O tempo doloroso demorava a passar, estava preocupada com a família, não sabia ao certo a quanto tempo estava ali, e tinha certeza que a mãe estava desesperada, ao certo já tinham-na taxado como morta ou desaparecida, o primo e o irmão deviam estar se sentindo culpados talvez, mais ela não os considerava culpados, pois afinal ela que desobedeceu saindo de perto e se separando deles.

            Ela estava prestes a entrar em depressão sabia disso, não conversava com ninguém a dias, o único alguém que tinha para conversar era Brandon, que a maltratava com palavras rígidas, talvez ele fosse sem coração como ela pensava, ou ele havia sido morto em meio há tanta destruição que aquele ser devia ter causado. O choro era sem lagrimas, elas haviam secado após o terceiro dia. Pensamentos perturbados a perseguiam, ela não sabia mais o que fazer, estava enlouquecendo, o espaço fechado sem janelas a sufocava, há fazia passar mal, estado vegetativo assim ela estava, tinha emagrecido uns bons quilos e a maioria das roupas que usava mal paravam no corpo.

            Naquela Manhã de vinte um de outubro, não se deu o trabalho de levantar da cama, apenas olhou no relógio, 5:32, não tinha nada pra fazer, nada mais pra assistir, já tinha assistido todos os filmes que haviam na casa, lido alguns livros, e até mesmo limpado a casa todas umas milhares de vezes não porque ele há havia mandado, mais porque o tédio a obrigava. Duas horas depois ela toma coragem e levanta. O banho a relaxa, a renova, pronta pra outra ela se arruma, solta os cabelos molhados, veste uma camiseta preta dele, a maior de todas, e desce as escadas, o encontra sentado na mesa da cozinha, estava com aparência preocupada, os olhos inchados, não sabia o que havia acontecido, mais ousou perguntar.

            - Tudo bem?

Silencio, os ponteiros do relógio na parede apenas que ressonavam.

- Como se te importasse... mas já que perguntou, não não esta.. Tem roupas pra você no guarda-roupas do terceiro quarto, se arrume, você vai embora hoje, as coisas se complicaram não posso mais manter você aqui..

O olhar de Diana mudou, ela se assustou, como assim as coisas não estavam bem, o que será que teria acontecido? Ela iria finalmente ser livre?Aquilo era maravilhoso.

- Obrigada!

O Hibrido saiu, tinha que acertar os últimos detalhes antes de retira-la de lá e preparar as coisas para se mudar, um novo clã de vampiros estava na área, não um clã normal, mas vigias, responsáveis pela ordem do sobrenatural, especificamente na área vampiresca, ele era como aberração pouco conhecida não poderia levantar suspeitas de sua existência novamente e nem da pirralha que possivelmente ainda era uma raça desconhecida, ela podia ser inteligente e esperta mais não iria entender, aquilo, os departamentos do mundo sobrenatural, a corrupção e o mundo as avessas em que viviam eram coordenado por pessoas de ma índole que estavam dispostas a não entender e julgar qualquer um que os ameaçasse tirar o poder.

Diana se vestiu rapidamente e procurou por Brandon pela casa não o achou, por curiosidade de saber o que aconteceu para que ele a libertasse, e de sua preocupação subiu ao terceiro andar, disposta a descobrir os segredos daquele homem.

Quando chegou ao terceiro andar, uma sensação estranha a predominou, quando viu as fotos primeiro as admirou, o sorriso amável e verdadeiro, cheio de cuidado do homem, aquele casal se amava, agora entendia o porquê dele ser tão cheio de magoa e raiva, haviam matado o amor que havia nele, a garota parecia tão sutil, tão querida, divertida, eles juntos formavam um casal perfeito, daqueles de se estampar em revistas, ou em propaganda de creme dental, por causa dos sorrisos.

Um misto de ciúmes a percorreu, não sabia por que, talvez pelo fato dela nunca ter amado e sido correspondida, ou ter sido feliz completamente, simplesmente não sabia, apenas deixou pra lá e explorou mais o lugar, quarto escuro estava com a cama desarrumada, e tinha o cheiro dele impregnado por todo o lugar, o perfume era de perto a melhor fragrância que ela havia sentido na vida, entrou no banheiro, pois como ela diz, o como que mais expressa a personalidade da pessoa não é o quarto mais sim o banheiro da suíte, tudo arrumado tirando a toalha molhada em cima da pia e os tapetes que estavam desalinhados, nas gavetas tudo era guardado de forma separada organizada, e de um jeito próprio desorganizado talvez. Ela não sabia explicar.

No escritório ao fim do corredor, não achou muita coisa, apenas papeis antigos e mais fotos, mais nessa apareciam o que deviam ser a família dele, a mãe, o pai e duas irmãs e um garoto que devia ser mais velho dele.

Desistiu, voltou para baixo, e se sentou na sala e ficou pensando como seria o mundo lá fora agora, como ela iria fazer, agir, ou até mesmo fazer para explicar aos pais o motivo do sumiço já que eles não sabiam do mundo fora do normal, o irmão deveria querer matá-la depois dessa.

O Hibrido retorna a casa, mais dessa vez, acompanhado, de um homem de pele parda, e feições indígenas, era tão alto quanto Brandon, porem era sutil e amigável.