POV SELENA

É hoje que Demetria sairá da clinica, e uma das coisas que eu mais desejava eu não podia ter, que era está ao seu lado nesse momento. Não lhe dei apoio quando ela mais precisava, eu a ignorei, me afaste, passei por cima de tudo como se ela não importasse pra mim, quando na verdade é a única coisa que importa. Me afastei tentando juntamente afastar esse velho sentimento e depois de quase um ano eu definitivamente não conseguir. O que piora é eu saber que boa parte dela ter ficado daquele jeito foi minha culpa.

Eu fui idiota o bastante me afastando dela, deixando meus sentimentos de lado, e a prejudicando, me sinto um lixo, um monstro, tinha que pedir desculpas, tinha que falar que tudo o que aconteceu havia um motivo, medíocre da minha parte mais havia.

E se ela não quiser me ouvir? E se depois de tanto tempo ela esqueceu que eu existo? Isso seria possível? Bem, acho que não... Eu sabia que era difícil se esquecer de uma pessoa que nos fez sofrer.

O choro repentino já fazia parte do meu cotidiano, a dor a saudade... Tudo, piora a cada dia. Tanto tempo, e em nem um dia se quer ela saiu de meus pensamentos. Durante noites eu me perguntava se acontecia com ela também, esse turbilhão de pensamentos não me deixando sossegar um minuto, será que mesmo me odiando ela pensa em mim?

Nesse momento ela já deveria estar em sua casa comemorando sua volta com sua família e amigos. Está ai uma coisa que me fazia falta, família. Já que nunca tive realmente uma a de Demi sempre foi minha também. Eram eles que me apoiavam, comemorava junto a mim as datas que eram significantes e logo minha ex melhor amiga estava presente, sempre esteve do eu lado. Minha consciência pesa quando eu lembro que não conseguir retribuir todo o amor que me foi dado por eles. Tinha que o mais rápido tentar esclarecer-me para ela.

POV DEMI

Finalmente de volta, depois da minha recuperação sobre tudo, ou quase tudo, estou eu aqui de volta, Demi lovato como todos se lembravam, só que com algumas mudanças.

Todos estiveram ao meu lado durante esses meses, meus amigos, meus familiares, meus fãs, menos a pessoa que eu desejava que estivesse eu cheguei à verdade a pensar que estava mais Selena fez o favor de me provar o contrario, me abandonou no momento em que eu mais precisava.

Durante anos me fez pensar que tudo o que tivemos tivesse sido verdadeiro, que ela se preocupava comigo assim com eu por ela. Tive que seguir em frente sem o meu alicerce, enfrentar situações que eu nunca me imaginava e tentar superar as marcas do passado sozinha. Nunca me ligou para me pedir as desculpas tão necessárias.

Livro-me dos pensamentos inúteis quando percebo está em frente casa de minha família, não conseguir agüentar e sai em direção a casa sem antes minha mãe ter descido do carro, acelerei os passos ao ouvir a musica baixa que vinha de dentro. Meu melhor sorriso brotou em meus lábios assim que meus olhos deram de encontro com todos que estavam presente.

– Demi! – a de cabelos castanhos gritou ao me notar – Não sabe o quando é bom te ver amiga, consegue imaginar o tamanho da saudade que sentimos enquanto esteve lá?- Miley me deu um a abraço apertado.

– Não mais que eu. Senti falta de cada uma de vocês – soou mais sincero do que o esperado.

– Demi, linda como sempre – Joe, por mais que nosso relacionamento não tenha dado certo, nós somos grandes amigos.

– Joe que isso, e você gentil como sempre – depois de cumprimentar todos, um por um, eu vou em direção a Miley.

– Então, me conte as novidades, preciso saber de tudo, namorando muito? – perguntei fado-a rir.

– Nossa baixinha, você mal chegou e já está querendo fofocar? E respondendo sua pergunta, não ultimamente eu estou mais na seca que o deserto do Saara, e você arranjou alguém que te mereça lá na clinica? – Miley –

– Sabe que eu não fui pra isso, então não arranjei ninguém, estou na mesma situação que você só que não preciso e também não estou à procura de ninguém - lhe lanço um sorriso singelo. Subitamente me lembro de alguém, mais precisamente de Selena. Eu sabia que era impossível mais me senti na necessidade de procurar-la em meio aos convidados, inclino meus pés tentando me fazer mais alta parar olhar melhor, sei que era idiotice de minha parte foi em vão.

– Ela não veio querida, sentimos muito, nós até tentamos ligar, não sei pra que na verdade foi mais por insistência de Tia Diana, e como de costume ela não atende mais os nossos telefonemas – Miley fala naturalmente.

– É, tudo bem, se ela não atendeu é por que não quer contato, não vou me abalar com isso- “não mais” penso e logo solto um suspiro.

– Sei que você sentiu falta dela dentro desse tempo que ficaram separadas, e ainda sente, pode falar, dou sua amiga e te conheço muito bem – Miley –

– Exatamente você é minha amiga, e eu por inocência pensei que ela também era.

– Olha Demi, deve ter um bom motivo para Selena ter se afastado de você – Miley –

– Talvez ela tenha mesmo, e eu espero que seja um muito bom motivo pois ela nunca veio me falar o por que de tudo. Quando eu perguntei o porquê das atitudes dela, nem deu o favor de me dar uma explicação convincente, só disse que nossa amizade havia mudado de mais, era tão importante assim. Você não faz idéia do quanto ela me magoou? – pensar em tudo fez meu peito se contrair – ainda dói, dói muito – meu lamento sai baixo dessa vez, mais ela não deixou de escutar - Se eu cheguei até aqui sem ela, então eu posso continuar – a lagrima escorrer pelo meu rosto me fazendo bufar.

– Hei não chore, eu sei que dói conviver com uma pessoa durante anos e ela te decepcionar desse jeito mais tente esquecer isso ok? Pelo menos por enquanto, você não pode ficar triste hoje, está no meio de uma festa onde todos estão felizes por você então faça jus, e se serve de consolo, no final as coisas tudo se ajeitam – Sua tentativa de me deixar melhor funcionar, Miley sabe o que dizer para me alegrar.

– É por isso que eu te amo sua boba, obrigada por estar do meu lado – abraço o corpo alto do meu lado.

– OWT não fala assim se não eu choro – Miley –

POV SELENA

– Essa droga de celular não para de tocar!- Meu grito faz um pequeno eco em meio a casa tão grande na qual eu me encontrava, e sozinha – Alo – atendo a ligação com um pouco de raiva, essa é a primeira que eu atendo nos últimos cinco dias, desde quando eu soube que ela saíra e estava em casa.

– Finalmente você deu sinal de vida. Estamos todos muito preocupados com você. Será que pode dizer onde está? Fui a sua casa duas vezes essa semana e você não estava, seus pais já fizeram diversas ligações para mim perguntando por você, eu tive que mentir falando a senhorita estava em uma reunião – a voz do meu empresário sai nada amigável o que me faz sentir uma pontada de culpa.

– Meus pais? Há então eles lembraram que tem uma filha? O que eles queriam dinheiro? Poupe-me Adam, não tenho pais e se tenho eles não sabem que tem uma filha, por que até onde eu sei pais de verdade ligam todos os dias pra saber como os filhos e não de seis em seis meses – minha raiva avolumava-se a cada palavra que saia de minha boca. Então de uma hora para outra os adultos queria ser meus responsáveis? Eu passo, já fazia muito tempo que perdemos contato e não era agora que nos reconciliaríamos.

– Pare com isso Selena, não acha que esse seu drama com o mundo já está passando dos limites? Eu juro que me esforço para entender o porquê de você estar assim agindo dessa maneira, mais já está demais não acha? – eu sabia que estava errado descontar tudo em uma das únicas pessoas que se mostrou forte por mim mais eu não consigo controlar o que está acontecendo - Você não é mais aquela menina que falava sorrindo com todo mundo, que amava seus melhores amigos, amava seu trabalho e seus fãs! – sua elevação de voz é notável ao terminar a fala.

– Escute Adam, não mete meus fãs nisso ok? Você sabe que eles são tudo pra mim, bom ou quase tudo, mesmo assim, as pessoas mudam. Eu mudei então é melhor você aceitar essa nova Selena ok? Agora eu preciso desligar já é tarde e eu vou dormir – minha fala soou mais grosseira do que eu previa.

– Eu preferia a Selena antiga, todos preferiam... Mais se vai se assim, durma bem querida – tristeza era isso que havia em sua voz.

– É... Obrigada – não é assim que tem que ser não com ele... Afinal, fazia parte da minha vida desde sempre. Era ele que me levava para tomar sorvete dia de domingo quando eu me sentia triste sozinha e não queria ver ninguém – Espere Adam, desculpa esta bem? Eu não queria te tratar assim, só estou passando por um momento difícil. Eu queria muito dividir isso com você, mais acho que ainda não é o momento, prometo que tentarei acertar as coisas, só não fique chateado comigo acho que não agüentaria perder você também – as palavras saem rápido com medo que ele desligue e não ouça tudo.

– Princesa eu já disse que estou aqui, e vou estar sempre ok? Eu já percebi que a sua vida pessoal não anda a das melhores, mais as coisas vão melhorar, entendo você querer resolver tudo sozinha, admiro isso e acho muito maduro de sua parte, eu só quero o seu bem Sel, você é a minha baixinha esqueceu? – fecho os olhos e meu sorriso sai puro enquanto guardo cada palavra que me foi dita.

– obrigada, eu te amo... – era verdadeiro, como uma filha sente por um pai, um pai gay... Mais ainda assim um pai.

– De nada princesa, agora vá dormir já está tarde... Amo você baixinha – a algum tempo não ia para a cama com um sorriso no rosto.

***

POV DEMI

Novo dia e estávamos dentro do carro de minha mãe que estava me levando para minha casa, saudades dela, da minha privacidade.

– Chegamos querida. – minha mãe desceu do carro, acompanhada das minhas irmãs que estavam conosco.

– Nossa que saudades da minha casa, eu estava esperando por isso há dias – meus olhos brilharam ao contemplar a grande residência que estava a nossa frente.

– Demi, eu posso segurar sua mão? – a baixinha chegou ao meu lado me abraçado.

– Claro minha flor – as mãos macias de Maddie seguraram firmes as minhas entrelaçando nossos dedos.

Era incrível, mesmo depois de meses sem vir aqui me lembro de cada detalhe, estava tudo em seu determinado lugar como eu havia deixado quando sair. Procurei por vestígios de poeira nos moveis em vão, olhei cúmplice para minha mãe, sabia que ela tinha mandado alguém vir fazer faxina, sua obsessão por limpeza se tornava uma piada quando discutida por nós.

– Filha, tem certeza que já é a hora de vir para sua casa, não acha melhor ficar mais tempo com a mamãe? – Dona Diana às vezes fala como se eu tivesse dez anos, chega a ser hilário.

– Vou ficar bem aqui mãe, não se preocupe. E outro, você não mora longe daqui, prometo ir sempre – o que era verdade.

– Demetria, nós ainda teremos noites de meninas? – minha irmã mais nova me pergunta esperançosa.

– Claro que vamos minha linda, por que não? É só marcamos – o sorriso tomou conta de sua face.

– Opa, opa noite de meninas? To dentro, essas noites são sempre chatas sem mim – seu ego me sufoca.

– Você quase não se acha não é? Modesta em pessoa.

– disponha maninha.

Passei à tarde na presença delas, me ajudaram a arrumar minhas coisas, depois ficamos conversando e assistindo até dar a hora de irem. Meu corpo estava cansado, e meus cabelos sujos, meu corpo praticamente implorava por um banho, e assim eu fiz.

Não demoro mais que 15 minutos no banheiro, no geral eu não demoro a tomar banhos somente quando lavo os meus cabelos. Desde quando sai da casa de minha mãe não tinha comido nada, conseguia ouvi-la roncar, acho que minhas irmãs e eu ficamos tão entretidas com a tarde que nos esquecermos de comer.

Desço as escadas indo em direção a cozinha procurando por comida quando o som da campainha se devasta pela minha casa.

***

POV SELENA

Acordo com uma cara péssima e o humor a seguia, resolvi por mim que hoje iria esclarecer as coisas com Demi, ela teria que me ouvir mesmo que eu tenha que amarrá-la em uma cadeira. Já passam das 18h00min horas quando esperto-me para tomar um banho. Não demorei muito para me produzir, visto minha calça preta e minha blusa regata branca, o primeiro calçado que vi foi uma bota de couro lisa então seria ela, opto por não fazer maquiagem para não me atrasar, meu objetivo não era chamar a atenção dela com a minha aparência

Um frio no meu estomago me faz sorrir ao imaginar como ela estaria depois de tanto tempo, talvez os cabelos estivessem mais compridos... Mesmo assim linda.

– como sempre – suspiro alto como uma verdadeira apaixonada e logo depois sorriu pelo acontecido.

Dirigi meu carro na direção tão conhecida e evitada nos últimos meses. Não consigo enganar o nervosismo começando a bater os dedos no volante, suspiro e ligo o radio e ouço atentamente o inicio tocado por piano em uma musica tão melodiosa e que inconseqüentemente fazia lembrar-me dela Good To You, a voz do cantor entrou em mim me fazendo cantar junto a musica.

Cheguei a frente a casa de Demetria logo após o termino da musica, olho para a residência me lembrando de todos as tardes que passamos juntas, todas as noites de meninas divertidíssimas e as loucuras, impossível não sorrir com as lembranças.

Já chegavam as 20horas, sabia muito bem que não poderia parar agora que já estou aqui, todas as emoções se manifestando ao mesmo tempo eram fáceis de serem confundidas dentro de mim. Sabia estar com muito medo, mais a vontade de vê-la novamente chega a superá-lo em estantes.

Tento por vários minutos tomar coragem para adentrar o limite do terreno a minha frente, teria que fazer isso agora. Levanto meu braço passando meus dedos por meus cabelos na tentativa de deixá-los mais apresentáveis. Respiro fundo antes de tocar a campainha, um surto de arrependimento e receito me tomou conta.

***

POV DEMI

Penso por um momento se minha mãe ou Dallas que não saíram daqui a muito tempo. Vou andando em direção a porta logo abrindo e me deparando com um corpo se movendo de volta em direção a rua.

–Oi, Você quer alguma coisa? – o corpo moldava uma silhueta feminina invejável, logo que ouviu minha voz o mesmo ficara estático. Uma brisa forte passa por nós trazendo o perfume da mulher até mim, um cheiro tão inconfundível quando os olhos castanhos da pessoa a quem eu pensava que era – Selena é você? – fico durante alguns minutos esperando a resposta de quem eu já tinha certeza que era, virou-se para mim ao mesmo tempo em que soluçou baixo, o choro da morena a minha frente era incontido.

– Sou eu... – percebi seu suspiro alto procurando fôlego para continuar – Queria... Conversar com... Você – suas palavras foram pausadamente ditas em conseqüência do choro.

– Eu não sei Selena, você... Por que só agora? Não faz sentido – me deixara confusa e curiosa com o arrependimento perceptível em seus olhos. Nesse momento eu já estava chorando junto a ela, mesmo contra a minha vontade.

POV SELENA

Ninguém atendeu após o chamado da campainha, talvez ela ainda esteja na casa dos pais ou só estava dormindo. Desisto giro meu corpo já enfraquecido na direção oposta da casa voltando para o meu carro quando ouço sua voz me chamando, não pelo nome, pois ela parecia não ter me reconhecido de inicio. Fecho os olhos me deixando suspirar ao som da voz conhecida sorri confortando minha saudade da mesma.

Ainda estava estática pelo efeito que a voz exercera sobre mim. Fiquei procurando a coragem dentro de mim por alguns minutos até ouvi-la me chamar a atenção novamente dessa vez me descobrindo.

– Selena é você? – a voz rouca fez meu corpo se contrair em um arrepio. Não me lembro do exato momento em que elas começaram só sei que agora a presença delas por meu rosto era incontrolável.

– Sou eu... Queria... Conversar com... Você – tento prender o choro para conseguir falar mais os soluços em meio a ela mostrava que não era possível.

– Eu não sei Selena, você... Por que só agora? Não faz sentido – sua resposta sai baixa depois de alguns minutos talvez pensando no que falar.

– Eu tenho muito a falar Demi, por favor... Eu preciso me explicar. Me escute por favor – praticamente suplico por um momento de atenção da mesma.

– Eu não sei se é a hora certa para isso Sel – ela sabia o quanto eu adorava ser chamada pelo apelido, mais ela logo se recompõe percebendo o erro.

– Não, você não entende... Tem que ser agora, já esperei por tempo demais por isso, não consigo viver com isso dentro de mim, preciso tentar acertar as coisas... Agora – ela percebe meu desespero e sede.

– Pode começar – suspira deixando parecer que estava cansada demais para esse tipo de conversa.

– Demi eu... – a falta das palavras me fez dizer a frase mais boba para o momento – Tente me perdoar – essa sorri irônico.

– Á então esse foi o motivo da sua vinda? Perdão, realmente acha que vai ser assim? Você não tem mais nada a dizer, não tem que me explicar por que me abandonou, por exemplo? Ou achava que era só vir aqui pedir desculpas e pronto tudo resolvido? – ela para por um minuto e me encara fazendo com que eu olhe meus pés – Você era minha família Selena... Minha irmã, e me deixou sozinho no momento em que eu mais precisava de você... Mais acima de tudo... Era minha melhor amiga e estragou tudo – Seu choro parecia calmo mais eu sabia que não era bem assim.

– Você está certa... Primeiro prometa pra mim que não irá me julgar que irá me ouvir atentamente e mesmo eu não merecendo você ira tentar entender o meu lado. Eu preciso desabafar com alguém e eu realmente não achava que seria você mais você precisa saber da verdade – finalmente seus olhos entendem que havia mesmo um motivo para todas as minhas atitudes, mais ainda assim não abaixa sua armadura.

–É claro que não vou te julgar, você sabe que não... – logo ela tenta me confortar com suas palavras.

– Bem, você sabe... Nós somos amigas a tanto tempo e...

– Nós éramos amigas, amigas não abandonam as outras em momentos difíceis – seu olhar dessa vez era frio e magoado.

– Eu... Desculpa mais me deixa terminar, por favor.

– Tudo bem – Demi –

– Continuando, como eu estava dizendo, nos éramos amigas há tanto tempo e então aconteceu, percebi que meus sentimentos por você estavam além do que melhores amigas sentem – me olha confusa tentando esclarecer para ela antes mesmo de eu continuar.

– Quero dizer que o que eu sentia era mais bem mais profundo, nem eu sabia ao certo do que se tratava até que um dia eu simplesmente aceitei os fatos – a encaro mais uma vez lhe perguntando com os olhos se ela havia ou não entendido a mensagem, então prossigo.

– Eu te amava Demetria, quer dizer... Eu te amo de uma forma forte ultrapassando os limites da amizade e adentrando sentimentos novos que até hoje eu somente senti por você – seus lábios se abriram tentando dizer alguma coisa mais foi em vão.

– Fiquei assustada, sentia que não podia contar com ninguém por que logo ninguém entenderia e o medo de perder a sua amizade deixou-me levar, minha ultima tentativa de com isso seria se eu tentasse acabar com esse sentimento até então proibido e negado por mim, parecia que a maneira mais nítida para extinguir com ele seria me afastando de você, te ignorando e tentando fazer o mesmo com isso que só crescia dentro de mim. Quando percebi meu erro você já estava mais do que magoada comigo como esta agora, acredito, só que era pior e você estava passando por tudo aquilo, eu me sentia suja por não estar ao seu lado enquanto você precisava de mim – paro por alguns minutos quando percebo que já tinha falado demais.

– É... Eu – ela trava, entendia perfeitamente como ela se sentia, provavelmente confusa com tudo.

– Eu tinha tanto medo de você não me aceitar e não querer mais me ver ou ter algum tipo de nojo por mim em relação a isso, então como você disse “passei por cima de tudo” e fingi não me importar com você quando era com que eu mais me importava... Para tentar te esquecer – o choro que tinha cessado por alguns minutos dando lugar ao meu nervosismo agora voltara com toda a força

– E você conseguiu? – eu sabia que a sua pergunta era a respeito da ultima frase que eu havia dito então abaixei a cabeça antes de lhe dar a resposta.

– Não – minha resposta foi dita seguida por um silencio agonizante que pairou por ali.