Aquela sala,era..ela,ela tinha quadros que se mexiam! Pessoas que mandavam tchau e acenavam!? O que era aquilo?Céus!Estou sonhando,ou morta?

-Cara! Que maneiro!-Kevin chegava mais perto dos quadros, e os tocava.

Eu me aproximei das muitas  prateleiras,encostei em um livro e o peguei,a capa dizia: MAGIA CONTRA AS ARTES DAS TREVAS.

"Ah!Que ótimo!"pensei.Que droga é essa?Magia,tipo magia mesmo? Trevas? Que porcaria de trevas são essas?

Peguei o livro e abri,havia várias fotos que se mexiam! Ai, acho que vou desmaiar!

Mas dessa vez a foto me deu medo.Embaixo da figura dizia: OS COMENSAIS DA MORTE,TEM CRESCIDO O NÚMERO DELES SOBRE O NOSSO MUNDO...

Parei de ler com medo de muita informação.Algo me assustou o barulho de pés,subindo as escadas, alguém nos veria aqui! E agora?

-Kevin! O que é isso? Larga! Tem alguém subindo! Podem entrar aqui. -Kevin estava segurando algo que me lembrava aquelas fadinhas com varinhas,varinhas mágicas,mas aquilo existe? Num brinca!

-Tuchê! -ele brincava com a suposta varinha,embora eu ache que aquilo não existisse. Haviaum pequeno caldeirão no canto da sala.

-Kevin!!! Esconde, tem alguém subindo,não deveríamos estar aqui! -Eu puxei para atrás de a coisa que me lembrava uma panela enorme no fundo da sala, encostada na parede.

Nos abaixamos e fiz um gesto de silêncio para ele,a varinha ainda em suas mãos, era bonita e escura,me deu vontade de tocá-la mas um outro barulho dispensou essa idéia. Alguém abriu a porta, pôs a cabeça para dentro da sala, observou o local e saiu fechando a porta e trancando."Nãooo!"pensei.

Kevin começou a rir, e eu le dei um tapa nas costas.Como ele consegue rir nesse momento?Argh! Que raiva!

-Estamos presos. -Ele disse fingindo chorar.

-Mentira? -Disse eu com tom gozador.

-E agora? -Ele começou a dizer e olhar para a janela. -Vamos pular? Eu pulo...

-Tá doido? -Eu disse indo até a porta e vi se estava mesmo trancada, infelismente estava.

Merda! Será que nada naquela sala estranha, abriria aquela porta?! Fiz a mesma pergunta a Kevin.

-O que por exemplo? -Ele perguntou. Eu olhei para o objeto em sua mão e ele se apressou em perguntar:

-Ah, tá brincando não é? Acha que isso fazerá alguma coisa?

-Er...não sei, essa hipotese só passou por minha cabeça,an..nada mais.

Ele riu. -É até engraçado, o que aconteceu com a gente, vamos pular a janela, o mínimo que pode acontecer é quebrarmos a perna ou o braço. -Ele disse levantando as mãos. Eu ri.

Se batermos na porta ou gritarmos por ajuda nossa avó descobriria que estivemos naquela sala espionando e nos comeria vivos.

Quando olhei para Kevin ele havia pegado um livro e rancado um pedaço de sua folha.

-Hey? O que voçê está fazendo? -Perguntei.

-Tem uma caneta aí?-Disse ele.

-Não mas tem isso aqui! -Fui até uma pequena mesa e lá tinha uma pena mergulhada em um vidro de tinta,o peguei e levei até ele.

-Deve funcionar. - Ele disse pegando na pena desajeitado.

           ABRA ASSIM QUE PUDER!

Eu começei a rir, e ele me olhou confuso.

-Qual é seu plano? -Disse eu rindo novamente.

Ele limpou a garganta. - Bom, primeiro: Devo jogar por debaixo da porta o singelo bilhete, segundo:Alguma criatura deverá ver a porcaria do papel debaixo da porta, terceiro:Ou ele vai abrir a porta ou ele pode ser um cego problemático e não ver o bendito do papel! -Disse ele formalmente e calmo,como um jornalista e eu ri escandolosamente.

- Acho melhor pularmos da janela! -Disse eu desanimada.

Caminhei até a prateleira e peguei o mesmo livro com a intensão de o ler depois e fui em direção a janela.

-An..tchau! -Disse eu me impoleirando na janela e no momento em que estava prestes a pular, alguém abri a porta! Alguém! Áhhhh!

Quando a porta foi totalmente aberta, eu vi a criatura , mais esquisita, estranha, horrorosa. Argh! O que era aquilo?!

-Voçê, seu diabólico! Isso é uma criatura! -Disse eu apontando para Kevin; ele me cortou.

-Mas eu não especifiquei que criatura. E isso?É uma criatura? Isso, não ...Quem é voçê? O que faz aqui?!