(Zero)

Mais um dia monótono na bosta da escola. Aiai, como eu odiava sair da minha caminha linda...

-Hum... Como você é pesada garota! – reclamei sentindo o peso da garota que eu tinha somente pegado de tão bêbado que eu estava e dormi na casa dela. Ela não havia feito nada comigo, acho eu...

-Ai Zero-kun... Você é tão mau... – ela murmurou. Senti só a repulsa vindo de meu ser. Como fiquei com esse jaburu?!

-Preciso ir coisinha horrorosa. Até nunca mais... – falei, tirando minhas lembranças dela. Sai rapidamente daquele lugar horrível e fui para minha casa. Era grande, confortável e sem ninguém para me aborrecer...

Tomei um banho rápido, me troquei e fui comer algo... Peguei uma bolsa de sangue em minha geladeira e tomei metade dela. Meu tipo favorito de sangue era O-, o mais difícil de encontrar, mas com meus contatos, arrumava fácil fácil...

Escovei meus dentes, peguei meu material e fui rumo á escola. Usei meu carro para ir, já que eu tinha meus 17 anos e podia dirigir. Cheguei á frente da escola, estacionei e fui adentrando no pátio do mesmo.

-Olá sempai... – as meninas falavam todas envergonhadas, acho que eu estava mais atraente que o normal, huhu.

-Olá meninas. – falava com um sorriso amarelo.

Entrei em minha sala que era eu, Shiki e Takuma, os cabeças da turma Moon da escola.

-Olá Zero-kun. Como dormiu? – Takuma perguntou sempre bem-humorado.

-Péssimo. Não se porque bebo tanto... – bufei sentando em minha mesa.

-Você só bebe quando algo estranho acontece... O que houve Zero? – Shiki perguntou. Lembro que tive uma vontade incrível de, não só sugar Yuuki até a morte, mas de... Beijá-la.

-Nada... – respondi seco. Takuma pegou em meu braço.

-Zero você se machucou não? Quando Kaname mordeu você ontem... Lembra? – Takuma lembrou-me desse maldito vampiro esfomeado. Assenti. Ele levantou a manga do meu blazer e minha blusa e viu que estava enfaixado, como Yuuki havia feito.

-Hey, você enfaixou por que Zero? Você sabe que cicatriza sozinho... – Shiki quebrou minha paciência.

-Não foi nada oras! Deixem-me agora, por favor! – implorei. Eles assentiram. Eu não falaria que Yuuki haverá enfaixado para mim, seria idiota de minha parte.

-Olá alunos, vamos começar a aula? – o professor falou, adentrando na sala de aula. Todos foram se arrumando, eu também. Era aula de álgebra, a minha favorita.

Enquanto o professor ia passando os exercícios, eu conseguia saber o que ele ia escrever antes, eu via o que seus pensamentos iriam fazer. Rapidamente, terminei os exercícios e entreguei á ele, todos estavam certos.

-Posso beber água professor? – pedi. Ele assentiu. Eu ia saindo da sala para o pátio, na verdade eu não queria beber água, mas ficar sozinho, pensando na vida.

Sentei no muro alto da escola, aonde ninguém ia, bem isolado. A aula estava quase pra acabar, então se eu chegasse na hora do sinal tocar, eu sairia ileso.

-Que brisa boa... – falei, sentindo aquele vento leve batendo em meu rosto, levando meus cabelos para longe de minha testa.

-Ei, o que você tá fazendo ai? – ouvi uma pessoa falando lá debaixo, olhei, era Yuuki, com as mãos na cintura, não entendendo nada.

-O que VOCÊ faz aqui? Deveria estar na sala... – retruquei.

-E você também! – ela bufou.

-Para qualquer problema, estou bebendo água. Agora vá embora. – reclamei, virando de novo para frente. Ela ainda estava lá, parada. Ouvi o barulho da grama, ela havia sentado e encostado sua cabeça no muro. Aff...

-Bem, melhorou o braço? – ela perguntou meio apreensiva. Pensei em dar uma patada, mas acho melhor não.

-Sim. Ele cicatriza sozinho. – falei. Ela parecia estar indiferente ainda.

-Hum, que bom... E Zero... – ela falou. Olhei para trás, ela já estava de pé. -... Obrigada por ter me salvado ontem do Kaname! – ela exclamou, corada.

-Ah, aquilo? Era só para não dar problemas... Senão eu teria visto você se tornar uma vampirinha tábua. – falei sádico. Ela bufou.

-Ah, legal! – ela falou sarcástica. – e, Zero...

-O quê?! – estava começando a ficar irritada.

-Você... Teve vontade de me beijar ontem? – ela perguntou. Um tiro na mosca. Por que perguntar sobre isso?!

-Eu? Kiryuu Zero? Se tá louca?! – falei meio bravo. Desci do muro ágil e fui á sua frente, bem perto dela, que corou. – eu NUNCA iria beijar você, sabe por quê? – ela negou. – porque você é uma tábua irritante, chata e teimosa. Além de ser feinha! – a humilhei. Ela não parecia ligar, só ficou mais envergonhada. – agora, VÁ PRA SUA SALA! – gritei. Ela se assustou, esquivando-se.

-N-Não, agora eu não vou! – retrucou. Fiquei BEM irritado. Peguei-a no pulso e fui puxando ela até o pátio central. – Me solta Zero! ME SOLTA CACETE! – ela falou um palavrão. Só sei que olhei torto para ela e ela começou a rir.

-Do que está rindo boca-suja?! – falei esbravejante. Ela não conseguia parar de rir. Deu-me uma leve vontade de rir da cara de idiota dela, mas me segurei. – tudo bem, venha comigo. – a puxei de novo para onde estávamos. – você quer um beijo meu? Então terá. – a puxei para meu rosto, mas ela virou o rosto dela, me fazendo beijar sua bochecha.

-Quem disse que eu quero te beijar?! – ela esbravejou. Tudo bem, eu fiquei confuso agora... – só queria perguntar o porquê de VOCÊ quase me beijar ontem!

-Por quê? Por que... – fiquei pensativo. – bem, porque, eu estava sedento por sangue ontem e eu ia te sugar, não BEIJAR! Hunf. – falei. Ela ficou bem irritada.

-Se era isso, me falasse, eu iria te dar meu sangue, como retribuição de ter me salvado! – ela falou convicta. Ela faria isso só por tê-la protegido com meu braço?!

-V-Você faria? – perguntei. Ela assentiu. – por quê?!

-Porque eu... Eu... – ela pensava e pensava. – era uma retribuição de ter me salvado, já disse caramba! – ela respondeu bem corada.

-Você não tem medo de eu te transformar numa vampira maluca, como Kaname?

 - perguntei malicioso, chegando mais perto dela. Peguei-a pela cintura e fiquei colado com seu pescoço. Percebia que ela estava ficando com medo e eu, estava gostando disso. Lambi seu pescoço pulsante de sangue. O cheiro do sangue dela era muito bom, um campo de flores com o sol batendo nelas. Um campo de lavanda... Era quase irresistível seu cheiro, mas agüentei.

-Z-Zero... Eu teria medo, mas... Se for para salvar alguém, eu o faria. – ela respondeu seria, mas com um tom um pouco medroso. Fiquei estático. Ela o faria?!

-Bem... Se é assim... – falei chegando com minhas presas perto de seu pescoço alvo e delicado, mas me afastei. – fique tranqüila. Quando eu precisar, eu sugo. E também... Eu transformo quando eu quero, posso morder você sem a transformar... Huhu. – ri. Ela ficou muito corada, foi bem cômico.

KIN KOON

-O sinal! – ela falou acordando do transe. – Tchau, até mais tarde no Clube! – faloi correndo em direção á seu prédio. Fiquei lá parado, quase a mordi, que perigo...

-Zero acorde! – falei e fui há segundos para minha sala.

-Hã? Nossa Zero-kun, você demorou hein! O que houve? – Takuma perguntou meio desconfiado, fiquei com cara feia.

-Hoje vocês tiraram o dia para me irritar né?! Eu estava lá, pegando uma menininha, posso!? – falei sarcástico. Takuma riu e assentiu.

-Só toma cuidado tá? Huhu. – ele riu. Assenti.

Acabaram as aulas e fomos todos para o salão de Clube. Íamos ter uma reunião, para acabarem de uma vez por todas, esses ataques de sangue do Kaname.

Quando chegamos, Yuuki e Kaname já estavam lá, esperando por nós. Olhei Yuuki, que corou e olhei Kaname, que me olhou feio. Eu ri.

-Bem, chegaram cedo... Vamos começar a reunião. – Shiki falou, trancando as portas do salão, para ninguém ouvir.

-Kaname, iremos dar um jeito na sua sede por sangue, ok? – Takuma falou, pegando o remedinho mágico dos vampiros malucos. As capsulas de sangue. – tome. Isso são as capsulas de sangue. Quando você está com muita sede, só misturar na água e tomá-lo ou tome como comprimido mesmo. Isso não sacia por total, mas tira aquele incomodo de fome. Mas temos que ver se seu corpo aceita as capsulas, tem vezes que não aceita. – ele explicou.

Kaname e Yuuki ficaram olhando a caixinha por um longo tempo.

-Enfim... Yuuki, você também fica com uma caixinha caso Kaname esteja sem a dele. – Takuma entregou na mão dela. – isso que nos demos a vocês é estritamente secreto. Não contem para NINGUÉM! Entendido? – Takuma mandou, eles assentiram. – Ótimo! Huhu.

-Obrigado Takuma-san. – Kaname agradeceu sorrindo.

-Agora, nosso próximo evento será semana que vem e espero que haja mais problemas... – Aidou falou.

-Mas, e a Sara-san? – Yuuki perguntou meio apreensiva.

-Sara-san? Bem, ela já se esqueceu de tudo... Fique tranqüila. – Takuma explicou. Yuuki suspirou aliviada.

-E Kaname, eu até deixaria você morder alguém, mas se não soubermos controlar o veneno que injetamos na hora de morder alguém, além de transformar essa pessoa em vampiro, pode matar. Então, eu irei lhe ensinar depois de saber tudo, pode morder quem você quiser. – falei. Ele assentiu sério.

-Ótimo, podem ir já pessoal. Obrigado por virem! – Takuma agradeceu. – Ah, já vai Zero? - ele falou me vindo pegar minhas coisas pra ir.

-Sim, tem mais algo a fazer? – perguntei. Ele negou.

-Pode ir. Até amanhã! – Takuma falou.

-Até. – falei a todos. Ia saindo da sala quando senti uma mão no meu braço. Olhei rapidamente para trás, vi que era Kaname. – o que foi?

-É que eu queria saber quando vão começar as aulas de aprendizado... – ele falou baixo.

-Bem, acho que amanhã depois da aula está bom. Então se prepare, porque não será fácil. – falei, lhe dando medo. Isso era bem divertido, huhu. – até mais.

Entrei em meu carro e fui dirigindo, pensando em como começar a ensinar uma pessoa que não aceitar ser vampiro. Mas acho que já sei como começar. Ele tem que primeiro, aceitar a ser o que é.