Bem-vindo, novamente, hoje não estou com muita vontade de contar minhas queridas histórias, pois neste momento sinto que meus ossos estão quebrando em mil pedacinhos, mas para não deixa vocês em faltar eu resgatei memórias de uma alma sem rumo, que vaga ao mundo em busca de algo, então tudo será contado por ela:

“Para mim tudo estava indo bem, eu estava brincando com minha amiga em um parque, aquele sentimento era tão bom, tão puro que chegava a ser um dos sentimentos mais fortes da minha curta vida. Oh! Como queria volta para aqueles tempos. Tempos que não voltam mais, tempos que se foram. Se eu soubesse que estava por vim eu teria brincando mais, teria aproveitado cada momento ali, eu iria dizer o que sinto para minha primeira paixão, teria dado um ultimo beijo em minha mãe, teria dado o ultimo abraço em meu pai e eu teria ter falado para meu irmão que ele era uma pessoa muito importante para mim. Mas eu despedisse tempo demais.

- Kaito-kun vamos indo para casa – Disse Mikan, minha única amiga.

-Ta – Disse a ela.

Caminhamos até um cruzamento, tivemos que nos despedir, pois a casa dela ficava a um lado oposto ao meu. Se ao menos tivesse tido um sinal que aquele seria o ultimo momento de nos dois eu a teria a abraçado e mim declarado a ela. Mas nem tudo é perfeito.

Segui para minha casa. Estava como qualquer criança ou quase. Um pano foi pressionado contra meu rosto, tudo ficou escuro e eu acabei perdendo minha consciência.

Tudo ficou confuso dali em diante. Tudo ficou vermelho e barulhento. Ouvia disparos. Ouvia berros. Ouvia guinchos. Mas principalmente ouvia sussurros. Era uma multidão de vozes, mas todos sussurravam. Sussurros que não davam para descrever.

Uma luz invadiu meus olhos. Vi pessoas com mascaras. Elas pareciam fazer de tudo para que eu respirasse, mas acho que não estava funcionando.

Por horas e horas eles tentaram e tentaram, mas parecia que não estavam conseguidos. Pouco depois eles viraram os rostos, pareciam decepcionados. E pouco a pouco foram tirando os equipamentos de meu corpo.

“Não vão” Pensei. Naquele momento eu ainda sentia meu coração batendo. Eu não estava acreditando, aqueles que deviam me salvar estavam mim abandonando em plena sala de cirurgia.

Novamente tudo se tornou preto. Aos poucos minha visão foi voltando. A primeira imagem que vi foi minha mãe chorando e meu pai tentado acalmá-la, em um canto Mikan chorava e tentava afastar todos de si.

Meu corpo foi sendo puxado e a imagem foi se desaparecendo. Tudo ficou muito claro. Uma mulher apareceu, estava vestindo um vestido branco, era alta e loira. Ela olhou bem no fundo de meus olhos, parecia estar chorando, mas lágrimas não havia em seu rosto albino.

-Quem é você? – Perguntei a ela.

-Sou um anjo – Respondeu dando um sorriso.

-O que aconteceu comigo?

-Você morreu – Disse ela, olhei para baixo, lágrimas saíram de meu rosto, ela mim envolve em um abraço.

-O que acontecera comigo?

-Você vai ter que achar o que você deseja.

Mim vi em um beco. Olhei para o lado a mulher segurava minha mão. Voltei à atenção para o beco, agora via a imagem de um menino de cabelos pretos, era eu.

Eu andava pela rua, der repente um homem veio por trás e pressionou um pano em meu rosto, eu desmaiei e ele logo mim levou até uma van preta.

A imagem mudou, eu estava em uma fabrica abandonada. Cinco caras de pretos atiravam contra os policias que estavam na porta da fabrica. Um morreu, então outro morreu e outro e mais outro e mais outro. Agora o ultimo mim segurava quase inconsciente. Atirou três vezes em mim. Uma bala atingiu seu ombro e logo os policias entraram.

-O que e isso? –Perguntei para a mulher que continuava a segurar minha mão.

-Sua morte – Respondeu calma.

Ela largou a minha mãe e se afastou e desapareceu. Pensei um pouco. Ela dissera que tinha quer encontrar o que eu desejava. Uma fúria subia a minha cabeça e ela começou a dor. Minha felicidade, alegria e amor estavam saindo do meu corpo.

“Tudo que eu quero...” Pensei comigo “E matar o homem que mim matou”.

Em um piscar de olhos eu estava em uma cadeia. Caminhei entre os corredores já escuros, procurando Ele, olhei cada rosto, então no final do corredor estava aquele homem. Ele estava em uma condição muito estranha. Estava com uma camisa de força, seus cabelos estavam mal penteados e seu rosto estava podre. Ele arregalou os olhos para mim.

-Olá, garotinho – Falou ele rindo – Venha, Venha, tenho muito doces para você.

-Não está lembrando-se de mim? – Perguntei, ele mim olho do pé a cabeça.

-Ah! Sim – Falou – Você é aquele garotinho que eu havia matado, ah! ~ Aquilo foi tão bom, o prazer de matar alguém – Ele começou a ri histericamente.

Coloquei a mão sobre seu rosto. Minha mão fundo sobre o rosto que agora começará a girar, ele começou a gritar e eu a ri. Ele morreu com o rosto todo deformado.

Novamente a escuridão tomou tudo. O mesmo homem que mim matará estava em um lugar vazio e escuro.

-Onde eu estou? Perguntou ele – Que lugar horrível – Embaixo de seus pés apareceram mãos, alguns espíritos de mulheres e crianças o puxaram para o fogo que está logo abaixo deles.

Uma mão tocou meu ombro, era a mulher.

-Vamos – Disse ela, segurei sua mão e ela mim guiou até a luz...”

Não a muito que dizer, pois tudo foi resolvido a está alma, mas nem todas as vezes as almas conseguem ir para a luz. Mas isso é outra história... Até...