[Uma semana depois...]

Esperavam pacientemente o trem, prestes a fazerem uma “loucura”. Iriam para o litoral da França está manhã. Ambos observavam atentamente as pessoas ao seu redor. Isabella viu uma mulher e duas crianças pararem ao seu lado, cumprimentando-a com um sorriso doce, que lhe foi devolvido com a mesma gentileza. A menina parou para observar a pequena garotinha que era adorável, com as suas mil sardas e as duas tranças. O bebê de colo era um lindo menino e tinha bochechas salientes também com sardas, assim como a irmã.

Justin por sua vez prestava atenção em um homem parado a poucos metros de distancia. O homem, que estava devidamente vestido com um jeans, uma jaqueta de couro e coturnos, fumava um cigarro e assim que terminou o atirou no chão, pisou em cima e cruzou os braços. Os cabelos num loiro sujo iam até seus ombros e a expressão não era das mais agradáveis. O menino desviou a atenção para a garota, logo que sentiu falta da voz dela, afinal Isabella não era do tipo calada.

A visão que ele pôde contemplar o fez se sentir estranhamente confortável. A namorada ainda tinha os olhos fixos no bebê, que agora babava no ombro de sua mãe.

–Nosso bebê será tão lindo e adorável quanto esse! – sussurrou. Isabella olhou para ele e sorriu abertamente. Bieber se sentiu um pouco mais feliz ao saber que agora Isabella queria o filho. Ele passou um braço em volta dos ombros dela e beijou-lhe o topo da cabeça.

–Eu sei que será, meu amor. – sussurrou em resposta.

E então, no minuto seguinte a buzina do trem soou completamente audível e ambos olharam na direção do som, vendo perfeitamente a figura do trem, que “corria” em uma velocidade surpreendente e se aproximava mais a cada segundo.

[...]

Não estavam mais em Paris e Isabella se deu conta disso assim que o trem parou na cidadezinha litorânea de Le Havre. Era pequena, porém totalmente diferente do ela havia imaginado. Caminharam a pé da estação ferroviária até a praia, que estava quase vazia, exceto por algumas pessoas. A brisa suave soprou no rosto de ambos, que sorriram sentindo o cheiro de maresia. Ah, nada melhor que a praia.

Bella encarou o mar se dando conta de que estava participando de mais uma ideia maluca de Justin. E ela ainda era capaz de lembrar o lindo bico que ele fez quando lhe pediu para estar ali com ele agora. Era o "desejo de aniversário" dele. Isabella que lhe deu o direito de pedir qualquer coisa de "presente", pelos 18 anos recém completados. Ele se divertiu com a ideia de ter qualquer coisa como presente por mais um ano de vida, mas tudo o que ele fora capaz de lhe dizer foi: "Duvido que você me conseda um presente mais divino e maravilhoso do que esse que está sendo gerado em seu útero."

O garoto se mexeu ao seu lado e Isabella o viu caminhar um pouco à sua frente em direção ao porto de embarcações. Seus olhos ficaram fixos no garoto alto e magro que caminhava despreocupado até o fim da estrutura de madeira. Justin parou e a menina acelerou seus passos, agora eles estavam a poucos metros de distancia. Ele agarrou a barra da camiseta e a arrancou rapidamente, deixando a mesma cair ao lado dos seus pés. A menina franziu a testa quando o viu recuar alguns passos para trás e logo depois sair correndo em direção ao mar. Bella gritou seu nome, pouco antes de vê-lo dar um salto mortal e o barulho de chocar com a água preencher seus ouvidos.

Ela correu até que estivesse parada no mesmo lugar que ele estava à alguns segundos atrás e olhou em direção ao mar, procurando pela figura dele, que não demorou a aparecer. Bieber chacoalhou a cabeça e ela deu uma risadinha.

–Só você mesmo, Bieber! – ele sorriu para ela, enquanto mantinha os olhos semicerrados devido ao sol.

–Vem! – a chamou com um gesto de mão.

Isabella riu pela segunda vez e rapidamente retirou o vestido praiano, estampado com grandes flores roxas e amarelas. Logo a peça de roupa estava jogada com a camiseta de Justin e a menina deu dois passos para trás, correndo em direção à água e se jogando na mesma.

A movimentação fez o corpo de Justin balançar bruscamente e ele logo foi capaz de vê-la emergir eufórica à procura de ar. Eles se olharam e deram uma breve risadinha. Incrível.

O garoto nadou até que os dois ficassem próximos e a agarrou pela cintura, colando, imediatamente, seus corpos. Bella o encarou e manteve o rosto do namorado entre as palmas das mãos, enquanto beijava-lhe delicadamente os lábios. Ele só podia ser louco. Mas essa era uma loucura incrível. Ela ajeitou alguns dos fios que caiam sobre a testa dele e depois focalizou seus olhos nos olhos de Justin, que mantinha-se com uma expressão serena.

O calor do sol acariciava seus corpos molhados e lhes dava a sensação de estarem em casa e ambos foram capazes de entender que a casa deles era onde o outro estivesse. Justin puxou seus corpos para baixo e sentiu a menina se debater em seus braços, até que conseguiu se soltar e nadar até a superfície.

–Feliz aniversário, meu amor! - ela disse sorridente, pouco antes de unir seus lábios, apenas em um selinho demorado. Ela queria um beijo de lábios, apenas lábios. E sob os lábios macios e quentes do namorado, ela sentiu a mais plena felicidade explodir em seu ser, exatamente como uma bomba atômica. Bella desuniu seus lábios e o viu sorrir de canto, enquanto acariciava a nuca do menino - Está feliz, Jus?

–Você sabe que sim, meu anjo. - disse sereno. Isabella sorriu. - Como é que eu posso ser infeliz om você ao meu lado? Hum? - mas não houve respostas.

[...]

E foi, então, nesse exato momento que a garota se perguntou quantas loucuras ela ainda iria viver ao lado de Justin. Nunca em toda a sua vida ela imaginou que seria tão feliz ao lado do melhor amigo e ela, enfim, conseguia enxergar com clareza que nenhum outro ser na face da Terra a fez tão feliz e com tão pouco. Ela fechou os olhos e deixou suas pernas balançarem livremente, antes de sentir o namorado chacoalhar o ombro onde ela estava apoiada com a cabeça.

–O que foi? – perguntou. – Por que ficou tão calada de repente?

–Nada... Eu só... Só estava pensando em... – disse baixinho.

–Em? – incentivou-a a terminar a frase.

–Em como eu te amo. – confessou.

–Você não para de pensar em mim, não é? – perguntou debochado. Isabella fez uma careta e o viu passar a mão pelo cabelo, gabando-se. – Eu sei que sou irresistível.

–Você é tão convencido! – Justin riu. Uma risada tão gostosa que a fez desejar poder gravá-la em sua mente. Queria poder ouvi-la para sempre e jurou que jamais enjoaria.

–Ok. – disse se levantando e ficando em pé ao seu lado. – Último mergulho? – perguntou, estendendo-lhe a mão e ela aceitou quase que imediatamente. Ficaram lado a lado e ela fechou os olhos ouvindo-o contar. – 1... 2... 3... Já!

O corpo quente se chocou com a água fria, fazendo-a estremecer, mas ela adorava essa sensação. Braços puxaram sua cintura e lábios foram colados aos seus, enquanto pernas batiam juntas, nadando até a superfície. Pulmões que clamavam por um pouco de oxigênio. Recuperam o ar e se olharam intensamente, trocando um beijo por olhares, pouco antes do mesmo chegar aos lábios. Que vida mais doce.

Sua mão sentiu com clareza a textura macia do ombro largo do menino, enquanto ele acariciava seu pescoço com beijos singelos. Ela pendeu o pescoço para trás, sentindo os beijos descerem um pouco mais a cada instante. Seu corpo pegava fogo. Ao olhar ao seu redor ela viu somente água. Sorriu pensando na possibilidade de terem um contato mais intimo naquele local.

–Eu te amo tanto. – ele sussurrou. Suas bochechas roçaram uma na outra, pouco antes de se encararem. Ela colou suas testas e o ouviu repetir as doces palavras outra vez. Bella sorriu e fechou os olhos com força, sentindo seus corpos se moverem no ritmo calmo das ondas. Ele fez um leve carinho em sua cintura e logo depois beijou a ponta do nariz de Isabella. Tinha algo que martelava em sua cabeça e ele sentia vontade de gritar aos sete mares que amava essa garota, como nunca amou alguém antes. – Bella? – chamou. Ela abriu os olhos com calma e o viu encarando os seus. Respondeu-lhe um “hum” preguiçosamente e passou seus braços em torno do pescoço dele. – Casa comigo?

O pedido fez uma corrente elétrica passar pelo se corpo e ela sentiu-se como se estivesse petrificada. Sua respiração ficou um pouco mais pesada e ela o encarou por alguns segundos. Era de se esperar que se cassassem, mas ela nunca imaginou que o pedido fosse lhe deixar assim, sem fala.

Boba. Era assim que se sentia agora, uma boba. É claro que a resposta seria sim, mas era como se ela tivesse perdido a voz por completo e talvez até mesmo alguns de seus sentidos. Afinal um pedido de casamento não era como os outros, este indicava não só que a pessoa queria ter uma vida ao seu lado, mas que ela estava disposta a isso.

–Hein? Você casa comigo, Bella? – perguntou mais uma vez e Isabella abriu a boca para falar algo. – Eu sei que esse não é o melhor jeito de pedir alguém em casamento, mas eu queria que esse pedido fosse feito em um lugar especial, em um momento especial e...

–Shiiu... – ela colocou o indicador sobre os lábios dele, calando-o. – É o momento perfeito, no lugar perfeito.

–Então... Você aceita se tornar minha esposa?

–E esposa de quem mais eu seria, senão sua? – perguntou. Ele sorriu abertamente e ela depositou um leve beijo nos lábios gelados do menino. – É claro que eu aceito ser sua esposa... Eu amo você, Justin. – E ele lhe deu um olhar de admiração, enquanto depositava uma mão sobre sua barriga.

–Nós vamos nos tornar uma família.

–Nós já somos uma família. – corrigiu.

**

Justin sentiu a realidade preencher sua mente com uma força surpreendente e resmungou baixinho. Virou-se de lado e esticou os braços para frente, na esperança de sentir Isabella sob eles, mas franziu a testa quando os mesmos tocaram apenas o colchão. Nenhum sinal dela ali. O menino coçou os olhos e sentou-se, saindo da zona de aconchego que ainda pairava sobre sua cabeça.

Ele se levantou preguiçosamente e caminhou para fora do quarto, à procura da namorada, com a intenção de trazê-la de volta para a cama, para seus baços.

Assim que chegou à sala ele ouviu um cantarolar na cozinha e se dirigiu em direção à mesma, mas logo que chegou ele se escorou na parede e sorriu levemente. Isabella cantarolava uma canção baixinho, que Justin logo descobriu ser Billie Jean, e dançava timidamente. Ela estava de costas para ele e preparava alguma coisa.

–Você vai ficar linda de branco, sabia? - a voz rouca penetrou na mente de Bella e ela sentiu-se no paraiso. Nem que se passasse mil anos ela se cansaria de ouvir dele pela manhã.

A garota se virou e viu o sorriso mais perfeito do mundo. O garoto mais perfeito do mundo. Foi a vez dela sorrir, assim que se deu conta de que ele seria seu marido daqui a algum tempo. Seus olhos ficaam fixos na imagem do menino alto à sua frente e ela se permitiu analiza-lo com cuidado. O cabelo quase em um tom dourado caia sobre a testa dele e estava completamente bagunçado no topo da cabeça, os olhos estavam sonolentos e a face tinha expressões preguiçosas. A calma invadiu sua alma e tudo o que preenchia sua mente era a imagem dele. Somente ele.

O menino caminhou até ela, que deu uns passinhos para trás, mas Isabella logo se chocou contra a mesa e se viu presa entre ele e a mesma. Justin sorriu vitorioso e sentiu-a pousar as mãos sobre seu abdômen, sorrindo também. Sua mão tateou a curva perfeita entre o ombro e o pescoço, subindo até a nuca e puxou o rosto dela para mais perto do seu. As mãos dela por sua vez deslizaram suavemente até a cintura dele, abraçando-o.

Seus lábios foram colados com delicadeza, primeiramente em um selinho demorado, e só depois é que Bieber pediu permissão para aprofundar mais o ato. Em segundos eles travavam uma batalha dentro de suas bocas, sempre um querendo obter mais do outro. A eternidade nunca seria o suficiente para eles. Ambos queriam mais, muito mais.

Justin agarrou a cintura dela e a menina reprimiu um gemido, fazendo o menino sorrir. O oxigênio já fazia falta e os dois praguejaram aquele momento por ter que se separar.

–Você vai ficar mais perfeita ainda, quando eu puder chamá-la de minha esposa. – ela sorriu e o menino passou os braços em torno do corpo dela.

–Sua. – sussurrou.

–Minha. – sussurrou de volta.

A menina fechou os olhos e sorriu. O namorado segurou seu queixo e ergueu sua cabeça, fazendo-a olhar para ele. Bieber se abaixou o suficiente para tocar nos lábios dela e sentiu as mãos dela segurarem seu rosto e ela procurar seus lábios com vontade, explodindo de desejo de beijá-lo de novo, de novo e de novo.

Justin desceu as mãos até a cintura dela e a agarrou, puxando a menina para cima e colocando-a sentada sobre a mesa, pouco depois de jogar tudo o que estava sobre a mesma no chão. O beijo ficou mais quente à medida que seus corpos clamavam um pelo outro. O garoto achou a barra da blusa dela e a retirou, retomando o beijo logo que a camiseta passou pela cabeça da menina. Isabella mordiscou o lábio inferior dele e o ouviu gemer, aprovando o que ela estava fazendo.

Suas mãos pareciam ter vida própria e demonstrava o quão ardente eles estavam de desejo. A mão grande do menino apalpou a coxa de Isabella, que agarrou a nuca dele, trazendo-o mais para perto, no exato momento em que gemeu sobre os lábios avermelhados de Justin.

–Eu não aguento mais! – disse ofegante. – Eu preciso de você, Isabella. Agora. – sussurrou por cima dos lábios da garota, que mordeu os seus novamente.

Então tudo o que da restara de consciência de Justin, se foi para os ares. Ele a pegou no colo e caminhou com ela até o quarto, sem nem ao menos partirem o beijo. A porta estava aberta o que facilitou muito. E assim que chegaram o menino a derrubou no colchão e logo já estava sobre o corpo dela, tateando o espaço ao seu redor, enquanto deixava marcas sobre a pele clara da namorada. Justin agarrou o edredom, jogando-o sobre suas pernas e dando continuidade ao ato mais intimo que poderia existir entre duas pessoas.

**

A sala estava preenchida pelo calor humano e era cenário de mais uma cena quente entre o casal. Bella sentiu suas costas baterem com força contra a parede e deu um risinho para Justin, que retribuiu, mas nem ao menos resmungou da dor, pois tivera seus lábios tomados com pressa pelo garoto de cabelos dourados e bagunçados. As mãos dela encaixaram-se perfeitamente entre os fios claros do namorado, bagunçando-o um pouco mais.

Justin se separou dela e, com a ajuda da menina, retirou a pesada blusa de frio, voltando a beijá-la logo que se viu livre de mais uma peça de roupa. Sua mão fora agiu e levantou uma das pernas da garota, até que a mesma estivesse na altura do seu quadril. Isabella reclinou um pouco a cabeça, oferecendo-lhe o pescoço para beijar e ele aceitou imediatamente, enquanto ainda a apertava sobre seus braços.

–Eu amo você, Bella. – disse ofegante. Mas tudo o que obteve como resposta fora um risinho e um lindo sorriso, enquanto ela buscava seus lábios para beijar.