Os dias se passaram muito rápido na Flórida. Para a sorte de Edward, não fez sol nos dias seguintes em que ficamos lá. Não podia conter a ansiedade em voltar para Forks, me apeguei ao tempo frio, às arvores cobertas de musgo, até sentia falta da chuva e da neve!

   Estávamos indo para o aeroporto à noite.

- Tchau.- Minha mãe abraçou Edward e depois veio até mim, me apertando.- Venham nos visitar.

- Nós iremos mãe..- Ela me soltou.- Tchau Phil.- Eu fui até ele para me despedir.

- Tchau Bella..Edward.- Ele foi se despedir de Edward.

 Depois de muito sacrifício, conseguimos chegar no aeroporto. Já estávamos prontos para embarcar de madrugada, e seguimos rumo à Forks. Dormi o vôo inteiro nos braços de Edward. Pelo menos não havia nenhuma aeromoça desta vez!

 Quando eu acordei, olhei pela janela a vista de minha cidade natal contente, pois fora aqui que conheci Edward. Poucos minutos depois de desembarcarmos, o celular dele tocou.

- Alô!- Ele atendeu animado. Escutou por alguns segundos.- Estamos bem. Obrigado por perguntar!-Disse com sarcasmo.- Estamos indo para a casa de Charlie. Ficaremos alguns dias lá.-Apertou minha mão.- Ela está aqui!- Disse estendendo o celular, para que eu pegasse.

- Alô.- Eu disse confusa.

- Bella!- Alice disse animada.- Você e o Edward são horríveis! Vocês estão em Forks, e nem querem nos ver.

- Alice..eu preciso ver o meu pai. Estou com muita saudade de todos vocês, mas eu prometi que iria ligar para Charlie e não liguei.- Eu disse inocentemente.

- Estamos com saudades também, e vocês vão vir aqui?Não!- Ela disse bufando.

- Você não vai morrer se esperar!

- E nem o seu pai.

- Alice. Vai ser rápido, eu prometo.- Eu prometi à ela.

- Tudo bem. Então..- Ela parou por um instante.- A gente se vê na quinta!- Ela disse confiante.

- É daqui à 4 dias certo?

- Certo.

- Então até quinta. Tchau!

- Até. Cuida do meu irmão. Tchau!

Eu desliguei e entreguei o celular à Edward. Nós fomos de táxi até a casa de Charlie. Quando chegamos lá, Charlie estava do lado de fora sorrindo.

- Você avisou à ele?- Eu perguntei à Edward.

- Avisei.- Quando eu ia perguntar quando, ele foi mais rápido.-Quando você estava dormindo.

       Saí do táxi indo até Charlie abraçá-lo.

- Bells!- Ele disse me apertando.- Senti muito a sua falta!

- Eu também senti muito a sua falta pai!- Eu disse ainda abraçada à ele.

- Edward!- Ele me surpreendeu indo até Edward cumprimentá-lo contente.

- Charlie!- Edward sorriu também surpreso.

- Vamos entrar meninos. Vai começar a chover.- Charlie nos chamou olhando para o céu e ajudando com as malas.

 A casa estava do mesmo jeito. Quente e com um ar de “Lar Doce Lar”. Me sentia bem ali, lembrando de todas as noites em que Edward passava aqui sem Charlie saber. Agora seria diferente.

  Quando eu olhei pela janela, havia começado a chuviscar. Subi em direção ao meu quarto e o contemplei. Também estava do mesmo jeito. Meu refúgio feliz!

  Não demorei para guardar minhas coisas e desci. Quando eu olhei para o relógio, ainda eram 17:48.

- Se importa se eu levar a Bella para sair hoje à noite Charlie?- Edward perguntou, me fazendo olhá-lo confusa.

- Vocês vão voltar que horas?- Charlie perguntou.

- 20:30, 21:00 horas.- Edward disse sorridente.

- Tudo bem. Divirtam-se.

- Aonde nós vamos?- Eu perguntei à Edward curiosa.

- Você vai ver!- Ele respondeu animado.

Eu arrumei e pus um pouco de cor, eu não sabia para onde Edward iria me levar.

- Pronto, podemos ir.- Eu disse indo até Edward, que sorriu largo ao e ver. Ele não estava vestido para ir à um baile de gala. Suspirei aliviada.

- Você está maravilhosa!- Ele disse sussurrando em meu ouvido e cobrindo meus lábios com os seus.

- Você também!- Eu disse corando um pouco.

 Fomos no meu carro de “antes” pelas ruas de Forks tranquilamente. Depois de alguns minutos, paramos em frente à um restaurante.

E quando saí, percebi que não era um restaurante qualquer. Era o mesmo restaurante que eu e Edward viemos antes dele me dizer que era um vampiro.

- Você é inacreditável!- Eu apertei sua mão sorrindo.

- Será que aquela garçonete ainda trabalha aqui?- Ele me perguntou divertido.

- Não faço a mínima idéia.- Respondi pouco interessada.

- Quando viemos aqui pela primeira vez, ela pensou que você fosse minha irmã ou minha prima!- Ele riu.

- É, somos idênticos!- Eu disse sarcástica, revirando os olhos.

 Entramos no restaurante e dessa vez, sentamos numa mesa afastada da multidão. Ali no cantinho, ninguém podia nos incomodar ou pelo menos eu achava isso.

- Boa noite, serei sua garçonete esta noite.-Era a mesma garçonete!

- Boa noite.- Eu e Edward dissemos educadamente.

- Então, vão pedir o..- Ela olhou para nós e sorriu.- São vocês mesmo?!- Ela avaliou mais um pouco.- São vocês!- Nós assentimos sorrindo e viu a aliança em meu dedo, prendendo seus olhos ali e depois voltou sua atenção para o bloco de pedidos.- Vocês já escolheram o que vão pedir?

- Eu vou querer ravióli de cogumelos.- Eu disse sorrindo para Edward.

- E você, vai querer o que?- Ela perguntou maliciosamente.

 Ela estava mesmo fazendo isso? De novo?

- Vou querer duas Cocas. Uma para mim e uma para minha esposa!- Ele respondeu olhando para mim sorrindo.

- Já trarei os seus pedidos.- Ela disse se afastando.

- Vadia!- Eu disse sussurrei encarando o cardápio. Edward me olhou incrédulo.

- Aqui está!- Ela disse pondo os pedidos na mesa e fitando Edward, que ainda olhava para mim.- Mais alguma coisa?

- Não, obrigado.- Edward respondeu sem olhá-la.

- Tem certeza?- Ela se insinuou.

 Será que iria doer muito, se eu espetasse o garfo nas costas dela?

- Tenho.- Edward disse impaciente, mas não a olhou. Eu pigarreei fazendo com que ela olhasse para mim.

- Eu quero pedir outra coisa.- Eu disse soltando veneno nas palavras.

- Sim?- Ela preparou a caneta.

- Eu vou querer..-Fingi pensar um pouco.- Outra garçonete para me atender!- Ela me olhou com raiva.

- Com licença.

 Edward me olhou sorrindo. Ele sempre adorava quando eu ficava com ciúmes.

 Trocamos beijos e carícias o jantar inteiro. E quando terminamos..ou melhor,quando eu terminei, a mesma garçonete veio até nós,nos entregar a conta. Ela só ficou calada, e desejou boa noite.

 Quando saímos do restaurante, andamos um pouco apreciando a linda noite romântica e iluminada, até uma discoteca. Olhei o estabelecimento com medo.

- Vamos.- Ele envolveu minha cintura.

- Não, por favor!- Eu supliquei.

- Tudo depende de quem conduz.- Ele piscou para mim, pegando minha mão.

 Fomos até o meio do salão à pedido de Edward. Havia começado uma música bem lenta, e ele me puxou para mais perto. A música era bonita, encostei minha cabeça em seu peito, suspirando. Ele me girou lentamente com elegância, me beijando ternamente enquanto eu envolvia seu pescoço com os braços. O beijo não se aprofundou desta vez, permaneceu calmo e romântico, assim como a música.

  Quando a música acabou, apontaram a luzes para nós, e todos aplaudiram sorrindo. Senti meu rosto esquentar muito!

 Já eram 20:30. Hora de ir embora..Quando voltamos para casa, Charlie assistia TV na sala, e quando entramos abraçados, ele sorriu. Acho que ele finalmente estava aceitando Edward como meu marido.

- Se divertiram?- Charlie perguntou.

- Muito!- Disse dando um sorriso largo.

- Bom..já que vocês chegaram, eu vou dormir.- Ele disse se levantando.- Edward?

- Sim?

- Não se importa de dormir no sofá não é?-Charlie perguntou sorrindo.

 Como assim?!Dormir no sofá?! Olhei para Charlie confusa.

- Claro que não Charlie!- Edward lhe asegurou.

- Tudo bem. Boa noite para os dois.- Charlie disse indo para o quarto.

- Por que você vai ficar aqui no sofá?- Perguntei confusa o abraçando.

- Sua cama é de solteiro, Bella.

- Mas cabe nós dois..- Ele riu.

- Assim que Charlie dormir, eu vou para o seu quarto.-Ele me beijou.

- Tudo bem.Eu vou tomar um banho.- Eu disse saindo da sala.

 Tomei um banho, e Edward logo em seguida. Estava demorando muito. Fui descendo na ponta dos pés até a sala, e fui até o sofá e sentei na ponta. Edward sorriu para mim.

 Senti a necessidade de beijá-lo, e o fiz urgentemente. Mesmo sem ar, continuei o beijo, aprofundando-o ainda mais. Meu cérebro reclamou por oxigênio, me deixando tonta. Ele parou o beijo e se levantou para me deitar no sofá.

   Sentia tudo rodando. Depois de um tempo deitada, minha respiração voltou ao normal e ele me levou até meu quarto, deitando comigo. Ele começou a cantarolar a minha canção de ninar, o que me fez dormir rapidamente.