Não é Comédia escrita por The_Stark, Emmy Black Potter


Capítulo 6
Ervilhas Felizes!


Notas iniciais do capítulo

Pronto, outro capítulo muitooo louco baseado nas idéias de vocês. Se você ainda não teve alguma de suas idéias publicadas, não se desespere, provavelmente saírão nos próximos capítulos!



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PS: História baseada em uma idéia de Shantae. Se a sua idéia ainda não foi usada, não fique triste, pois ainda será, ok?

Minerva girava sua grande colher no caldeirão. A poção estava quase pronta, faltava apenas mais algumas coisas. A professora foi até uma estante de sua sala, pegou alguns frascos e jogou-os no caldeirão.

            - Asas de frango e coxas de galinha, em questão de um minuto, esta poção estará prontinha!

            Snape adentrou a sala quebrando a porta com um ponta pé.           

            - O que demônios está acontecendo aqui?! – ele já entrou gritando – Eu, como professor de poções, não dei permissão para ninguém no colégio sair fazendo poções.

            McGonagall olhou para Severo, ainda mexendo no caldeirão.

            - Mas, Snape...

            - Sem mas! Nem mesmo Dumbledore tem esse direito nessa escola, enquanto eu estiver aqui, eu mando nessas poções! – ele inspecionou o caldeirão, aproximou o seu nariz da borda e deu uma leve cheirada – E qual seria a desgraça que você está fazendo dessa vez?

            A professora gelou por apenas um segundo. Mas rapidamente retomou o controle da situação.

            - Sopa – disse prontamente – Sopa de ervilhas, quer um pouquinho?

            Snape olhou desconfiado para aquele caldeirão. O liquido que havia dentro borbulhava, era azul escuro e fedia, também havia coisas boiando lá dentro que o professor não conseguiu identificar. Aquilo parecia tudo, menos uma sopa de ervilhas...

            - Claro – disse por fim -, adoro sopa de ervilhas!

            Minerva soltou uma risada maquiavélica, o que aumentou um pouco a desconfiança de Snape, mas nada que o impedisse de tomar uma boa sopa de ervilha. McGonagall pegou uma colher, mergulhou-a no caldeirão, e deu para Snape tomar.

            - Pronto, aqui está – disse ela.

            Snape bebeu.

            - Certo – disse Gina piscando algumas vezes, como se para se assegurar de que estava vendo direito – isso não devia estar acontecendo...

            Harry, Rony, Hermione e Neville concordaram silenciosamente com as cabeças. Aquilo era muito estranho, até mesmo para o nível de Hogwarts.

            No corredor do colégio, Snape caminhava de um lado para o outro, carregando uma linda cesta florida e atirando flores para todos os lados. Quando viu o pequeno grupo de alunos que o encarava, se aproximou.

            - Oh, se não são meus alunos preferidos! – disse ele, tirando flores da cesta e entregando uma a cada um – O dia não está lindo para aprender?

            - Aham... – disseram todos em uníssono, esperando que a qualquer momento Snape começasse a gritar coisas como “Direto para a sala ou comerei a alma de vocês aqui mesmo!”, enfim, agir normalmente.

            O professor de poções estava... Bom... Aquela frase até mesmo soava estranha.

            Os alunos notaram que naquele dia, o professor havia de fato lavado o cabelo e não estava aquela coisa sebosa de sempre. Era quase... Apresentável... Todavia, eles nunca tiveram a chance de responder, naquele momento a voz de Dumbledore ecoou pelo castelo.

            - Atenção criaturazinhas da qual tenho que cuidar durante o ano – começou ele – Aviso que todas as aulas de hoje estão canceladas!

            Certo, aquilo já era a segunda coisa estranha em apenas alguns minutos. O dia prometia ser bizarrézimo...           

            - O que significa isso? – Hermione já começava a se desesperar com a simples idéia de não ter aula por um dia – E todo o aprendizado? E o saber?

            - Acalme-se, minha linda – acalmou-a Snape – O titio Dudu deve apenas achar que é um ótimo dia para brincarmos no jardim, sabe, com a natureza...

            - Mas o quê?! – explodiu Rony. Aquilo já era demais para ele – Snape, recomponha-se, homem! O nosso professor de poções não “brinca com a natureza”, ele joga ela num caldeirão em chamas e bate nela com uma colher até que não sobre nada! O que houve?”

            Snape apenas suspirou.

            - Ahh... – disse ele.

            - Viram? – perguntou Harry para alguns alunos do primeiro ano que estavam passando por eles, a caminho do Salão Principal - É assim que vocês vão ficar se usarem drogas. Diga não!

            - E Snape, e quanto aquele negócio do zoológico? – perguntou Gina.

            - Gina, não! – todos se encolheram contra a parede esperando pela explosão de Snape. No passado, a simples menção aquele trágico episódio teria feito com que o professor trouxesse as chamas do inferno até Hogwarts pessoalmente e fizessem com que todos queimassem.

            Ele apenas respondeu.

            - Ah, quanto ao zoológico... Eu devia agradecer pela grande oportunidade que vocês me deram de entrar em contato com todos aqueles bichinhos fofuxos!

            - Err... – falou Harry – Você está se referindo aos Dementadores, dragões e Acromântulas?

            - Sim! Eles são tão lindinhos!

            Silêncio, aquilo estava errado demais. Precisavam buscar ajuda .

            - Snape, nos siga – falou Harry.

            Harry e companhia adentraram a sala de Dumbledore.

            - Dumbledore, temos um problema! – falou Harry.

            A sala estava vazia.

            - Ah, Harry, meu caro – disse a voz de Dumbledore vinda de lugar nenhum – Espere um minutinho logo estarei aí.

            Houve um barulho de descarga e o diretor aparatou no centro da sala, com um pedaço de papel higiênico preso na sola do sapato.

            - Dumbledore, por quê? – suspirou Gina – Seu banheiro privado é logo ali do lado, você tem mesmo que aparatar?

            - Gina, Gina... – suspirou Dumbledore – É claro que eu tenho que aparatar. Se eu não aparatar não tem graça, foi por isso que desativei o sistema anti-aparatação de Hogwarts, lembra? Andar é para os fracos?

            A garota apenas suspirou.

            - Dumbledore – interrompeu Harry -, temos um problema. Olhe isso – e apontou para Snape.

            O professor de poções fazia uma cara de bobo enquanto acariciava Fawkes, a fênix de Dumbledore.

            - Quem é a pombinha do papai? Quem é a pombinha do papai? É você! – em um tom extremamente infantil – Olhem, é o titio Dudu. Oi, tio Dudu!

            E se aproximou de Dumbledore que olhava embasbacado toda aquela cena.         - Minha nossa! – falou Dumbledore – Chamem um padre, porque magia não vai dar conta de retirar a alma desse anjo que invadiu Snape! Temos que exorcizá-lo.

            - Não quis dizer demônio?

            - Não, demônio ele é normalmente. Se ele ta assim, só pode ser um anjo. Chamem um padre! Já!

            - Mandou chamar? – Minerva entrou na sala de Dumbledore sem entender nada.

            Dumbledore olhou incrédula.

            - Eu pedi um padre! Eu até entendo que McGonagall seja velha e se pareça com um homem, mas confundi-la com um padre é imperdoável!

            - Como é que é a história?! – perguntou Minerva não gostando nada do que estava ouvindo.

            - Nada, McGonagall – respondeu Dumbledore sorrindo – Está linda como sempre. Bom, você vai ter que servir – apontou para Snape – Exorcize-o!

            - Er... Eu não sou padre! Não sei exorcizar!

            - Mas que droga! Quando eu virei diretor eu disse para o Ministro que queria contratar padres qualificados para trabalhar em Hogwarts, mas não... “Contrate professores, Dumbledore, é muito melhor”. Professores! Não posso usar um professor num ritual de exorcismo!

            Todos olharam incrédulos para Dumbledore.

            - Você realmente queria contratar padres, no lugar de professores?

            - Olááááá – Snape chamou a atenção – Já se esqueceram de mim? Eu ainda tenho que saltitar por Hogwarts toda, se puderem ser rápidos nesse negócio...

            - Bem, quanto a isso... – começou Minerva – Eu posso ter acidentalmente preparado uma poção para que Snape ficasse bonzinho... E ele pode acidentalmente ter bebido...

            - Você enfiou goela abaixo, não foi? – perguntou Rony.

            - Uhum... – concordou Minerva.

            - Bom, isso resolve tudo – falou Dumbledore – De volta para as salas de vocês.

            - Mas, e o Snape? – perguntou Harry – Como é que fica?

            - Harry – suspirou o diretor -, você quer mesmo Snape como ele era? Assim não é melhor? Veja só, já é quase meio dia e eu ainda não ouvi um único choro de criança!

            Todos refletiram sobre aquilo.

            - É, talvez... – começou a concordar Hermione.

            - Talvez é o escambau! – explodiu Neville – Gosto muito mais de Snape assim! Muito obrigado, professora McGonagall.

            - Eu também gosto muito mais de estar assim – comentou Snape.

            - Não! – falou Harry – Por pior que você fosse, Snape, eu gostava de você do jeito que era. Não quero um Snape novo!

            - Harryzinho! Isso tocou meu coração! – falou Snape sorrindo – Você realmente me ama tanto assim?

            - Err... Veja bem, eu disse que gostava de você, não exagere com isso.

            - É o suficiente para mim. Minerva me transforme de volta! Já!

            - Não! – gritaram todos, com exceção de Harry, em uníssono.

            Minerva suspirou.

            - Ah... Querem saber, me sinto culpada de ter transformado ele assim, sem seu consentimento, talvez fosse melhor transformar ele de volta.

            Neville, Rony e Hermione caíram de joelhos aos pés de Minerva.  

            - Por favor, NÃÃÃÃO! – falaram eles.

            - Já está decidido – McGonagall falou – Snape, você volta a ser como era.          

            - Oba! – cantarolou Snape – Vou voltar a ser o cão chupando manga!

            - McGonagall, estou curioso – interveio Dumbledore – Você disse que não sabe exorcismo e eu sei que nenhuma magia consegue tirar o Snape dessa, o que vai fazer?

            A professora sorriu.

            - Exorcismo não... Macumba! Tragam-me sangue de galinha e doze velas!

            Alguns minutos depois, fez-se como ela pedira. O sangue foi derramado sobre o chão da sala de Dumbledore, criando uma estrela de doze pontas. Uma vela foi colocada em cada uma das pontas. Snape ficou no centro da estrela.

            - Apenas não se mexa – falou Minerva.

            E ela começou o ritual.

            A sala escureceu, como se o sol tivesse recusado participar dessa loucura. O vento parou de soprar. As chamas das velas ficaram alguns centímetros maiores. Minerva remexia o corpo loucamente numa posição caranguejo, falando frases que nenhum dos alunos conseguia decifrar. Provavelmente era um dialeto tão antigo que até mesmo o tempo havia se esquecido dele. Devia ser um dialeto tão mágico que...

            - O que será que ela está dizendo? – perguntou Gina.

            - Espere um segundo – falou Hermione colocando a mão na bolsa – Deixe-me pegar meu Dicionário para Coisas Idiotas e Sem Sentido.

            A garota tirou um enorme dicionário da bolsa, ouviu o que Minerva berrava e folheou algumas páginas.            

            - Bom, segundo meu dicionário, ela está dizendo: “PAMONHA R$1,00! PAMONHA R$1,00”.

            - O quê?! – perguntaram todos – Isso só pode estar errado!

            McGonagall parou a estranha cantoria.

            - Ah, ta legal – disse ela – vocês me pegaram. Nada disso é necessário. Finite Incantatem! Pronto, está desfeito. A gente tenta parecer legal...

            A magia atingiu Snape... Ele pareceu se recuperar de um choque, seus olhos se arregalaram e ele olhou ao redor.

            - O que significa isso? – disse ele com seu tom ameaçador natural – Eu viro as costas por apenas algumas horas e quando volto a minha consciência vocês estão desenhando estrelas com sangue e fazendo macumbas?! Quem é o RESPONSÁVEL POR ISSO?!

            - Acho que ele está normal – falou Dumbledore.

            - Uhum... – concordaram todos.

            - O que está acontecendo aqui?! – Snape parecia estar mais irritado do que nunca – Por que não estou ouvindo choro infantil?! Onde estão meus caldeirões e colheres para eu fritar alguns alunos?! E não pensem que me esqueci do zoológico! Alguém ainda vai perder um olho por causa disso!

- Sim – falou Harry – definitivamente, ele voltou ao normal.

            Algumas horas mais tarde, naquele mesmo dia, Dumbledore fora até a sala de McGonagall, junto de Harry, para esclarecer alguns problemas que haviam acontecido mais cedo. Ao chegar lá, todavia, a sala estava vazia e no centro havia apenas um caldeirão com um líquido azul fedido e com coisas boiando que nem o diretor e nem o aluno foram capazes de identificar.

            - Uh! Sopa de ervilha! – falou Dumbledore se dirigindo para o caldeirão.

            - Dumbledore, não! – gritou Harry.

            Mas já era tarde, o diretor já havia bebido a poção. Um segundo, nada aconteceu... Dois, nada...

            - Como está se sentindo? – perguntou Harry.

            - Estou ótimo, Harry! – respondeu Dumbledore com um largo sorriso, a poção já devia estar começando a fazer efeito – O dia está tão lindo! O céu tão azul e a grama tão verde! Agora, se me der licença, vou saltitando até o banheiro. Meus dejetos sairão cheirando a lavanda!


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Notas finais do capítulo

E ae? O que acharam disso tudo? Vale um comentário? Vale uma recomendação, talvez?