Depois de tudo o que acontecera com nossa pequena fadinha,as coisas pareciam ter voltado ao "normal",por assim dizer.

Claus e Isabelle haviam voltado a se falar e se encontravam regurlamente para conversar e comer juntos.Eles pareciam bem contentes um com o outro e haviam planejado viajar assim que a primavera chegasse.

Alana e Eliza estavam sempre brincando e conversando uma com a outra,nossa pequena fadinha tivera coragem de contar a amiga o que ela sentia a respeito de Claus e Isabelle.Eliza ficara mais aliviada em saber que Alana tinha resolvido seus problemas e esperava que a fadinha pudesse encontrar seu verdadeiro amor logo.

Mas não havia só amor no mundo.

Alana estava sozinha no quarto se arrumando quando uma dor percorreu seu corpo.Ela se apoiou em na beira da cama.Quando a dor passou,ela respirou fundo e muito rapidamente.

–O que foi isso? - Alana se perguntou.

*

Na floresta....

As fadas estavam abrigadas em seu esconderijo enquanto o inverno permanecia em seu curso normal de tempo.

A rainha estava angustiada e não conseguia parar de voar de um lado para o outro.Ela estava extremamente preocupada com sua filha.Rupert estava mais ainda.Não conseguia deixar de pensar no que os humanos poderia fazer a sua amiga.

–Eu sinto muito minha rainha.-falou Rupert-Eu deveria ter seguido a carruagem.

–Não se culpe meu caro Rupert.-retrucou.-Você fez bem em nos avisar assim que aconteceu.

–Mas mesmo assim!E se algo aconteceu com ela?-questionou Rupert.

–Nada vai acontecer com ela.Ela é forte.-falou a rainha.-Só espero que tenhamos tempo para procurar por ela mais uma vez.

–Oh! O tempo!-exclamou a Advinha agarrando seu peito com força.

–Advinha!?O que foi?-perguntou a rainha preocupada.

–Eu vejo! Eu vejo!-repetiu a Advinha.-A princesinha vive!

–Graças aos Espíritos.-falou a rainha aliviada.

–A princesinha vive!Mas corre grave perigo!-anunciou a Advinha.

–Como assim perigo?-questionou Rupert preocupado.

–O tempo.O tempo não é aliado de nossa pequena fadinha.Ele é rápido e impiedoso. O perigo se aproxima a cada segundo que passa.-explicou a Advinha.

–Mas que perigo?-perguntou a rainha preocupada.

–Ela vive com os humanos em harmonia assumindo a forma de um,mas o inverno esta acabando.O tempo não se detém para ninguém.

–Como um deles?-repetiu a rainha surpresa.-Não pode ser....

–Se nevar, de uma noite para a outra e a fadinha não voltar...Seu destino estara selado pela foice fria que carrega almas para o outro mundo.

–Não.-falou a rainha aflita.

*

Depois de um tempo,Alana estava pronta,mas ainda sentia uma pequena pontada de dor aqui e ali que a deixava bastante preocupada.

Alana desceu as escadas e observou Eliza tomando chocolate quente com Edward bem a sua frente com um olhar calmo.

–Bom dia.-falou Alana.

Os dois olharam para as escadas e Eliza fora a primeira a se levantar e abraçar a amiga.

–Ah Alana! Você não vai acreditar.-falou Eliza sorrindo.

–O que foi?-perguntou sorrindo.

–Edward me prometeu que iriamos fazer um bolo hoje.-retrucou Eliza com um sorriso.

–Não é lá grande coisa,mas como Eliza vive me pedindo para preparar um desde muito tempo eu resolvi aceitar seus pedidos.-respondeu Edward com um sorriso meigo e sorrateiro.

Do coração de Alana escapara uma batida forte.Ela não se lembrava de ter visto Edward sorrir daquela forma antes e isso a fazia se sentir feliz de alguma forma,pois ela havia sido a primeira a ver aquele sorriso.

–Eu e Edward estávamos pensando em ir a cidade comprar algumas coisas para o jantar de hoje e depois iriamos preparar um bolo.-explicou Eliza.-O que você acha?

–Tudo bem.-concordou Alana.

Os três sairam em direção ao mercado.Eliza conversando animadamente com Alana enquanto Edward apenas observava as duas com um sorriso meigo enquanto encarava Alana sem ela percerber.

*

–Muito bem.Escutem com atenção.Nós temos que procurar por Alana sem sermos vistos.-explicou a rainha.-Estamos ficando sem tempo.

–Se avistarem um carruagem preta com o desenho de um coração com um cadeado no meio,essa carruagem deve ser seguida.Foi nela que Alana entrou.-anunciou Rupert.

–Quero que todos ajudem nessa missão.-pediu a rainha.-Eu quero minha filha de volta pra casa sã e salva.

–Sim senhora!-falaram todas as fadas.

–Vamos!-gritou a rainha.

Todas as fadas saíram do esconderijo tomando rumos diferentes para procurar pela cidade.A rainha principalmente,estava ajudando na busca.Todos estavam muito preocupados com o que poderia acontecer com Alana,mas nenhum deles sabia que já era um pouco tarde demais para isso.

*

De volta ao mercado...

Alana e Eliza estavam voltando sozinhas a pé com alguns ingreditentes para o jantar daquela noite e deixaram Edward comprando os ingredientes para o seu bolo super especial e (pelo que Eliza não parava de repetir)extremamente delicioso.

*

As fadas olhavam em cada canto da cidade.Olhavam através de janelas e fechaduras em busca da princesinha.Nenhum tinha a coragem de gritar o nome dela,pois seria arriscado demais se os humanos os avistassem voando por ai.

Rupert era o mais preocupado de todos.Ele via a confusão que havia se formado por culpa de uma busca que ele não pode impedir Alana de realizar.

Ele olhava euforico para todos os lados, quando avistou a carruagem dos Lockheart.Ela estava partindo para onde,provavelmente,Alana poderia estar. Rupert não tinha tempo de gritar para chamar a atenção dos outros,então resolveu seguir a carruagem.

*

Alana e Eliza se divertiam e conversavam enquanto arrumavam os ingredientes na cozinha.Eliza ficou na cozinha para procurar o livro de receitas de seu pai e preparar a mesa e algumas outras coisas para o jantar enquanto Alana se trocava no quarto.

Quando Alana estava terminando de se arrumar,uma dor atravesou seu peito.A dor parecia vir de suas asas.Ela combaleou até a comada se apoiando na mesa perto da janela.Ela havistou a carruagem se aproximando,mas não conseguia sentir mais nada além de dor.

*

Rupert observara a grande casa a qual se aproximara e viu o morango no meio do caminho coberto pela neve.Ele olhou em direção de uma das janelas da casa e viu uma menina perto da janela e a reconheceu.

–Alana.-ele sussurou.

Rupert voou em direção a janela sem tirar os olhos dela nem se quer uma vez.

*

Alana percebera algo se aproximando da janela e com o pouco de força que lhe restava tentou se manter de pé,mas não conseguiu e caiu no chão sentindo uma dor aguda tomar conta de seu corpo.

*

Rupert chegara na janela e a atravessara.Olhara em volta e havistou Alana deitada no chão resmungando de dor e apertando seu peito fortemente.

–Alana!-Rupert a chamou se aproximando.-O que você fez?

–Rupert.-sussurrou Alana.

–Não se preocupe.Eu vou chamar os outros e vamos tirar você daqui.-falou ele.

–Não.Argh.-reclamou Alana se encolhendo com a dor.

–Alana?-chamou Eliza.

–Essa não.-sussurrou Rupert.

Rupert foi se esconder na casa de bonecas e viu uma menina de olhos azuis e cabelos loiros entrando no quarto acompanhado de um rapaz de cabelos escuros e olhos azuis também.Os dois se assustaram e se preocuparam ao ver Alana no chão resmungando de dor.

Rupert viu como os dois humanos a tratavam com carinho e cuidado tentando ajuda-la e não maltrata-la.Ele não entendia.Então tudo o que eles sabiam e haviam ouvido sobre os humanos era errado.

Alana se acalmara e acabra adormecendo.Eliza e Edward desceram novamente,deixando Alana descansar sem reparar que Rupert estava ali.

*

Alana não dormiu.Logo após Edward e Eliza terem saido do quarto,ela levara menos de 3 minutos para acordar novamente.

–Alana.-chamou Rupert perto dela.

–Rupert.Por favor.Não fale para minha mãe onde estou.-pediu Alana.

–Como não posso contar a ela?Olha como você esta sofrendo.-retrucou ele.

–Eu não quero ir.-falou ela.

–Mas a Advinha falou que você corre perigo.-contou ele alarmado-Se você permanecer aqui desse jeito,você pode desaparecer.

–Isso não vai acontecer.-retrucou Alana se sentando.

–Mas ela disse que seria muito tarde se nós tentássemos procura-la depois que a neve caísse de uma noite para outra.-explicou Rupert preocupado.

–Não vai acontecer nada.Eu prometo que vou voltar antes da primavera.-prometeu Alana.

–Alana....-disse Rupert preocupado.

–Vai.Mas,não conte para ninguém que você me achou.Eu quero ficar aqui mais um pouco.-pediu Alana.

–Não sei não Alana.-disse Rupert duvidoso.

–Você,mas somente você pode vir aqui me visitar.Está bem assim?

–suspiro-Ok.Mas eu vou falar para sua mãe sobre isso.

–Esta bem.Eu acho que você iria falar de qualquer jeito mesmo não é?-quesitonou Alana.

–Ia.E vou.-decidiu-se Rupert.-Vou vir aqui amanha para checar as coisas.

–Ok.Até amanhã.-concordou Alana dando tchau para Rupert.

Alana viu seu amigo voar para longe e não se arrependeu da decissão que fizera.Ela sabia que as previsões da Advinha eram certeiras,mas ela lembrara da vez em que a Advinha fez uma previsão que tomara outro caminho.E se ela pode fazer aquilo daquela vez,então ela faria novamente agora.

*

Rupert voltara para o esconderijo onde todos estavam reunidos.A rainha em completo desespero e preocupação.

Ele se aproximara da rainha e lhe contara o que havia acontecido.

–Mas como?-questionou a rainha.-Ela quer ficar?Mesmo depois do que você falou?

–Sim senhora.Ela disse que iria dar um jeito de sair ilesa.-explicou Rupert.

–Mas isso é impossível.A Advinha nunca erra.-falou a rainha desamparada.

–Não.-falou a Advinha.-Eu errei com a menina uma vez.

–Como?-questionou a rainha supresa.

–Mas não sei se a nossa princesinha pode escapar desse destino tão frio que a aguarda.

CONTINUA.........