Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 37
Conflitos e Problemas


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está recheado de ação, mas existem várias coisas acontecendo... xD Espero que gostem!



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               Quíron estava a frente do seu exército de semideuses, com toda a sua glória centauresca. Ainda não sabiam o que os Deuses haviam decidido sobre o Mundo Bruxo, mas Quíron havia decidido ajudar e contara a todos os semideuses a verdade. A parte difícil foi locomover todos esses heróis através do Atlântico. Diga-se de passagem, ele estourou todo o orçamento do Acampamento em passagens de avião, visto que Zeus estava distraído no Conselho, ele não ia se importar.

               Todas as lutas haviam parado. Primeiro os mortos se levataram, agora, chegava um exército de adolescentes que ninguém conhecia. As coisas estavam ficando um tanto quando bizarras por ali...

               - Travis – disse Quíron ao seu lado, sem desviar os olhos da multidão de bruxos, Comensais e monstros a sua frente -, lembra-se do que você me perguntou sobre quebrar tudo?

               O garoto acenou com a cabeça.

               - Sim.

               - Então, esqueça o que eu respondi. Pode usar tudo o que tiver...

               Um sorriso de satisfação iluminou os olhos do garoto.

               - AGORA O PAU VAI COMER!

               E ao gritar isso, todos gritaram em concordância. Em menos de um segundo as batalhas haviam voltado, agora com os semideuses auxiliando.

               Thalia perfurou um Comensal com sua lâmina. E olhou para Nico.

               - Será que agora a batalha está igualada? – perguntou ela, repelindo um feitiço.

               - Não sei ainda... – respondeu o garoto desintegrando uma dracaenae – São muitos mortos-vivos...

               Clarisse se intrometeu entre os dois, brandindo sua lança com tanta destreza e velocidade que teria deixado seu pai, o Deus da Guerra, orgulhoso.

               - É claro que a batalha está igualada – respondeu a garota – Eu estou aqui!

               E soltou um urro de alegria por estar num confronto e começou a destruir os Comensais da Morte. Um atrás do outro.

               Hermione, Rony e Gina haviam dado cabo de duas Górgonas, agora só sobrava Medusa.

               - Bombarda!

               - Vera Verto!

               Mas o monstro era rápido demais. Desviava de todos os feitiços com um simples deslize para o lado.

               - Confringo!

               Connor chegou encontrou o pequeno grupinho.

               - Começaram a diversão sem mim? Como puderam?!

               - Olá, Connor! – disse Hermione brandido sua varinha velozmente – A quanto tempo!

               - É um prazer te ver, Hermione!

               - Que tal deixar as saudades para depois?! – sugeriu Rony – Estamos no meio de uma Guerra aqui!

               Connor assentiu, compreendendo. Sacou sua espada e saltou para cima de Medusa.

               - Um meio-sangue – riu a górgona – Beberei seu sangue assim que matá-lo!

               E girou seu corpo, para que sua cauda acertasse as costas de Connor. O garoto, todavia, foi muito mais veloz. Ele agachou-se, fazendo com o rabo de Medusa roçasse por seus cabelos e em seguida lançou uma investida contra o monstro. Por mais veloz que ele tivesse sido, Medusa também o era e desviou sem dificuldades.

               - Depulso!

               A serpente deslizou para a direita e atacou Gina.

               - Mas que bicho chato! – exclamou Hermione – Não para de se esquivar! Estupore!

               - Eu tive uma idéia... – Connor sussurrou para Rony todo o plano. Quando acabou, o garoto assentiu.

               - Pode funcionar...

               E então voltaram a batalha.

               - Vera Verto – Hermione tentou novamente. Inútil.

               - Ei, sua cobra velha! – gritou Rony – Eu sei um feitiço do qual você não consegue desviar.

               - Cobra velha?! COBRA VELHA?! Seu moleque insolente, vou dar-lhe de comer às cobras velhas!

               - Bombarda! – gritou Rony.

               Medusa desviou para o lado.

               - Há! Você errou!

               - Eu não estava mirando em você...

               Então Medusa percebeu que o feitiço havia acertado uma das colunas, e quebrado sua base. A enorme pedra começava a pender e cair na direção da Górgona. Infelizmente, ela era rápida de pensamento e jogou-se para a direita.

               - ERROU DE NOVO!

               - Eu não  estava preocupado com a coluna... – admitiu Rony.

               Nesse momento, Connor, aparentemente vindo do nada, atravessou sua espada na barriga de Medusa. A Górgona olhou estupefata para a lâmina que a transpassava. Enganada por dois adolescentes... A que nível chegara? Desapareceu em pó.

               Bellatrix saltitava alegremente pela entrada do castelo, lançando Avadas Kedavras ocasionais, e alguns cruciatos, só para sair da rotina. Às vezes, soltava risinhos abafados. Ela lançou um feitiço contra Annabeth. Mas a garota repeliu-o com Bronze Celestial.

               - Você... – disse a garota – Eu já não te encontrei em Los Angeles?

               - Hahaha! É aquela fedelha que foi capturada! Encarcerous!

               A magia pegou Annabeth desprevenida e uma enorme corda a aprendeu, de cima abaixo.

               - Viu só?! Aprisionada de novo! Hahaha!

               - Sua bruxa... – falou Percy com uma raiva contida, antes de investir contra Bellatrix.

               Ele girou Contracorrente no ar e preparou-se para descer sua lâmina sobre a cabeça de sua oponente, mas Bellatrix lançou um Depulso e Percy voou para trás.          

               - Megera! – gritou Clarisse se intrometendo na luta – Ninguém derrota Percy além de mim. Fui clara?

               A garota deu uma estocada com sua longa lança elétrica. Bellatrix teve que dar um pulo desajeitado para trás para conseguir se esquivar. Ela detestava combates corporais...

               - Avada Kedavra!

               Clarisse rolou pelo chão.

               - Por favor... – disse ela – Se magia é tudo o que você tem, você já perdeu.

               E brandiu sua lança, dessa vez lançando várias estocadas seguidas em direção a Bellatrix. A mulher ficou desajeitada, sem saber como se esquivar de tantos golpes. Tomo uma lançada em uma das pernas, rasgando seu vestido negro de Comensal e cortando-lhe superficialmente. O tempo fechou para a bruxa.

               - Sabe quem foi a última pessoa que me cortou? – falou a bruxa em um tom muito sério.

               - Não tenho nem idéia...

               - Nem eu – falou a Lestrange – Faz tanto tempo que eu me esqueci, mas eu sei que ele deve ter sofrido muito antes de morrer. Crucius!

               Percy se interpôs entre as duas. O feitiço de Bellatrix bateu em Contracorrente e ricocheteou contra a própria feiticeira. A Comensal caiu no chão contorcendo-se de dor por dois segundos, até que a magia – por não ter um controlador – se extinguiu.  Ela levantou-se do chão, agora muito irritada.

               - Vocês dois estão mortos e ainda não sabem disso...

               - Palavras vazias! – repreendeu Percy – Não se ganha uma batalha com palavras, mas com ações!

               - Não se ganha com palavras? Você nunca lutou com um bruxo... Avada Kedavra!

               Percy desviou e Clarisse se jogou contra Bellatrix, apontando sua lança na garganta da Comensal.

               - Expelliarmus! – a lança de Clarisse voou para longe e ela caiu no chão, raspando seus cotovelos – Sou uma das melhores Comensais de Lord Voldemort, vocês não sabem com que se meteram...

               - Eu sei muito bem com que me meti! – gritou Percy – Com alguém que fez mal a Annabeth!

               E investiu contra Lestrange, mas ela esquivou-se para a direita e deu dois saltinhos para a frente, alcançando Annabeth.

               - Por falar nela... – disse Bellatrix apontando sua varinha para a cabeça da garota – Dêem mais um passo, e ela morre.

               - Nãão! – Percy estendeu o braço.

               Clarisse, discretamente, por trás de Bellatrix, cravou sua lança no estômago da inimiga – dando-lhe,também, um choque. Bellatrix berrou e por fim caiu no chão. Percy correu até Annabeth e cortou-lhe as cordas mágicas.

               - Você está bem?

               - Acho que sim – disse ela testando suas articulações.

               Percy virou-se para Clarisse, para agradecê-la, mas no calor da batalha, a garota já tinha ido embora. Percy viu-a, longe, enfrentando outro Comensal. Annabeth semicerrou os olhos e apontou para a torre que, como mais tarde ela saberia, era Dumbledore.

               - Aquilo lá em cima é fogo?

               - Aquela torre está em chamas! – esbravejou Percy.

               Harry descia as escadas correndo, estava tentando chegar até seus amigos. Voldemort havia descido, quem sabe o que estava causando lá embaixo? Enquanto descia, foi lançando rápidas olhadelas para as batalhas que se desenvolviam ao seu redor.

               - Ora, ora... Se não é Harry Potter...

               O garoto parou e olhou para quem lhe chamava. Era um jovem, não devia ser mais velho que o próprio Harry. Cabelo curto e uma cara de poucos amigos.

               - Quem é você? – perguntou o bruxo.

               - Ah, mas é claro, ainda não fomos devidamente apresentados... Chamo-me Cronos... Luke, para os mais íntimos – ele soltou um risada como se tivesse feito a piada mais engraçada do mundo, Harry não entendeu.

                Luke não portava arma de nenhum tipo. Parecia que havia vindo parar no meio dessa Guerra por acidente.

               - Estupefaça! – tentou Harry.

               Cronos desviou o feitiço usando suas mãos nuas.

               - Por favor, Harry... Sou um titã! Aprisionado num corpo mortal e sem ter controle de meus plenos poderes, é verdade... Mas, ainda assim um titã! Essas magiazinhas não são nada perto de meu poder!

               - E por que não está lutando? Colocando esse  seu poder para trabalhar?

               Cronos teve que admitir, o garoto tinha coragem. Não era qualquer um que falaria com um titã daquela maneira...

               - Ainda não está na hora de me juntar aos Comensais, ainda existe algumas coisinhas que tenho que fazer, e você é está entre elas.

               - O que quer?

               - Um pequeno favor...

               - Não farei nada por você.

               - Não sou eu quem está lhe pedindo um favor, Potter – disse ele num tom sério – Não seja tão petulante! Eu estou lhe fazendo um favor...

               Harry ficou em dúvida.

               - Como assim?

               - Alianças... – Cronos suspirou – São tão imprevisíveis... Você sabe que existe um traidor entre os Deuses, não é? – não esperou que Harry respondesse e deu continuidade – Não está curioso a saber quem é? Bom, Percy sonhou com uma casa... Eu sei disso porque fui eu quem lhe dei esse sonho. Era para que vocês soubessem do traidor mesmo... Mas, permita-me dizer, Percy nunca havia visto essa casa, mas você, Potter... Você sabe perfeitamente que casa é essa...

               - Do que está falando?

               - Vamos lá, ponha essa cabeçinha para funcionar, eu não quero lhe dar todas as respostas de bandeja, pense um pouco, sei que você vai descobrir. A casa nem sequer fica muito longe daqui....

               - Por que está me contando tudo isso?

               - Quando descobrir qual casa é, sugiro que você e Percy dêem uma passadinha por lá, sabe? Só para ver como vão as coisas, talvez vocês descubram algo bastante revelador...

               - Ou talvez seja uma emboscada!

               Cronos deu de ombros.

               - Talvez seja mesmo... Não lhe contaria, mas o aconselho a ir lá de qualquer forma, a descoberta do que vocês encontrará lá pode ser bastante importante...

               - Por que está me contando tudo isso? – Harry perguntou novamente.

               Cronos deu de ombros.

               - Gosto de ajudar o time que vai perder, mesmo que nesse caso sejam meus inimigos. De qualquer forma, tenho meus motivos. Agora, se me permite, ainda tenho algumas coisas a fazer, como já lhe disse...

               E saiu andando pelo castelo, como se estivesse passeando em um parque. Harry tentou novamente lançar um feitiço contra ele, mas ele apenas bloqueou com a mão, como havia feito antes.

               Uma casa aqui perto? Pensou ele, mas, que casa?

               - Thalia! – gritou Nico aparando um golpe de Circe com sua espada – Lembra-se do que eu falei sobre a batalha ter ficado equilibrada?

               - Aham – concordou ela, transpassando um Comensal e cortando um morto-vivo.

               - Esqueça, eles ainda estão em um número muito maior!

               - E pior do que isso – continuou Thalia, ainda cortando o mesmo morto-vivo – Esses mortos vivos não morrem! Não importa o quanto eu corte!

               - Estupefaça!

               O feitiço de um bruxo da Sonserina afastou o morto-vivo que Thalia enfrentava. Não o destruiu, é bem verdade, mas o mandou para longe. Thalia rapidamente encontrou outro oponente para dar espadadas.

               Harry saiu pelos portões de Hogwarts e se encontrou na entrada do colégio, lá era onde a maior parte da batalha estava concentrada. A essa altura, uma parte da estrutura da escola já estava a muito destruída, demolida e sendo pisoteada por seus defensores. O garoto perlustrou o ambiente velozmente, procurando por Percy. Quando o avistou, disparou em sua direção.

               - Harry? – Percy terminou com seu Comensal e olhou para o bruxo, surpreso – O que faz aqui? Onde estão Dumbledore e Voldemort?

               - Estupore! – o garoto acertou um morto vivo – Não temos tempo para explicações, você não vai acreditar em quem eu encontrei...

               Harry colocou-se as costas de Percy, de forma que um protegesse a retaguarda do outro, enquanto Harry contava seu encontro com Cronos. A narração durou pouco tempo, pois o garoto estava apressando os fatos.

               - Então, o que acha?

               - Que algo está muito errado por aqui... – disse Percy desconfiado – Algo de muito importante na casa? E por que ele me mostrou seus planos?

               - Eu não sei...

               - De qualquer forma, Cronos não é conhecido por mentir. Ele é conhecido por ser o Titã dos vários Caminhos, sempre deixando a todos em dúvida sobre o que ele quer.

               - Bom, eu certamente estou em dúvida. Diffendo!

               - Provavelmente, ele nos dar todas essas informações deve contribuir para seu objetivo, de alguma forma... Mas essa história da casa... Ele não mente, se diz que tem algo importante lá, provavelmente tem.

               - Então você quer ir checar? Pode ser uma emboscada.

               - Pode mesmo, mas se você ainda não notou: estamos perdendo. Talvez seja nossa única esperança...

               Harry assentiu. Se Percy estava disposto a se arriscar, ele também estava.

               - Só tem um probleminha – começou o bruxo – Eu ainda não tenho idéia de que casa é essa.

               Percy fez força para se lembrar de seus sonhos.

               - Era velha, abandonada. Poltronas rasgadas. Cortinas se desfazendo e um horrível cheiro de mofo...

               - Abandonada, você diz? – aquilo jogou um jato de luz sobre as idéias de Harry. Uma casa velha, abandonada e nas redondezas...  – Acho que sei onde é.

               Usaram a passagem secreta do Salgueiro Lutador para irem até a Casa dos Gritos.

               Demoraram mais tempo do que esperavam, pois tinham que atravessar com bastante cautela, visto que podiam ser emboscados a qualquer momento. Naturalmente, não esperavam ser atacados em uma passagem secreta. Afinal, esse era o conceito de secreta, não é? Seus inimigos não sabem de nada... Mas de qualquer forma, é melhor prevenir do que remediar e eles avançaram lentamente.

               Quando por fim saíram no segundo andar da casa, Harry olhou ao seu redor. A casa estava exatamente no estado em que havia deixado. Lembrava-se quando estivera ali no terceiro ano, junto de Hermione e Rony, caçando Sirius Black. No final, terminaram por descobrir que quem perseguiam era o padrinho de Harry e que o verdadeiro inimigo era o rato de Rony... Aquilo parecia ser em um passado distante demais para que tivesse se passado apenas há três anos... Não tinha tempo para ficar sentimental, sacudiu a cabeça e voltou a se focar na missão.

               Desceram as escadas.

               - É aqui – indagou Harry.

               Percy acenou com a cabeça.

               - É exatamente aqui...

               - Certo...

               Eles olharam ao redor. Num primeiro momento, nada aconteceu. Mas, um segundo depois, nada continuou acontecendo...

               A casa estava em perfeito estado. Ou pelo menos, em tão perfeito estado quanto uma casa abandonada há anos poderia estar. Nada de novo, que Harry se lembrasse de sua última visita. Se Percy não tivesse sonhado com Voldemort visitando a casa, duvidaria que alguém tivesse estado ali.

               - Então é aqui – disse Harry sem graça – E o que acontece à seguir?

               - Não sei... Era para ter algo importante por aqui, não?

               O bruxo assentiu.

               - Homenun Revelio! – tentou Harry. Mas nada se moveu na sala.

               - Porcaria de casa podre! – explodiu Percy – Estamos perdendo tempo aqui, devíamos estar lutando... Quem sabe o que Cronos está fazendo em Hogwarts nesse exato momento? – isso trouxe outra coisa à cabeça de Percy – O que foi que você disse que tinha acontecido a Voldemort e Dumbledore mesmo?

               - Eu não disse... – Harry percebeu onde o semideus queria chegar – Mas Voldemort fugiu de Dumbledore, e o diretor tinha ficado em sua sala, cuidando do... fogo maldito...

               Ele entendeu o quão estúpido fora. Era tudo uma armadilha! Com Dumbledore fora do jogo, quem iria defender Hogwarts contra Cronos e Voldemort juntos?! Como pudera ser tão idiota?!

               - É melhor sairmos daqui... – disse Harry.

               Percy assentiu e subiu o andar para encontrar a passagem por onde vieram. Terminaram descobrindo que ela estava fechada. Não compreenderam o porque, mas ela não abria mais.

               - Cronos deve estar por trás disso... – palpitou Harry.

               - O que faremos?!

               - Temos que ir pelo caminho normal até Hogwarts...

               E os dois saíram correndo da casa. Quando estavam do lado de fora da Casa dos Horrores, todavia, perceberam que Cronos não tinha mentido. Ele tinha dito a verdade, tinha algo importante a ser descoberto na casa... Harry não entendeu o que aquilo significava, mas Percy sacou logo de cara.

               Os dois viram uma moto estacionada.

               - PELOS DEUSES! – gritou Thalia – ALGUÉM DÁ UM JEITO NESSAS PRAGAS DE ZUMBIS!

               Ela estava ficando cansada de dar pancada na cabeça desses mortos-vivos sem que nada acontecesse. E ainda tinha que se preocupar com os Comensais da Morte e monstros que, volta e meia, inventavam de atacá-la. Nico e todos os outros semideuses e campistas ajudavam também, é verdade, mas ainda assim, os inimigos eram muito mais numerosos... e imortais...

               Nico então teve uma grande idéia. Surpreendeu-se com sua própria sagacidade. O garoto deu um passo a frente e berrou para que todos que estavam na frente de Hogwarts o ouvissem.

               - Ei, seu bando de carne em decomposição! – gritou ele se referindo aos mortos-vivos – Vocês sabem que sou eu?

               Todos os inferi pararam de lutar e observaram Nico, em silêncio.

               - Eu sou Nico di Angelo, filho de Hades, Rei do Mundo Inferior. Sabem o que isso significa? Que na ausência de meu pai, sou eu que mando nessa bagaça de mundo inferior, fui claro?

               Silêncio total.

               - E adivinhem?! Eu não dei permissão pra ninguém sair de lá... Rápido com isso ,quero todo de volta pros infernos ou vou mandar o Cérberus em vocês...

               Silêncio. Os mortos vivos concordaram com seu mestre e começaram a se dirigir para o Mundo Inferior.

               - Mas o quê?! – Thalia estava surpresa – Como assim?

               - Eu tenho poder sobre os mortos – disse Nico com um sorriso – É natural que me escutem...

               - Mas esses mortos foram invocados por magia bruxa, como sabia que iria funcionar?

               - Não sabia – disse ele sem graça, Thalia viu que os joelhos do rapaz tremiam.

               - Mas tem uma coisinha...

               - O que é?

               - Se você controla eles: ponha-os do nosso lado, seu cabeça de defunto!

               Nico entendeu. Sentiu-se estúpido por não ter pensado nisso antes, Thalia roubou-lhe toda a glória por ter pensado em controlar os mortos-vivos.

               - Ei, seu pútridos! – Nico chamou-os de novo – Eu mudei de idéia... Ataquem os monstros e os Comensais, ok?

               Os inferi pararam no meio, deram meia volta e começaram a atacar os Comensais.

               - Boa, Nico! – berrou Rony de um canto.

               - Mas o quê?! – Lúcio Malfoy estava surpreso com a reviravolta das coisas – Estupefaça! Estupore! Avada Kedavra!!!

               Mas agora os Comensais estavam sofrendo tudo que os semideuses e bruxos sofreram. Uma luta com imortais, onde será que isso iria parar?

               Um dos Comensais havia curado Bellatrix, ferida depois de lutar com Clarisse e Percy. Isso significava que ela estava de volta a ativa, dessa vez mais irada que nunca por ter perdido uma batalha. Sedenta por sangue. Mas, nem ela parecia saber o que fazer com um exército de Inferis...

               Cronos estava quase terminando todos os seus assuntos. Faltava apenas uma última conversinha que queria ter com uma pessoa em especial... Caminhou até a entrada de Hogwarts. Lá, avistou-a. Foi até ela, despercebidamente. No meio de uma Guerra, ninguém tinha tempo para olhar para o lado e ver quem estava passando. Assim, atravessou o campo de batalha, destruindo alguns campistas e bruxos que eram estúpidos o suficiente para se por no seu caminho.

               Ela estava distraída lutando com um Comensal, mas isso não o impediu. Pegou-a pelo ombro e empurrou-a contra a parede. O Comensal, ao ver que se tratava de Cronos, deixou a garota ir e foi encontrar outra presa.

               - Oi – disse Cronos com um sorriso simpático.

               Annabeth, todavia, não viu Cronos. Viu Luke.

               Uma mancha negra caiu no meio do campo de batalha.

               A mancha tomou forma e terminou por revelar-se Lord Voldemort. Ele riu histericamente. Riu como se tivesse contado a piada mais engraçada do mundo. No caso, seria um humor bastante negro... Ele levou sua própria varinha à garganta e lançou um Sonorus.

               - Olhem lá! – ele ordenou a todos e apontou para uma torre do castelo que estava em chamas – Aquela lá é a torre de Dumbledore, seu querido diretor...

               Calou-se para ouvir os estudantes e campistas levarem a mão a boca, em total surpresa, soltando grunhidos de horror ao ver as chamas consumindo a sala do diretor. Era uma visão perversa. Apenas não notaram antes porque estavam distraídos no combate. Mas agora viam que as chamas já consumira quase que a torre inteira.

               - Aquela é a sala de Dumbledore – continuou Voldemort, que já conseguira a dramaticidade que buscava – E fico feliz de lhes dizer que seu diretor estava lá... Isso mesmo, vocês me ouviram bem... Alvo Dumbledore está morto!

               Os estudantes e campistas olharam embasbacados para a torre. Ninguém era capaz de fazer qualquer barulho. Até que por fim, os monstros e Comensais quebraram o silêncio, soltando um grito de contentamento. Os alunos, irados, começaram a soltar feitiços para cima de Voldemort.

               Inútil. Ele defendeu todas as magias com um simples Protego, enquanto dava gargalhadas. Um já fora, faltava agora somente Quíron e depois os Escolhidos... Além disso, sem Dumbledore, o poder de defesa do castelo havia caído consideravelmente. Essa Guerra acabaria antes do amanhecer, o Lord das Trevas estava certo disso...

               Nesse momento, uma luz brilho no céu noturno, roubando toda a atenção de todos. Era uma luz forte, muito mais poderosa do que uma estrela tinha o direito de ser. E se locomovia muito mais veloz do que qualquer coisa que pudesse aparecer no céu estrelado.

               - Alguém quer ajuda? – ouviu-se uma voz vinda do céu.

               Os campistas começaram a se cutucar. Eles conheciam essa voz. Essa voz era... Apolo!

               Então, a terra se abriu e Hades se ergueu do solo. Apolo pousou fazendo uma grande entrada – e um grande estardalhaço. Aos poucos todos os Deuses foram aparecendo, enquanto todos olhavam sem saber o que esperar dessa tremenda reviravolta. Os Deuses vieram ajudá-los? Incrível! Talvez ainda houvesse esperança!

               Zeus foi o último a aparecer, andando calma e serenamente. Olhou a todos os seus inimigos nos olhos e manteve o olhar por mais tempo em Voldemort.

               - Quero todos esses monstros capturados – disse ele, com seu tom de voz grave – e esses Comensais destruídos...

               E a Guerra teve continuidade...


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Notas finais do capítulo

Tcham Tcham Tcham...
O que será que Percy descobriu na Casa dos Gritos?
E Annabeth, o que fará com Luke?
O que dizer sobre a morte de Dumbledore?
O que os Deuses farão?
O que acontecerá a seguir?
Todas essas perguntas (ou quase) serão reveladas no próximo capítulo!