The Best Friend escrita por Miss Herondale


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Mais um, porque vocês merecem!!



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    O dia amanheceu frio e ainda nevava, mas Isabella nem ao menos se importara com esses mínimos detalhes, afinal dormia tranquilamente.

            Justin já estava acordado a algum tempo, mas continuava deitado ali, enquanto abraçava sua Bella, de uma forma totalmente protetora. Ele mantinha a testa encostada no ombro dela, ouvindo a respiração calma da garota. Sorriu e, novamente, depositou um beijo delicado no ombro dela, enquanto passava a ponta dos dedos sobre a barriga da namorada. Isabella se mexeu e ele, sem pensar, a puxou para mais perto de si, acabando com todo e qualquer espaço que houvesse entre eles.

            -Jus...? – ela o chamou, em um sussurro.

            -Sim. – disse, enquanto esperava uma resposta dela. Mas ela não disse nada, apenas colocou sua mão sobre a dele, delicadamente.

            Justin fechou os olhos novamente, respirando fundo, enquanto sentia o cheiro de Isabella, invadir suas narinas. Era doce, extremamente doce. O garoto sorriu. Segundos depois, uma batida na porta, fez com que os dois se assustassem e rapidamente se separassem.

            -Crianças, está na hora de acordar! – Isabella suspirou, enquanto a voz de Diane tirava-lhe o sono. – Vamos, mais dois minutos e eu quero vocês lá embaixo!

            A garota jogou o corpo para trás, deitando-se novamente, enquanto Justin permaneceu sentado ao seu lado. Ele bufou, passando a mão pelo rosto, enquanto sentia ela se mexer ao seu lado.

            Ao olhar para a garota, ele a viu caminhando pelo quarto, trajando somente sua camiseta e uma calcinha. Ele sorriu, achando-a linda.

            -Está linda! – ele comentou, sorrindo.

            -Eu sei! – ela riu baixinho, enquanto revirava o guarda-roupa.

            Justin novamente sorriu. Por um momento se imaginou morando sozinho com Isabella. Imaginou-se acordando todos os dias ao lado dela, sentindo o cheiro doce que ela tinha, vendo o sorriso mais lindo do mundo, amando-a cada vez mais, a cada segundo de sua vida. Ele sorriu bobo e se levantou da cama. Diane havia sido clara, queria os dois lá em baixo em alguns minutos. E ele não queria que ela subisse, para chamá-los novamente, afinal ela sabia deixá-lo com medo quando queria.

            O menino caminhou até o banheiro, mas antes parou para desejar feliz vespéra de natal e beijar Isabella, que mordeu o lábio inferior, enquanto o via caminhar até o banheiro, usando apenas uma cueca boxer. A garota bateu de leve a palma da mão na testa, rindo internamente, enquanto voltava a procurar uma roupa.

            [...]

            Isabella descia as escadas na frente, sendo seguida pelo garoto. Ela sentiu o toque dele em seu braço e se virou, para encará-lo.

            -O que foi? – perguntou confusa.

            Ele apenas sorriu e tocou de leve o queixo dela, fazendo-lhe um carinho com o polegar. Bella fechou os olhos, já se preparando para sentir o lábios dele. Mas Justin apenas roçou seu nariz no dela.

            -Não temos que descer agora! – ele sussurrou.

            -Sim, nós temos.

            -Então, apenas me dê um beijo! – ambos sorriram.

            Ele rapidamente passou seu braço pela cintura dela, puxado-a para mais perto, até sentir o corpo dela chocar-se contra o seu. A garota passou os braços em volta do pescoço dele, ficando na ponta do pé. Justin sorriu e roçou novamente seu nariz no dela, mas o ato não durou muito, vendo que ela se esticou mais ainda, tomando os lábios dele com pressa e necessidade. 

            Foi impossível para ele não sorrir. Isabella afundou seus dedos nos cabelos do garoto, fazendo um movimento circular com o indicador. Quando sentiram necessidade de respirar, ele distribuiu um ou dois beijos de leve pelos lábios dela e sorriu. Ela sorriu, segundos depois.

            -Justin! – gritou Pattie. – Tem alguém no telefone querendo falar com você!

            Isabella virou-se em direção a sala, encarando o fim da escada, enquanto sentia que Justin ainda mantinha-se abraçado a ela.

            -Já vou! – ele gritou e, logo depois, voltou a olhar para a garota. – Vem, vamos.

            O garoto desceu as escadas um pouco apressado, enquanto a puxava para ir junto.

            Assim que chegaram Pattie disse alguma coisa para a pessoa do outro lado do telefone e se dirigiu até o filho e a nora, entregando o objeto para o garoto.

            Justin sussurrou um “quem é?”, mas apenas ouviu a mãe lhe responder um “descubra”, no mesmo tom que ele lhe fizera a pergunta. O menino revirou os olhos. Por que a mãe quase nunca lhe respondia esse tipo de pergunta?

            Ele ignorou e levou o telefone até o ouvido, mas não percebeu nem um tipo de barulho.

            -Alô? – perguntou franzindo a testa.

            -Boo-Boo! – ele sorriu ao ouvir a voz da pequena.

            -Jaz! – ele quase gritou, animado. Isabella, que estava ao seu lado, sorriu, enquanto o encarava nos olhos. – Ei, como você está?

            -Bem, – ela fez uma pausa, suspirando em seguida. - mas eu sinto sua falta! – uma pontada de culpa e tristeza lhe atingiu em cheio. Justin seria capaz de fazer tudo por Jazmyn.

            -Também sinto sua falta, minha pequena! – seu tom de voz já era triste e ele podia sentir seus olhos ficando vermelhos e repletos de lágrimas.

            -Ei, sabe o que eu ganhei de natal? – ela perguntou animada.

            -Não, eu não sei!

            -Uma boneca! – Justin sorriu. – E dei a ela o nome de Bella! – isso fez com que o sorriso se iluminasse mais ainda. Bella o estudou, tentando descobrir o que a irmã dissera, para deixá-lo com esse lindo sorriso no rosto. – Boo-Boo, ainda está ai?

            -Sim.

            -O que achou do nome que dei a minha filha? – o menino riu baixinho ao ouvi-la dizer o nome ”filha”.

            -É, definitivamente, um nome muito bonito! – a garota ao seu lado franziu a testa. Mas que diabos eles estão falando? Pensou.

            -Eu sei, e foi por isso mesmo que eu o escolhi! – um silêncio se instalou entre eles. Justin fitou a namorada, enquanto franzia os lábios. Isabella passou a mão pelo ombro direito dele, assim que percebeu que o garoto estava ficando um pouco tenso. Ele respirou fundo, soltando o ar lentamente. Em poucos segundos ele pode ouvir uma segunda voz, dizendo algo para Jazmyn. – Boo-Boo eu tenho que desligar! – a voz da pequenina era triste. – Mamãe disse que precisa fazer uma ligação, mas, assim que ela terminar, talvez eu possa te ligar novamente!

            -Tudo bem! – ele sorriu, enquanto a ouvia dizer “tchau” e “beijos”, para logo depois mandar-lhe um beijo estalado. – Tchau Jazmyn, eu te amo!

            -Também te amo Justin! – o menino sentiu-se estranho. Era a primeira vez que ele a ouvira dizer seu nome. Sim, Jazmyn sempre o chamara de Boo-Boo, apelido que fora inventado por ela.

            Ele desligou o telefone, pouco depois de ouvi-la desligar também. Ele suspirou e abaixou a cabeça. Era difícil passar o natal sem parte da família. Bella o encarou, enquanto ajeitava a gola da camisa xadrez do garoto.

            -Era Jaz no telefone, não? – ela perguntou, tentando olhar para os olhos dele, que estava com a cabeça baixa.

            -Sim. – ele sorriu. – Ela me disse que ganhou uma boneca nova e... a chamou de Bella! – ele levantou o rosto, para ver qual seria a reação da garota.

            -É um nome bonito! – Isabella sorriu de forma divertida.

            -Convencida!

            -Qual é? Você mesmo admitiu que era uma boa escolha! – ela colocou uma das mãos na cintura, encarando-o.

            -Eu só disse isso para não decepcioná-la. – a menina o encarou perplexa. – Mas a verdade é que acho Isabella um nome muito, muito clichê!

            -Ei! – ela deu um leve tapa no ombro dele, mas logo depois já caiu na gargalhada junto ao namorado.

            [...]

            Pessoas circulavam animadas pela casa. Era ceia de natal. Alguns primos de Justin vieram passar o feriado com eles no chalé. Isabella se sentia um pouco deslocada, mas a sua família era essa, visto que seus avós, tanto maternos quanto paternos, moravam nos EUA. Mas ela deveria estar acostumada, afinal já havia passado inúmeros natais e anos novos, com eles.

            Ela parou para observar as pessoas ao seu redor. Justin e Jonah jogavam vídeo-game, enquanto o restante da família estava espalhado pela sala e a cozinha, arrumando as coisas ou conversando.  Bella fixou seus olhos no jogo e percebeu que Jonah estava perdendo. É, Justin é realmente bom nessa coisa! Pensou. Tudo bem que ela estava se gabando interiormente pelo fato de seu namorado estar com alguns pontos a mais, mas era o dever dela como namorada, não? Às vezes ela também lhe dava uns puxões de orelha, mas ela tinha o direito de se gabar de vez em quando.

            -Venham comer! – uma das tias de Justin, Megan, disse enquanto estava escorada no sofá.

            Os garotos murmuraram um “ta, ta”, sem ao menos olharem para a loira. Isabella revirou os olhos, pensando por que os meninos eram tão vidrados nessa coisa de vídeo-game. Parecem robôs quando estão jogando isso! Ela riu baixinho e, logo depois, se perguntou qual era o motivo para estar rindo, se esse último pensamento nem ao menos fora engraçado. Ela se irritou consigo mesma. Odiava quando isso acontecia, ela se sentia estranha.

            Após mais alguns minutos ali a “partida” finalmente se deu por encerrada. Jonah saiu vencedor. Conseguiu empatar e vencer Justin. Os dois se levantaram desligando a TV e o Xbox. Finalmente! Pensou, enquanto o via sorrir para ela.

            -Vamos? – perguntou, enquanto estendia-lhe uma mão.

            Ela sorriu e aceitou o convite dele, sentindo-o entrelaçar seus dedos. Caminharam até a cozinha, um pouco atrás do primo dele, que resmungava algo sobre estar faminto.

            Assim que chegaram, eles atraíram alguns poucos olhares para si. Isabella pode ver o olhar da mãe, que parecia estar um pouco incomodada com o fato de estarem de mãos dadas. Sarah não gostava muito que demonstrassem afeto em público, mas a garota tentou ignorar um pouco o olhar incomodado da mãe e se sentou ao lado do namorado.

            Bella observou as pessoas ao seu redor, enquanto as mesmas se serviam rapidamente. Ela sentiu-se levemente envergonhada quando viu Diane sorrir para ela.

            -Não vai se servir Bella? – perguntou Pattie, tirando a garota de seus pensamentos.

            -Ah... Claro! – ela sorriu e pegou um prato, servindo-se rapidamente.

            Logo todos já estavam servidos, prontos para iniciarem uma oração, enquanto se mantinham de mãos dadas.

            -Eu gostaria de fazer essa oração! – disse Justin, enquanto observava todos com cautela.

            -Ok, vá em frente! – disse Bruce.

            O garoto limpou a garganta e suspirou, tentando concentrar-se ao máximo nas palavras.

            -Senhor muito obrigado por mais um dia de vida, pela família maravilhosa que o senhor concedeu a mim e por todas as pessoas que me cercam. – Isabella sentiu-o apertar sua mão de leve e sorriu fraquinho. – Quero agradecer também por todas as ebênçãos que o senhor tem me dado, por estarmos todos reunidos aqui nesse momento tão especial e por termos o que comer. – o garoto fez uma leve pausa, enquanto acariciava levemente a palma da mão de Isabella, com o polegar. – Quero pedir saúde e proteção para todos que eu amo, e sabedoria para fazer sempre aquilo que é correto. Amém!

            -Amém! – repetiram todos.

            Justin suspirou e olhou, novamente, para as pessoas em seu redor. Isabella mantinha o olhar fixo nele, enquanto o via sorrir. Era impossível negar que ela estava orgulhosa dele e da pessoa maravilhosa na qual ele era.

            [...]

            Todos estavam reunidos em volta da enorme arvore de natal, cuja qual Diane, Sarah e Pattie foram as responsáveis por ela estar tão bonita e enfeitada, enquanto esperavam ansiosamente para que pudessem abrir os presentes.

            Havia dois grupos no meio da sala. Um só de garotas e outro só de garotos. Justin olhou e sua volta e viu que era a vez de Jonah jogar os dados.

            -Vamos lá Jonah, se você tirar dois números iguais poderá pegar um presente!

            O garoto mordicou o lábio inferior e jogou, tirando um cinco e um três. Ele suspirou decepcionado e passou a vez à Justin, que sorriu esperançoso de que pudesse pegar algo legal. Justin fechou os olhos e jogou, ouvindo Jonah protestar algo.

            Ao abrir os olhos ele, automaticamente, sorriu satisfeito. Havia tirado duas vezes o seis.

            -Isso é trapaça! – protestou Jonah, mantendo-se de braços cruzados.

            -Claro que não! – retrucou Justin. – Isso se chama ser bom!

            -Acho que está mais para sorte! – Bruce disse, para logo depois rir pelo nariz.

            -Também! – concordou o garoto, arrancando alguns risinhos da parte de Will, pai de Jonah.

            Justin parou em frente aos presentes, enquanto mantinha uma das mãos no queixo, pensando em qual ele escolheria. Mas um presente embrulhado em um papel branco com bolinhas azuis chamou sua atenção, fazendo-o escolher o mesmo. O garoto tomou a caixa em mãos e a levou próximo a orelha, balançando-a, na velha tentativa de tentar descobrir o que era. Mas não obteve sucesso.

            O menino deu de ombro e voltou a se sentar no chão, enquanto começava a desembrulhar o presente. Quando, finalmente, viu do que se tratava um sorriso enorme iluminou seu rosto.

            -Uma coletânea do Michael Jackson? – perguntou embasbacado, fazendo o avô sorrir.

            -Escolheu bem meu jovem! – disse Bruce, sorrindo. – Comprei pensando em você, mas se não o tivesse escolhido, bem... Teria feito outro alguém feliz, ou quem sabe poderiam tocar de presente! 

            -Obrigada vovô, eu simplesmente amei!

            Seus olhos fixaram-se nos cincos CDs em suas mãos. Ele não poderia acreditar na sorte que tivera afinal ele nunca conseguiria comprá-los com sua mesada. Justin pegou um por um, enquanto lia atenciosamente as faixas de cada CD.

            Ele parou por alguns instantes para observar o outro grupo. Será que a Bella também está com sorte? Perguntou-se, para logo voltar sua atenção para a linda coletânea de CDs do rei do pop.


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Notas finais do capítulo

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