— Tomoyo, eu amei o seu vestido – Sakura disse enquanto penteava os longos cabelos negros da amiga e ela fazia a própria maquiagem. Tomoyo usava um curto vestido roxo que combinava com a rara cor de seus olhos, o vestido ia até a metade da coxa e havia uma grossa faixa preta com um nó, marcando sua cintura, o vestido também tinha detalhes de flores negras, sua maquiagem marcava seus olhos com lápis e sombra pretos e em seus lábios haviam um gloss rosa claro.

— Obrigada, Sakura – a morena sorriu em agradecimento – eu me esforcei muito para fazê-lo, e o seu também – Sakura sorriu de volta prendendo o cabelo da amiga parcialmente com uma presilha de pedras pretas.

— Pronto – Sakura disse e Tomoyo se levantou quando terminou a maquiagem – você esta linda, Tomy – os olhos verdes brilharam de animação e ela viu a amiga calçar um alto sapato preto sem detalhes – aposto que vai chamar a atenção de um certo garoto – ela disse brincando e viu a amiga corar.

— Não seja boba, Saki. Eu não tenho nada a ver com o Eriol – Tomoyo disse sem graça e Sakura sorriu ainda mais.

— Eu não falei nada sobre o Eriol – os olhos esmeraldas brilharam com animação e malicia, os olhos violetas se arregalaram e Tomoyo corou como Sakura jamais vira na vida – eu só estou brincando, calma – ela riu e a morena forçou uma risada – relaxa, Tomy, que horas são? Já deve faltar pouco para todo mundo chegar.

— Nossa! Já são 20:10 – Tomoyo se assustou quando olhou no relógio que deixara em cima da penteadeira - temos que descer e ver se esta tudo perfeito como eu mandei que estivesse, espero que esteja tudo pronto se não eu arranco a cabeça daqueles inúteis – Sakura arregalou os olhos com a agressividade da amiga e sorriu quando ela pisava forte até a porta “como se ela fosse realmente fazer isso” Sakura riu consigo mesma e foi em direção a amiga e as duas pararam ao ouvir batidas na porta, Tomoyo abriu a porta e se deparou com sua mãe que tinha um enorme sorriso no rosto, a mulher usava um longo vestido preto colado ao corpo e com um enorme dragão prata na lateral, seus sapatos eram pratas e a maquiagem também prata bem discreto e um batom vermelho.

— Ah, meu deus! Vocês duas estão tão maravilhosas! – os olhos de Sonomi se encheram de lagrimas como se ela tivesse emocionada – vocês estão tão crescidas. Daqui a pouco arranjam um namorado e me abandonam de vez – a mulher se jogou em um poltrona dramaticamente e as duas meninas riram.

— Que bobagem, mãe, nós nunca te abandonaríamos – Tomoyo sentou em um braço da poltrona.

— É, Sonomi, não se preocupe, mesmo quando Shaoran tiver voltado eu vou vir te visitar e é claro, trazê-lo junto – Sakura sentou no outro braço da poltrona e riu com a careta que a mulher fez, Tomoyo havia contado seu plano de Sakura e Shaoran só se verem na festa a mãe então ela precisava fingir que ainda não gostava do chinês – ah, e você também esta linda – ela elogiou e Sonomi deu um sorriso.

— Bom, meus amores, vamos lá para baixo, já esta quase na hora de começar a festa e alguns convidados já devem estar chegando – a ruiva se levantou em um pulo e as duas garotas foram atrás dela que descia para o primeiro andar.

— Uau! Ficou maravilhoso – Sakura admirou o lugar que agora tinha a decoração completa.

Haviam sido adicionadas duas compridas mesas encostadas a uma parede, cada mesa com um cor de toalha (branco e preto), em cima de uma delas havia vários refrigerantes e copos e havia também uma grande tigela transparente com ponche, em cima da outra mesa haviam os mais variados salgados e doces, haviam também pratinhos, garfos e facas.

— Obrigada Tomy e Sonomi, por tornar tudo isso possível e tão perfeito – Sakura abraçou as duas que sorriram e retribuíram o abraço “ela esta tão feliz agora, imagina quando ver o Shaoran” Tomoyo pensou com um enorme sorriso no rosto.

— Você sabe que não é nada, Saki, nós gostamos muito de você e gostamos de te ver feliz – a garota respondeu e a mãe concordou – bom, você esta com fome? Tem muitas opções do que escolher – Tomoyo estendeu o braço para a mesa de comida e Sakura de um sorriso.

— Obrigada, estou realmente faminta – ela riu indo em direção a mesa e pegando de lá um salgado.

— Pode pegar quantos quiser, tem mais lá na cozinha – Sonomi informou – e por falar em cozinha, eu vou até lá ver se esta tudo bem – ela se despediu e se retirou.

— Ah, deus! Eu esqueci a câmera lá em cima, já volto, Saki, coma a vontade – Tomoyo saiu correndo em direção a escada e foi em direção em que se encontrava o quarto do chinês – Shaoran? Posso entrar? – a garota pediu.

— Claro – disse Shaoran abrindo a porta – então, a que lhe devo a honra? – os dois sorriram e se sentaram na cama.

— Bom, na verdade eu queria lhe informar que a festa logo terá inicio e que eu lhe avisarei quando for sua hora de aparecer – ela disse fazendo pose e ele riu.

— Bom, fazer o que né?! Eu não tenho escolha não é?! – ele perguntou.

— Não, na verdade não – ela sorriu e ele riu.

— Bom, você esta bem bonita, você fez esse vestido? – Shaoran disse admirando a amiga e pensou em como ela combinaria com um certo inglês “não sei porque isso me veio a cabeça, ela e Eriol nunca tiveram nada” ele pensou e deu de ombros.

— Sim, fui eu mesma que fiz, o meu e o da Sakura, afinal tinha que ser no mínimo perfeito – ela sorriu e se levantou de repente – bom, eu tenho que pegar minha câmera e descer se não Sakura vai dar pela minha falta, xauzinho Shao, até daqui a pouco – Tomoyo saiu rapidamente do quarto e indo até o seu.

As paredes eram cor creme, igual a o pequeno tapete que havia perto da grande cama de casal que tinha uma colcha violeta, havia um grande armário branco e no meio dele uma grande TV de plasma e uma cômoda com prateleiras que haviam livros e havia também uma escrivaninha, também branca, com seu laptop em cima e um simpático abajur também cor de creme. Tomoyo foi rapidamente até seu armário e pegou sua câmera. Quando ia sair do quarto se olhou no grande espelho que havia do lado da porta que dava em seu banheiro, ela sorriu com sua aparência, estava realmente linda “será que ele vai reparar em mim?” a morena pensou e logo tirou o pensamento da cabeça.

— Não sei o que deu em mim para ficar pensando no Eriol – ela disse para si mesma e foi em direção ao primeiro andar.