Prólogo.

A feiticeira estava queimando na fogueira.

Podemos dizer, que injustamente, afinal, ela não tinha feito nada demais, apenas protegera seus três filhos.

E estes, assistiam o fogo consumir a mãe ocultados nas sombras, chorando silenciosamente, pois, a qualquer barulho, guardas poderiam aparecer, e assim, eles teriam o mesmo destino da mãe: morrer.

Os três ouviram passos à distância. Passos que os procuravam, para os deixarem presos, até a hora em que a fogueira estivesse pronta.

Eles não queriam ter que partir, não queriam ter que deixar a mãe, gritando palavras a esmo, ao vento.

Assim, como não queriam ter que deixar seu povo, que também eram condenados.

Mas, fizeram. Correram para mais ao fundo da floresta, tentando não fazer barulho e serem descobertos.

Infelizmente Peretz sem querer pisa em um galho causando um estalo enorme que ecoou pela floresta. Os guardas se dirigiram para eles, os encontrando.

Os três irmãos correram o mais rápido que suas pernas podiam, os portões do reino estavam próximos, se eles entrassem ali, poderia se esconder nos minúsculos cantos que havia.

O desespero aumentou em seus corações, mais alguns metros e estavam a salvo. A salvo de todos e tudo que os perseguiam há tanto tempo.

Mas Caleb - o irmão caçula -, acaba tropeçando. Ele grita por ajuda, e os irmãos o tentam acudir, porém, se o fizessem, nenhum sobreviveria.

Eles se entreolham e a decisão de ambos era diferente, então Alitzah volta e segura a pequena mão de Caleb tentando o ajudar, mas o desespero de Peretz vai além, puxando a irmã pelo braço. Ela tentou se soltar.

Só que não foi tão fácil assim para Alitzah. Havia mais pessoas do reino, outros fugitivos da aldeia que os conheciam e os protegiam. E esses, impediram o retorno, fechando o caminho que se direcionava para Caleb.

Alitzah grita para o soltarem, mas não é ouvida.

Alitzah, é levada à força, para o castelo pelo seu irmão gêmeo e pelos outros fugitivos. Os portões, fechando-se logo após sua passagem.

E Caleb, lá fica. Desprotegido, nunca mais sendo visto, nem pelos  guardas.