Always escrita por Chocotan Yuu


Capítulo 5
Chapter Four - The Idiot


Notas iniciais do capítulo

Por pouco não tive o atraso de um mês. o-o
Eu estava ocupada com o andamento de dois long-shots (não, ainda não terminaram, então essa demora ainda vai continuar), mas juro por JOSH, comecei a escrever hoje de madrugada e terminei de escrever depois de uma hora.
Inspiração estava muito boazinha com moi '-'
Compensando o último capítulo com quantidade de palavras vergonhosas! Chapter Four, é Chapter Four. Mas não é 'Chapter Four' de Avenged Sevenfold ;D
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O trecho da música pertence ao GreenDay, da música 'Know Your Enemy'.
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Well.
Começando já com as lembranças em Hogwarts.
Boa leitura.
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p.s: Comunicado a todas as leitoras. LEIAM ATÉ A ÚLTIMA PALAVRA DAS NOTAS FINAIS!!!



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Chapter Four

“The Idiot”



“Você conhece o seu inimigo?

“Você conhece o seu inimigo?

“Bem, tem que conhecer o seu inimigo (certo?)”





Ela a chamou de bicho estranho. Chamou-nos de bichos estranhos. A definiu de anormal, com a pior tonalidade de voz. Teve a coragem de cuspir na cara da Lílian!

Criatura desprezível. Eu deveria transformá-la em uma ratazana e dar para uma cobra devorá-la.

... Mas que tolice minha. Onde estou com a cabeça.

A cobra iria ficar enojada com a sua repugnância!

Não pude ajudá-la na plataforma nove e meia, não pude alcançá-la para entrarmos no expresso Hogwarts juntos, mas agora, eu poderia.

– Nada mal. – vi o meu reflexo no pequeno espelho do banheiro do trem. Trajes negros, vestes da escola. Completamente preto da cabeça aos pés. – Melhor do que essa tralha... – falei entortando o meu nariz quando olhei para as antigas roupas jogadas no chão. Blusa social desgastada, blazer desproporcional ao meu corpo e Jean curtos que mostravam os meus joelhos ossudos. – Por fim não vou precisar usar essas porcarias. – recolhi-as do chão e abri um pouco a janela. Uma enorme ventania encheu o banheiro, fazendo com que os meus cabelos sebosos voassem, e dando inúmeras tapas gélidas no meu rosto. Ergui o meu braço para fora. As roupas antigas se debatiam com desespero. – Adeus, lixos.

Mas no momento que ia largá-las, uma imagem infiltrou na minha mente.

– Esses são as antigas roupas do seu pai, Severo. Perdoe-me por não comprar roupas novas para você. – a imagem se chacoalhou para os lados... Na verdade, a pessoa que estava olhando-a se balançou. Os olhos tristonhos me fitaram, e os lábios rachados se comprimiram, o sorriso só ressaltou a expressão doentia. – Olha só como combina com você, Severo! ...Mas o lazer parece grande para você... – ouvi um riso, mas dava para confundir como um tossido. – Cresça para caber direitinho, tudo bem?

O blazer ainda era grande demais.

Hesitei, a minha mão ficou rígida e não consegui soltá-las. A imagem da minha mãe havia me atrapalhado, e aquele riso baixo estava se rastejando dentro da minha cabeça. Olhei para as roupas que se debatiam do lado de fora, pareciam lutando desesperadamente pela vida.

Vi os vestígios da minha mãe naquela roupas. A face tristonha, o sorriso raro, os braços ossudos e frios que tentavam me dar conforto, calor, e amor.

Tentaram.

Comecei a puxar o meu braço para dentro, mas o meu punho se afrouxou aos poucos. A calça e a blusa foram os primeiros a sumirem, mas as mangas do blazer continuaram a se debaterem. Enrolaram até no meu braço, mas não resistiram por muito tempo. Os braços da minha mão se deslizaram. O blazer agora voava nas alturas, se torcendo, virando. Estava longe, sumiu junto com o sorriso dela.

– Adeus. – sussurrei. Não houve o retorno da despedida.

... Adeus.




– Não quero falar com você. – as palavras crueis pareciam cortar o meu entusiasmo em pedaços.

– Por que não?

Perguntei tentando controlar o tom da minha voz, ao menos tenho que disfarçar o meu ânimo.

Lílian estava na minha frente, o seu rosto ainda colado na vidraça. Ela não se movia, mas vi ondas se chocando nos olhos esverdeados.

– Túnia me od... odeia. – as lágrimas encheram os olhos, ameaçando em transbordar a qualquer momento. – Porque vimos aquela carta do Dumbledore. – eu deveria ter sido compreensivo. Falar palavras carinhosas, tentar animá-la. Mas as palavras rudes escaparam da minha boca antes que eu pudesse perceber.

– E daí?

Engoli em seco quando ela me lançou um olhar nada agradado.

– E daí que ela é minha irmã! – indagou na mesma hora. Ela tentou gritar, mas a sua voz falou, fazendo tremer mais do que aumentar o tom.

– Ela é só uma... – tive que morder a minha língua para matar as minhas próprias palavras. Quando vi Lílian secando as lágrimas, suspirei aliviado. Ela não ouviu. Também, com essa barulheira toda neste compartimento... Eram irritantes e barulhentos os outros seres que estavam neste compartimento, mas pelo menos serviram para algo. Fiquei meio agoniado sem saber muito que dizer. Simplesmente não poderia esticar o meu braço e enxugar as lágrimas dela... Eu poderia correr o risco dela se aborrecer, dizendo que não estava chorando. Os meus dedos começaram a apalpar os meus joelhos, os meus pés se balançavam no ar. A excitação subiu até a minha cabeça, e não pude segurar mais. – Mas nós vamos! – Lílian voltou a olhar, surpresa com a tonalidade alta. – Isso é o que conta! Estamos viajando para Hogwarts! – Para Hogwarts, Lílian. Aquela escola de bruxos que comentamos por semanas!

Ela ficou imóvel por um tempo, quase cheguei a acreditar que ela desviaria o olhar e voltaria a encarar a paisagem da janela a fora. Mas não, ela deu um leve balanço de cabeça, dando uma enxugada nos olhos, e deu um meio sorriso. Uma das suas bochechas ainda tinha a marca da janela. Isso provocou um sorriso também, mas bem mais breve e mais torto que a dela.

– É melhor você entrar para a Sonserina – falei na tentativa de animá-la, mas o silêncio repentino chamou-me a atenção. Toda aquela barulheira ficou quieto do nada.

Sonserina?

Escutei a voz de um dos garotos a questionar. O tom de sua voz já me deu um aviso antecipado que não seria uma pessoa que eu ia tolerar. Nem movi a rosto, apenas ergui um pouco o olhar e o deslizei para o lado.

Era um magricelo tão quanto eu, cabelos negros na mesma cor que os meus... Mas obviamente bem mais tratados, chegavam a brilharem, mas em compensação eram tão bagunçados que ficava a suspeita se havia os penteado logo que acordou. Os seus óculos redondos eram ridículos, mas nem chegavam perto do desagradável sorriso dele. Sorriso de mostrar todos os dentes, entortando intencionalmente até fazer uma curvatura no canto da boca, só para dar um ar de “e aí?”.

A existência dele já foi um completo desagrado.

– Quem quer ir para a Sonserina? – franzi a testa. – Acho que eu desistiria da escola, você não? – ela virou brevemente o rosto para o lado, feito um tique nervoso, perguntando para outro garoto sentado em um dos assentos defronte a ele.

Este era diferente do primeiro, mas mesmo assim, ainda emanava um ar de superioridade de dar náuseas.

O quatro-olhos deveria ter falado com a intenção de provocar um humor, mas parece que ele errou feio. O garoto não riu.

– Toda a minha família foi de Sonserina. – falou seco. Amargo e breve. Fazendo o quatro-olhos sobressaltar.

– Caramba – ele bagunçou ligeiramente os cabelos -, e eu pensei que você fosse legal! – desta vez parece que deu certo, o outro riu.

Ele descruzou as pernas e se sentou folgado no acento, elevou o rosto com ar de maioral.

– Talvez eu quebre a tradição. – a família toda é da Sonserina e o maluco quer ser escolhido em outra casa? O que há com ele? Perdeu a cabeça!? – Para qual você iria se pudesse escolher? – perguntou, sem muita cerimônia.

O quatro-olhos subiu com tudo no acento, sujando com as solas imundas de ama. Todos observaram e quando ele ficou satisfeito com os cinco segundos de suspense, ele movimentou o braço para cima, como se estivesse erguendo algo invisível... Uma espada? Não de diga que...

“Grifinória, a morada dos destemidos” Como o meu pai. – ele ficou admirando a espada invisível como se estivesse impecável. Mas não... estava parecendo um completo retardado. Tanto essa atitude, quanto a sua confissão me fez abafar um riso. – Algum problema?

– Não. – levei a minha mão até a boca, tentando disfarçar o pequeno sorriso. Não o olhei com o receio de cair nas gargalhadas. – Se você prefere ter mais músculo a cérebro... – bem que combina, viu? Você está indo para o caminho certo, quatro-olhos.

– E para onde pretende ir, uma vez que não tem nenhum dos dois? – quem havia retrucado foi o garoto sentado, imediatamente o olhei. No momento que os nossos olhares se encontraram, ele virou um pouco o rosto, e fungou, dando um meio sorriso. Senti o meu rosto ruborizar.

Dei uma breve olhada na Lílian, de imediato ela também me olhara, e nos poucos segundos que a admirei, estava com rosto vermelho, e sua testa estava franzida. Ela lançou um olhar desgostado para os dois garotos, demorando de um para o outro.

O ato seguinte me surpreendeu.

– Vamos, Severo, vamos procurar outro compartimento. –ela segurou a minha mão e me puxou daquele acento. Eu até fiquei confuso se o meu rosto estava quente por queimar de fúria e vexame, ou por toque macio na minha mão.

– Oooooo... – aqueles dois imbecis exclamaram revirando os olhos para cima. Andei meio desajeitado, Lílian abriu a porta com tanta força que pensei que o vidro estivesse trincado.

Já andava meio cambaleando por causa desta toda atitude da Lílian. Mas sempre tem alguém para piorar tudo.

Uma canela ossuda me fez tropeçar, pro pouco não caí. Quando olhe para trás, tive uma vontade de ter tropeçado com todo o meu peso para ter partido aquela maldita canela em dois pedaços.

– A gente se vê, Ranhoso! – ouvi alguém gritar de trás das minhas costas. Virei o rosto e dei uma última olhada no quatro-olhos. Ele sorria glorioso, voltando a sentar, e apenas rangi os dentes, tratando de queimar a imagem dele na minha memória.

Bati a porta com toda a rispidez. Se Lílian estivesse trincado o vidro, eu espero que tenha despedaçado-o.






Potter.

Ah, Potter.

Só de lembrar como você era a imagem perfeita para o exemplo da palavra “idiota”, me faz querer rir.

Rir de desgosto, Potter.


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Notas finais do capítulo

Fin.
Vão me matar? Ou pretendem jogar tomates? D:
Sei que não explorou o romance do casal, mas não é por esse casal ser o centro que eu vou deixar o Tiago fora do fanfic. Mas ora essa =/
Pessoalmente Tiago me decepcionou. Pode ser que ele tenha sido um ótimo pai, mas o horror que ele fez na sua puberdade não tem perdão.
Aqui vou me despedindo, e tenho um comunicado importante para as leitoras que acompanham não somente o Always, mas também os meus outros fanfics.
Então paciência, leia aqui, por favor!
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ATTENTION!
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Foi 'férias' curta, confesso. Mas desta vez levarei os estudos de uma seriedade MALUCA. Vou me desligar de TODAS as redes sociais.
Por isso, DEIXAREI UMA DATA FIXA PARA POSTAR OS CAPÍTULOS.
Se tiver um tempinho, pode ter de dois capítulos para cima, se não, por favor, se contenham com UM CAPÍTULO apenas.
Postarei de TRÊS EM TRÊS SEMANAS.
Sempre no dia 18 E 7 DE CADA MÊS. Se houver algum imprevisto, não ma matem, pode ter sido algo sério, okay?
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Benne, acabei com o comunicado.
Espero que tenham gostado do capítulo. E até o próximo o/
Não vou sumir com o Alwyas, não uu



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