O Amuleto Rafma escrita por Rafma


Capítulo 11
O Anjo


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo com mais de 1000 letras! *.* Isso é para recompensar a quantidade de letra dos ultimas dois capitulos! =}

E que as mensagens comecem /o/ Desenho feito e pintando (notasse) por mim (bem amador mesmo, mas, é feito só pra notar como são os personagens. Link: http://img209.imageshack.us/img209/1508/img061sz2.jpg



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- Você está bem? – Perguntava.

 

- Se eu estou bem? Minha família foi destruída aos poucos e acabei de perder a única coisa que me restava na vida e você me pergunta se eu estou bem? – Chorava.

 

- Desculpa! Não quis fazer você chorar. Desculpa a pergunta. Eu sei que não está bem. – Acalmava.

 

- Ei, qual o seu nome? – Limpava as lágrimas.

 

 - Erica! E o seu é Fabio? – Perguntou.

 

- Sim! Fabio Strunk Finor. Irmão do dono das indústrias Strunk. – Explicava.

 

- “Strunk”? Hum... Parece nome de marca de leite. – Falou olhando para a janela, do que mais parecia um barraco qualquer – Então é você!

 

- Epa! Você disse que sou importante. Por que eu sou importante? O que você quer de mim? – Andou um pouco para trás com medo.

 

- Calma, calma! Não precisa andar para trás. Eu não te trouxe aqui para te fazer algum mal se quer. Você iria cometer suicídio. Eu te salvei, não salvei? – Perguntava já sabendo a resposta: salvou – Olha, você será uma peça-chave para o meu protegido. Ele necessitará de você.

 

- “Peça-chave”? “Protegido”? – Repetiu confuso – Não consigo entender. Eu estou muito nervoso. Perdi a única pessoa da minha família e você está me falando sobre protegido. Isso é demais pra mim cabeça.

 

- Ok! Certo, eu não devia ter botado tanta pressão logo de primeira. Me desculpa, ok?

 

- Ok, Erica! Sabe, eu estou muito triste. Estou com um vazio dentro do coração. Tenho vontade de me matar. Veja bem... Eu... Eu estou sozinho! – Procurava as letras dentro do choro.

 

- Você não está sozinho. Eu te acolhi! Te salvei! Eu me importo com você. Você está muito tenso. Vem cá me dá um abraço, vem! – Levantava as mãos, sentada na cama.

 

Fabio foi até Erica e a abraçou. Sentiu o calor do abraço de Erica. Ele sentia uma coisa boa, como se toda a tensão que ele tinha fosse extraída para bem longe. Ele apertou mais o abraço.

 

- Você está se sentindo melhor? – Perguntava tocando o rosto de Fabio com a mão.

 

- Estou sim! Eu não sei como explicar. Seu abraço me faz sentir diferente. Não sei! Seu abraço é como se tivesse retirado todo o rancor e magoa que eu tinha dentro. – Olhava para ela impressionado.

 

Erica se aproxima de Fabio e chega perto de seu rosto. Fabio pôde sentir o aroma do perfume dela. Erica beijou Fabio, no rosto, e esse desmaia na cama.

 

- Hum... A Erica no holograma disse para aquele garoto que ele era muito importante para morrer. – Resumia o que via no holograma.

 

- Então você acha que a Erica tem alguma coisa haver com o amuleto? – Perguntava a irmã.

 

- Acho! E acho que esse garoto que apareceu também. – Olhava para o desenho que tinha feito na segunda, do Nian – Ta vendo esse desenho? Esse é o Nian, o último príncipe.

 

- Caramba! Que gato! – Arrancou o caderno de rabiscos da mão de Lucas – Então é assim que é o príncipe? Eu gamei!

 

- Voltando aos fatos, além disso, eu vi aquela frase que ainda me parece entranha “sete mais oito dá quatro”. Eu estou quebrando a cuca para resolver isso, até por que, matematicamente falando, essa frase está bem incorreta. – Colocava a mãos para carregar o peso do rosto – Poxa, a Erica parece uma pessoa tão boa... Hoje, quando apanhei do valentão e a cambada dele, ela ficou lá na enfermaria comigo, a aula toda. Ela é diferente das outras, ela se importa de verdade. Mas... Ela esconde algo e eu por mais que adore ela terei que descobrir. Ela pode fazer parte dessa história toda.

 

- Ohhhhh... Que lindo! Meu irmãozinho está todo “sentimento” para a guria que pode ser a solução do problema dessas “mensajarada” toda? – Passava a mão na cabeça do irmão.

 

“Pensando melhor, alguém que pode me ajudar é Laura. A mulher da equipe onde o papai fazia parte. Quem sabe ela não pode explicar o que está acontecendo? Eu tenho que ler mais esse diário também. Preciso saber mais sobre o escaravelho. Afe! É muita coisa para mim! Onde está o escaravelho? Por que meu pai se envolveu em descobrir sobre a história de Nian? O que aconteceu com Nian de verdade? O que Erica tem? O que esse amuleto tem haver comigo? E o menino que apareceu no holograma? Muita coisa! Vou ter uma sobrecarga se eu continuar assim. Preciso resolver isso e muito mais o mais rápido possível.”

 

Lucas olhou para o relógio. Marcava 08h00min da noite. Tinha mais duas horas antes de ir dormir para ler mais sobre o diário,

 

- Maninho! Você está ai? – Colocou a mão perto do rosto de Lucas fazendo gestos de vai-e-vem para que ele acordasse – Está perdido nos pensamentos?

 

- Hãn? Quer dizer, sim! Acho isso tudo estranho. – Se levantava do banco – Vou pro meu quarto, ok?

 

- Certo! Vais ver a novela? Hoje o mocinho vai flagrar a mocinha com outro e...

 

- Não! Valeu! – Subindo as escadas.

 

Lucas como de costume pegou o diário do criado-mudo e abriu na página onde tira parado.

 

“Dia 27 de Agosto de 2005”

 

“Fiquei um bom tempo sem escrever. Não achamos nada durante quatro dias, contando com hoje. Não sei, mas está cada vez mais difícil saber mais sobre o príncipe. Flávio passou mal pelos dias 25 e 26 de Agosto e ficou de cuidados da Natália que é nossa médica do grupo.”

 

Nesse momento, Lucas gelou.

 

“Natália? A mesma Natália que veio hoje aqui em casa? Poxa, cada vez mais tudo começa a se interligar.”

 

Voltou a ler...

 

“03h45min da tarde. Doney achou algumas inscrições na parede. Achamos estranho pelas letras serem a mesma do alfabeto que conhecemos. É como se tivesse em códigos, mas, mesmo assim, esses códigos parecem simples. É como se quem escreveu essas letras, quisesse que a gente descobrisse de primeira o que estava escrito nas paredes rochosas da caverna. Eu e minha equipe tentaremos decifrar o que está escrito aqui. 05h24min. Achamos o corpo de Flávio. É com tristeza que escrevo nesse diário que Flávio está morto. Ele está com marcas de garras em todo o corpo. O guia desconfia que seja uma onça que está dentro da caverna. Grande parte dos códigos, conseguimos decifrar mais teremos que sair correndo. Estamos ouvindo granidos. Deve ser o tal animal. Depois escrevo no diário sobre os códigos.”

 

“Caramba! Flávio morreu? Papai e a equipe estavam mesmo tendo perigo de vida, mas e o que dizia os códigos?”

 

- Hãn? O que aconteceu? Eu desmaiei? – Levantou a cintura de jeito que pudesse ficar sentado na cama.

 

- Sim! Você precisava descansar. Teve um dia longo. – Explicava Erica mexendo em um prato – Aqui está o seu jantar. Macarrão e Arroz! Me desculpe, foi tudo o que eu consegui arrumar. Mas... Eu fiz com carinho, ok?

 

- Bom! Pra quem poderia estar sem comer nada... – Fabio começou a devorar o prato, esfomeado – Nossa! Isso está bom!

 

- Que bom que gostou. – Olhava satisfeita por ver Fabio comendo tudo.

 

- Ei, Erica! Você mora sozinha? Não tem pais? – Perguntava, enquanto olhava para o filhote de cachorrinho comendo ração.

 

- Basicamente, não. He! He! – Deu uma risada forçada.

 

- E aquele cachorrinho ali? É da onde? – Perguntava.

 

- Ahh! Achei na rua. Estava tão sozinho, aí eu o trouxe pra cá. Lindo ele, não? – Levantou o filhote com as mãos e botou em seu colo.

 

- Você é muito bacana. Tem um bom coração. – Sorriu – E quem é o esse tal “protegido”? Você é que protege ele?

 

- Bom... O meu protegido é um garoto de 11 anos que estuda na 6º série. – Falava do protegido com um brilho no olhar – Ele é muito fofo, pena que não posso ficar com ele. Eu sou muito mais velha.

 

- Por que não? Você tem o que? 12? 13? Eu acho isso nada vê! Eu vejo casais em que o homem é mais velho ou a mulher e vivem felizes. – Explicava, com uma pose de intelectual.

 

- E quem disse que sou um ou dois anos mais velha que Lucas? – Perguntava debochando da dedução de Fabio.

 

- E você tem quantos anos? – Perguntou desconfiado pela resposta que poderia levar.

 

- Pra falar a verdade... nem eu sei! Também não sei minha origem. A única coisa que eu sei é que sou um anjo. – Passava a mão pelos pêlos do filhote.

 

- Concordo! Você é um anjo de pessoa! – Fazia o trocadilho.

 

- Não! Sério! Eu sou um anjo! – Insistia.

 

- Você é um anjo? Por favor, Erica! Assim você força amizade. Se você é anjo cadê suas asas? – Perguntou a desafiando.

 

- Eu... Eu não tenho asas. – Respondeu.

 

- Então por que você acha que é um anjo? – Ajeitou os óculos.

 

- Por que “ele” me diz que sou. – Concluiu.

 

- “Ele”? “Ele” quem? – Na segunda vez que perguntou, pensou em algo que o deixou surpreso por achar que poderia ser verdade– Deus?!

 

“Tínhamos fugido, mas a onça conseguiu nos encontrar. O guia tinha vindo preparado e ajeitou uma pistola e atirou dardos tranquilizantes, pois mesmo na situação de perigo que corríamos, não podemos esquecer que aquilo é uma reserva, uma Área Florestal, temos que cuidar dos bichos, por mais perigosos que sejam. Bom, conseguimos trazer o corpo de Flávio. Não acredito que ele tenha morrido. Isso é injusto. Conseguimos decifrar uma parte do código. A gente voltará pra lá pra decifrar o resto. Agora, eu e a equipe descansaremos um pouco. O que conseguimos decifrar tem informações especiais que ajudaram mais ainda a resolver o mistério que rodeia a história/verdade ou história/lenda do príncipe e do amuleto. A parte que traduzimos é:"

 

- Não é exatamente Deus. Mas é alguém muito poderoso. Posso garantir! Eu fiz uma coisa ruim antigamente. E hoje “ele” me deu mais uma chance, sabe? E ele foi generoso. Eu adorei meu protegido. – Se levantava.

 

- E para quem é mais velha do que ele você o adora, né? – Botando o prato em cima de uma mesa.

 

- Eu não gosto. Eu amo! Não sei explicar! Todas as pessoas têm uma energia. Foi essa mesma energia que você sentiu quando me abraçou. E a energia do Lucas é boa, é compreensível. Eu me sinto segura perto dele. Mesmo ele sendo novo, tem uma energia diferente. É uma energia que vem lá dentro do coração. – Botava a mão no peito.

 

- Hum... E o que você fez de errado?

 

- Bom! Eu...

 


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Notas finais do capítulo

Alguém ficará feliz com revelações da Erica! Nem precisou esperar o capitulo 60!



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