Believe escrita por Melanie


Capítulo 1
Capítulo 1 - Bigger


Notas iniciais do capítulo

Hey minhas lindas!
Tudo bem?

Bom, eu disse que teria mais uma fic(logo que estivesse no fim de Next 2 You) e aqui está ela, porém não sei se vou continuar, então me mandem reviews se querem ou não que eu continue!

O cap. não está lá essas coisas, mas é uma introdução à história, que é bem diferente de tudo na categoria JB, então... :3

Ela é meio que inspirada em "A Casa do Lago".
Espero que gostem!
Boa leitura!
Beijooos :*:*



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“We're big enough to stand in the picture, we're big enough to stand next to love.  I was a player when I was little, but now I'm bigger, I'm bigger, a heart breaker when I was little, but now I'm bigger, I'm bigger"

“Era uma vez...

Okay, esquece. Minha história não é um conto de fadas, e eu realmente não sei por que estou escrevendo isso em uma coluna no jornal da mamãe.

Mas preciso compartilhar isso com alguém, e se você aí que está lendo continuar aqui até o fim, quero lhe agradecer por me escutar, e se não continuar, bom foda-se, você provavelmente me acha louca, e sabe, eu concordo com você.

Sou Verônica Hastings, fiz 17 anos há um mês, tenho 1m68cm de altura, cabelo castanho cobre e comprido. Moro no subúrbio de Atlanta com minha mãe, Gabrielle Hudson.

Mas essa história não é sobre minha vida, mas sim sobre ele.

Justin Drew Bieber, meu pedaço de paraíso particular.

Se eu pudesse resumir toda a nossa história em apenas uma palavra eu diria apenas: Acreditar.

Acreditar em amor, sonhos, sorte, amizade e magia.

A maioria da população me chamaria de louca, não os recrimino por isso, pensaria o mesmo, eles provavelmente diriam que a única solução para o meu “problema” era terapia, e das boas, já a outra metade diria que eu sou apenas uma adolescente querendo chamar atenção, que precisava apenas ser ignorada. E os poucos que sobraram, aqueles sonhadores apaixonados, diriam que minha vida fora um conto de fadas, um amor digno de livros do Nicholas Sparks, ou sei lá, Stephenie Meyer.

Eu a princípio ficaria com a maioria da população, para ser sincera, sempre me achei meio louquinha, e depois de começar a trocar cartas com alguém “imaginário” que vivia em 2009, tive a certeza que meu caso não tinha mais jeito.

Eu estava ficando louca de verdade. Pensei até em ir a um psiquiatra, mesmo.

Afinal, que possibilidades de uma em um milhão há de haver para coisas assim, hum? Justin vivia em 2009 e eu vivia em 2011, em que realidade paralela isso existe?

Nunca acreditei nisso, terceira dimensão, reencarnação, outras vidas e coisa e tal.

Porém tudo é sempre mais complexo do que podemos imaginar. Você nunca segue seus próprios conselhos, assim como a maioria das vezes não faz aquilo que prometeu, ou pensou.

E talvez essas coisas sejam feitas apenas por um propósito. Eu diria DESTINO, acho que quando algo tem de acontecer não podemos mudar ou ir contra, apenas acontece, seja lá o que você disse, pensou ou prometeu.

É aí que chegamos onde eu queria. Destino.

Por que mamãe se mudou? Por que logo aquela tarde de Sábado ela saiu de casa e eu tive que deixar aquela carta na nossa antiga casa? Por que em vez de ir embora logo eu tropecei nas folhas do chão e vi a caixa do correio se mexer?

Destino, eu sabia que sim.

Como por exemplo, por que às vezes quando conhecemos alguém, temos a pequena impressão que já tínhamos visto aquela pessoa antes? Ou então em algum momento acontece algo, e parece que você já esperava aquilo, que você já viveu aquilo?

Talvez seja obra de Deus, dejavú ou apenas coincidência, eu porém, nunca saberei sobre isso.

Mas algo aprendi nesses últimos meses: a gente morre uma vez só, mas não tem apenas uma vida.

Existe uma eu vivendo no passado, uma no presente, e uma no futuro.

Loucura? Pois é, mas acho que ela a única explicação para tudo isso.

Justin que o diga, meu namorado de 2009 sabia coisas que ainda nem aconteceram para ele por meio de minhas informações. Como, por exemplo, que ele virou uma febre mundial e teve um filme sobre sua trajetória.

E é agora que vem a questão: Como eu podia ser perdidamente apaixonada pelo garoto de 2009 e abominar o Bieber de 2011?

Eu teria de escolher entre o passado, o presente e o futuro?

Entre a “realidade” e a “fantasia”?

Believe in everything because everything’s reachable.

E aqui vamos nós...”

***

Ronnie PDV

Apertei Harry, meu antigo cachorrinho de pelúcia do qual eu não dormia sem, forte em meus braços, sentindo o cheirinho de bebê vindo, sorri abertamente me lembrando daquela época, quando eu era apenas uma criança e tudo parecia ser tão simples. Como se em mágica tudo se ajeitasse, sentia falta daquele tempo, quando papai se sentava de um lado da minha cama e a mamãe do outro, e ambos liam aquele meu livro enorme de contos de fadas, me fazendo sonhar e acreditar que tudo era possível.

- Senti sua falta amigão, onde você estava? – Disse rindo comigo mesma, e o colocando dentro da caixa de papelão com minhas outras coisas, logo a fechando e colocando junto com as outras 14 caixas enormes espalhadas pelo meu quarto.

Eu odiava essa idéia. Se mudar. Mais uma vez sairia do lugar onde eu me aconcheguei, lembro perfeitamente quando cheguei em Atlanta, há um ano atrás, eu achava que ali era o inferno, afinal eu sentia falta da minha linda e ensolarada Califórnia, mas com o tempo arranjei amigos, criei uma vida ali.

Eu sabia que a situação em casa não estava à melhor, meu pai tinha ido embora quando eu tinha cinco anos, eu nem ao menos lembrava seu nome, apenas tinha sua lembrança lendo meus livros de contos de fadas com a mamãe, e a única coisa que levo dele é o sobrenome, afinal mamãe nunca me contou nada sobre ele, por mais que eu perguntasse o que aconteceu ela sempre mudava de assunto, e com o passar dos anos eu nem ao menos queria saber mais.

Desde então mamãe me criou sozinha, sempre tive a vida muito boa, afinal minha mãe era dona de um dos maiores jornais de Atlanta, eu estudava na melhor escola de Atlanta e nós morávamos no bairro mais nobre da cidade, porém as coisas esses últimos dois meses estavam indo de mal a pior, minha mãe estava se matando em seu jornal, porém não recebia muito em troca, eles estavam em crise e demitindo muitos funcionários, a crise afetou totalmente as estruturas do jornal, e da nossa casa, afinal mamãe havia se endividado com o banco para tentar ajeitar o jornal, mas por mais que ela tentasse, todos sabiam que não estava dando muito certo.

Eu não querida me mudar não por me importar de estar indo para o subúrbio de Atlanta, para uma casa bem menor e em um bairro nada nobre.

Eu nunca me importei com dinheiro ou luxo, mas eu gostava daquela casa, principalmente o grande terraço, cheio de flores a plantas, totalmente decorado, uma mania da mamãe, tudo tão sereno e bonito, o melhor lugar para passar o final de tarde, vendo o sol se pôr, para tocar meu violão e mostrar tudo aquilo que eu sentia. Aquela casa parecia ter algo a mais, como se ali fosse realmente meu lugar, e sem falar que eu estava indo para longe de meus amigos.

Não que eu tivesse muitos, mas Sara, Louis e Liam eram especiais demais pra mim. Claro, ainda morávamos na mesma cidade, e nem era longe, apenas um drama meu. Porém não iríamos estudar na mesma escola mais, então passaríamos bem menos tempo juntos.

Mas de acordo com a mamãe “você vai fazer novos amigos e juntá-los com seus antigos, assim virarão um grupo grande”, como se eu não fosse anti-social ao extremo para que alguém virasse meu amigo em menos de três meses na nova escola.

- Ronnie? – Mamãe me chamou parada na porta do quarto, larguei minhas coisas no chão a encarando. – Vamos jantar querida, fiz a sua comida favorita.

- Mc Donald’s? – Perguntei brincalhona, rimos juntas caminhando até a sala de jantar, sorri analisando o enorme corrimão da escada, onde eu costumava escorregar quando criança, e admito, ainda gostava.

Apesar de já estar sentindo falta de tudo, algo me dizia que isso não era tudo, que mais coisas iriam acontecer, que aquela casa ficaria muito tempo ainda na minha vida.

- Vai sentir falta daqui não? – Mamãe perguntou me encarando enquanto sentávamos de frente uma pra outra na grande mesa de jantar, sorri fraco tentando passar uma segurança da qual eu não tinha.

- Vou, não sei por que, mas tenho uma ligação com essa casa, pode ser loucura, mas sei lá, eu gosto daqui. Até mesmo dos arranhões de gato na parede do meu quarto, que os últimos inquilinos nos deixou. Aliás, sabe qual o nome deles?

- Não sei, negociei com um cara chamado Scott...é acho que era isso. – Disse dando de ombros, sorri fraco começando a comer o macarrão com queijo, como mamãe havia dito, meu preferido.

Sentiria falta daquela casa, mas temos que crescer e aceitar que a vida muda, e não há nada que podemos fazer além de mudar junto com ela.

[...]

- VERÔNICA JÁ PEGOU TUDO MESMO? – Mamãe perguntou gritando de frente para a traseira do caminhão aberto em frente a nossa casa, suspirei encarando minhas unhas com o esmalte desgastado, não a respondi, apenas segurei forte a alça da minha bolsa e fui caminhando pelo jardim,mamãe revirou os olhos mandando o cara das mudanças fechar o caminhão, comecei a mexer no meu Ipod, próxima música: Up - Justin Bieber. Eca, eu bem sabia que Sara havia colocado aquela música apenas para me irritar, revirei os olhos excluindo a maldita música no mesmo segundo, não que eu odiasse o garoto.

Só achava suas músicas uma merda, a voz dele uma merda maior ainda, e ele um metido completamente escroto.

É, talvez eu o odiasse mesmo, mas enfim.

Kraak.

Tropecei em um galho no chão quase indo de cara na grama, xinguei até a raiz da árvore ao lado do galho massageando meu dedão, que agora doía, e claro xinguei até a última geração Bieber por me distrair, pensando no garoto de cabelo perfeitinho e sorriso falso.

Foi aí que vi que havia algo escrito naquele pedaço do tronco da árvore, franzi a testa largando minha bolsa de lado e me agachando do chão, pegando o pedaço de madeira em mãos e tirando a sujeira de cima.

“ Purple Ninja + Smiling - was nice to meet ya here

05/03/10 "

Franzi a testa sentindo meu coração acelerar e tudo girar de repente.

“- Jus, por que você sublinhou o ‘aqui’?

- Um dia você vai entender shawty.”

Aquelas vozes seguidas por risadas pareciam ecoar perfeitamente na minha cabeça, como se fossem uma lembrança antiga, ignorada com o passar do tempo.

Aquela voz de garota era a minha, fato. E a outra voz, do garoto, era extremamente familiar, eu sabia que sim, ainda que não conseguisse identificar de quem era.

Coloquei as mãos na cabeça tentando respirar fundo, nunca tinha visto aquele pedaço de madeira, muito menos escrito algo ali. Tentava me lembrar de 2010, quando vim morar nessa mesma casa, mas não me lembrava de conhecer nenhum menino aqui, ou qualquer coisa assim, nem ao menos conhecia os antigos moradores da casa, e só fiz amigos meses depois.

Balancei a cabeça me levantando e jogando o pedaço de madeira na grama outra vez, estava enlouquecendo de vez, só podia.

- Ronnie, vamos logo filha! – Mamãe dizia já impaciente dentro do carro, suspirei pegando minha bolsa e correndo para o carro.

Me sentei arfante, largando minha bolsa de lado e colocando meus óculos.

- Está tudo bem? – Mamãe perguntou enquanto ligava o carro, apenas balancei a cabeça com um meio sorriso.

- Estou apenas nervosa. – Disse aumentando o volume da música e me virando para o vidro do carro.

Dei uma última olhada na casa antes de ir, havia algo de muito errado em tudo isso, e eu iria descobrir o que era.


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO? GOSTARAM? REVIEWS?
Humm? Haha

Vamos lá amores, mandem review dizendo o que acharam, nem que seja um "legal, posta mais", daí eu continuo, okay? :3

Beijooos :*:*
AMO VOCÊS s2s2