Beyond The Moon escrita por Nicoly


Capítulo 7
O Lado Sobrenatural.


Notas iniciais do capítulo

Aí está mais um capítulo!
Agora eu irei postar todas as sextas. Se eu não conseguir postar sexta, eu irei postar sábado ou domingo, ok? E se a minha semana não tiver muitas provas, eu posto uns extras de vez em quando :D
Boa leitura!



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Chegamos à escola já tarde. Despedi-me dos meus amigos e fui para meu dormitório dormir. Amanhã iria ser o primeiro dia de aula. Estava nervosa por que iria conhecer os professores.

        Abri a porta do meu dormitório e Patrícia estava dormindo ou imitando uma porcalinha, eu precisava comprar aqueles tampões de ouvido igual o do meu pai.

        Botei meu pijama e resolvi escrever uma carta aos meus queridos pais:

        Sra. Olivier e Sr. Olivier.

       Estou morrendo de saudades de vocês, da minha cidadezinha, do meu quarto, da minha antiga escola, e de meus amigos.

Hoje fui para Riverton, uma cidade sem movimento. Fui ao cinema com meus novos amigos, eles são gente boa. Diverti-me bastante!

Quero que vocês mandem um beijão e um forte abraço para as minhas amigas aí de Arrowwoond.

Amanhã será o meu primeiro dia de aula, então preciso ir dormir agora.

Qualquer novidade estarei avisando.

Beijos e um grande abraço.

                                                                                                                     

                                                         Com carinho, Rebecca Olivier.

Eu não queria avisá-los das coisas estranhas que haviam acontecido, não queria deixá-los preocupados. Então, só escrevi um pouco em um pequeno papel, só para mostrar que eu estava realmente viva.

Botei a carta em um envelope e coloquei embaixo do travesseiro, amanhã eu iria entregar a Diretora Bethany.

Fechei os olhos e adormeci.

(...)

Down, down, down...

O despertador do meu celular tocava, desliguei e me levantei. Patrícia ainda dormia feito uma pedra. Chamei para que acordasse várias vezes, mais a Srt. Porcalinha ainda dormia. Infelizmente e novamente eu não pude ler seu diário.

Fui tomar minha ducha. Levei tudo que precisava para o banheiro.

Meia hora se passou...

Já estava pronta, apenas faltava pegar minhas apostilas, mas primeiro resolvi pegar um copo que estava em cima da pia do banheiro. Enchi de água, fui até a cama de Duerre e...

- Ops, escorregou da minha mão!

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É? – Se levantou rapidamente da cama e foi ser ver no espelho. – MEU CABELO!

- Beijos. – Não estava a fim de discutir com ninguém, então sai apressada do dormitório.

Fui para a primeira aula que seria da diretora Bethany, sobre gramática. Ela não estava na sala ainda. Era um absurdo, os alunos não podiam se atrasar e os professores podiam? Poupe-me. 

Eu estava sentada como uma aluna exemplar quando vi Balthazar aproximar-se de minha mesa:

- Tudo beleza?

- Claro. Sorte começar as aulas com a diretora, não é?

Ele riu.

- No primeiro dia de aula ela sempre fala sobre a festa do outono, gostaria de ir comigo? – Sentou-se na carteira ao meu lado.

Fiquei alguns milésimos de segundos pensando...

- Claro. – Trocamos sorrisos. – Já no primeiro dia de aula?

- Sim. Na real hoje só vai ser as boas vindas, como todo primeiro dia de aula.

A diretora (agora professora) entrou na sala interrompendo nossa conversa:

- Bom dia. – Não falava nem queridos alunos.

 - Bom dia! – Fizeram um coral.

        Naquele momento chega Patrícia com o cabelo amarrado, correndo feito uma retardada.

        Sabe aquela hora que todos olham para você, tipo: Tem alguma coisa no meu cabelo?  Então, todos olharam para ela segurando os risos.

          - Já no primeiro dia de aula Srta. Duerre?

          - Desculpe Sra. Bethany. – Patrícia olhou para mim com um olhar demoníaco, correspondi com um rosto santo. Não fiz nada ué.

          - Continuando...  Todo ano temos a festa de outono, semana quem vêm, dia 21 de março começará o outono, e a festa será nesse dia. Todos os estudantes terão que ajudar. Já vão arrumando seus pares. – Depois que a professora falou começou a maior bagunça.

          Lucas que sentava na minha frente perguntou:

           - Rebecca, gostaria de ser minha acompanhante?

           - Err... Eu já tenho par. – Ele ficou sem graça, assim como eu. Eu sei que todos querem ir comigo, pois eu sou uma diva linda e perfeita.

           - Srta. Oliviens acabou a conversa com o Sr. Ross?  - A diretora interrompeu.

           - Desculpe. – Falamos juntos. Aquela velha pensa que é quem para ficar se intrometendo na minha conversa?

           Passou-se uma manhã insuportável de aula. O bom era que não iríamos ter aula até a festa de outono. Teríamos que ficar trabalhando, arrumando o salão. Era impressionante como aquela escola amava perder aula.

           Como já tinha batido o sinal para o almoço, eu e Raquel fomos descendo as escadas para ir ao pátio.

No caminho encontramos Lucas e Erich se brigando. Eles eram muito fortes.

        - SEU DESGRAÇADO. NÃO ENCOSTA UM DEDO NELA ENTENDEU?

        Butler jogou Ross longe, o guri saiu voando quebrando o grande vidro da escada. Meu queixo caiu não levantando mais, como aquilo poderia acontecer? Como eles eram tão fortes? Estava totalmente incrédula com a força deles. Aquilo não podia ser normal.

        Os alunos foram se amontoado, formando um grande círculo em volta de Erich, pois Lucas tinha sido jogado longe com toda a grande força de Butler. Uma força inacreditável, uma força inexistente.

        Fui abrindo caminho pelas pessoas curiosas que pareciam estar normais com o fato de Ross ter voado longe. Enfim tinha chego a um lugar onde pude encarar seriamente Erich. Ele fez o mesmo, me encarou e deu aquele seu sorriso malicioso que dava raiva em qualquer um. Parecia cansado com a briga, respirava fundo.

Senti alguém me puxar fortemente, quebrando meu olhar ao Erich. Levou-me para longe da multidão:

- Balthazar, você acha que é quem para ficar me puxando como uma cadela? – Soltei-me de seus braços.

        - Pode parar de ficar encarando o idiota do Butler? – Estendeu sua mão.

         - Qual o problema de eu ficar encarando-o? Ele vai me comer? – Fiz uma cara de idiota.

        - Você não entende nad... – Não o deixei terminar de falar.

        - Sabe de uma coisa? Eu cansei, cansei de todos falaram que eu não entendo nada, cansei de ficar vendo coisas estranhas, cansei de todos quererem mandar no que eu devo fazer, cansei de deixar tudo ser explicado depois, cansei de tudo, estou de saco cheio. – Saí correndo para o pátio, só via Balthazar gritando meu nome, mais eu não olhava para trás, fui em frente.

       Já estava longe do colégio, no meio das árvores, no meio do nada. Sentei-me em uma raiz de árvore e fiquei ali pensando na vida. Tudo bem que eu estava sendo meio dramática, ou otária, mais é difícil agüentar tudo na minha vida, o fato de coisas estranhas acontecerem, é como se todos estivessem escondendo algo de mim, como se eu estivesse sendo usada. Isso é chato, chato mesmo.

       Em vez de ir para meu quarto, eu estava naquele bosque perdida, completamente confusa. Como aquilo tudo poderia ter acontecido?

       Novamente mais um nó formou-se em minha cabeça.

       Fui formando todas as coisas que estranhas que haviam acontecido para ver no que eu realmente chegava: Pele branca e fria, incrivelmente forte, machucados curados rapidamente...

Comecei a ouvir passos que interrompiam minha lógica. Seria Balthazar para pedir desculpas e começar com seus sermões? Levantei-me e vi Lucas, não estava machucado, era como se não houve acontecido nada.

        - Lucas, você acabou de quebrar um vidro e está em perfeitas condições... – Já fui logo falando.

        - Becky, Balthazar está certo, acredite nele. – Fiquei em silêncio até que ele falasse tudo. – Erich é um covarde, ele quer você m-mor... – Houve dificuldade ao pronunciar a palavra, mais eu conseguia entender perfeitamente.

        Fui me afastando de Roos:

        - Morta? – Comecei a sentir um frio, minhas pernas começaram a tremer, um arrepio tomou conta de meu corpo.

         - Você não conhece a pessoas que estudam aqui, elas não são como você, eu também não sou como você, somos pessoas em que Erich quer lhe transformar, nós não somos seres vivos. – Eu já estava perdida, agora Lucas me falando isso me deixou mais louca ainda, eu precisava ir para um hospício.

        - Ele me quer morta, e você disse que vocês são pessoas mortas? Ou estou sonhando? Pessoas mortas-vivas não existem Lucas. – Sabia no que ele estava falando, mais não era possível ele ser uma criatura sobrenatural, elas são inexistentes.

        - Foi você que quis saber a verdade. Estou lhe contando por que confio em você, acredito que possa confiar em mim. Nós somos vampiros. – Disse normalmente aquela palavra ‘’VAMPIRO’’, como se fosse uma coisa natural. Não era possível acreditar nisso. – Acredita em mim? – Chegou mais perto.

        - Se afaste. – Não conseguia olhar diretamente em seus olhos. Respirei fundo e fui me afastando mais ainda. – Você ainda faz essa pergunta besta? Você é uma criatura sobrenatural... – E eu ainda estava ali falando com ele, completamente pasma. – Isso não é possível.

        - Só quero que saiba que eu estava brigando com Erich por causa de você.

        - Já que você confia em mim, me deixei sozinha e não venha atrás de mim. – Dei as costas para Lucas deixando-o sozinho na floresta.

        De repente ele aparece em minha frente do nada, como um vulto, era incrível.

        - Confie em mim. – Implorava me segurando.

        - ME SOLTE! – Tentava sair de seus braços, mas era impossível, pois Ross tinha muita força.

        - Bianca não tenha medo.

        - DEIXE-ME. – Lucas me soltou e sai correndo, sem olhar para trás.

        Voltei para aquela escola encarando meu medo, agora eu sabia o seu grande segredo, mas será que todos os alunos eram seres sobrenaturais? E a diretora Bethany? E se ela fosse, por que me aceitaria aqui?

        Vampiros se encaixavam perfeitamente com as coisas estranhas que estavam acontecendo, os vultos, a rapidez, a pele fria e branca, a força...

        Mas nem tudo estava claro ainda. Mais perguntas se formavam em minha mente. Um nó tinha sido desmanchando enquanto outra se formara no mesmo lugar.

        Confusa, entrei em meu quarto e vi um cartão com uma caixinha ao lado. Solenemente, abri o cartão e li o que estava escrito:

      Rebecca,

        Creio que você esteja confusa. Pode estar com raiva de mim, mais tudo o que lhe contei é verdade. Dentro da caixinha tem um colar que irá te proteger.

        Após ler destrua esse cartão, você é a única que sabe o segredo desta escola.                                     

                                                                                       Lucas.

        http://www.polyvore.com/cgi/set?id=34113593&.locale=pt-br

    [N/A: Aqui em cima está a imagem do colar].

Botei o colar mesmo sem saber se poderia ou não confiar em Ross.

Ainda era cedo e eu precisava ir obrigatoriamente para a aula de esgrima. Estava sem vontade nenhuma, mas como era uma obrigação eu teria que ir. Com forças peguei meu uniforme branco e botei em uma bolsa.

Quando cheguei à sala, todos já estavam me esperando, e para minha felicidade o instrutor seria Balthazar.

Sem olhar para ele fui ao vestiário que ficava um pouco longe da sala principal.

Aquele uniforme era horrível, eu parecia uma médica usando aquela coisa toda branca, e uma formiga atômica com aquele capacete sensual.

Subi na pista e fiquei do lado direito da linha que divide os dois lados iguais, estava com uma espata na mão como todos. Nós iríamos começar com duelos em dupla. Como era minha primeira vez, Balthazar foi meu parceiro.

- Muita coragem sua. – Grindelwald falou baixo para que ninguém escutasse.

- As notícias correm rápidas aqui. – Fui firme e forte.

- Eu posso escutar muito bem. – As pessoas (vampiros) que estavam ali poderiam escutar de longe. – Eles já estão saindo, assim poderemos conversar a sós.

- Eu vim aqui para treinar, ok? - Calou-se e começou a me explicar como se usava aquela arma.

Até que eu estava sendo corajosa. Enfrentando um vampiro em uma esgrima? Seria uma história para contar a meus netos, se eu não fosse morta antes.

- Você pode tocar a ponta da arma em qualquer parte do meu corpo.

- Qualquer uma? Tem certeza? – Ri.

- Sem brincadeiras. – Falou seriamente. – Seu objetivo é tocar em mim com a espada sem ser tocada.

- Ok.

Ele mostrou as estocadas, paradas, defesas. Tudo o que eu teria que aprender para começar a luta. Fiz a posição para o começo, o que não era nada confortável.

Já estávamos lutando, eu tinha pegado o pique daquele negócio. Era como se eu estivesse em uma luta mesmo, me achei uma ninja ali. Agora, só era eu e ele naquela sala, onde só dava para escutar o barulho das espadas quando se chocavam uma com a outra:

Plaft, Plaft.

Acertei em seu ombro com a ponta de minha lâmina fazendo um ponto.

- Uhu. – Levantei os braços alegre tirando o capacete.

- É você venceu. – Sem capacete, Balthazar deu um sorriso mostrando aqueles dentes brancos.

Eu já tinha esquecido completamente que ele era um vampiro, estava de boa.

- Então... – Já estava quase saindo da sala, até que Balthazar me chamou – quer conversar?

Parei e o encarei:

- Não tenho nada a dizer. 

- Não precisa ter medo, minha função é proteger os humanos que estudam aqui.

- Você quer que eu continue estudando aqui normalmente? Você quer que eu não tenha medo? – Chegou perto de mim botando uma de suas mãos em minha face. – Não há possibilidades de eu confiar em você.

- Becky, não foi minha escolha ser transformado em um monstro. – Tirei sua mão de minha face.

- Não interessa se foi ou não a sua escolha, você é um monstro, nada disso pode ser mudado. – Dei as costas.

- Um dia você irá perceber que eu sou diferente dos outros.

Escutei sua última frase enquanto eu saía andando até meu dormitório, estava super exausta. Aquela aula tinha sido muito cansativa.

Chegando a meu quarto, fui direto para a ducha.

Liguei o chuveiro e entrei. A água quente escorria em meu corpo me esquentando e tirando todo aquele peso de mim, mais não era só a água da ducha que escorria em mim, minhas lágrimas também escorriam sobre meu rosto, meus olhos lagrimejavam. Um sentimento estranho estava tomando conta de mim, eu não sabia qual, se era dor, medo, saudade, tristeza... Pareciam todos ao mesmo tempo. Eu estava em perigo vivendo naquela escola. Sinceramente eu não sabia o que fazer. Fugir poderia ser uma solução.

Sai do banheiro já de pijama, pronta para dormir e viver em meus sonhos que infelizmente não poderiam ser para sempre.

Como Patrícia ainda não estava no quarto, fui procurar seu diário, mesmo já sabendo o seu segredo. Na verdade eu não tinha lido ainda, mais estava na cara que ela também era uma vampira.

Achei o ‘’caderno de segredos’’ embaixo de seu colchão. Sentei em minha cama, apoiando minhas costas na cabeceira. Agora comecei a ler deis da primeira página:

Querido diário, é a primeira vez que escrevo em você, quero que saiba que nunca irei abandoná-lo por um motivo muito importante.

Vou começar a contar desde quando eu estava no hospital. Antigamente nunca tinha passado em minha cabeça a existência de vampiros, na verdade eu nem sabia que isso era real. Para todos que eu conhecia, vampiros não passavam de um personagem mítico, de uma lenda.

Eu estava vindo da escola sozinha, já era tarde. Passei por uma rua totalmente escura e sombria. Senti que alguém estava me perseguindo. Olhei para trás, não se passava de um corvo preto melancólico, monstruoso. Continue andando calmamente nas neblinas que dificultavam a visão escura do quarteirão. De repente um vulto começou a me rodear, fiquei totalmente sem saber o que fazer e logo sai correndo, estava com muito medo. O vulto me perseguia e dava risos maliciosos.

Acordei feliz por ter pensando que aquilo só era um sonho, mais não. Quando olho para os lados vejo que estava em um hospital. O visual agora era branco, com um cheiro de rosas que estavam do lado de minha maca, a janela aberta com o pôr do sol iluminando o pequeno quarto.  Um de meu anti-braço estava enfaixado, o outro estava com a agulha do soro. Eu não sabia a razão de eu estar ali, eu não se lembrava de nada do que tinha acontecido algumas horinhas atrás.

Olhei para o lado, vi uma mulher sentada em uma poltrona branca, típico de hospital. Essa mulher era minha mãe. Perguntei para ela tudo o que havia acontecido comigo, logo ela respondeu que os médicos não sabiam, eles achavam que poderia ser algum tipo de animal, cachorro perdido, algo assim. Com o susto eu desmaiei e me encontraram no chão. Foi assim que fui parar no hospital.

Eu tinha uma amiga muito especial, era considerada irmã, prima, até mãe de coração. Ela não era qualquer amiga, não. Ajudava-me em tudo, me apoiava...

Quando eu estava no hospital essa tal amiga me deu um diário. Hoje é a única que lembrança que eu tenho dela, pois agora ela faleceu por velhice. E eu vou viver para sempre nesse mundo! Eu sou um monstro, eu me alimento de sangue! Eu preferia estar morta, mais primeiro preciso me vingar do otário que me transformou.

Quer saber como eu fui transformada? Bom, já tinham passado alguns dias que eu tinha saído do hospital, por causa de um vampiro infeliz sem dúvidas. Era um dia antes do meu aniversário quando fui atropelada por um caminhoneiro que, ao invés de prestar atenção na estrada estava beijando sua mulher que se encontrava no banco carona.

Era para eu ter morrido na hora, só que na noite em que o vampiro me atacou, ele fez com que eu tomasse seu sangue, assim eu me transformei em um ser morto-vivo, um ser com a pele terrivelmente branca e fria. O meu coração é o único órgão que ainda continua em atividade, pelo menos ele não se atrofiou e ficou parado. Meus sentidos são aguçados, posso escutar perfeitamente algo que está longe, também posso sentir algo que está longe, com minhas narinas posso diferenciar um humano de um vampiro, outra coisa que é impressionante, é minha visão, posso enxergar perfeitamente, bem diferente de quando eu era uma humana. Existem várias coisas diferentes, mais se eu for escrever aqui irei acabar com todas as folhas de meu diário. Até que é bom ser vampira por alguns motivos, tirando o fato que vampiros não podem ser expor ao sol, isso é horrível!

Tenho que ir caçar, vou matar mais um ser inocente.

Parei de ler, pois Patrícia poderia chegar ao qualquer momento. Eu estava completamente incrédula por minha companheira de quarto também ser um vampiro. Eu estava à beira da morte, em qualquer momento, em qualquer segundo eu poderia ser atacada e morta.

Com certeza a diretora também era um ser sobrenatural, pois como Patrícia falara na última página dava para entender perfeitamente que a Sra. Bethany também era um monstro:

Querido diário, por que a Sra. Bethany me colocou logo em um quarto com uma humana? Será que ela acha que eu estou preparada? Que eu já me controlo em frente de humanos? Achei muito estranho esse seu ato!

E se eu deixar escapar alguma coisa, o que vou fazer?

Tenho que ir, a festa do lago já vai começar. Beijos, Duerre.

Botei o diário no mesmo lugar de onde havia tirado. Peguei a carta que eu tinha escrito aos meus pais e rasguei em bilhares de pedacinhos.  Deitei-me trêmula, com medo e insegurança. Estava rezando para que eu conseguisse dormir logo. Não estava nenhum pouco a fim de ficar pensando que ao meu redor só existiam vampiros, vampiros que se alimentam de seres humanos, eu poderia ser uma ótima janta para eles. Preferia morrer dormindo, assim eu não sentiria a dor da morte!  

Confortei-me em um lado do colchão, virada para a grande janela, vendo a lua e as belas estrelas, pensando nas palavras que Lucas falou na volta de Riverton ‘’Vou estar sempre ao seu lado’’.

Em poucos minutos eu já estava dormindo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Essa só foi a primeira revelação dos mistérios, hihi.
Terá mais...
Beijão e até o próximo.