My Little Fairy escrita por Luna95


Capítulo 15
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Capitulo longo. Obrigado por me esperarem tanto. ^^



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A cidade esta animada com a primavera mais uma vez se aproximando, as ruas estão lotadas com pessoas colocando decorações de diversas cores e tamanhos antes mesmo do sol realmente aparecer no céu.

Figuras de fadas e flores cortadas em papeis e penduradas em janelas e sobre a cabeça de todos nas ruas enquanto as verdadeiras fadas sobrevoam o começo das festividades trazendo magia e solidariedade para todos os moradores.

Com a ajuda de Edward e Claus, a vila decidira coabitar de modo pacifico com as fadas, redigindo um contrato onde as duas espécies se beneficiavam. A vila seria a única a saber desse segredo e enquanto todos permanecem assim, as fadas iriam oferecer auxilio com as plantações e proteção de mudanças drásticas no tempo que estava fora do controle delas.

Com esse acordo, aqueles que vinham de fora da vila não tinham como contar esse segredo para ninguém de fora e aqueles que decidiram sair da vila esqueciam completamente da existência de tais criaturas com a ajuda de mágica.

Foi assim por 4 anos e todos ficam felizes com tal arranjo, muitas famílias até decidiram abrigar algumas fadas em suas casas após criarem certas amizades com elas, algo que Eliza jamais previra, mas ficara contente em auxiliar aqueles a optaram por essa escolha.

Edward sai de uma padaria, parecendo um pouco mais velhos, as linhas de seu rosto um pouco mais definidas com a satisfação de seu trabalho como prefeito enquanto ele caminha e cumprimenta as pessoas ao seu redor e admira as decorações desse ano.

Algo que ele havia pensado um dia ser algo temporário, mas se tornou permanente quando seu pai resolvera abdicar do posto, assombrado com as memórias do que ele fizera naquele dia, se isolando na causa de repouso a beira da cidade, um cardo que uma vez Edward havia detestado fazer e agora lhe trazia uma certa satisfação em fazer.

Com essas lembranças circulando em sua cabeça em meio a tanta comemoração e agitação ainda 2 horas antes do sol realmente brilhar sobre a cidade, Edward para por alguns instantes em frente ao chafariz, admirando com um olhar nostálgico a escultura que agora adorna a fonte no centro da vila. Uma estatua de uma fada ajoelhada com uma mão estendida para o alto, sua palma virada para o céu como se estivesse aguardando algo cair e posar nela. Sua feição reflete a antecipação e excitação da próxima estação que esta por vir. Abaixo dela uma inscrição: Nada realmente acaba, só muda e evoluiu.

A estatua faz o coração de Edward arder de saudade, mesmo não sendo uma representação fiel das feições dela, apenas sua presença faz as lembranças surgirem como uma torrente criando ondas e preenchendo seu coração.

Ele sorri melancolicamente e volta a caminhar de volta para casa. Graças a paz e prosperidade que o acordo com as fadas trouxera, Edward se viu com cada vez menos coisas para trabalhar já que boa parte de tudo ele delegara á Claus que se tornara seu co-prefeito depois de retornar 2 anos atrás com Isabelle e um filho, decididos a viver na vila e criar uma vida com sua família ali.

Eliza, por outro lado, decidira se tornar professora ali mesmo na vila para poder ensinar a historia daquele lugar ao relembrar dos acontecimentos que ela vivenciara, determinada a ensinar compaixão e compreensão para as próximas gerações daquela vila as coisas que eram diferentes daquilo que muitos achavam fora do normal.

Deixando Edward para trás, e mantendo suas memorias da vila e de sua querida amiga, Eliza foi estudar fora, no centro do Londres onde ela poderia trazer mais conhecimento e experiência de volta ao seu lar, onde ela sabia que iria trazer também orgulho para seu irmão.

Vivendo sozinho naquela casa, Edward dedicara todo seu tempo livre em suas pinturas, que surpreendentemente vendiam bem fora da vila, e a criação das borboletas que agora faziam parte da tradição da cidade ao receber a primavera, a época que ela mais gostava.

Edward se aproxima da estufa, entra e espera mais alguns minutos até o momento onde ele vê os primeiros raios de sol aparecerem por detrás da colina no horizonte e só então ele puxa a corda que abre uma janela no topo da estufa que solta todas as borboletas.

Assim que ele sai, ele escuta o eco de celebração vindo da cidade quando as borboletas sobrevoam o local, o primeiro evento da grande celebração que dura até o fim da noite. Edward havia participado todos os anos até o momento, mas sempre voltava antes do fim da noite. Esse ano no entanto ele decidira participar só naquele momento da manhã.

Depois de fazer alguns sanduiches para si na cozinha, ele decidira caminhar até o topo da colina onde dava para ver a vila inteira, levar seus instrumentos de pintura em uma caixa e armar o cavalete firmemente no chão para começar uma nova pintura do lugar que ele crescera e vivera toda sua vida.

No entanto, antes mesmo de poder chegar no local que ele queria, antes mesmo de ele poder colocar suas coisas na posição ideal para começar a pintar, Edward avistara, no topo da colina, sua silhueta acentuada pela luz do sol, ao que parecia ser uma mulher de vestido e chapéu branco.

—Olá? -Edward chamara, se aproximando aos poucos.

Seus olhos semi cerrados, tentando identificar a figura através dos raios do sol, Edward colocou suas coisas no chão com cautela. Ele não reconhecia a figura no topo da colina como ninguém que ele havia encontrada na vila, então acreditou ser um dos poucos viajantes que vinham pelas festividades e mistérios da vila.

—Olá? Você se perdeu por um acaso? -Edward perguntara, uma mão protegendo seus olhos da luz do sol.

A figura se volta levemente para ele e de repente um vento forte faz com que seu chapéu seja levado para longe.

Edward age rápido, vendo o chapéu voar na sua direção, ele corre atrás do objeto com o intuito de devolve-lo e conhecer a moça estranha que resolvera subir a colina tão cedo.

Com uma corrida curta e um pulo, Edward agarra o chapéu de aba larga branco em sua mão, sorrindo por ter conseguido pega-lo ainda em pleno ar e se dirige a moça com confiança e um sorriso amistoso.

—Prontinho moça. Aqui-

As palavras de Edward ficam presas em sua garganta e seus pés de repente o prendem no lugar.

O sol agora um pouco mais alto no céu, não mais ofuscando a silhueta na sua frente, os olhos de Edward encontram e observam cada detalhe da figura a sua frente.

Os cabelos castanhos claro ondulados e compridos balançando com o vento, o vestido branco e as sandálias marrons, o xale azul claro protegendo os ombros, a pele clara e os olhos azuis quase iguais ao céu naquela primeira manhã de primavera.

Seu rosto refletiu a mesma surpresa que Edward sentia naquele momento por apenas alguns segundos antes de se transformar num belo sorriso cheio de amor e carinho.

O reconhecimento em suas feições era inabalável e apesar de parecer mais velha, Edward tinha certeza de quem ela era agora após ver aquele sorriso. Seu coração derretendo e batendo fortemente contra seu peito exclamando por ela.

—A..lana?

Ela simplesmente da uma risadinha baixa, lágrimas se formando no canto de seus olhos, algumas borboletas sobrevoando a cabeça dos dois quando ela decide correr em sua direção e abraça-lo fortemente, perdendo seu chalé para o vento, o sol brilhando fortemente dando vida as cores presentes ao redor deles, dando a largada para o novo começo que lhe fora oferecido aos dois.

FIM


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Notas finais do capítulo

E esse é final minha gente.
Desculpa ter demorado tanto tempo para terminar de escrever isso e muito obrigado a todos os que leram e acompanharam.
Vejo você num futuro próximo.
Quem sabe eu poste outra coisa por aqui, né? ;)



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