Say When... escrita por EllahJackson, Héracles


Capítulo 20
Rehab


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, desculpa a minha demora!
Boa leitura!
Música do capítulo: Rehab - Amy Winehouse
http://www.vagalume.com.br/amy-winehouse/rehab-traducao.html



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PoV Rachel Elizabeth Dare



Quíron! Senhor D! Alguém! – gritava vendo a montanha de pó e a ausência do dourado na árvore. Corri até a casa grande e continuei gritando histericamente.

– Olha, espero que seja uma boa razão Rachel, senão, não importa o que Apolo disser, transformarei você em uma barata! – reclamou o Sr. D saindo de seu quarto, com uma estranha máscara facial verde. Ele deve ter percebido que eu notei, por isso estalou os dedos e sua cara voltou ao normal.



– Se acalme, Rachel, tome um pouco de chá. – Quíron chegou e me entregou um copo. Depois que eu tomei, ele começou a dizer – então, o que aconteceu?



– Eu estava sonhando que Peleu lutava com outro dragão e uma pessoa montava nele, até que ele foi ferido, aí eu acordei e corri até lá...



– Quíron – Sr. D falava desapontado – eu não vou poder transformar a menina em barata. Olhe lá fora! – e então Quíron percebeu as ausências.



– Temos que convocar uma reunião do conselho imediatamente!





PoV Clarisse La Rue



Após derrotarmos Cronos, minha vida mudou completamente. Cresci, amadureci, deixei de ser aquela menina valentona e brigona e fui fazer faculdade. Depois de um tempo, me casei com Chris. Ninguém pensaria que eu, Clarisse iria ser o que sou hoje. Quer saber que profissão escolhi? Sou professora. Eu sei, quem está lendo isso deve ter caído da cadeira. Eu mesmo acho difícil de imaginar eu sentada em uma cadeira com um monte de pirralhos gritando, e eu toda descabelada implorando por silêncio. Mas não sou esse tipo de professora. Virei uma que
combina perfeitamente comigo: sou uma professora de esgrima!



Eu sei, uma escolha ótima. Ganho razoavelmente bem, porque ensino a arte de tocar em uma espada aos mortais riquinhos. Tem alguns que são tão ruins que se eu usasse toda a minha força e habilidade (eu sei, sou muito modesta) eles cagariam nas calças de medo. Mas tem outros muito bons mesmo, que são adversários dignos, seriam de ótima ajuda em uma guerra.



Chris virou policial. Às vezes o invejo por combater o crime, ser realmente útil aos mortais, mas quando olho as pistolas... Não que eu tenha medo. As considero como um arco e flecha. Os utilizadores m antêm distância do alvo como covardes. Todos sabem que sou mais uma lança e um escudo!



Ah, eu já estava esquecendo: antes de fazer faculdade, servi à Marinha dos Estados Unidos. Lá percebi como as pessoas podem ser muitíssimo piores que os monstros. Mas as guerras contra mortais não são nem de longe comparáveis com uma luta contra monstros. Mas aprendi muitas coisas positivas indo para a guerra: o trabalho em equipe, as boas estratégias...



Um dos meus assuntos preferidos é a Segunda Guerra Mundial. Qual aliança escolheria? Não. Não seria os aliados. Ignorando o nazismo, escolheria o Eixo. Mas eu teria feito diferente, não atacaria a União Soviética cedo, primeiro derrotaria a Inglaterra e a França, e depois que atacaria a UR. Mas se eu continuar falando disso, vou gastar muitas palavras e principalmente, tempo.



Hoje, Chris tem que trabalhar em um caso, por isso fiquei sozinha no nosso apartamento. Não fiquei tão sozinha. Não estou trabalhando também, porque estou de licença.

Estou esperando um Bebê.



Não é o máximo? Um mini Clarisse! E pensar que os semideuses costumam não durar até a idade adulta a ponto de ter filhos... Mas não foi fácil continuar viva. É claro, teve a guerra, mas depois, como passei a viver no mundo mortal os ataques de monstros eram freqüentes. Devido é claro, ao meu cheiro de semideusa forte.



Vocês devem estar pensando porque não quis continuar no Acampamento Meio Sangue. Não iria continuar lá mesmo! É aqui fora que as coisas acontecem de verdade. Não preciso de proteção vinte e quatro horas, o acampamento é para crianças!



Diferente de mim, Chris não pode carregar uma espada de bronze celestial. Eu tenho uma guardada comigo sempre que vou dar aula. Ele não pode. Mas uma idéia do pai da Annabeth o ajudou muito: ele sempre carrega balas de bronze celestial para qualquer emergência...



Eu estou super empolgada com o que está passando na televisão agora, o campeonato da UFC. Deuses! Aquilo me deixava muito inspirada, ficava tão sádica depois de terminar... Gostava também de assistir à canais de história, mas só quando passa algo relacionado à guerras, claro.



Vocês podem pensar que eu sou bipolar, mas fiquei com saudade do acampamento... Retiro o que disse, vocês não podem pensar que
eu sou bipolar, podem se quiserem suas caras enfiadas na privada, manés!



 Me lembrei da minha rixa com Percy. Até fiquei sentindo dalta
dele, da Annabeth, de nossas discussões e brigas... parece até meio engraçado. Estava com as nostalgias, me desconcentrando totalmente da UFC que de repente a minha televisão fica enevoada, como se tivesse aparecido uma fumaça. Gritei de susto quando vi um rosto de uma mulher ruiva. Estreitei os olhos e vi o oráculo de Delfos, Rachel.



– Oi Clarisse! – disse ela alegremente e depois retesou – por que gritou? Está assustada com o quê? Você gritando?



– Olha aqui, quando se passa um tempo no mundo mortal, esquecemos das coisas, e quando se está  assistindo a Maldita televisão e se quer paz... – eu já estava gritando com o oráculo que começava a me encarar intrigada.



– Calma, Clarisse! – ela tenta me acalmar – e então como você está? Vivendo bem com os... outros mortais?



– É... Estou bem sim! – respondi já novamente acostumada com a mensagem de íris. – Se estou vivendo? Ainda não enfiei a cabeça de nenhum na privada. Ah, dou aula de esgrima!



– Sério? – perguntou com sarcasmo – eu dou aula de artes e sou uma socialite.



– Como é que você agüenta isso? – perguntei.



– Eis a questão. Não agüento. – e rimos muito. Conversamos mais um pouco... até que a mensagem começou a enfraquecer.



– E então, por que me ligou? – questiono, até que escuto uma voz conhecida:



Já falou para ela Rachel? – Quíron diz.



– Vish... Esqueci... Clarisse, é que... – e a mensagem de íris acabou, me deixando finalmente assistir à luta de boxe que já não me interessava mais, porque
estava super hiper curiosa.



Desliguei a televisão por fim e fui me dedicar à busca de uma Dracma. Precisava saber que assunto era esse de Rachel. Mas minhas buscas ficaram muito impossibilitadas... Não podia me abaixar para procurar no chão devido à gravidez.



Então fui até o meu quarto, pegar as chaves do meu quarto. De repente elas caem.



– Droga... – murmurei. Fazendo o máximo de esforço possível consigo pegar minhas chaves e quando levanto, vejo novamente um ser ruivo na minha frente!



AAAAAAAAAHHHH! RAAAACHEEEL! – gritei com medo.



– Voltei! – Rachel disse rindo. Passado o susto, respondi:



– E então? O que está acontecendo de tão importante? Imagina se o acampamento estivesse sendo atacado?



– Quase lá. Estamos a caminho disso.  – ela disse,
agora séria.



– COMO ASSIM? – perguntei.



– É que essa madrugada, um ser montado em um dragão e matou Peleu e roubou o velocino! – ela terminou me deixando abalada. Com essa sorte de semideus, os meus problemas nunca acabam. Agora me responde, como é que eu vou ajudar a defender o acampamento estando grávida? Só pensei em dizer isso, porque se dissesse, Rachel poderia pensar que eu estava amarelando. E além do mais, gravidez não é doença.



– E por que você me ligou? Você não disse especificamente. – disse tentando retardar o  pior.



– Clarisse, não precisa mentir para mim. Eu sei que está grávida, é um menino e irá se chamar...



– Escuta aqui! –  eu interrompi com raiva – eu e Chris  lanejávamos surpresa! Não queria saber!



– Foi mal! – ela se desculpou – me mandaram te ligar porque, bem, precisamos de conselhos de veteranos... e como foi você quem trouxe o velocino... – ela estava conseguindo ganhar meu respeito.



– Por que não pede à  Annabeth, Nico...



– Eles estão em uma missão... Além disso, você é melhor que eles – puxa saco...



– Ok, em algumas horas estou aí! – disse eu, e ela sorriu e a mensagem se desfez.



Pronto. Agora eu estava em apuros. Antes de tudo, fui ligar para Chris. Peguei o celular e digitei o número:



Oi amor, tudo bem? – ele disse.



– Bem, uma notícia boa e outra mal. – respondi.



Diga a ruim primeiro .



– Eu fui chamada no acampamento porque o velocino de ouro foi roubado, e tenho que estar lá porque sou veterana. Depois que acabar o caso, você também tem que ir lá. E, a propósito, vou pegar sua arma reserva com balas de bronze celestial, ok?



Ok, e qual é a notícia ruim? – ele perguntou.



– Rachel  previu o futuro acidentalmente e disse o sexo do bebê. É um menino, se eu não a tivesse parado ela teria dito o nome também, imagina?



– Você acabou de agir igual a ela! – ele reclamou. – Então cuidado! Até logo! – e desligou o telefone.



Arrumei uma mala, peguei a pistola e balas de bronze, e peguei as chaves do carro. Tirei algumas coisas da tomada e saí. Tranquei o apartamento e peguei o elevador.



Preparei o banco, coloquei a mala no carro, a lança, prendi a pistola, sentei e liguei. Confesso que era difícil dirigir com essa barriga, mas para quem conduziu a Quadriga de Ares...Dirigi numa boa, saí de Manhathan para a estrada deserta de Long Island quando o carro dá um solavanco e sinto uma das partes abaixada. Parei o carro, quando vi que um dos pneus estava furado. Ótimo. Peguei o celular, mas não conseguia ligar para ninguém porque estava sem sinal. Aí me lembrei do meu filho. Meu cheiro para os monstros deve ter aumentado muito, e também, eles devem saber minha localização devido a minha imprudência de carregar um telefone. Desliguei-o mas era tarde demais. Um ciclope estava parado perto de mim com um bastão, e ria com os dentes tortos e podres.



– Hum... almoço em dobro! – ele disse me provocando arrepios, me fazendo  lembrar da ilha de Polifemo. Ele avançou para mim com o bastão erguido. Corri para o carro, pegando a lança, pronta para dar um choque mas ele a atirou longe. Por sorte, me lembrei da pistola. Num único movimento, apontei para a cabeça de dei um tiro bem no meio do olho, derramando Icor e fazendo o monstro virar pó.



Voltei para o carro, abri o porta malas e retirei o estepe. Consegui trocas o pneu e sentei no carro, me acalmando. Dirigi por mais um tempo até o acampamento, quando vi alguns semideuses lutando contra muitos monstros. Só via uma árvore sem dragão e sem velocino.












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Notas finais do capítulo

Como ficou?



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