com eles logo atrás, corremos o mais rápido que podíamos e chegamos no momento em que o carro capoto, minhas mãos foram para minha boca, se um vampiro pudesse entrar em choque eu já estaria, o carro estava destroçado e me surpreendi ao ver meus amigos ainda de olhos abertos.

-Bella! –Ben chamou baixo, se não fosse uma vampira não ouviria.

-Vou ligar para a ambulância. –Minha mãe disse.

-Não dará tempo! –Eu avisei e me senti tremer.

-Bells, nos salve! –Ang pediu e eu sabia no que ela se referia.

-Não me peça isso Ang, se eu o fizesse vocês teriam que ficar longe dos humanos, da sua família, teríamos que nos mudar. –Eu disse.

-Eu não me importo! –Ela disse e sorriu fraco para mim. –Ben preciso que me escute, Bella é uma vampira e pode nos transformar basta você disser que quer! –Ele arregalou os olhos me olhando.

-Se salva-la eu aceito! –Ele sussurrou, Ang não ouviu por que era muito baixo.

-Ele aceitou! –Eu disse a ela.

-Então faça! –Ela pediu mais uma vez.

-A escolha é sua filha, se quiser fazemos isso, mas tem que ser agora se não será tarde. –Meu pai me alertou e eu suspirei.

-Isso vai doer e vai queimar por três dias. –Eu avisei e apontei Ben para meu pai.

-Vou buscar gasolina e nós queimaremos tudo, quando terminarem levem eles para nossa casa. –Mamãe disse e saiu.

 Me abaixei e peguei o pulso de Ang me sentindo o pior monstro de todos por condenar minha amiga a eternidade sem sua família, com apenas uma amiga e o amor de sua vida, então eu a mordi e coloquei o maximo de veneno em seu corpo assim que separei meus lábios de seu pulso vi meu pai sorri, ele havia mordido Ben também no pulso.

-Vamos! –Meu pai disse, pegamos meus amigos e o carregamos para a casa, tive uma visão da minha mãe tacando fogo no carro e jogando dois corpos já mortos no carro usando seu poder para que eles parecessem Ben e Ang, e se escondendo assim que a policia os bombeiros e a ambulância chegasse.

-Mamãe logo chegara. –Disse colocando Ang em minha cama ao lado de seu amado.

 No outro dia fui até a escola com minha pior cara, já sabia que não teria aula e passei na casa de meus amigos para dar meus pêsames a seus pais, deixei que Alice visse um pequeno futuro para que eles achassem que Ang e Ben estivessem mortos, e assim voltei a tampar o futuro para que ela não soubesse nada mais.

 Três dias se passaram e ouvi-os gritarem para morrerem, pois a dor era insuportável e eu bem sabia como era apesar de meu criador ter dito que diferente de meus pais eu não soltei nenhum grito, eu havia sentido toda a dor da queimação e tentava com todos os meus poderes acalmar meus amigos.

-Filha, você precisa caçar! –Minha mãe disse assim que ela e meu pai chegaram do serviço.

-Depois que eles acordarem. –Eu disse. –Não nos mudaremos agora, pois podem desconfiar, teremos que usar seu poder neles mãe para que eles não ataquem ninguém porem vamos transformá-los em outras pessoa!

-Eles ficaram bem filha! –Meu pai disse passando as mãos em meus braços.

-Preciso contar algo para vocês. –Eu disse me sentindo envergonhada por ter matado pessoas, meus pais ficariam uma fera eu tinha certeza mesmo sem prever seus futuros, afinal eu me deixei levar por um amor idiota.

-Fale filha! –minha mãe disse.

-Eu matei algumas pessoas na minha ultima caçada! –Eu disse olhando o rosto de Ang que já havia mudado.

-O que? –Meu pai perguntou assustado.

-Eu estava irritada e matei uns idiotas em Seattle. –Eu disse mostrando a eles meu passado e as pessoas horríveis que encontrei.

-Querida não poderia se deixar levar por causa deles! –minha mãe disse mais controlada.

-Eu sei e estou com raiva de mim mesma. –Eu disse passando as mãos no meu rosto.

-Você não é um monstro querida, não deixe que esse amor te transforme em um! –Meu pai disse colocando as mãos em meus ombros.

-Acordarão em dois minutos. –Eu disse depois de prever isso.

-Sejam bem-vindos meus filhos! –Papai disse assim que eles abriram os olhos.

 Após explicarmos passo a passo sobre os vampiros para eles, eu e meus mais novos irmãos fomos caçar, expliquei como se caçava animais e eles foram acabar com a queimação, eu também me alimentei sentindo o gosto de animais em minha garganta.

 Voltamos para casa sorrindo, meus pais haviam decorado o quarto de visitas para Ben, e um para Ang, e explicou que eles não poderiam sair de casa até nos mudarmos, mas mesmo assim mamãe os transformou em humanos diferentes para que eles se sentissem mais confortáveis, era sábado e eu disse que iria dar uma corrida.

 Sai de casa e fui a La push como humana, estava incomodada com a estória dos lobos, afinal para os reis volturi eles teriam acabados com os transmorfos há muito tempo, para todos os vampiros não existia mais nenhum transmorfo no mundo.

 Vi um penhasco e sorri, por que não deixar um pouco a preocupação para sentir a adrenalina correndo em minhas veias, fui até o penhasco e me coloquei na ponta, eu percebi um pouco antes de pular que não estava usando nenhum dos meus poderes e não me importei afinal não me lembrava de nenhum motivo para usa-los.

 Assim que pulei do penhasco notei que meu corpo não agüentaria a pressão e me transformei em vampira ainda no ar, nadei até a praia e assim que sai vi vários lobos a minha volta e apenas dois deles em forma humana, e ao ler a mente deles notei o que tinha feito, eles sabiam como eu era humana e agora queriam minha morte.