Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 30
Não é Não


Notas iniciais do capítulo

Esse saiu rápido - não quero ser responsável pela morte de um ponei (como fui ameaçado) - portanto, o capítulo ta aí. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/149979/chapter/30

As fúrias os conduziram até Hades, como prometido.
         Caminharam por meia hora. Passaram pelos portões do Mundo Inferior, aqueles que nunca estiveram lá, surpreenderam-se com todas as almas que transitavam por ali. Quem imaginaria que haveria tudo isso logo abaixo dos pés californianos?! Passaram longe de Cérberus, mas foi o suficientemente perto para fazer com Rony sentisse um friozinho na espinha ao encontrar aquele enorme cão de três cabeças.
    -É para cá que todos os mortos vêm? - perguntou Harry a uma das fúrias.
     Como o esperado, não houve resposta. Annabeth virou-se para ele.
    -Sim, mas apenas os mortos humanos... - respondeu ela - Os monstros vão para o Tártaro passar um tempinho lá...
    Aquilo, por algum motivo, fazia com que Harry se sentisse estranho. Tinha a sensação de que deixara algo fundalmentamente importante passar despercebido. Mas o que poderia ser?
    -Estamos chegando? - perguntou Rony.
    As Fúrias olharam para Rony da mesma forma que Caronte já o fizera alguns minutos antes. A diferença é que as enormes harpias iriam voar com Rony o mais alto que conseguissem e por fim soltá-lo, caso ele fizesse essa pergunta novamente. Se bem que, até mesmo Percy já estava se perguntando se faltava muito. Não se lembrava de percorrer todo esse caminho para chegar até Hades, da primeira vez que estivera ali.
    A mente de Thalia, por mais que a garota tentasse se concentrar em sua missão, estava devagando. Onde estaria Artemis, sua Deusa? Voldemort jurou que soltaria-a, caso Thalia desse o recado. Bem, o recado já fora dado... Ela daria tudo para ter ao menos uma pistazinha de onde a Deusa da Caça se encontrava.
    Thalia ainda se lembrava do Texas, onde Artemis havia sido capturada - para me salvar, pensou ela amarguradamente. Ainda se recordava dos olhos da Deusa quando o Avada Kedavra de Voldemort a atingiu. Desespero. Dor. Agonia. Tudo isso podia ser lido - como num livro - nos olhos dela. A garota torceu o lábio inferior. Onde ela estaria?! Jurou a si mesma que, quando encontrasse Cronos e Voldemort, os faria pagar por todo o sofrimento imposto a sua Deusa. Ah, se faria!
    -Não se preocupe - sussurrou Annabeth para Thalia, de forma que somente a filha de Zeus pudesse escutar -, vai ficar tudo bem.
    Annabeth aparentemente, além de ser muito inteligente, tinha um sensor de sentimentos. Ela sempre era capaz de dizer o que as outras pessoas estavam sentindo. Thalia meio que invejava esta habilidade e meio que se sentia acuada por ela.
    Os pensamentos de Percy estavam muito mais próximos: estavam em Annabeth. Ele lançava discretas olhadelas para a garota sempre que podia. Quando Annabeth o pegava numa dessas "sondagens", ele rapidamente desvirava a cabeça e continuava a andar, levemente corado - como se o simples ato de olhar fosse um crime.
    Verdade seja dita. Percy não parara de pensar em Annabeth desde que voltara do castelo de Voldemort. Ele não sabia o que, mas algo dentro de si havia mudado lá. Ele, caso o perguntassem, não seria capaz de descrever seus sentimentos, mas sabia que eles existiam, e eram por Annabeth. Talvez fosse... amor... ele estremeceu com a força da palavra.
    Desde o castelo, quando ouvira os gritos de Annabeth, soube que faria de tudo para evitar ouvi-los novamente. Queria apenas ver ela sorrindo. Annabeth tem um sorriso lindo, sabia disso? Outro olhar discreto foi lançado às costas dela.
    Caminharam por mais alguns minutos até que por fim pararam.
    - Ah! - esbravejou Rony, rapidamente tratando de se sentar ao chão - Graças à Deus! Digo, Deuses.. - ele pareceu confuso - Enfim, que bom que chegamos.
    -Rony... - suspirou Gina - Não dá para levantar não? Esse lugar não é exatamente um parque, onde você pode se sentar na grama quando quiser...
    - Deixa disso, Gina. Estamos seguros com essas Fúrias aq... - antes de terminar de falar, um enorme osso em forma de mão brotou da terra e agarrou a perna de Rony - Ah! Confringo!
    Uma luz roxa saiu de sua varinha e acertou a mão "brotante". Ela voltou a terra e não se mexeu mais.
    -Certo - ele disse respirando fundo - Sem se sentar no chão... Posso viver com isso...
    Uma enorme porta negra se abriu, permitindo-lhes adentrarem o Castelo de Hades.
    - Esperem aqui - falou uma das harpias quando todos já estavam dentros - vou anunciar suas presenças à meu Senhor.
    As três fúrias desapareceram por outra porta, deixando os garotos sozinhos no salão. Este era incrivelmente grande. Possuia uma abóbada - sem adornos, apenas um fundo negro - e o chão era feito de mármore escuro. A parede também estava pintada de preto, com algumas velas penduradas na parede, o que criava uma rara - porém eficiente - luz na sala. O lugar, de uma forma simplificada, possuia um ar sinistro.
    - Alguém tem alguma idéia do que diremos a Hades? - perguntou Harry - Sabe, não acho que vai ser fácil convencê-lo a se unir a nossa causa...
    - Talvez devessemos ter planejado antes - concordou Hermione.
    -Diremos-lhe a verdade - Percy entrou na conversa - Ele não tem nenhum motivo para odiar os bruxos, deve nos apoiar...
    -Percy - comentou Thalia -, ele é Deus do Mundo Inferior, enquanto seus irmãos reinam no mar e nos céus, ele tem motivo para odiar até a vida!
    - Acho que vocês estão exagerando. O Senhor dos Mortos não é tão ruim assim...
    - Na verdade...
    Uma das harpias voltou antes que a frase fosse terminada.
    - Meu Senhor irá recebê-los agora mesmo. Acompanhem-me...
    Atravessaram a sala e saíram pela porta na qual, minutos antes, as Fúrias haviam saído. Passaram por um estreito corredor e mais uma porta de madeira, dessa vez muito menor. Por fim, chegaram à Hades.
    A sala onde ele se encontrava era relativamente menor que a primeira, mas parecia muito mais confortável. A iluminação era melhor e havia menos preto.
    Harry não sabia o que devia esperar do Deus do Mundo Inferior, mas certamente não esperava aquilo. Pensou que Hades se vestiria com algo parecido a um Comensal da Morte, um longo manto negro e um capuz, espalhando o terror pelo simples fato de existir. O que viu, porém, não correspondeu às expectativas. Viu um jovem com um longo cabelo negro caindo sobre os ombros. Vestia jaqueta e calça de couro, além de ter se enfeitado com muitas correntes e pulseiras negras e espinhosas. No fundo, lembrava algo que os mortais-trouxas chamariam de "rockeiro".
    - Você mudou desde nossa última visita - comentou Percy. Somente ele falaria com um Deus assim, sem cerimônias.
    - Infelizmente - a voz de Hades era fria como mármore - ainda estou arrumando a bagunça que sua última visita me causou... E pelo que soube, você já fez mais, desde que chegou não é? Tudo bem, sorte a sua que vocês só mexeram com Caronte, nunca fui muito com a cara dele. Se mexessem com Cérberus, meu pequeno cãozinho, ai sim, vocês conheceriam o verdadeiro significado de "sofrimento"...
    Uau, pensou Harry, oi para você também. Mal tinham chegado e já estavam sendo ameaçados... Sem compreender o porquê, Harry sabia que não gostaria nada do Senhor dos Mortos.
    -Vamos direto ao ponto - falou o Deus - Da última vez, me acusaram de roubar um raiozinho de meu querido irmão. Falem de uma vez: o que foi que sumiu agora e por que acham que fui eu quem pegou?
    Um silêncio se colocou na sala. Ao que tudo indicava, Hades ainda se ressentia um pouco de ter sido acusado de Ladrão de Raios.
    -Não é bem isso... - começou Annabeth.
    -Então o que é? - seus olhos se puseram sobre Harry, Rony, Hermione e Gina - Isso aí são varinhas?
    - É sobre isso... - suspirou Gina.
    -Bruxos! - ele quase não podia acreditar em seus olhos - Ah quanto tempo não encontro um bruxo. Francamente, começava a pensar que essa raça tinha desaparecido da Terra...
    -Esse seu pensamento pode estar mais perto de se tornar realidade do que você imagina...
    -O que querem dizer? - Hades parecia interessado, quase divertido com aquela visita inesperada.
    -Recebeu a notícia do Conselho de emergência dos Deuses? - perguntou Percy.
    -Sim.
    -Pretende ir?
    -Não.
    -O Conselho será sobre isso: os bruxos. O Segredo que todos tentavam manter por tanto tempo finalmente foi revelado - explicou Annabeth - e Artemis foi sequestrada por um bruxo. Zeus está possesso. Quer exterminar toda a raça bruxa agora mesmo...
    -Sim, estou ouvindo e onde eu entro na história? Meu irmão sempre foi assim, temperamental, entende?
    -Minha mãe - continuou a filha de Atena - conseguiu que Zeus se acalmasse e convocasse o Conselho. Vai haver uma votação sobre a extinção - ou não - dos bruxos.
    -Hm... E?
    -E vamos perder essa votação - explodiu Thalia - Precisamos de um voto a mais para empatá-la. Precisamos do seu voto ou o Mundo Bruxo já era.
    -Certo - falou o Deus - Só estão se esquecendo de um pequeno detalhe... Há milhares de anos, quando houve o primeiro Conselho para se decidir o que fazer com os bruxos, eu votei contra vocês. Por que deveria votar a favor agora?
    -As circunstâncias mudaram... - se intrometeu Hermione - O Oráculo previu que somente nós, mais uma pessoa que não conhecemos, poderão derrotar Voldemort e Cronos. Se vocês, Deuses, matarem os bruxos, estarão se condenando a perder a Guerra.
    Hades pareceu pensar.
    - Ainda não estou convencido. Meus queridos irmãos me baniram para cá, o subsolo, enquanto eles reinam na Terra. O que acontece por lá, não me diz respeito. Eles que quiseram o "Mundo Superior", eles que tratem de denfendê-la!
    Harry sabia que deviam ter pensado no que dizer antes de falarem com Hades. Não tinham argumento nenhum e estavam perdendo a discussão. Precisava pensar rápido. Mas o que faria Hades mudar de idéia...?
    - Vai simplesmente ficar sentado aqui e assistir ao fim de uma raça inteira? - perguntou Gina incrédula.
    - Sim, essa cadeira é muito confortável e adoro assistir ao fim de raças. Tenho que admitir, estou torcendo pelo fim dos micos leões dourados...
    Seu tom era sarcástico, o que não agradou a ninguém, diga-se de passagem.
    - Se era só isso que queriam tratar comigo - disse o Senhor dos Mortos -, minha resposta é não. Defitiva e inexoravelmente não. A saída é a direita e não deixem a porta bater em vocês quando saírem.
    -Mas... - disseram todos simultaneamente.
    -Sem mas! - bradou ele, estava começando a ficar irritado - Já disse que não! Quando eu digo que não, eu quero dizer NÃO! Se não tem mais nada a tratar: saiam. Do contrário, darei todos vocês à Cérberus!
    -Com licença... - uma voz estranhamente familiar veio da porta. Percy virou-se para ver quem era e então compreendeu tudo.
    Na verdade, todos com exceção dos bruxos que não sabia quem ele era, entenderam tudo. Fazia sentido agora. Compreenderam quem era o Oitavo Escolhido e compreenderam por que não o tinham encontrado quando Quíron ordenou que todos os Campistas fossem ao Oráculo. Assim como as Caçadoras, havia mais um Meio-Sangue que não costumava ficar no Acampamento. Ele simplesmente aparecia por lá esporadicamente para ver como iam as coisas. Agora, ele estava lá, parado na frente de todos e sem ter idéia de que era o Escolhido. Mas Annabeth, Percy e Thalia souberam: ele era o quarto semideus que Quíron previra.
    Ele era Nico. Nico di Angelo.

    Todos os Deuses já estavam sentados em seus respectivos tronos. Todos com a exceção de Hades e Artemis, naturalmente. Um por indiferença aos assuntos do Conselho e a outra por estar desaparecida. Zeus se sentava no centro, com Poseidon e Hera ao seu lado.
    -Muito bem! - bradou Zeus - Agora que já estamos todos reunidos aqui, declaro inicialmente iniciado o Conselho!
    -De que assunto trataremos? - perguntou Afrodite.
    -Sim - concordou Hefesto - O que é assim tão sério que praticamente tivemos que correr para o Olimpo?
    -O Segredo foi revelado! - anunciou Zeus.
    -Ai, pelos Deuses! - exclamou Afrodite - Eu juro que não faço mais, por favor me desculpem! Vocês tem que entender que foi apenas o necessário, do contrário a cola não serviria, entendem?
    Ares rapidamente juntou sua voz dela.
    -E eu nego a minha participação nesse negócio todo. Eu não sei o que vocês ouviram, mas é mentira! Eu nunca participei de nada disso!
    -Mas do que vocês estão falando? - perguntou Zeus consternado.
    Um silêncio incomodo se instaurou na sala.
    -Err... - começou Afrodite - o segredo não foi revelado...?
    Atena abaixou a cabeça e suspirou levemente.
    -Não esse segredo... - falou por fim.
    -Ah - Afrodite parecia constrangida - Esqueçam tudo o que eu falei então...
    -Não, não - se meteu Hera - Agora estou curiosa, o que foi que você fez dessa vez, seu saco de futilidade?
    -Não fale com Afrodite nesse tom! - bradou Ares - Você não tem o direito!.
    -E falando em inutilidade! - comentou Apolo - Ares, você também não tem o direito de falar nada. Depois de Afrodite, você é o mais fútil dentre nós.
    -Eu não sou fútil! - gritou a Deusa da Beleza, possessa.
    -Cale-se, Deus da poesia. Que coisa mais fru-fru! Eu sou o Deus da Guerra! Vire Deus de algo de macho!
    -Eu sou o Deus do sol! E você sabe disso! - agora era Apolo quem estava ficando irritado.
    -CALEM-SE - berrou Zeus, por fim.
    Poseidon abaixou a cabeça e pensou que seria um looongo conselho... Atena pensou que nem sequer teria que distraí-los, eles por si só já faziam isso muito bem.
    -Já disse - continuou o Deus dos Raios - que estamos aqui para discutir o Segredo.
    -Que não tem nada haver comigo - assinalou Afrodite.
    -CALADA MULHER - brigou Zeus novamente - Não tem nada haver contigo, é outro segredo. É o Segredo.Estão lembrados? Aqueles sobre os bruxos?
    -Sim, estamos - concordou Hermes - Afinal de contas o que aconteceu com aqueles seres tão curiosos?
    -Os seres curiosos me irritaram, e estão prestes a ganhar uma passagem só de ida para o Mundo Inferior...
    -Somente se o Conselho concordar... - assinalou Atena.
    -Então é sobre isso que se trata? - perguntou Deméter incrédula - Votar novamente nesse negócio de bruxo. Já não fizemos isso há alguns milênios?
    -O Segredo foi revelado - Zeus contou sem cerimônias - Tanto bruxos quanto semideuses sabem de suas co-existências. Artemis foi sequestrada por um bruxo. Um imundo!
    -Me chamou aqui para uma votação? Que por sinal eu já fiz no passado? - Afrodite não conseguia acreditar - Eu estava fazendo chapinha! Tem idéia do que isso é?
    -Ah, céus! - Hera explodiu - Não dá para ser mais fútil, não?
    -NÃO SOU FÚTIL!
    E a briga voltou...
    Sim, vai ser uma looonga noite, pensou Atena.
   
    Nico!
    Sim, fazia sentido!
    Ele não estava no Acampamento no dia em que Quíron mandou todos os Campistas falarem com o Oráculo. Como ele quase nunca estava lá, ninguém deu por sua falta - assim como as Caçadoras. E seus amigos estavam tão preocupados com quem seriam os Escolhidos que deixaram esse detalhe passar despercebido.
    Agora, com o garoto parado na frente deles, no Mundo Inferior, a verdade os atingiu como um raio. Nico poderia fazer o Teste do Oráculo mais tarde, caso quisesse, mas Percy já estava certo que era ele o Oitavo. O destino havia colocado quatro  Meio-Sangues amigos da mesma forma como colocara quatro Bruxos amigos. Os Oito estavam finalmente formados, unidos. Agora havia uma esperança de derrotar a Cronos e Voldemort. Agora havia esperança!
    É claro, havia esperança se eles ignorassem um pequeno - e sem importância - detalhe: Zeus estava prestes a estragar tudo. Tinham menos que cinco horas para convencer um cabeça dura como Hades a defendê-los no Conselho e a missão parecia impossível. Percy fez uma pequena oração à Atena, pedindo que conseguisse tempo suficiente para eles...
    -Nico! - gritaram os semideuses simultaneamente.
    -Quem? - perguntaram os bruxos simultaneamente.
    -O que está fazendo aqui? - perguntou Hades rispidamente - achei que estivesse lá em cima.
    -Estava - respondeu o garoto de cabelo preto - Mas senti a presença de meus amigos aqui embaixo e vim ver o que estava acontecendo.
    -Não podia ter vindo em melhor hora! - comentou Percy.
    Nico caminhou até estar perto de seus amigos.
    -Quem são esses? - apontou para Harry&cia.
    -Quem é você? - perguntou Hermione.
    Sem sombra de dúvida, ela não estava esperando encontrar outro ser vivente além deles ali embaixo. E, de repente, esse cara chega na sala. O mundo estava de pernas para o ar.
    -Oi - disse ele sorrindo - Sou Nico di Angelo e, bem, acho que já conheceram meu pai...
    -Você é filho de Hades?! - perguntou Harry. Talvez aquilo tivesse alguma utilidade. O filho poderia intervir por eles... Quem sabe?
    -Sim, e quem são vocês?
    -Eu sou Gina, estes são Rony, Harry e Hermione.
    -Somos bruxos - acrescentou Hermione. A esta altura, não tinha sentido mais manter segredos.   
    -Claro - disse Nico sarcasticamente - e eu sou a fada madrinha, vêem?
    Aquilo deixou a todos desconcertados por alguns segundos...
    -Não - interveio Rony - Somos bruxos de verdade. Veja: Lumus!
    Ao dizer isso, uma luz apareceu na ponta de sua varinha, tornando a sala na qual se encontravam muito mais iluminada.
    -Legal, você é filho de Apolo!
    -Não! Eu sou um bruxo! - Rony tentou novamente - Bombarda!
    O chão onde ele mirou explodiu.
    -Ei - gritou Hades - tomem cuidado, não podem simplesmente chegar no meu castelo e começarem a explodir as coisas!
    Nico pareceu confuso.
    -Não conheço nenhum filho de Deus com habilidades de explodir coisas.
    -Nós somos bruxos! - berraram todos juntos.
    O filho do Mundo Inferior olhou para Percy e Annabeth sem saber o que pensar. Os dois semideuses apenas acenaram com a cabeça, confirmando tudo o que era dito. Os olhos de Nico de arregalaram. Como assim bruxos?
    -Filho - começou Hades - acho que temos muito o que conversar...
    E assim, explicaram toda a situação a Nico. Toda a Guerra, a união de Voldemort com Cronos, a ira de Zeus e o Conselho. Contaram tudo. O garoto ouviu a isso atentamente e com olhos que demonstravam cada vez mais surpresa. Quando terminaram de falar, ele ficou em silêncio, como que em choque.
    - E... - ele começou depois de um tempo - Vocês acham que EU seja o escolhido? Eu?
    - É a única coisa que faz sentido... - disse Harry.
    - Nós não achamos - complementou o filho do mar - nós sabemos.
    Nico acenou com a cabeça positivamente, assimilando tudo que lhe era dito.
    - Sendo assim, vou fazer o teste do Oráculo, como vocês disseram.
    - Mas primeiro - falou Thalia virando-se para Hades - O que você acha disso, Senhor dos Mortos?
    - Disso o quê?
    - Seu filho se juntou a nossa equipe: a Worlds Crash. O que você acha disso? Não quer repensar a sua resposta sobre nos ajudar no Conselho.
    - Não - disse Hades sem rodeios - Meu filho pode meter o nariz dele onde quiser: minha resposta continua sendo um sonoro não.
    - Mas por quê? - perguntou Annabeth frustrada.
    - Me respondam uma coisa: o que eu ganharia com isso? Me dê apenas um bom motivo para ajudá-los e eu o farei. E, por favor, não me digam "por amor aos bruxos"!
    - Espere um pouco aí! - gritou Harry. De repente, aquela sensação de que ele tinha se esquecido de algo passou. Ele se lembrou - Todos os humanos vem para cá? Todos eles?
    - Sim, o que isso tem a ver com a questão?
    - Até mesmo os bruxos vem ao Mundo Inferior?
    - Aham, eu devo ter alguns por aí...
    Aquilo deixou Harry em choque. Ele não conseguia acreditar no que ouvia. Isso queria dizer que... Queria dizer...
    - Onde estão meus pais? - perguntou Harry - Onde estão Lilian e Tiago Potter?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ae? O que achou? Merece um comentário não é? E você que acompanha a fic, faça uma recomendação! Estou sem criatividade para fazer um notas finais interessante de se ler então... Sei lá... Comentem ou a Coca-Cola do mundo todo vai acabar -.-'