Thief escrita por Jojo Almeida


Capítulo 1
Hurt.


Notas iniciais do capítulo

Oi
!Bom, essa ideiazinha louca surgiu na minha cabeça ontem de madrugada (Ou seria hoje? Bom, eu comecei á escrever as 23:47, enão é meio dificil dizer...) e eu não aguentei não-escrever essa One-Shot.Na verdade... Eu não aguentei não-escrever porque eu simplesmente AMO esse shipper, e existem tão poucas fics dele...
Ah, uma ultima coisa antes de eu para de encher o saco e deixar você ler de uma vez. Eu não sabia qual era o número do chale de Demeter (e a preguiça de procurara tava TANTA) então eu coloquei o que eu me lembrava... que é 4.
Possivelmente eu errei feio, mas enfim.
Aproveitem a leitura!



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Travis Stoll mancava em direção ao chalé numero 4, apoiando-se em uma Katie Gardner muito, mas muito brava.

-Arrrrg.- Katie murmurou irritada,  assim que passaram pela arena, e tentou se lembrar de onde aquilo tudo havia começado.

Claro. Tudo começara mais cedo naquela manhã, quando Katie foi acordada pelo soar da concha. Um curto e dois longos. Sua mente tentou raciocinar, ainda meio lenta pelo sono. Um curto, dois longos. Certamente, aquele não era o sinal do café da manhã.  Isso significava... que o acampamento estava sobe ataque. Raciocinando por um segundo, a garota percebeu o que havia concluído, e tentou se levantar rapidamente de cama. Tentou. No meio da confusão, Katie caiu no chão em meio a um emaranhado de lençóis, batendo a cabeça em seu criado mudo com força.

Aquilo sim fora o suficiente para desperta-la.  Uma vez de pé, Katie mal teve tempo de colocar um short jeans, a camisa laranja do acampamento, e um tênis. Quando terminou, correu para fora já tentando descobrir onde era a batalha. Todos seguiam para a floresta, ela notou. Logo... a luta era lá. Katie correu naquela direção, mas assim que chegou ao chalé número 10, se lembrou que estava sem arma alguma.

Como pudera ser tão idiota? Seu punhal ficara no chalé. Outra corrida fora necessária para que ela voltasse ao chalé de sua mãe, mas ela não pareceu se importar no momento. Talvez fosse o sono. De novo em seu chalé, ela teve tempo de perceber que nenhuma das outras camas estava ocupada. Que horas deviam ser? Seus meios-irmãos pareciam ter saído dali a muito tempo. “Concentre-se, Kay.” Ela murmurou para si mesma antes de começar a busca por seu punhal. Não estava no criado mudo. Nem em seu armário. Ou no baú de armas. Talvez... Katie se abaixou para procurar em baixo de seu beliche, e ali estava. Vitória.

Uma terceira corrida foi necessária para chegar até a floresta, mas agora ela se sentia dez vezes mais acordada do que antes. Chegando lá, Katie encontrou o caos. Literalmente. Monstros pareciam surgir aos montes. Monstros de mais, em sua opinião. Monstros de mais, e campistas de menos. Era uma luta desigual. Para cada campista armado, haviam pelo menos três monstros.

Ela mal teve tempo de raciocinar aquela cena, quando uma fúria lançou um golpe mortal em sua direção. Naquele exato momento Katie estaria morta, se Travis Stoll não tivesse aparecido em sua frente e recebido o golpe. Por sorte, a lamina atingiu apenas seu ombro, e o golpe deixou de ser tão mortal assim. A sua esquerda, Katie visualizou um cão infernal correndo em sua direção, mas antes que pudesse pensar em se mover, Travis se levantou e ficou em pé a sua frente de novo. Dessa vez, saiu com  uma mordida na perna.

E assim foi o resto da manhã. Um monstro ameaçava machucar Katie, Stoll servia de escudo humano. Katie pensava em atacar, Stoll servia de escudo humano. Stoll. Sempre um segundo a frente. Uma droga de segundo.

Algum tempo, muito tempo, depois os monstros foram derrotados.  Machucados, os campistas estavam sentados na grama ou se apoiando em alguém que estivesse em condições melhores. Quíron  chamou a atenção de todos, anunciando que aquele fora um treinamento. Apenas um treinamento. Um discurso depois, os campistas de dispersaram para tratar de seus ferimentos.

Ao contrario de Stoll, Katie não estava machucada. Nada machucada. Era como se a garota sequer houvesse participado de uma batalha. Na verdade, não tinha. Aquele namorado idiota havia servido de escudo humano tão perfeitamente que Katie acabou por não desferir nenhum golpe. Sua maior luta naquela manhã fora convencer Travis Stoll de que ele não estava bem e precisava de primeiros socorros imediatamente.

- Qual é o problema, Kay? – Travis indagou, se sentando na varanda do chalé. Ele parecia cansado. Realmente cansado. Como se tivesse corrido uma maratona em vez dos poucos metros que percorrera ate ali.

- Você meu problema, Stoll – ela respondeu com um suspiro, entrando no chalé e retornando logo depois, com uma cesta de vine em mãos. Se sentando em frente ao filho de Hermes, a garota fez uma careta ao analisar seus machucados.

- Meu estado é tão ruim assim? – ele perguntou, soltando uma exclamação e uma careta de dor quando o álcool tocou seus machucados.

- Pior do que você imagina – ela disse sorrindo fracamente.

Era estranho sorrir. Quase surreal. Ela estava na frente do cara que ama, e de repente era estranho sorrir. Bom, pelo menos metade do cara ainda estava ali.

Ela balançou a cabeça fortemente, na esperança de afastar aqueles pensamentos.

- Por que?- Perguntou com uma expressão repentinamente sombria, como se ela nunca tivesse sorrido. – Por que você não me deixou lutar, Stoll?

- Ah, isso. Eu havia feito uma aposta com Connor e não queria perder dez dracmas. – ele respondeu ironicamente, revirando os olhos.

- Hey! – ela repreendeu, dando um tapa em seu ombro; mas se arrependeu assim que o garoto soltou um grunhido involuntário de dor. – Eu estou falando serio, idiota.

Ele franziu o cenho. A resposta era obvia, mas parecia impossível lembra-la.

- Você sequer tinha uma espada. – ela insistiu, voltando sua atenção ao néctar que media em um copo.

- Não preciso de uma espada – ele murmurou, mudando de posição desconfortável.

- E você não precisa de oxigênio – Katie rebateu ironicamente. -  a menos, é claro, que pretenda continuar vivo.

- Eu me saí muito bem lá. – o filho de Hermes se defendeu.

- Claro. Você foi maravilhoso como comida monstro. – ela rebateu novamente, começando a ficar irritada como rumo que aquela conversa estava tomando. – Agora, responda. Por que. Você. Não. Me. Deixou. Lutar?

-Hãn, Kay? – ele chamou indeciso – Eu não me sinto muito a vontade para responder isso agora. Sabe... Você tem todo esse álcool, e eu tenho... Todas essas feridas abertas. Talvez nos devêssemos rever alguns conceitos.

- Responda logo, idiota – Katie repreendeu irritada, dando outro tapa em seu ombro, mas dessa vez sem se arrepender quando ele grunhiu dor. - Ou eu realmente vou usar esse álcool para algo maligno.

Eles ficaram em silencio por um momento. Travis franziu o cenho novamente, ainda vasculhando sua mente pela resposta correta.

- Você se machucar seria mil vezes pior do que isso. Um só arranhão em sua pele teria mais efeito em mim do que qualquer um desses golpes, Kay.- Ele respondeu em voz baixa, acariciando o rosto de Katie e ao mesmo tempo parecendo levemente vitorio por ter se lembrado e quebrado aquele silencio terrível.

- E você acha que isso não dói em mim – ela sussurrou, pegando sua mão e contornando os machucados que haviam em seu braço com os dedos.

- No fundo, eu espero que não. – ele disse com um sorriso torto. – O que você acha que sua mãe faria comigo se ouvisse dizer que eu a fiz sentir dor? Aquela conversa no ano passado ainda me dá calafrios.

Um riso baixo escapou de seus lábios antes que Katie pudesse se deter. Se antes era surreal sorrir... naquele momento era desumano rir. Ela cruzou os braços e voltou a ter a mesma expressão sombria de antes. Ainda não havia chegado onde queria.

- Sou totalmente capaz de me defender, Stoll. – disse indignada, enquanto entregava dois coprimidos para ele. No ano anterior, o chalé de Apolo descobrira que remedios mortais também faziam efeito em semi-deuses, e agora eram bem usados quando qualquer um queria evitar uma overdose de néctar.

- Eu sei disso. – ele respondeu, apesar de ter soado mais como se estivesse tentando convencer a si mesmo do fato do que afirmando.

-Sabe, é? – ela disse usando um tom de voz altamente irônico. Um disfarce para... Qualquer coisa. - Se você realmente soubesse, saberia que eu odeio ser trada como fraca, Stoll. Se você realmente-

Um beijo inesperado fez com que as palavras se perdessem do cominho entre sua mente e seus lábios. Ao se separarem, Travis se deixou emitir um sorriso fraco.

-Você fica muito chata quando fala desse jeito, Gardner. – ele sussurrou calmamente.

-E você é um grande idiota, Stoll. – Katie afirmou irritada.

Dando seu trabalho por feito, a filha de Demeter jogou tudo que havia usado de volta na cesta, e entrou em seu chalé, deixando um semideus muito confuso para traz. Ao fechar a porta atrás de si, em um claro sinal de “não ouse me seguir” para Travis, Katie jogou a cesta na primeira estante vazia que encontrou, sabendo que uma de suas irmãs arrumaria mais tarde. Ela foi até sua cama, e se jogou no meio dos lençóis ainda bagunçados, colocando as mãos no rosto.

Por mas idiota, estúpido e imbecil que Travis Stoll fosse, ele roubara algo seu a muito tempo. E Katie Gardner lamentaria ao informar que esse ‘algo’ era seu coração.


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Notas finais do capítulo

E... fim.
Espero que tenham gostado.
Ah, e deixem reviews.
Se valeu a pena ler até as notas finais, vocês devem ter uma opinião para dar.
Beijos!
Jojo.