Não é Comédia escrita por The_Stark, Emmy Black Potter


Capítulo 18
Potter Game


Notas iniciais do capítulo

Esse foi rápido, pois temi que o FBI batesse a minha porta (sei que todos vocês, com a exceção de shantae, não vão entender isso, mas ok)



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Idéia para o capítulo foi dado por "shantae", Obrigado!

               Severo Snape não estava tendo um bom dia.

               Primeiro de tudo, os alunos que ele mantinha enjaulados em suas masmorras haviam escapado e aparentemente estavam fomentando uma rebelião lá embaixo – sem dúvida, capturar todos daria um pouco de trabalho.

               Segundo, outro aluno havia tirado nota máxima em sua prova, além da Srta Granger. Quer dizer, ele já estava acostumada com Hermione se dando bem em suas provas, mas era inaceitável que outro aluno tirasse a mesma nota. Ele sem dúvida teria que resolver isso mais tarde.

               E por último, mas não menos importante, ele havia visto Minerva McGonagall pulando no Lago Negro usando apenas um biquíni. Ela estava dizendo algo para seus alunos sobre como eles devem aproveitar a juventude. Aparentemente, ela era campeã de natação, ou algo do tipo. Ela fazia questão de ficar gritando todos os prêmios que já ganhado na vida, enquanto balançava os braços. Digamos apenas que há coisas que não devem ser vistas por olhos humanos. Suas retinas ainda ardiam com a lembrança de todas aquelas pelancas balançando.

               - Mandou chamar? – Snape entrou no escritório de Dumbledore. É claro que a situação poderia ficar pior. Sempre que alguém pensa que está no fundo do poço, sempre há outra pessoa que, de alguma maneira, arranja uma pá e cava mais fundo. Em Hogwarts, geralmente essa pessoa era o Dumbledore.

               - Ah, Snape – Dumbledore disse sorrindo – Sim, aproxime-se, aproxime-se.

               - Isso aí é um... – Snape franziu o cenho – Videogame?

               Dumbledore estava sentado no chão com um controle de Videogame nas mãos olhando fixamente para uma tela LCD de 32''. O  jogo era de tiro e o diretor parecia estar completamente absorvido pela história.

               - Sim – ele respondeu -, bom para resumir a história: um aluno estava encrencado comigo e me subornou com esse console. O que posso dizer? Esse videogame é muito legal!

               - Você devia se envergonhar de ser subornado por tão pouco...

               - Mandou chamar? – Minerva entrou na sala. Felizmente, para os olhos de Snape, ela estava completamente vestida.

               - Está atrasada – disse Severo ríspido.

               - YOLO! – foi tudo o que a professora respondeu.

               - Yolo? – Snape pareceu confuso – Eu sei que vou me arrepender de perguntar, mas o que diabos é um "Yolo"?

               - You Only Live Once! – McGonagall respondeu – Em inglês, quer dizer "você apenas vive uma vez". Em outras palavras, viva ao máximo, aproveite a vida!

               - Em outras palavras – Snape sintetizou -, é um Carpe Diem para burros.

               - Yolo... – foi tudo o que a professora respondeu.

               - Dumbledore, vamos direto ao ponto, eu ainda tenho que capturar alguns alunos fugitivos. O que você quer?

               O diretor ainda estava compenetrado no seu jogo de tiro, pareceu não ouvir o que Snape havia perguntado. Ele dava gritos para os personagens do videogame, de tempos em tempos. Snape aguentou por dois segundos, até que perdeu a paciência.

               - Bombarda! – e lá se foi o console de Dumbledore.

               - NÃO! – o diretor gritou – EU ESTAVA QUASE VENCENDO!

               - O que você quer? – perguntou Minerva, também ficando cansada de toda aquela palhaçada.

               - Eu ia chamar vocês dois para jogarem comigo... Esse jogo tinha a opção multiplayer...

               - Por que, pelos infernos dantescos, eu jogaria um videogame? – perguntou Snape passando de "irritado" para "prestes a cometer um homicídio".

               - É divertido.

               - Não, Dumbledore, videogames não são divertidos. São apenas uma maneira de fazer com que jovens estúpidos percam toda a vida na frente de uma tela de televisão, ao invés de aproveitar a vida.

               - É isso aí – concordou McGonagall – YOLO!

               Uma veia saltitou na testa de Snape.

               - Carpe Diem...

               - Esperem aí – Dumbledore disse – Vocês estão certos... Videogames apenas impedem que os jovens aproveitem a vida. Nós somos bruxos! Pelo amor de Deus, podemos fazer melhor do que tudo isso. Essa conversa toda me deu uma ideia.

               - Por favor, não... – Minerva fez uma cara de desesperada.

               - Tarde demais – disse Dumbledore erguendo a varinha.

               Snape só teve tempo de fazer um facepalm e se perguntar, não pela primeira vez, o que o tinha levando a trabalhar em Hogwarts.

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               Harry estava sentado no Salão Comunal da Grifinória, ao lado de Hermione, Rony e Gina. O Domingo estava sendo bastante agradável, o tempo estava fresco, o sol brilhava, o céu nunca tinha estado tão azul, a grama nunca tinha estado tão verde.

               Então, ouviram um grande barulho, como se metade do castelo tivesse sido quebrado, vindo de fora do Salão Comunal. E, pronto, o Domingo tinha acabado.

               - Vamos – Harry levantou-se da poltrona -, vamos ver o que Dumbledore fez dessa vez...

               Encontraram o diretor correndo alegremente pelos corredores de Hogwarts, seguido de Snape e McGonagall.

               - Aeeeee! – Dumbledore gritou – Meus alunos favoritos! Estão aproveitando o dia?!

               - Corta essa, Dumbledore – Harry disse –, o que você fez?

               - Eu percebi que ficar sentado em frente a uma tela de videogame é uma completa perda de vida. Mas, ainda assim, os jogos são super legais. Então, eu fiz algo que devia ter feito a muito tempo... Eu trouxe todos os meus jogos favoritos para fora do videogame.

               - O que isso quer dizer? – perguntou Rony, com medo da resposta.

               - Eu transformei Hogwarts num grande videogame! Com vários jogos! – disse Dumbledore alegremente, sem perceber a idiotice do que tinha falado.

               - Oh, céus... – foi tudo que Gina conseguiu dizer.

               - Eu sei... – disse Snape – Eu tentei impedir...

               - Ah, vamos lá – disse Dumbledore – vai ser divertido. Vamos poder aproveitar tudo de bom que os videogames tem para oferecer, e ainda aproveitar a vida.

               - YOLO! – gritou McGonagall.

               - Esperem aí – disse Rony – Estão ouvindo isso?

               O barulho era ínfimo. Parecia o deslizar de algo, mas estava longe. O que quer que fosse, estava se aproximando. O barulho foi ficando mais alto, até que eles finalmente avistaram a origem do barulho. O queixo de todos caiu.

               Virando o corredor de Hogwarts vinha um enorme basilisco com a boca arreganhada, mostrando suas enormes presas. O monstro caminhava na direção deles.

               Hermione deu um berro e todos saíram correndo na direção contrária.

               - Acho que é o Jogo da Cobrinha! – gritou Dumbledore, sem olhar para trás – Aquele em que a cobra cresce sempre que come algo!

               - Madição, Dumbledore! – gritou Snape – O que você tinha na cabeça?!

               O basilisco estava se aproximando deles, não importando a velocidade com que eles corressem.

               - Já sei! – gritou Rony – Vamos nos separar em dois grupos, assim apenas alguns de nós se ferram...

               - É, esse parece um ótimo plano, Rony... – disse Gina, dando ênfase no "ótimo " para mostrar que o plano era tudo, menos isso.

               Infelizmente, nem todos entenderam o sarcasmo dela.

               - Então tá! – gritou Dumbledore virando um dos corredores, sendo seguido por Minerva, Hermione, Harry.

               Rony, Gina e Snape seguiram reto, e foram seguidos pelo monstruoso basilisco.

               - Droga – disse Rony – Por que justo o nosso grupo tinha que ser o grupo que se ferra?

               O basilisco deu um salto e em uma mordida só abocanhou Rony, jogando sangue por toda a parede e engolindo o garoto.

               - NÃÃO! – o grito de Gina foi estridente, lágrimas desciam pela bochecha da garota.

               - Weasley, engole o choro, não temos tempo para isso – disse Snape sério – Você que é jovem e deve ter jogado o Jogo da Cobrinha, como a Cobrinha morre?

               - Bom, ela morre se encostar na parede...

               - Só isso?

               - Sim.

               - Certo – Snape parou, virou-se e encarou o basilisco – Depulso!

               A serpente foi arremessada contra a parede. O barulho da colisão foi alto, e a parede foi destruída. A serpente ficou parada sobre os destroços, brilhou por alguns segundos e desapareceu em pixels.

               Gina caiu de joelhos no chão, chorando.

               - Rony... – as lágrimas desciam. Mas não eram suficientes para limpar o sangue do chão.

               - Ah, deixa de drama, Weasley – disse Snape insensível – O mundo nem vai notar a falta dele...

               - A falta de quem? – disse Rony se materializando no corredor.

               - O quê? – Gina limpou as lágrimas confusa – Mas, como? Eu vi você sendo devorado.

               - Bom, isso é um videogame, certo? Acho que eu devia ter mais de uma vida...

               Snape revirou os olhos. Ali estava a prova de que o YOLO de McGonall estava errado, as pessoas de que Snape não gostava claramente tinham mais de uma vida.

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               - Certo – disse Harry finalmente parando de correr e tomando um pouco de ar – o que fazemos agora?

               - Jogamos – disse Dumbledore alegremente.

               - Esperem aí, onde está a Srta Granger? – perguntou Minerva – Tenho certeza que ela nos seguiu, quando viemos por esse caminho.

               A garota não estava com eles agora, isso era certo.

               - Talvez ela tenha aparatado para longe do basilisco – disse Dumbledore – Eu pensei em fazer isso.

               - O quê?! – Harry e Minerva disseram juntos – Se você pensou nisso, por que não disse antes?!

               - Iria estragar toda a graça do jogo, é claro.

               Harry estava prestes a gritar com o diretor quando uma risada maléfica tomou conta do castelo. Era uma voz fria, havia maldade naquele timbre.

               - Vocês querem Hermione? – Ela disse – Eu a sequestrei. Ela é minha pequena donzela indefesa. Se vocês a querem, terão que vir pegá-la.

               - E onde você está? – perguntou Harry, sem delongas.

               - Ele não pode te ouvir, Harry – disse Minerva.

               - E ONDE VOCÊ ESTÁ? – Harry gritou usando o feitiço Sonorus, fazendo sua voz ecoar por todo o castelo.

               - NÃO GRITA COMIGO! – a voz pareceu perder um pouco de sua postura – Inferno de garoto chato. Não vou falar onde estou, vocês vão ter que me achar.

               - QUEM É VOCÊ? – Harry gritou.

               - O Chefão de Hogwarts! – e novamente, veio aquela risada maléfica.

               - Dumbledore, quem é esse vilão? – perguntou Harry.

               - Bom, ele sequestrou uma "donzela indefesa" – o diretor estava pensando – Em qual jogo sempre há uma donzela indefesa sendo sequestrada? Pensa, Dumbledore, pensa...

               - Espera aí! – Minerva parecia possessa – Por que a Hermione tem que ser a donzela indefesa?! Eu sou muito mais jovem e bonita do que ela! Eu deveria ser a donzela em apuros.

               - É... – Harry e Dumbledore disseram em uníssono – Digamos que você é apenas um pouquinho mais velha e menos bonita, só isso...

               - O QUE QUEREM DIZER COM ISSO?!- havia fogo nos olhos da professora.

               - Nada, nada! O chefão deve ser cego, só isso!

               - Ah, bom. Foi o que pensei. Mas ainda assim, não vou aceitar esse ultraje!

               Ela disse isso e saiu pisando duro pelos corredores de Hogwarts. Deixando Harry e Dumbledore sozinhos.

               - E como vamos encontrar a Hermione? – perguntou Harry.

               - Harry, isso aqui é um videogame. Oras, vamos jogar...

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               - Por que estamos nas masmorras? – perguntou Gina.

               - Por que não estaríamos nas masmorras? – retrucou Snape – Eu gosto daqui.

               - Precisamos encontrar os outros – falou Rony -, temos que acabar logo com essa loucura de videogame do Dumbledore.

               - Weasley, pare e pense. O que é que todos os jogos têm?

               - Hã...  Cabras?

               - Um pato? – sugeriu Gina.

               Snape revirou os olhos.

               - Como vamos saber?! – perguntou Rony – Nosso professor de poções passa tanto trabalho que não temos tempo de jogar jogos!

               - Um vilão! – Snape cortou aquele chororo – Todos os jogos possuem um personagem do mal que precisa ser detido. Entendem o que isso quer dizer?

               - Que não há patos em Hogwarts?

               - Quer dizer que Hogwarts deve ter algum chefão. Temos que derrotar o vilão desse maldito videogame e tudo voltará ao normal!

               - Isso ainda não explica o que fazemos nas masmorras. – notou Rony.

               - Ah – Snape sorriu -, nós não vamos enfrentar o chefão de Hogwarts de mãos vazias. Vamos nos preparar para a batalha, estou levando vocês para o meu arsenal particular...

               - Você tem um arsenal particular? – Gina estava chocada – Cara, quantos segredos você ainda tem?

               Nesse momento, um pequeno grupo de pessoas usando quimonos brancos sem manga e bandanas vermelhas apareceram no corredor.

               - Aonde pensam que vão? – disse o mais alto do grupo, que parecia ser o líder.

               - E quem são vocês? – perguntou Gina.

               - Vocês... – Snape sorriu – São os alunos que fugiram de minha jaula hoje cedo. Ainda bem que estão todos aqui, juntinhos, fica mais fácil para eu capturá-los.

               - Essa roupa – Rony estava pensativo – Já sei, vocês são os personagens do Street Fighter!

               - E vocês são aqueles que vão experimentar nossos punhos! – o líder deles respondeu.

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               Dumbledore entrou no Salão Principal.

               - Olá! – ele disse na sala vazia – Tem alguém aqui?

               - Oh! – disse uma voz vinda da parede – Que sorte a minha! Dois heróis vieram me salvar!

               Harry olhou para a parede apenas para encontrar McGonagall amarrada lá.

               - Yuhuuull! Grandes heróis! Socorro! Aqui! Isso mesmo, sou uma donzela indefesa! Sou bela, jovem e preciso de ajuda!

               - Inacreditável... – disse Harry – Onde está o vilão, Minerva?

               - Vilão? – ela pareceu sem graça – Err... Ele saiu, foi embora...

               - É, acredito..

               - Inferno de herói chato! Vai ajudar essa pobre donzela indefesa ou não?!

               Harry estendeu a varinha para Minerva.

               - Finite Incantatem!       

               As cordas que a prendiam se desfizeram e a professora caiu de cara no chão.

               - Ai, mas que resgate mais rude. – foi tudo o que ela disse, enquanto se levantava.

               Uma música começou a tocar.

               - Mas que música irritante é essa, Dumbledore? – perguntou Harry.

               - Eu não tenho certeza...

               Então, um pedaço do teto se soltou e caiu na mesa dos professores, partindo-a em duas.

               - Mas o que foi isso? – Minerva estava confusa – Pelo menos caiu na cadeira da professora Sprout. Aquela gorda estava precisando de um regime mesmo...

               Outro pedaço do teto caiu. Os olhos de Dumbledore se arregalaram com a compreensão.

               - Essa música... Blocos caindo do céu... Harry, estamos numa partida de Tétris!

               - Essa não...

               Então, vários blocos de pedra começaram a cair do teto, em todos os lugares. Um enorme pedaço de pedra caiu na entrada do Salão, bloqueando a saída.

               - Bombarda! – tentou Minerva, mas o bloco nem sequer foi arranhado – O que está acontecendo? Como vamos sair daqui?

               - Temos que colocar todas as pedras nessa fileira – explicou Dumbledore – Então, a fileira é destruída e nós poderemos sair daqui.

               - Mas como faremos isso?

               Os olhos de Minerva brilharam.

               - Podem deixar comigo. Eu jogo tétris desde criança, sou ótima nesse jogo - McGonagall começou a controlar os blocos voadores com magia e organizá-los no chão.

               Harry deu um assovio.

               - Então você joga tétris por muuuuuiiiitooo tempo.

               A professora atirou um bloco de pedra na direção dele, por pouco ele desviou.

               - Calma, calma, estou brincando...

               Em poucos segundos, a professora conseguiu tirá-los da sala.

               - Dumbledore – disse Harry – Pense bem, quem pode ser o chefão de Hogwarts? Quem sempre sequestra donzelas indefesas?

               Minerva deu uma tossidela. Harry revirou os olhos e reformulou a frase.

               - Quem sempre sequestra as pessoas mais feias do jogo, deixando as belas e jovens donzelas indefesas para viver?

               Então, Dumbledore entendeu tudo. Ele sabia quem era o vilão. Ele sabia onde tinham que ir.

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               Os alunos do Street Fighter estavam todos caídos no chão, resmungando da dor que sentiam quando Snape passou por eles.

               - Uau, você é bom nesse jogo – disse Rony.

               - Na verdade, eu apenas sei os Cheat Codes – admitiu o professor de poções.

               - Cara, você gosta de jogar videogames? – Rony estava chocado.

               - Bom, eu dou tarefa para meus alunos e, enquanto eles as fazem, eu jogo um pouco. Mas vamos direto ao ponto – ele entrou em sua sala de aula – Meu arsenal particular...

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               - Na Torre de Astronomia – Harry fez um facepalm – É claro, eu devia ter pensado nisso antes.

               Eles finalmente viram o Chefão de Hogwarts: era uma tartaruga gigante, amarela, com chifres no casco e um sorriso maligno no rosto. Era Bowser.

               - Estamos numa fase de Mario Bros –  explicou Dumbledore – Bowser sempre sequestra a Princesa Peach e a leva para a torre mais alta de um castelo. No caso, o castelo é claramente Hogwarts e a torre mais alta é...

               - A Torre de Astronomia – resmungou Harry – Sempre é a Torre de Astronomia. Honestamente, tirando a torre da Griffinoria, nem sequer sei o nome das outras torres, só venho nessa aqui. Mas chega de lenga-lenga. Bowser, cadê a Hermione?

               - Socorro!

               Então eles a viram amarrada na parede e Harry caiu na gargalhada. Bowser havia tingido o cabelo de Hermione de Loiro e a colocou num vestido rosa, com uma coroa dourada. Ela parecia a própria princesa Peach.

               - Umpf – Minerva juntou o restante de seu orgulho – Eu ficaria muito melhor nesse vestido.

               - Sectumsempra! – Harry decidiu atacar logo, antes que fosse forçado mais uma vez a dizer como McGonagall era bonita.

               O feitiço apenas acertou a barriga de Bowser e desapareceu.

               - Tolo – a tartaruga riu – Eu sou imune a todos os tipos de magia!

               Os três bruxos entraram em pânico, nenhum deles sabia fazer nada, a não ser lançar magia. Como poderiam ganhar de um chefão imune a seus feitiços?

               - Também é imune a fogo, sua tartaruga fedida? – Snape apareceu voando ao lado da torre de Astronomia, montado em seu dragão Tedó. Atrás do professor estava Gina carregando o lança chamas do professor e Rony munido de bombas que haviam sobrado da visita de Osama Bin Laden. Tudo isso estava no arsenal particular de Snape.

               Todos eles liberaram suas armas de fogo ao mesmo tempo, acertando Bowser em cheio. E fazendo-o arder nas chamas. Infelizmente, quando a fumaça desapareceu, todos puderam ver o vilão ainda de pé, no centro da torre.

               - Sim, na verdade, sou imune a fogo sim – disse ele no tom mais inocente do mundo – Pensem bem, sou uma tartaruga, idiotas! Sou um ser aquático! Sou um ser de água... Fogo não me afeta.

               Snape fez um gigantesco facepalm. Ele devia ter pegado o seu taser elétrico, ao invés do lança chamas. Como diabos ganhariam do Bowser?

               - Ser aquático? – Minerva sorriu – Já sei, vamos fazer uma disputa de natação, o seu tartaruga! Se eu vencer, você liberta a donzela feia ali e dá Game Over.

               - E se eu vencer? – perguntou Bowser – O que acontece?

               - Bom... – a professora pareceu pensar – Nesse caso, Dumbledore, Harry, Rony, Gina e Snape serão seus escravos particulares pelo resto da vida deles.

               - É o quê?! – disseram todos.

               - Fechado – interrompeu Bowser sorrindo – Você já perdeu. Tartarugas não perdem competições de natação.

               - É mesmo? – McGonagall estava séria – Infelizmente para você, eu sou uma renomada campeã de natação.

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               Estavam na frente do Lago Negro.

               - Hora de trocar para minha roupa de banho, gente! – disse McGonagall

               - NÃÃÃÃÃOOOOO! – Snape tentou impedir, pois sabia o que viria a seguir, mas era tarde demais, a professora já estava em seu biquíni.

               Todas aquelas pelancas eram atraídas para baixo pela força da gravidade. Os músculos do braço dela estavam tão velhos e flácidos que poderiam ser usados para matar barata, bastava agitá-los como uma espécie de chicote.

               - Eu fico tão linda nesse biquíni. Ressalta minha juventude – foi tudo o que a professora disse.

               - Está pronta para perder? – perguntou Bowser.

               - Minerva – Dumbledore se aproximou dela –, NÃO PERCA! NÃO IMPORTA O QUE ACONTECER, NÃO PERCA!

               - Relaxa, Dumbledore, YOLO!

               Hermione estava do lado de todos eles, ainda vestida como Peach. Bowser e Minerva entraram na água fria, prontos para dar início a partida. Dumbledore aproximou-se da água e apontou sua varinha para o céu.

               - Preparar – ele disse calmamente -, apontar... Já!

               E disparou um tiro mágico para o alto, fazendo com que Bowser e Minerva começassem a nadar. Infelizmente, a tartaruga saiu em disparada, ficando muito na frente da professora de transfiguração.

               - Não! – gritaram todos da borda do lago. Bowser já estava começando a fazer o retorno – Mais rápido! Mais rápido!

               - Calma lá, gente – disse McGonagall –, eu ainda nem ativei minha arma secreta...

               E então, para a surpresa de todos, ela a ativou...

               - Aquilo é o que penso que é? – Gina forçou a visão para ver se estava certa.

               - As pelancas dela... – disse Rony incrédulo – Estão nadando!

               Minerva McGonagall estava usando todas as suas pelancas como braços extras, fazendo movimentos e auxiliando na natação. Foi apenas uma questão de dois segundos e ela já havia passado Bowser chegando a margem do lago.

               Ninguém gritou nada. Estavam todos chocados com... Bem, com os "braços-extra" de Minerva.

               - NÃO! – gritou Bowser, mas já era tarde, ele começou a brilhar e desaparecer em pixels.

               Tudo em Hogwarts voltou ao normal.

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               - Minerva – disse Snape, já com todos na sala de Dumbledore  -, quer, por favor, colocar uma roupa decente?

               - YOLO! – respondeu ela, balançando as pelancas.

               - Sim, exatamente, hoje aprendemos a aproveitar a vida e não somente ficar jogando videogames – disse Dumbledore.             

               - E o que mais? – perguntou ela.

               - Aprendemos que pelancas podem ser uteis na natação – disse Rony.

               - E o que mais? – ela continuou.

               Harry suspirou.

               - Que você é a verdadeira donzela desse castelo, não importa quem o Bowser tenha sequestrado.

               - E eu sou bonita? – perguntou ela.

               - Sim...- disseram todos.

               - E jovem?

               - Sim...

               - E inteligente.

                Snape suspirou e sacou seu lança-chamas.

               - Eu já fui paciente demais. YOLO? Vou dar um fim na única vida dessa velha... Carpe Diem, Minerva...


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Notas finais do capítulo

Boas notícias, as galinhas foram salvas e não há nenhum animal em perigo - por hora. Mas vamos lá, colabore conosco, cada comentário gera dinheiro para que Dumbledore possa comprar um novo console. Colabore!