Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 27
Tempestade de Raios


Notas iniciais do capítulo

Gente, sinto como se fizesse uma eternidade desde que eu postei aqui pela última vez, e talvez faça mesmo. Meu computador quebrou, então nos dias que eu podia escrevir, eu não pude postar nada... Triste, né? Mas saiu o capítulo. Lembrando que esse capítulo seria somente a continuação do anterior, então não reclamem que está pequeno. Suhaushuashuah. Espero que gostem.



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            Harry brincava com uma pequena esfera de vidro nas mãos. Ficava alternando a mão que a segurava, hora era a esquerda e hora a direita. Estava deitado em sua cama, no dormitório de Hogwarts, completamente sozinho. Os outros alunos estavam jantando, mas o bruxo com a cicatriz tinha uma sensação estranha quanto a tudo que estava acontecendo. Era como se tudo estivesse... Errado de alguma forma.

            O Lembrol em suas mãos – que ele não sabia donde aparecera, simplesmente estava em seu bolso – lhe dizia que o ele esquecera algo, pois a fumaça em seu interior estava vermelha. Na realidade, esse era o problema de todos os Lembóis: eles dizem que você esqueceu algo, mas não dizem o que é.

            Harry forçava a mente, tentando se lembrar do que deixara passar. Sem sucesso.

            Seus pensamentos também estavam preocupados com Dumbledore, que continuava em Azkaban até agora. No primeiro dia, Harry pensara que aquilo tudo não passava de um enorme mal entendido e que seu diretor logo seria solto, mas os dias passavam e nenhuma noticia sobre sua prisão se espalhava. Grande parte dos alunos de Hogwarts pareciam ter até mesmo se esquecido disso – ou, caso se lembrassem, não pareciam estar se importando muito. McGonagall assumira o colégio, pelo menos temporariamente pois, assim como Harry, ela também acreditava que Alvo logo voltaria.

            O que eu esqueci?!

            O garoto passara o dia inteiro – desde que encontrara o Lembrol – pensando nisso e agora estava começando a ficar profundamente irritado.

            - Bola de vidro estúpida! – ele fez força para não atirá-la na parede.

            - O quê? – indagou Rony entrando no quarto. Havia acabado de jantar.

            - Esse Lembrol, Ron. É uma das piores invenções do mundo bruxo! Não sei o que esqueci, mas sei que era importante!

            - Calma aí, Harry. Se era importante, você vai se lembrar.

            Harry ficou em silêncio. Não tinha resposta para isso.

            - Mas, e se eu... – o bruxo não conseguiu terminar a frase, pois nesse momento, um raio atravessou a janela. Se fosse apenas isso, tudo bem, mas vários raios atravessaram a janela. Era uma verdadeira chuva de raios vinda do céu. O barulho chegava a ser insuportável.

            - O que está havendo?! – gritou Rony sobre o barulho todo.

            - Eu não sei! – respondeu Harry – É melhor sairmos daqui, antes que um saio atinja essa janela.

            Rony assentiu e os dois saíram do dormitório. O Salão Comunal da Grifinória estava atulhado de pessoas.

            - Minerva não quer que nenhum de nós saia daqui. – informou um inspetor do sétimo ano.

            - O que está havendo? – perguntou um assustado do primeiro.

            - Não se preocupem – tentou acalmar o inspetor – logo tudo estará resolvido.

            Os raios continuavam a cair rapidamente. Aquilo certamente não era normal, algo estava por detrás daquilo tudo. Chuva havia se juntado as descargas elétricas e agora tomavam o céu noturno. Um desavisado poderia pensar que se tratava do apocalipse. 

            Harry avistou Hermione ao lado de Gina, no meio da multidão de alunos. Se dirigiu até lá.

            - Hermione, alguma idéia sobre o que é isso?

            A garota meneou a cabeça negativamente.

            - Não pode ser um feitiço? – sugeriu Rony.

            - Até onde eu sei, não. E que bruxo seria tão poderoso assim?

            - Voldemort – sugeriu Gina – Agora que estamos sem Dumbledore...

            - Duvido muito – respondeu Harry – Verdade seja dita: Voldemort é extravagante, faria um grande show antes de nos matar com raios. Deve ser outra coisa.

            Ele olhou para o Lembrol em suas mãos e sem motivo algum, achou que sua memória perdida e a tempestade de raios estavam de alguma forma interligados. Ele foi tomado por um súbito impulso. Sentiu um jorro de sabedoria.

            - Temos que ir até a Floresta Negra – disse.

            - Ah, mas é claro. – respondeu Rony sarcástico – No meio dessa tempestade. Depois da Floresta, por que não vamos dar uma nadadinha no Lago? Deve estar uma maravilha lá fora.

            - É importante – insistiu Harry.

            - O que é? – perguntou Gina.

            - Eu não sei.

            - É... Parece bem importante para mim. – se intrometeu Rony.

            - Eu não sei! Eu esqueci algo e sinto que se for a Floresta poderei me lembrar.

            - E não dá pra fazer isso num dia quente de verão? Tem que ser durante o apocalipse?

            - Rony...

            O bruxo suspirou. Ele era seu melhor amigo e já haviam passado por muitas coisas juntos para saber que, se Harry estava falando que precisava ir agora, era porque ele precisava ir agora.

            - Certo, estou com você.

            Harry olhou para Gina e Hermione. As duas pareceram desconfortáveis com isso, mas assentiram também.

            - Harry! – gritou Rony – se sairmos dessa com vida, eu vou usar seu Lembrol para me lembrar de te matar!

            Estavam ensopados. Não era uma garoazinha que estava caindo do céu, mas sim uma verdadeira tempestade do mar do caribe. Parecia que alguém havia secado os oceanos e agora jogava-os sobre suas cabeças.

            Saíram do castelo usando a Capa da Invisibilidade. Essa fora a parte fácil. Mas agora estavam encharcados. E isso não era o pior – é claro – ainda tinha os raios caindo do céu.

            - Vamos mais rápido! – gritou Harry.

            - Onde estamos indo?

            - Não sei!

            Nesse momento, um garoto, ao lado de uma garota – ambos também igualmente encharcados pela tempestade – apareceram, saindo de entre as árvores. O estado dos dois recém encontrados parecia pior que o de Harry e seus amigos, pois eles estavam ofegantes e cansados.

            Quando Harry, Rony, Hermione e Gina os viram. Se lembraram de tudo.

            - Vamos – disse Percy – Temos que sair daqui.

            Falar que Zeus estava muito irritado seria um eufemismo para “ele quer rachar o mundo em dois”. Thalia nunca vira o pai desse jeito e sem dúvida não esperava que ele recebesse a notícia dos bruxos dessa maneira.

            Os canais de TV do mundo inteiro noticiavam uma incrível tempestade de raios vinda do nada. Todo o planeta Terra estava em pane. Mais tarde, culpariam o aquecimento global por tudo isso e apenas o gregos saberiam a verdade. Zeus não estava de bom humor.

            Ele havia lançado sua ira por todo o planeta Terra.

            - Pai, espere!

            - Thalia, saia daqui! – ordenou Zeus se erguendo de seu trono – Os bruxos pediram por isso! Vou acabar com eles aqui e agora!

            - Nããão! – tentou intervir a filha – Você não pode!

            - Fique olhando!

            Nesse momento, a porta da Sala do Conselho se abriu. Atena entrou correndo na sala, seguida por Poseidon.

            - O que significa tudo isso?! – inquiriu a Deusa da Sabedoria.       

            - Os bruxos! – respondeu Zeus espumando de raiva – Aquelas escórias seqüestraram Artemis. Vou apagá-los da existência agora mesmo! Eu sabia que deixá-los viver terminaria nisso.

            - Você não pode – disse Atena com o rosto sério – Essa decisão não cabe somente a você. O Conselho dos Deuses votou pela vida dos bruxos, somente o Conselho dos Deuses pode votar pela morte.

            - Você está me desafiando, Atena?

            Poseidon deu um passo a frente.

            - Acalme-se, irmão. Você irá castigar toda uma raça de bruxos somente por que alguns fizeram besteira?

            - Prefiro não arriscar. Hoje um deles fez essa cagada, amanhã?

            Thalia olhava a tudo estática. Não podia acreditar no que estava vendo.

            - Eu proponho uma reunião dos Deuses emergencial – disse Atena.

            - Eu proponho destruir os bruxos – respondeu Zeus intensificando seus raios sobre a Terra.

            - Você não está atingindo somente os bruxos – bradou Poseidon – você está matando humanos também.

            - Devo entender que você não seguirá o Código Divino, Zeus? – Atena estava mais séria do que nunca. Aquilo poderia terminar numa guerra interna no Olimpo.

            Zeus, por um segundo pareceu tentado a dizer sim, mas depois suspirou.

            - Convoque todos os Deuses. Não me importo que eles estejam salvando o universo nesse exato momento, quero todos aqui agora.

            Atena assentiu e saiu para convocá-los, deixando apenas Poseidon, Zeus e Thalia na sala.

            - Pai, tem outra coisa...

            - O que é?

            - Você não pode destruiu os bruxos, pois existe uma profecia...

            - Por que tenho a impressão que não vou gostar disso? Desembucha!

            Ela contou toda a história para seu pai. Tudo. Apenas resguardou para si mesma a mensagem que Voldemort pedira para entregar. Quando terminou de falar, Zeus voltara a seu estado de ira descontrolada.

            - Voldemort miserável! Eu vou fritá-lo! Oráculo miserável! Vou fritá-lo também!

            - Segundo a profecia – continuou Thalia – somente nós, os Escolhidos, podemos fazer algo quanto a isso. Se você matar os bruxos, matará quatro dos Escolhidos também...

            - Eu mesmo resolverei esse problema, Thalia.

            - E tem mais uma coisa.

            - O que foi?

            A próxima coisa que Thalia disse, gelou não somente Zeus, mas também Poseidon, que assistia a tudo em silêncio.

            - Voldemort disse que “aquilo que você tanto temeu, está para chegar”.

            Silêncio na sala. Zeus estava tão aturdido com a noticia que até mesmo os relâmpagos pararam na Terra por alguns segundos.

            - Como ele se atreve?! Thalia, fora daqui!

            - Mas, pai, o que você vai fazer?

            - FORA!

            Se Zeus não podia ficar mais irritado antes, ele conseguiu. Agora ele não queria eliminar somente os bruxos, mas todas as formas de vida na Terra.

            Quíron tamborilava os dedos em sua mesa nervosamente.

            Aqueles raios só poderiam significar uma coisa, Thalia encontrara os Deuses...

            Esperava que a situação não tivesse que chegar a esse ponto, mas talvez a garota tivesse feito a coisa certa, não podiam mais esconder algo dessa magnitude.

            Queria que Percy e Annabeth voltassem logo, acompanhados de Harry, Rony, Gina e Hermione... Precisavam agir logo, antes que fosse tarde demais.


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Notas finais do capítulo

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