Entrei na casa dos meus pais, estava um silêncio mortal em todos os cómodos e tudo escuro, procurei apalpando as paredes procurando o interceptor da luz, ate que finalmente o achei.

Meu estômago doía com fome, então fui ate a cozinha pegai um soco na geladeira e fiz uma sanduíche bem gostosa e sentei na mesa comendo. Barriga cheia hora do trabalho mas antes pus a loiça suja na bancada amanha lavaria e subi ate o meu quarto e comecei a por as minhas coisas em caixas que eu tinha sempre guardadas debaixo da minha cama, sim eu guardava as caixas de coisas que vinham do correio para mim, e comecei a guardar os meus pertences, depois fui para o resto da minha roupa, sapatos, acessórios e maquilhagem, nas minhas malas da CHANEL, que até tinha bolças próprias para a maquilhagem.

Quando olhei para o relógio no meu telefone marcava 4:13 da madrugada e eu estava muito cansada, quando percebi vinte e três chamadas não atendias, bem eu não atendi porque não cria e sim porque o celular se encontrava no modo silencioso, as chamadas perdidas eram todas do Dimitri, então achei melhor dizer-lhe alguma coisa, mas iria vestir o meu pijama, mas um quentinha aqui já começava a fazer frio, e sentei-me na cama encostando-me na cabeceira da cama e tapando-me, disquei para o Dimitri que atendeu no segundo toque:

- Alô?

- Dimitri! É a Rose.

- Rose, desculpe-me, não vi o nome de chamar! Estou conduzindo – explicou-me.

- Não faz mal, mas conduzindo a esta hora onde você está?

- Eu quem devia estar fazendo essa pergunta, não você! Onde você está? Estou te procurando a horas! Você tem ideia de quando chegai em casa vi Lissa e sua mãe chorando sendo amparadas por Christian e quando pergunto por ti elas choram mais ainda? – Ralhou comigo.

- Me desculpe – sussurrei.

- Deixa para lá! O que aconteceu? - Perguntou notando a minha voz triste.

- Eu… eu sai de casa.

- Você o quê? – Perguntou espantado.

- É exactamente o que você ouviu – respondi.

- Isso explica muita coisa Roza, porque teres saído?

- Meu pai disse que nos nunca ficaríamos juntos enquanto eu estivesse na casa dele, eu respondi-lhe e a resposta dele foi uma chapada na cara – expliquei – e o pior de tudo é que eu disse que o odiava – respondi chorando.

- Roza onde você esta? Vou ter com você.

- Estou em minha casa, amanha a tarde me mudo para o apartamento que comprei ao pé da escola – disse-lhe.

- Hou! Você é rápido, a se resolver! – Riu – Vou ter com você.

- Não é preciso camarada, aproveite o resto das suas férias – Tentei faze-lo mudar de ideias – você se vier passara a noite toda conduzindo.

- Não interessa Roza já estou a caminho, Há! Ferias sem vocês não prestam.

- Isso, sou-o muito fofo – Respondi carinhosa.

- Roza, porque você comprou um apartamento? – Perguntou ainda confuso.

- Quero ter a minha própria vida Dimitri, quero ser independente, e poder ficar com você sem ninguém para estragar e acabar com o nosso amor, eu não vou deixar que isso aconteça, pensem o que pensarem é você que eu quero – conclui.

- Também é você que eu quero Roza, só você – dei um bocejo alto, acho que ele ouviu pois gargalhou – tem alguém cansadinha, vá descansar Rose amanha logo de manha estarei ai! – Prometeu – sonhe comigo!

- Sempre! – Sorri – eu te amo, mais que a minha vida!

- Também te amo Roza, você é a minha vida! – Disse-me eu ate podia imaginar a cara de carinho dele ao dizer isso, desligai o celular e o pousei ao meu lado virei-me, tapei-me melhor e adormeci, tendo sonhos lindos como Dimitri e eu juntos numa praia, sozinhos.

      *    *    *

Acordei com barulhos esquisitos vindos do andar de baixo, mas com um sorriso nos lábios Dimitri estaria chegando, pegai o celular e vi que era 7:00 em ponto, levantei-me, vesti o meu robe preto e calcei os meus chinelos preferidos, fui ao banheiro, lavei a cara e os dentes vocês devem estar a pensar: “ela acorda com barulhos e em vez de ir ver o que é, vai ao banheiro e se for um ladrão?” bem é pouco provável que seja um ladrão pois as seis e tal da manha o segurança que fica de guarda a noite troca de torno e algum deles deve ter se atrasado e estão a fazer a troca agora.

Desci para a cozinha e vi que o barulhos era na cozinha “ talvez eu tivesse pensado melhor e ficar com a opção de um ladrão dentro de casa” pegai um guarda-chuva que estava na entrada da porta da rua e fui ate a cozinha com ele, se fosse alguma ameaça teria alguma coisa para me defender, bem que eu podia usar os meus punhos. Ouvi uns resmungos:

- Mas que raios esta loiça foi aqui parar semana passada deixei tudo limpo – Camila a nossa governadora de casa, estava na cozinha arrumando, tinha me esquecido que ela vinha aqui todas as terças-feiras, ver como está a casa e por tudo em ordem, como a alimentação, encostei-me na porta e respondi:

-UPS!

- Aí meu deus! – Gritou se virando para mim – Rose? Rose esta tentando me matar de coração? – Perguntou com a mão no peito, fingindo-se de brava.

- Desculpa Camila, ontem esqueci-me de lavar, chegai tarde – expliquei.

- Tudo bem Rose, afinal é para isso que cá estou! – Camila cuidou de mim desde que eu nasci, sempre foi como a minha segunda mãe – mas Rose o que faz aqui? Sentiu saudades de casa? E dessa velhota aqui? – Apontou para ela própria.

- Estou me mudando – respondi.

- Vocês estão se mudando e não me dizem nada – Queixou-se.

- Não é isso, Camila, eu que vou mudar de casa eu comprei um apartamento perto da escola – Expliquei.

- Porque meu amorzinho? – Perguntou – você é tão nova! – A campainha soou pela casa, Camila começou a dirigir-se para a porta, mas eu a parei.

- Deixa que eu vou!

Abri a porta e encontrei Dimitri, com olheiras enormes debaixo dos olhos, mas mesmo cansado tinha um sorriso de deus russo badboy sexy estampado no rosto.

- Oi amor! - Cumprimentou-me.

- Oi, tudo bem? Parece cansado! – O puxei para dentro e fechei a porta – estou ate me sentindo culpada por isso – comentei.

- Sim tudo bem, só cansado mesmo – respondeu me puxando pela cintura e e deu-me um beijos que devia ser proibido entre o humanos, me fazendo derreter literalmente em seus braços.

- HÁ MEU DEUS! – Exclamou Camila, fazendo-nos separar de imediato.

- Esta tudo bem Camila – tranquilizou com Dimitri ainda me segurando pela cintura e olhando de olhos arregalados para a mulher.

- Como está tudo bem? Ele agarrou você! – Ela assustada? Nem um pouco.

 - Nós… - olhei para Dimitri e dei um sorriso ele retribui pois já tinha voltado ao estado normal – nos estamos namorando!

- HÓ! Me desculpem, eu não esperava por isso! – Pediu envergonhada - está o seu pequeno-almoço pronto, ainda bem que fiz uma quantidade extra, você deve estar como fome, veio o caminho todo conduzindo? – Perguntou se referindo a Dimitri.

- Sim senhora, vim a noite toda conduzindo, e estou morrendo de fome e sono – respondeu sorrindo.

- OK, estou indo embora! – Chegou a porta e virou-se para nós – juízo!

- Que tal uma soneca Camarada? - Perguntei quando Camila saiu.

 - Para mim parece óptimo, minha Roza! - Disse dando-me um selinho demorado.

Comemos em meio de risadas e carícias suaves e carinhosas, não podia ser um pequeno-almoço melhor. Metemos a loiça na máquina e limpamos tudo o que sujamos, quando estávamos a subir a escada, ele me pegou de surpresa me pegando no colo, pôs de imediato as mãos a volta do seu pescoço, para que não caísse, não que isso fosse acontecer, me fazendo soltar uma gargalhada apaixonada, que nunca tinha, ouvindo antes vindo de mim, era tão bom estar apaixonada, e sentir-se amada, que não dava como descrever, era um sentimento mais forte que paixão era amor grande e bobo amor.

- Bobo! – Disse lhe dando um beijo, que logo se aprofundou, Dimitri sem nunca parar o beijo adentro no meu quarto e me deitou na cama, ficando por cima de mim, levei as minhas mãos ao seu cabelo o puxando ele suspirou.

- Di… Dimitri – suspirou contra os lábios dele.

- Hum? – Disse.

- Preciso… de … respirar… - tentou disser, mas estava difícil. Ele em resposta desceu os lábios para o meu pescoço, deixei escapar outro suspiro. Puxei-o de volta para mais um beijo sôfrego. Para logo depois tentar abrir a camisa dele.

- Não Roza, não agora! – Parou-me com a voz baixa como se estivesse tentando se controlar.

- Porque? Você quer eu sinto, e eu também quero – Disse com a voz rouca, estava a sentir-me rejeitada, e não era nada bom de se sentir.

- Mas eu quero que sua primeira vez seja perfeita, e não porque estamos carentes – resmungou com se não gostasse que fosse interrompido do que estava a fazer em me pescoço.

- Já vai ser prefeito se for com você! – Contrapôs.

- Rose por favor! – Implorou – já está sendo difícil o suficiente não te atacar agora! – Continuou com os beijos em todos os sítios.

- Está vendo, você quer me atacar, e eu estou ansiosa por ser atacada por você – lamentei fazendo um muxoxo, e nos virando, ficando por cima arranhando o seu peitoral bem definido e musculoso, deu-me aquele sorrido torto que eu tanto amo. Beijei-o com paixão e desejo.

- Não adianta Rose – garantiu.

- Aff! – Bufei e sai de cima dele me deitando logo em seguida de costas para ele não ver que me tinha magoado.

 - Rose, por favor tente compreender, desde quando esta assim tão desesperada? – Perguntou tentando ver a minha cara mas eu escondia no travesseiro – Vala não quero que fique chateada comigo, eu apenas quero que seja tudo perfeito e inesquecível! – Com essa tive que virar-me e olha-lo.

- Se for com você, é será perfeito, eu não só daquelas que organiza a sua primeira vez, eu quero que seja espontâneo, quando acontecer, aconteceu, ok?

- Não se preocupe eu não vou dizer quando for acontecer – assegurou-me.

-Aff! Como você é chato! – Resmunguei. E ele riu.

- Que você ama!

- É eu amo mesmo. – Disse o abraçando – durma bem camarada, temos mais logo um trabalho para ser feito!

- Roza? Eu te amo! – E dormimos juntos agarradinhos.