Capítulo 01 – Relembrar é viver
P.O.V Jacob

Eu estava deitado na areia da First Beach, pensando em tudo que aconteceu na minha vida desde que eu me tornei um lobo.
Não podia acreditar que um dia eu pôde amar a Bella como uma mulher, e que inúmeras vezes eu briguei com o Edward por causa dela.
Agora a única coisa que eu podia pensar era no amor que eu sentia pela filha do casal que eu tanto tentei separar.

Renesmee Carlie Cullen era a garota mais perfeita que eu já conheci, eu tenho muita sorte de ter dito um imprinting por ela.

Cinco anos após a batalha com os Volturi, nós não nos separamos um momento se quer.
Minha Nessie agora parecia ter uns 15 anos, e eu era seu melhor amigo.
Na hora que eu estava me levantando para voltar para casa, e me preparar para visitar a Nessie, eu ouvi uma linda voz me chamar
-Jacob?
Eu olhei para trás e vi que era ela, e ela estava usando uma saia xadrez, uma blusa branca,  uma sandália rasteira. Ela estava linda.
-Nessie? O que está fazendo aqui? – eu perguntei

-Preciso falar com você – ela disse séria

Pela forma séria que ela falou alguma coisa deveria ter acontecido

-Pode falar- eu respondi também sério

Nessie fitou meus olhos, seus olhos eram da mesma cor dos que os da Bella foram um dia.
Eu amava os seus olhos, ela parecia mais humana com aqueles olhos.

Seus olhos, eu os amava.

Seus olhos

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

De vivo luzir,

Estrelas incertas, que as águas dormentes

Do mar vão ferir;

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

Têm meiga expressão,

Mais doce que a brisa, - mais doce que o nauta

De noite cantando, - mais doce do que a frauta

Quebrando a soidão.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

De vivo luzir,

São meigos infantes, gentis, engraçados

Brincando a sorrir.

São meigos infantes, brincando, saltando

Em jogo infantil,

Inquietos, travessos;- causando tormento ,

Com beijos nos pagam a dor de um momento,

Com modo gentil.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

Assim é que são;

Às vezes, vulcão!

Às vezes, oh! sim, derramam tão fraco,

Tão frouxo brilhar,

Que a mim me parece que o ar lhes falece.

E os olhos tão meigos, que o pranto umedece

Me fazem chorar

Assim lindo infante, que dorme tranqüilo,

Desperta a chorar ;

E mudo e sisudo, cismando mil coisas,

Não pensa- a pensar.

Nas almas tão pura da virgem , do infante.

Às vezes do céu

Cai doce harmonia duma Harpa celeste,

Um vago desejo; e a mente se veste

De pranto co’um véu.

Que sejam saudades, quer sejam desejos

Dá pátria melhor;

Eu amo seus olhos que choram sem causa

Um pranto sem dor

Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,

De vivo fulgor;

Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,

Que falam de amores com tanta poesia,

Com tanto pudor.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

Assim é que são;

Eu amo esses olhos que falam de amores

Com tanta paixão.