The Best Friend escrita por Miss Herondale


Capítulo 51
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

YOO... Desculpa ficar tanto tempo sem postar nada.
Beeijão e boa leitura.



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Isabella abriu os olhos lentamente, piscando os mesmos várias vezes, enquanto encarava o teto. A garota sentiu algo descansar em sua cintura e girou o corpo, ficando de frente para Justin, que ainda dormia tranquilamente. Lembranças da noite anterior embriagaram sua mente, fazendo-a sorrir, enquanto encarava o namorado.

            As mãos dela pousaram sobre o rosto dele, que nem se moveu, acariciando-o delicadamente. Um sorriso iluminou o rosto dela, enquanto Bella observava cada traço perfeito do garoto. O polegar dela acariciou o nariz dele, fazendo-a pensar que ele era mais lindo assim, dormindo em seus braços. Logo depois, seus dedos acompanharam o contorno dos lábios dele, enquanto ela mordia o lábio inferior, perguntando-se se era possível amar alguém, como ela amava esse garoto.

            Um sorriso discreto se formou nos lábios dele, fazendo-a olhar fixamente para seus olhos, mas os mesmos ainda se mantinham fechados.

            -Bom dia! – ele sussurrou.

            Sua voz rouca tirou a garota da realidade, fazendo-a fechar os olhos e repetir mentalmente o “bom dia”, enquanto sentia-o passar as pontas dos dedos por sua cintura, devagar e delicadamente.

            -Dormiu bem? – perguntou.

            -Maravilhosamente bem! – ela respondeu sorridente.

             Segundos depois, o garoto depositou um beijo estalado na testa dela, de forma carinhosa. Justin a puxou pela cintura, fazendo seus corpos se chocarem, provocando arrepios na menina.

            Ele riu baixinho, bem próximo ao ouvido dela, deixando-a aérea. Se ao menos ele soubesse o efeito que tem sobre ela. Isabella roçou seus lábios no ombro dele e sentiu que o garoto já estava quase posicionado sobre seu corpo. O menino passou o polegar pela bochecha dela devagar, enquanto Isabella passava a mão pelos ombros dele.

            -Quer repetir tudo o que fizemos ontem? – ele perguntou com uma voz extremamente sedutora no ouvido dela.

            Isabella sorriu de lado e apenas roçou seu nariz no dele, enquanto Justin passava a mão por toda a lateral do corpo dela, explorando-o ainda mais do que ontem. Eles deram inicio a um beijo voraz e intenso, sentindo as mãos um do outro passearem pelos seus corpos, como se fosse a primeira vez que se tocavam.

            O garoto apertou a cintura dela, com força, fazendo-a soltar um gemidinho baixo. Justin caminhou com beijos até o pescoço dela, deixando chupões em toda a parte. Como se não estivesse satisfeito com as marcas que havia deixado na noite anterior. A campainha tocou, fazendo-os parar imediatamente o que estavam fazendo e se encararem com um grande ponto de interrogação em seus rostos.

            -Está esperando alguém? – ela perguntou, encarando-o.

            -Não. – ele franziu a testa e se levantou do colchão, procurando pela sua bermuda que estava jogada em qualquer canto do quarto. – Eu vou descer e ver quem é, ok?

            -Ta. – respondeu simplesmente, enquanto passava a mão pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais.

            Bella o fitou, enquanto o mesmo vestia a bermuda e saia do quarto, ainda sem pentear os cabelos ou escovar os dentes. Ela sorriu, assim que ele saiu e deixou o corpo tombar para trás, deitando-se novamente e se enrolando no edredom, inalando o perfume corporal do garoto, que ali havia ficado. Seu coração acelerou só de lembrar na cena que eles protagonizaram ontem à noite. Ela ainda não conseguia acreditar que não era mais virgem e havia perdido sua virgindade com Justin. Uma das coisas que quando perdemos não conseguimos recuperar é a virgindade. A frase atingiu sua mente de forma inesperada, fazendo-a pensar onde havia visto a mesma antes.

            A porta se fechou lentamente, fazendo aquele mesmo ruído de sempre. Isabella encarou a porta do quarto, esperando ansiosamente pela hora em que Justin cruzaria a mesma. Mas isso não aconteceu. Ela ouviu barulhos vindos da sala e franziu a testa, se perguntando se seria Justin, que estava tentando atacar como mestre cuca outra vez.

            Ela se levantou, enquanto ajeitava os cabelos, não obtendo muito sucesso. Caminhou até a cozinha e o viu de costas para ela, com as mãos apoiadas na mesa e não parecia nada feliz.

            -O que houve? – perguntou, abraçando-o por trás e depositando um beijo nas costas dele. – Quem era?

            -Judith! – ele respirou fundo e ela franziu a testa. Ele não havia lhe dito nada sobre nenhuma Judith. – Ela é dona da casa e veio cobrar o aluguel, mas adivinhe... Eu não tenho dinheiro o suficiente para pagar! – ele passou a mão pelos cabelos e a ouviu murmurar algo.

            -Ei, vai ficar tudo bem, você verá!

            -Não, não vai! – ele deu um tapa na mesa e se virou para ela, cruzando os braços. – Eu tenho as despesas de casa e a faculdade, que, mesmo com a ajuda do meu pai, está sendo difícil de bancar!

            A garota o encarou pensativa. Ela tinha que fazer algo para ajudá-lo, afinal eles eram oficialmente um casal agora. Após alguns segundos, uma idéia tomou conta de sua mente, fazendo-a sorrir.

            -E se eu arrumasse um emprego? – perguntou, enquanto ainda avaliava essa idéia, apesar de já ter certeza que faria isso, caso fosse preciso. – Nós poderíamos dividir as responsabilidades e ficaria mais fácil de administrar as contas, não?

            -Não acho uma boa idéia. – disse sério, enquanto a encarava com a testa franzida. – Não quero que trabalhe. – ela revirou os olhos com a atitude dele. Por que estava sendo tão machista afinal? – Eu posso pedir um dinheiro para minha mãe e pagar o aluguel!

            -Só pra que eu não precise trabalhar? – ela arqueou uma sobrancelha e o encarou. Justin balançou a cabeça positivamente. – Por que está sendo tão machista?

            -Não é machismo! – ela murmurou um “ah é sim” e ele apenas a encarou. – Só não precisamos desse dinheiro!

            -Tem certeza? Por que eu achei que você tinha me dito que havia contas de mais e dinheiro de menos! – disse irônica.

            -Bom... Precisar nós precisamos, mas eu não quero que você trabalhe Isabella! – disse calmo, porém estava irritado. – Eu posso contornar essa situação! – ele sorriu de canto e a puxou pelo braço para mais perto. – Mas quero você sempre aqui, em casa, onde é seu lugar!

            Justin roçou seus lábios nos dela, poucos antes de uni-los em um selinho demorado, que logo se transformou em algo mais luxurioso. O garoto andou com ela até metade do caminho, entre o quarto e a cozinha, parado de repente e olhando em seu relógio de pulso, constatando que ainda teria algum tempinho livre, até ter que ir para o trabalho.

            -Acho que nós temos algum tempo livres, até eu ter que ir para a lanchonete! – ela sorriu e depositou um beijo no canto da boca dele. – Ah Bella, lá é tão chato, tão entediante. – reclamou, enquanto sentia-a roçar os lábios em seu pescoço. – Tenho que ficar o tempo todo andando de lá pra cá, sem ganhar nada em troca, sem um beijo, um carinho... Sem você! – ela riu baixinho e ele mordeu os lábios, tomando-a em seus braços e sentindo que ela envolvia seus quadris com as pernas. – Sem teu cheiro, teu corpo! – ele caminhou com ela até o quarto e logo ele já estava com seu corpo praticamente sobre o dela, beijando-a com vontade.  

**

            Paris. A única cidade que fora capaz de surpreender Isabella a cada dia que se passava. Justin não estava exagerando quando lhe disse que essa era melhor, mais bela e romântica cidade de todo o globo terrestre. A verdade é que Paris tem um glamour inexplicável, um brilho próprio, encantando a todos que por ali passasse. Deixando-os apaixonados por suas paisagens. 

Bella estava sentada no colchão lendo um livro qualquer que havia pegado na biblioteca, estava distraída o suficiente para não se importar muito com o que acontecia ao seu redor, mas isso mudou quando viu Justin entrar no quarto com pelo menos quatro latas de tinta na mão. Ela franziu a testa e sorriu ao vê-lo lhe chamar com o indicador e sorrir.

-O que está tramando desta vez, senhor Bieber? – perguntou parando ao lado dele e o encarando divertida.

-O que acha de pintarmos a parede do quarto? – perguntou em um sussurrou. – Sabe, eu custei a dormir ontem e fiquei encarando essa mesma parede por horas e eu achei que ela poderia ganhar uma cor um pouco mais... Atraente.

-Atraente? Aham. – ela arqueou as sobrancelhas e riu pelo nariz. – Nós nem sabemos se podemos pintá-la, Justin! – ele revirou os olhos. – Judith pode não gostar!

-Me acerto com ela depois! – deu de ombros, encarando a parede. – Além do mais eu estou pagando o aluguel... Atrasado, mas estou pagando! – a garota o olhou pensativa, chegando a cogitara idéia. – E desde que eu pague, essa casa é minha.

-Não, não é. – discordou. – A casa é da Judith!

-Que se dane a Judith, ta legal? – ele cruzou os braços e deu passos na direção dela. – Eu prometi que faríamos algo diferente todos os dias e isso é só um pouco de diversão. – Isabella colocou a mão no queixo fazendo uma expressão pensativa. – Qual é? Quem liga pra Judith? Esqueça as regras. – ele direcionou seu olhar para a parede mais uma vez e franziu o nariz. – E essa parede ta implorando por uma pintura!

-Vou trocar de roupa! – ele sorriu e deu um selinho nela, pouco antes de caminhar até as latas de tintas abrindo-as e examinando calmamente suas cores.

Assim que voltou Justin mexia a tinta, misturando-a com o branco para que ficasse um pouco mais clara. Ele a olhou e mostrou como ficariam as cores em um tom mais claro. Entre eles um lilás bem clarinho e que tinha um ar tranqüilo.

-Então, qual vai ser? – perguntou assim que viu o resultado das cores misturadas com o branco.

-Lilás! – disse a menina imediatamente, enquanto passava o pincel sobre a palma da mão. – Não sei porque diabos você pegou verde!

-A fachada da sua casa é verde, pensei que pudesse querer algo semelhante. – disse simplesmente.

-Não, credo! – ela fez uma careta e ele riu. – Mil vezes o lilás! – Justin riu mais uma vez e ela agachou de frente para ele, olhando atentamente o menino, enquanto o mesmo misturava uma boa quantidade de roxo à tinta branca.

[...]

A parede já estava quase que totalmente pintada, Isabella encarava o menino de longe, enquanto bebia um pouco de água, deixando o copo sobre o criado mudo que foi levado para o outro canto do quarto. Ela sorriu, vendo o garoto pintar a parte mais alta da parede com um rolete. Sua parte ela já havia feito. Ela sorriu e segundos depois sentiu o telefone vibrar no bolso do seu short.

Apanhou o mesmo, olhando rapidamente para o visor. Mamãe.

-Olá mãe! – disse a menina sorridente.

-Olá querida! – a voz de Sarah soava feliz e tão maternal. – Como vão as coisas em Paris?

-Bem. – disse a menina, ainda encarando o menino que a olhava discretamente por cima dos ombros. – Maravilhosamente bem. – ela riu de leve ao ver Justin sorrir para ela.

-Vejo que Paris está fazendo bem pra você... Oh espere, o motivo da sua felicidade é outro e atende pelo nome de Justin. Justin Drew Bieber! – Isabella riu mais uma vez e murmurou um “isso mesmo”. – Bem, então me conte... O que estão fazendo agora?

-Como sabe que não estou sozinha? – perguntou franzindo a testa.

-Você não daria risadinhas do nada, ainda mais levando em consideração de que eu não disse nada que pudesse soar de uma forma engraçada! – Bella tinha que admitir, estava surpreendida com a mãe. – E sou sua mãe, te conheço!

-Ok Sarah, você ganhou! – a mãe dela se gabou do outro lado da linha o que fez ela sorrir. – Eu estou com Justin e estamos terminando de pintar uma parede!

-Pintar paredes? É isso que fazem quando ficam sozinhos? – E outras coisas a mais! Pensou, mas nunca diria isso a mãe. – Uau, talvez eu não devesse ficar tão preocupada por estarem sozinhos e a milhares de quilômetros de casa, sem que eu possa vigiá-los. Você sabe do que estou falando, não sabe? Hormônios, excitação, tesão...

-Mãe! – a menina a interrompeu. – Não é legal falar sobre isso, principalmente por telefone. – Sarah riu e Isabella revirou os olhos. – Sobre a parede, bem... Justin teve essa idéia hoje pela manhã. – ela pode ouvir Sarah murmurar algo, mas não fez questão de saber o que era. – Estamos extremamente ocupados agora, não conseguiríamos pensar em nenhuma dessas coisas.

-Ótimo. – disse Sarah. – A propósito, Pattie me pediu pra dizer que vai mandar o dinheiro para pagar a faculdade do Justin este mês. – Isabella revirou os olhos, pensando que ele já havia mexido seus pauzinhos para conseguir o dinheiro, somente para que ela não precisasse arrumar um emprego.

-Era de se esperar que ele fizesse isso. – murmurou.

-Disse algo querida? – interrompeu Sarah.

-Não, ta tudo bem.

-Hum. – Sarah não havia acreditado nem um pouco, mas não queria se intrometer muito nos assuntos da filha, afinal ela tinha uma vida com o namorado, mesmo que fosse cedo demais. – Eu tenho que desligar querida, talvez eu ligue mais tarde ou só amanhã! 

-Ok. – concordou.

O celular foi desligado logo depois de um “eu te amo e se cuida” da parte de Sarah e Isabella jogou o celular no colchão, mordendo o dedão.

[...]

Justin estava deitado no chão, enquanto Isabella estava sentada ao seu lado e brincava com seus dedos, mergulhando-os na tinta e deixando-a escorrer pelos mesmos, até que gotas pingassem na lata novamente. Repetiu os movimentos umas cinco vezes, antes de se sentir preparada para entrar naquele assunto novamente.

-Jus, sobre o que eu lhe disse hoje... – ela chamou a atenção dele, que a olhou imediatamente. – Sabe, sobre a possibilidade de eu começar a trabalhar e... – ela o viu balançar a cabeça negativamente e comprimir os lábios. – Qual é, por que está sendo tão machista?

-Não gosto da idéia de ver você trabalhando. – disse sério. – E gosto de chegar em casa e vê-la aqui... Pronta para me dar prazer! – ele passou a língua pelos lábios e sorriu.

-Mas eu não sou sua propriedade e sabe que precisamos desse dinheiro, afinal não podemos recorrer à Pattie sempre que passarmos por situações difíceis! – ela arqueou uma sobrancelha e ele voltou a encarar o teto. – Pensei que iríamos ter uma vida independente!

-E vamos! – retrucou. – Mas que mal faz pedir ajuda aos pais de vez em quando?

-Justin. – o repreendeu. – Vai, por favor, por mim! – suplicou. – Só estou te pedindo pra compreender que eu quero ajudar e não estou dizendo que arranjar um emprego logo de cara, só vou procurar um. – ele mordiscou o lábio inferior pensativo. – Não quero fazer nada à seu contragosto, Jus.

-Ok, ok! – ele se levantou ficando sentado ao lado dela e a puxou para mais próxima de seu corpo. – O que eu não faço por você, hein? – ela sorriu vitoriosa e ele selou seus lábios, passando a língua nos lábios dela. – Minha princesa.

Isabella colou seus lábios de novo e sentiu que ele a deitava no chão ficando por cima de seu corpo e desferindo leves beijos contra seu pescoço. Sua mão instintivamente foi para os cabelos dele, puxando-os com delicadeza. O menino desprendeu seus lábios e olhou para o lado, sorrindo maroto. Bella franziu a testa e o viu molhar a mão na tinta e direcioná-la para seu rosto.

-Não Justin! – gritou entre risinhos. – Justin!

Ele apenas riu e apertou as bochechas dela, com uma só mão, deixando a marca de seus dedos sobre o rosto dela. Isabella fechou e o encarou com uma expressão brava, fazendo-o rir mais ainda.

-Você está linda! – ele riu mais um pouco e limpou as mãos na camiseta, que já estava cheia de manchas de tinta.

-Você é um tonto sabia? – perguntou, enquanto passava a mão pelo rosto, tentando limpá-la.

-O tonto que você ama! – disse convencido. Ela riu sem humor e molhou a mão na tinta vermelha, murmurando um “você vai ver” e passou a mão sobre a testa dele, deixando alguns fios coloridos.

-Lindo! – ela arqueou a sobrancelha e ele fechou a cara.

Justin sorriu e a puxou pela cintura, deixando aquela região com uma enorme tinta verde, já que não tinha retirado todo o excesso de sua mão. Isabella por sua vez deixou a nuca dele com uma mancha vermelha, mas nenhum deles se importava com isso agora. Isabella o sentiu puxá-la para seu colo e se desequilibrou levemente. Buscando sustentação na parede, ela deixou sua mão se chocar contra a parede recém pintada e se soltou dele, assim que se lembrou de que sua mão estava suja.

-Foi sem querer! – justificou, observando a imagem de sua mão carimbada na parede, em um vermelho berrante.

Mas ele riu e deu um selinho nela, para logo depois molhar a palma da mão na tinta novamente e carimbar a parede. Ela sorriu e admiraram o desenho de ambas as mãos na parede. Sorriram.

-Ficou melhor assim! – ele disse observando o rosto dela, totalmente sujo, antes de voltar a beijá-la. 


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Notas finais do capítulo

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