Valentines Poison escrita por sankdeepinside


Capítulo 21
Fever


Notas iniciais do capítulo

OH DEAR GOD! O Nyah entrou em manutenção e qse me levou a loucura pra postar logo esse capitulo. Achei q ia atrasar pq eu só consigo postar nos FDS, mas enfim, taí. Espero que gostem, se não entenderem alguma coisa ja sabem, podem me perguntar de boa.
Boa leitura
BjBj



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O guarda chamado Gary Simpson se considerava um cara de sorte por ter conseguido uma das últimas vagas para fazer a segurança de um dos maiores festivais de rock dos Estados Unidos, o Rock Am Ring. O festival já estava em suas etapas finais, e ele nem gostava tanto de rock assim, mas a comissão era boa, aliás, excelente. O guarda noturno de meia idade saía para fazer sua ronda noturna quando foi abordado por uma jovem. Uma belíssima mulher surgiu correndo de dentro da escuridão, assustada. Tinha algumas partes da roupa rasgada e a região dos olhos manchada com a maquiagem escura que escorria junto com o suor. Era loira e tinha suaves traços asiáticos.

- O que você está fazendo por aqui essa hora, menina? A arena já está fechada, você tem que ir embora.

As palavras começaram a sair da boca dela, um tanto abafadas entre as inspirações de cansaço.

- Preciso ver... Zacky Vengeance... Avenged Sevenfold...

Gary revirou os olhos. Mais uma fã louca tentando barrar a segurança para conseguir uma casquinha do ídolo.

- Olha garota, já está tarde, é melhor você ir para sua casa. Você não tem autorização pra estar aqui.

- Você não entende, ele me conhece, é importante... Se você puder falar com ele e avisar que eu quero vê-lo...

- Isso aqui não é um cabaré não garota e...

A garota o puxou pelo colarinho impaciente

- Por favor, é urgente. Eu não quero dar pra ele, são só alguns minutos.

- Ele deve estar dormindo garota.

- Por favor...

Gary puxou as mãos da garota para que ela largasse seu colarinho e soltou o ar, cedente.

- Tudo bem, mas tem que ser rápido.

- Prometo que não irá demorar.

Gary acompanhou a garota até o outro lado da Arena, onde estavam localizados os trailers do Avenged Sevenfold, ainda um pouco desconfiado.

- Espere aqui – Gary falou para a garota e logo bateu na porta de metal do trailer de Zacky, que em poucos segundo pôs o rosto pra fora.

- Sim?

- Desculpe o incomodo Zacky, mas é que tem uma moça aqui que insiste em vê-lo.

Zacky viu a moça atrás de Gary e esboçou um leve sorriso.

- Tudo bem Gary, eu a conheço.

Gary olhou para a moça e abriu caminho para que ela entrasse.

- Quer que eu espere aqui fora, Zacky?

- Sim, se não se importar.

- Sem problemas.

A garota sorriu para o guarda e entrou no trailer. Zacky fechou a porta logo em seguida.

- O que você veio fazer aqui Hanna?

- Eu vim pro show de hoje e...

- Show de hoje? Achei que você e a Jess iam ficar com a Annie hoje.

Ela hesitou.

- É mas ahm... a Jess ficou, eu vim sozinha, só que no fim do show uns caras tentaram me agarrar e eu acabei resolvendo vir atrás de você.

Ela começou a chorar e ele ficou um pouco assustado.

- Ahm, tudo bem Hanna, já passou – ele a abraçou – você quer um copo de água?

- Será que você não tem algo mais forte?

Ele serviu um pouco da Heineken que tinha no bar, tanto para ela quanto para ele. Ela tomou um gole e olhou em volta.

- Hanna não fique mais andando sozinha por aí ok? Pode ser perigoso, ainda mais com o Oliver perambulando por aí.

Ela assentiu com a cabeça. Nesse mesmo instante o celular dele tocou, ele se levantou e caminhou até onde o aparelho estava; distraído, não notou que a garota acabara de pingar duas gotas de um líquido negro em sua garrafa de cerveja.

- Estranho, ligaram com número oculto, e quando atendi, desligaram.

- Vai ver é alguma fã querendo ouvir sua respiração.

Ele riu.

- Acho melhor você ir, vou pedir para Gary chamar um taxi pra você.

- Tudo bem, obrigada Zacky.

- De nada.

Hanna saiu, e Gary a acompanhou até a saída da arena do festival, deixando-a dentro de um taxi, justamente como Zacky pedira. Assim que o guarda se virou para a entrada do local novamente levou um imenso susto.

- Mas o que... ah meu deus!

Gary puxou o radio do cinto enquanto corria esbaforido pela arena.

- 911? Aqui é Gary Simpson, eu preciso do corpo de bombeiros aqui na arena do Rock Am Ring, URGENTE!!!

- Qual a emergência?

- FOGO! MUITO FOGO!

***

Jess acabara de deixar Annie dormindo em seu quarto. Desceu as escadas até a sala, e sorriu ao ver que Amber ainda estava acordada.

- Hey, o que faz acordada a essa hora?

- Oh, Jess? Ah, só estava tentando juntar mais algumas peças do quebra cabeças. Confesso que estou preocupada,

- Eu também, não só comigo e com Zacky, mas com todos nós,

- É, agora todos estamos correndo risco. Eu liguei para o conselho e eles disseram que amanhã cedo enviarão alguém para nos ajudar com a situação.

- Isso é bom.

- Nem tanto, os membros do conselho são famosos por serem inflexíveis, tenho medo do que possam fazer quando souberem da situação de Annie.

- Não podem fazer nada com ela, ela é tão vítima quanto nós.

Amber abaixou o olhar apreensiva.

- Não sei se vão acreditar

Jess ficou em silêncio, estava com medo. Aquilo havia tomado dimensões grandes demais, e agora estava se tornando uma verdadeira guerra.

- Melhor você ir dormir Jessica, amanha o dia vai ser longo.

- Tudo bem, mas e você?

- Vou ficar mais um pouco, ainda tem algumas coisas que quero analisar.

Jess beijou a testa de Amber e subiu as escadas, vestiu uma camisola de tecido fino e se deitou, estava sentindo um aperto no peito que impedia que o sono sequer chegasse até ela.

***

Calor. Os olhos azuis de Matthew Tuck se abriram confusos. Seu corpo estava ensopado de suor. Demorou a notar que o trailer inteiro ardia em chamas, quando notou levantou-se o mais rápido que pode. O fogo já havia tomado conta de boa parte da estrutura de metal. Partituras, guitarras, roupas, tudo agora estava em chamas.

Assim que pôs os pés no chão, sentiu o ardor do metal fervilhando indo de encontro a sua pele e soltou um grito de dor. A fumaça impossibilitava que ele se localizasse e fazia com que ele sufocasse. Tentou caminhar para frente, mas as chamas impediam. Gritou por socorro, uma, duas, cinco vezes e nenhum sinal de gente por perto.

- MAS QUE PORRA!

Respirar ficou cada vez mais difícil, os olhos ardiam, a pele escorria suor. Estava encurralado pelo fogo. Gritou mais uma vez e então ouviu barulhos vindos do lado de fora, a porta se abriu abruptamente e um homem com um extintor de incêndio apareceu diante dela tentando abrir passagem com o jato de CO2,

- Consegue vir até o rastro do jato?

- Acho que sim!

Matt desviou o quanto pode do fogo e chegou até a pequena região em que o homem havia acabado de apagar, o homem o ajudou a sair do trailer em chamas e logo os dois se afastaram do incêndio. Poucos minutos depois o caminhão dos bombeiros entrava a toda velocidade na arena e começava a extinguir o fogo com fortes jatos de água. Matt Tuck foi socorrido, recebeu curativos nas queimaduras, que não eram tantas, e fizeram com que ele inalasse uma substancia para desintoxicar seus pulmões. Uma pequena multidão havia se formado ali próximo, a maioria roadies e integrantes de bandas. Jay, Padge e Moose aproximaram-se correndo.

- Tuck! Que caralhos aconteceu aqui porra?

Ainda com a respiração pesada, Matt conseguiu falar.

- Eu não sei... tava dormindo e...  já acordei no meio do fogo.

- Dude, andou fumando antes de dormir? Deixou toco de cigarro aceso por aí?

- Não! Eu... só deitei e...

- Matt Tuck?

O homem que ajudara a socorrer Matt acabara de se aproximar.

- Sou eu.

- Sou Gary Simpson, chefe da segurança do evento, como se sente?

- Me sinto um amendoim torrado. O que exatamente aconteceu aqui?

- Bom, nós ainda não sabemos ao certo, mas até agora desconfiamos que tenha sido um ato criminoso.

Matt e Moose se entreolharam apreensivos, Gary notou que ambos ficaram diferente.

- Vocês rapazes têm ideia de quem pode ter feito isso?

- N-não, não faço a mínima ideia.

- Tem certeza disso Matt?

- Sim.

Matt começou a arrancar os aparelhos respiratórios.

- O que você esta fazendo?

- Me desculpe Gary, mas tenho algo importante a fazer. Moose vem comigo.

- Mas rapaz...

- É algo realmente importante Gary, me desculpe.

Tuck e Thomas saíram caminhando as pressas no meio da multidão

- Onde estão as chaves do carro, Moose?

- Você tá louco, Matt? Tá todo queimado, nem sei se você consegue respirar direito, tem que voltar pra lá e terminar de inalar aquela coisa que desintoxica.

- Não Moose! Eu tenho que ir atrás da Jessica.

- Da Jessica?

- É! Não está obvio que quem colocou fogo no trailer foi o Oliver? A próxima da lista é ela, eu não posso deixar que ele machuque a Jess.

- Mas...

- Não quer vir, então foda-se! Eu vou sozinho, mas não vou deixar que ele encoste um dedo nela.

Moose se calou por um instante e pensou um pouco, Jessica não era a única em perigo ali, Annie também corria risco.

- Eu vou com você Matt, mas eu dirijo.

Matt esboçou um sorriso em meio a uma tossida.

- É assim que se fala.

***

O vento morno da noite entrava pelas frestas da pequena janela de metal. O suor do corpo impedia que ele permanecesse entre cobertas, os olhos verdes abertos fitavam a escuridão. Estava cansado do show dessa noite, mas sua cabeça impedia que seus pensamentos se acalmassem. Levantou o corpo até ficar sentado na cama e correu os dedos entre os curtos cabelos negros molhados de suor, soltando o ar cansado. Ouviu ruídos do lado de fora do trailer e imediatamente ficou alerta.

A porta começou a ser aberta vagarosamente revelando uma silhueta feminina na escuridão, aproximando-se num suave e sensual caminhar.

A luz pasma do luar que entrava pela janela deixava evidente a identidade da mulher que entrava sedutora pelo quarto de Zacky. Os olhos deles se abriram para ter certeza que não estava enganado e sua voz saiu rouca, quase um sussurro:

- Jessica?

A morena de olhos verdes se aproximava insinuante com os lábios rubros, abrindo-se deliciosamente em sorriso. Ela parou de caminhar e despiu o sobretudo escuro que usava, revelando a lingerie vermelha que deixava evidente a profundidade de cada curva do seu corpo bronzeado. Seu olhar devorava Zacky dos pés à cabeça e o perfume do seu corpo exalava a mais pura luxúria.

- O-o que veio fazer aqui Jess?

A voz dela saiu doce e suave.

- Eu vim por você Zacky.

Ela subiu sobre a cama engatinhando vagarosamente sobre o corpo dele, fazendo com que cada pelo de seu corpo se arrepiasse.

- Mas... E o Matt?    

- Esquece o Matt, eu estou aqui por você, pra você.

O rosto dela ficou frente a frente com o dele e enfim o róseos lábios dela encontraram os dele, misturando o leve calor de suas bocas com o frio metal dos piercings nos lábios dele. Ele se perguntava se aquilo era mesmo real. As pequenas mãos dela puxando sua camisa para fora de seu corpo mostravam que sim.

Ele então se deixou entregar àquele desejo que ele tentava reprimir a anos, beijando-a de maneira cada vez mais ardente, comprimindo ainda mais seu corpo contra o dela, apertando cada centímetro daquele corpo moreno com medo de que ele lhe escapasse.

Ela beijava o peito dele, mordiscava e chupava seu pescoço, parecia faminta, enquanto isso ele corria as mãos por suas costas e desabotoava facilmente seu sutiã, revelando seios milimetricamente perfeitos, arredondados e voluptuosos que ele rapidamente abocanhou e sugou, fazendo-a soltar pequenos gemidos e cravar com força as unhas nas costas dele.

Ele olhou nos olhos dela, estavam diferentes, tinha algo de animal neles, chegou a pensar que ela talvez estivesse possuída por seu espectro, mas isso seria impossível, uma vez que ela já não tinha mais espectro.

Com a mão livre ele tirou a bermuda de tectel, ficando apenas com a Calvin Klein cinza que quase não conseguia conter o volume da excitação dele. Ela rebolava vagarosamente embaixo do corpo dele enquanto se movimentava para tirar o que havia sobrado de sua lingerie.

Ele parou por um instante e a contemplou ali, completamente nua, entregando-se facilmente para ele. Havia desejado-a por tanto tempo, chegou a pensar que depois de Matt, Jessica nunca mais sequer olharia para ele, mas aquele corpo ali em sua frente mostrava o quanto ele estava enganado.

Ela colocou a mão por dentro da cueca dele e o acariciou, fazendo com que ele soltasse pequenos gemidos. Aquilo o estava enlouquecendo, seu membro quase pulsava querendo sair, isso fez com que ele logo tirasse de vez a peça.

 Se encaixou entre as coxas dela, que se comprimiam contra os quadris dele e começou com leves estocadas.

- Zacky...

Ele sorriu ao ouvi-la gemer e pronunciar seu nome. Segurou o corpo dela com mais firmeza e acelerou as estocadas, fazendo com que ela gemesse ainda mais alto.

Os corpos de ambos acompanhavam o mesmo movimento rápido e fervente. que era rompido por um ou outro beijo urgente.

Ele sentiu que começava a chegar ao ápice e olhou para o rosto dela, mas se assustou com que viu.

- Não!

Ela sorriu enquanto ele chegava ao orgasmo. Os olhos verdes dele ficaram pasmos, estáticos. A mulher morena, não passara de um truque. Zacky se assustou aos ver que os olhos na verdade não eram verdes, eram castanhos e levemente puxados. Os cachos negros na verdade eram lisos fios loiros e Jessica Smith não passou de uma brincadeira ilusória para esconder a verdadeira identidade de Hanna Yoshida.

Zacky teve um ultimo espasmo e caiu inerte sobre o corpo de Hanna. Que soltou uma gargalhada. E começou a falar com o corpo desmaiado de Zacky.

  - Wow Zacky! Que fome garoto! E que belo traseiro você tem. Haha, mas como você é burro hein! Caiu no seu próprio truque, enganado por uma harlot. Tsc Tsc, você já foi mais esperto Zacky.

Ela empurrou o corpo dele de cima do dela e se levantou, vestindo-se rapidamente. Olhou mais uma vez para Zacky: estava completamente inerte. Pegou o celular e ligou para o primeiro numero da discagem rápida.

- Oliver? Sou eu, Hanna. Seu embrulho está no ponto de ser despachado.

- O que? Você conseguiu? – O entusiasmo na voz dele era notável – Ótimo, estão todos distraídos com o incêndio no trailer do filho da puta do Matt Tuck, vai ser fácil tirá-lo daí. Continue com o que combinamos e...

- O que?

- Você é a melhor harlot do mundo.

- Eu sei, te encontro daqui a uma hora ok?

- Perfeito, só tenho que pegar mais um peixe e logo irei ao seu encontro.

- Tudo bem então.

Desligou o celular e sorriu, pelo menos dessa encrenca ela já estava livre.

***

Jessica tinha o sono perturbado, se contorcia na cama e falava coisas incompreensíveis. Uma voz começou a soar sibilante em sua cabeça: “Matt Tuck... apuros... vá salvá-lo”

Acordou assustada, sem conseguir parar de pensar em Matt. Sem refletir no que estava fazendo, desceu as escadas com pressa. Amber já não estava mais ali, destrancou a porta da frente e saiu correndo pela escuridão da noite. O sereno deixava gotículas de água sobre sua pele, a camisola fina começava a grudar no corpo e os pés descalços ardiam contra o asfalto áspero. Aquilo era involuntário.

Correu por dois quarteirões inteiros sem olhar para trás, quase como se estivesse sobre o controle de algo, e não notou que realmente estava.

Parou diante de uma rua sem saída, ouviu passos atrás de si e se virou, dando de cara com a figura do homem alto e loiro que havia conseguido atraí-la até ali.

- Jessica! Quanto tempo não?

. Ele sorria enquanto pegava vagarosamente em sua mão, levando-a até o carro. Ela estava sobre o controle dele, quase em uma espécie de hipnose e não conseguia nem se lembrar de resistir.

- Pronto minha querida, agora todos iremos para minha festa particular! Não é fantástico?


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