Best Of You escrita por Melanie


Capítulo 1
Ive got another confession to make, Im your fool


Notas iniciais do capítulo

Hey minhas lindas!
Tudo bem?

Olha eu aqui com mais uma one shot! Estava com saudade dos meus bebês! Hahaha
Está um tanto diferente das outras, e eu espero realmente que vocês gostem dela! Ela é especial pra mim! Haha :3


ESSA ONE SHOT FOI DIVIDIDA EM DOIS CAPS. POIS FICOU MUITO GRANDE, ENTÃO ME MANDEM REVIEWS DIZENDO SE VOCÊS GOSTARAM, AÍ POSTO O SEGUNDO CAP.! :33

Enfim, boa leitura!
Beijooos :*:*

Ps: Viram o video oficial de Next 2 You? Tiraram algumas partes que tinham naquele que vazou na net, mas está perfeito igual, amei :')



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Everyone's got their chains to break          

Holding you

Were you born to resist?

Or be abused?

Valerie PDV

Me segurei forte nas duas barras, ao lado direito da ponte, me inclinando para frente, vendo o quanto de água estava abaixo de mim, e o quão grande era a altura que eu estava. O vento forte da noite bateu no meu rosto fazendo meus cabelos esvoaçarem, vacilei sentindo o medo vir junto com a insegurança, e todas as lembranças de nós dois.

Foi aí que me perguntei quantas pessoas por ano não se jogavam da Golden Gate Bridge por alguma desilusão amorosa, me perguntei quantos corpos de garotas como eu deveriam estar ali, no lugar mais profundo daquele mar.

Senti meu coração disparar a mil e engoli em seco. Droga, não faria diferença mesmo, não? O mundo estava para acabar, eu só ia me poupar de mais algum tempo sofrendo, apenas isso.

E o momento de me amaldiçoar por todas minhas idiotices e escolhas erradas tinha chego. E que venham as lembranças...

Sabe, eu nunca fui perfeita.

E eu nem ao menos desejava ser.

Eu só queria ser boa o suficiente para estar com ele. Ainda que por um segundo.

Acredite, isso podia até ser uma eternidade para nós dois.

Eu estava longe de ser uma santa, ou a mocinha de toda essa história, mas eu tinha certeza de algo, eu amara Justin como ninguém havia amado, e ninguém iria amar. Eu tinha feito tudo por ele, e faria muito mais, repetiria toda nossa história, só pra ver seu sorriso brilhante outra vez.

Mas o mundo não é justo, a vida real não é fácil. Os fracos não tem vez. E eu era fraca, eu era idiota e arrogante, aliás, eu sempre fui.  E esses mesmos adjetivos que me levaram até seus olhos, que fizeram ele me notar, mas também adjetivos que acabaram com tudo o que tínhamos em dois segundos.

Eu gostava disso tudo pra falar a verdade, eu era uma completa vadia e ele me fazia ser um tanto melhor, ele completava todos meus defeitos com suas qualidades inúmeras, ele me fazia querer ser melhor, ele me fazia acreditar nisso. Ele era meu verão indiano em meio ao inverno tenebroso.

O melhor e o pior de mim, em todos os sentidos, em todas as reviravoltas de nossa história.

Lembro-me de tudo como se ainda tivesse os meus mesmos 17 anos, tudo bem que eu tenho 18 agora, mas sou completamente diferente do que era ano passado, antes eu era apenas uma garota de San Francisco, não era a mais rica, a mais bonita ou mais popular.

Só uma garota normal, apenas mais uma em um milhão.

Com apenas uma diferença: eu tinha uma vida nada bonita comparada ao padrão dali. Sorrisos bonitos, bom-dias alegres e fotos cheias de carinho e abraços não faziam parte da minha família.

Éramos, na maioria, diferentes.

Meu pai, se é que da pra chamar aquele infeliz assim, estava preso desde quando eu tinha 12 anos, não lembro muito dele, a única coisa que me trás recordações do mesmo são as marcas de cortes em meu braço, aquelas marcas produzidas aos Sábados a noite, quando ele voltava do jogo de cartas com os amigos completamente bêbado e batia em quem visse pela frente, totalmente possuído.

Minha mãe era uma fraca, mais babaca do que eu às vezes, procurava o cara certo a cada esquina, tentando achar o amor de verdade, o príncipe encantado que ela achava que existia, grande bobagem, ela tinha mais namorados na sua ficha do que roupas dentro do armário. E ela sempre quebrava a cara, sempre.

E pra completar: meu irmão. Eu não podia falar muito dele, ele tem sido a pessoa que mais conversava comigo, ainda que praticamente não nos falássemos, eu sabia que ele era o único ali que se importava um pouco. Mas todos na cidade sabiam que ele era o cara mais drogado da área, até mesmo era suspeito de tráfico de drogas. Ele era até que um cara legal e divertido quando não estava completamente chapado.

Não querendo dizer que eu era a melhor dali, pois eu era tão escrota quanto os três, mas pelo menos não havia me metido em tantas confusões e ferrado a minha vida.

Era uma aluna do segundo grau, felizmente estava na metade do último ano e iria me mandar dali em questão de meses. Eu era baixinha, aliás ainda sou, tinha os cabelos lisos, um tanto que compridos, castanho claro. Pele branca e os olhos verdes, nada de extraordinário. Sempre tive um estilo puxado para o rock, o que talvez fizesse as pessoas implicarem comigo mais ainda, não que eu me importasse claro, eu amava usar preto e roupas diferentes.

Eu nunca tive as melhores notas, até mesmo peguei provão no oitavo ano, mas apesar disso era uma aluna no mínimo aceitável, não tinha amigos, afinal eu odiava todo mundo naquela maldita escola, então às vezes eu andava com o meu irmão e seu grupinho, o que me dava uma fama de vagabunda maconheira, não que eu ligasse pra isso, estava pouco me fudendo pro que as pessoas dali diziam de mim, só queria passar de ano numa boa e me mandar dali logo, eu pelo menos esperava ter um futuro, já que meu passado havia sido um desastre completo.

Mas eu bem sabia que o meu ano seria um inferno como todos os outros, como tinha fama de esquentadinha que não levava desaforo pra casa, todos dali adoravam me provocar, e eu não deixava barato por outro lado. E também tinha as vadias ricas dali, que se achavam as gostosonas, elas nunca gostaram de mim, e não apenas por ser de uma classe inferior a elas, ou por não ser bonita o bastante para seu padrão, mas sim por que eu havia ficado com o atual namorado de Stacy, a “abelha rainha” do grupo das patricinhas vadias. Eu não tinha culpa que Darren tinha um tesão por mim, e que eu por outro lado estava bêbada no baile de inverno da escola.

Mas isso não importa realmente agora, essa parte é irrelevante.

O que importa é o que aconteceu no meio do ano, bem depois da festa de aniversário do Darren, quando um novo aluno chegou à escola.

Quando ele entrou na minha vida.

Justin Drew Bieber, 17 anos, vivia com sua mãe, tinha dois meios irmãos, havia se mudado pra San Francisco por causa do trabalho da mãe. Devia ter 1,73 de altura, cabelos em um tom de loiro diferente, eu diria acobreado, mas enfim, olhos grandes em uma incrível cor de mel, um corpo definido, apesar de não ser um cara forte. O sorriso mais lindo do mundo, jogador de basquete, ex-capitão do time da sua antiga escola, onde era um tanto popular. Primeiro dia de aula e havia ganhado umas quinhentas admiradoras, incluindo Stacy e seu puteiro ambulante, típico, havia dado pra todo mundo na escola, chegou um aluno novo gatinho, ela tinha que dar pra ele também.

Sabe como é, manter a tradição...bando de vadias fúteis.

***

Era o primeiro dia de aula do novato, havia uma grande rodinha ao meio do pátio, todos vendo Stacy e seu grupinho arranjando, ou melhor, tentando arranjar amizade com o novato, típico, todas as garotas da escola estavam ali, e quando eu digo todas, são todas mesmo.

Ele tinha uma beleza diferente do que se via aqui em San Francisco, geralmente os meninos daqui tinham cabelos curtos e eram fortões, estilo Ken da Barbie, mas ele não, apesar de ser um tanto curto, o cabelo dele tinha indícios de uma franja jogada pro lado, sua pele era extremamente branca e lisa, o sorriso mais branco do que a parede da enfermaria do colégio, os olhos grandes e a beleza estonteante, quase um Deus grego. Um rosto angelical e infantil, mas ainda assim sexy, não tinha como negar.

Eu podia jurar que até mesmo a mulher da secretaria estava tentando se aproximar, revirei os olhos, mais um bando de mal comidas tentando conquistar o novo garoto, que devia ser um galinha idiota, como todos os outros eram.

- Fala maninha! – Derek, meu irmão idiota, disse colocando um braço em volta do meu ombro, escorando-se em mim, bufei tentando me afastar dele, enquanto algumas garotas olhavam em nossa direção.

Meu irmão podia ser um idiota maconheiro, mas que ele era o garoto mais bonito dali, isso era verdade, bom pelo menos até o garoto novo chegar, claro.

Mas ele não dava a mínima pra isso, namorava uma garota mais velha de fora da escola, e estava ocupado demais fazendo seus “negócios” para dar atenção as garotas que davam em cima dele.

- Não vai trovar o garoto novo também? Cara ele parece estar na oitava série, qual é! Aposto que é um imbecil. – Disse fazendo careta e rindo do garoto que tentava se afastar daquelas pessoas, eu ri pelo nariz.

- Como se você não me conhecesse, né idiota. Aposta que ele é um imbecil? Isso vem do cara que rodou duas vezes no último ano e está estudando com a irmã mais nova agora? – Disse irônica o encarando com um sorriso malvado, Derek fechou a cara pra mim, me encarando completamente irritado, mostrou o dedo do meio se afastando.

- Vai se fuder pirralha, pra mim já era. – Disse se afastando, ainda irritado, revirei os olhos rindo comigo mesma, virei-me outra vez para o aluno novo, que agora tinha parado os olhos em mim, me encarando como se pedisse socorro. Apenas revirei os olhos outra vez, caminhando calmamente para minha primeira aula.

Pra variar eu estava irritada, aliás todas as manhãs eu ficava irritada, e as aulas de matemática realmente não ajudavam com isso, lembro que me irritei com uma das questões e pedi para sair da sala e ir tomar água.

Coloquei os fones de ouvidos, escutando bem alto “The Edge Of Glory”, minha música favorita da Lady Gaga. Okay, ela era a única artista pop que eu escutava.

Já que não havia ninguém no corredor, comecei a cantar junto com a música e dançar enquanto caminhava.

- It's hot to feel the rush, to brush the dangerous, I'm gonna run right to the edge with you...

Fui cantando enquanto segurava meu cabelo e me curvava um pouco para beber a água.

- Where we can both fall far in love. – Uma voz de garoto cantou ao meu lado, engoli a água erguendo o rosto, encarando o novo aluno, que estava escorado na parede ao meu lado, sorrindo pra mim.

- Perdeu alguma coisa, querido? – Perguntei com toda minha irônia e estupidez natural, o encarando com uma sobrancelha erguida, o garoto apenas riu encarando minha roupa um tanto...diferente.

- Você canta bem. – Disse fugindo completamente do assunto, apenas sorri amarelo. – Sou Justin Bieber, novo aluno, e você?

- Olha garoto sei bem que você é o novo aluno, e o meu nome não te interessa também, então não tente ser meu amigo, por que eu não tenho amigos. – Disse ainda séria e rude, mas ao contrário do que eu pensava ele não se ofendeu e foi finalmente embora, mas sim sorriu mais abertamente ainda e continuou ali em pé me encarando.

Idiota.

- Prazer em conhecer você senhorita "não te interessa meu nome".

- Seu...- Estava prestes a xingá-lo quando a coordenadora parou ao nosso lado, nos encarando feio.

- Valerie, Justin! Já pra sala! Os dois! – Disse com aquela voz irritante, que até hoje eu me lembro, nos encarando com um olhar mortal.

- Desculpe, estamos indo. – Justin praticamente sussurrou para a mulher, que apenas nos olhou torto, logo saindo dali, fiz careta mostrando o dedo do meio pra ela, que caminhava de costas pra nós pelo corredor, fazendo um barulho extremamente irritante com aqueles malditos saltos.

- Enfim, fui. – Disse sem nem mesmo olhar pra ele, me virando e continuando a caminhar pelo corredor.

- EI VALLY, GOSTEI DO SEU NOME! – Justin gritou me fazendo parar no meio do corredor, apertei meus olhos, do que aquele idiota havia me chamado mesmo?

- Vally? Isso é nome de vaca! VOCÊ TA ME TIRANDO GAROTO, NÃO TEM MEDO DA MORTE!? – Disse completamente irritada caminhando até ele, apontando meu dedo na sua cara, Justin apenas me encarou inocente.

Uhum, acredito muito nisso.

- Não! Foi só um apelido, qual é garota, só quero conversar com você, podia ser um pouco menos rude?

- Primeiro: Não gosto de conversar. Segundo: Sou rude mesmo, e não vou mudar, foda-se você, eu nasci assim. E terceiro: Não tenho apelidos, meu nome é VALERIE, e se contente com isso. – Dei um sorrisinho cínico logo saindo dali.

- Tudo bem, me desculpe...Vally. – Disse rindo, rosnei já de costas pra ele, mostrando meu dedo do meio e continuando a andar.

Aquele garoto estava me irritando, e muito.

***

E assim se passou um mês, eu realmente não sei por que aquele garoto gostava de me irritar tanto, talvez pelo mesmo motivo dos outros, mas ao contrário de todos, ele não me julgava, apenas andava comigo, falando sem parar enquanto eu só me irritava, não querendo escutar porra alguma. Para ele já éramos melhores amigos, e confesso que ao lado dele eu me sentia melhor, era até mais engraçada.

Aos poucos aquele garoto estranho de outra cidade estava se tornando alguém especial na minha vida.

Ri comigo mesma da lembrança de quando conheci Justin, ele parecia o burro do Sherek, ele nunca calava a boca, e isso me irritava a maior parte do tempo. Mas era divertido.

Senti o vento ficar mais forte e mordi os lábios, agora além de medo, com frio.

A ponte estava vazia, claro, quem iria passar por ali às 3h15 da manhã? E o ambiente vazio com todas aquelas luzes fortes e o mar agitado lá embaixo não ajudavam em nada, eu somente escutava o som da minha respiração acelerada e isso me desesperava mais ainda.

Olhei uma das barras na qual eu me segurava, ali tinha uma placa azul na qual tive de espremer os olhos para ler, por culpa da claridade ali.

Falava algo sobre não cometer suicídios, nada de se jogar da ponte, e ainda tinha até mesmo um telefone para um centro de ajuda emocional, implorando para a pessoa não se jogar da ponte.

Revirei os olhos rindo comigo mesmo, tinha algo mais irônico do que uma garota prestes a se jogar de uma ponte, lendo um aviso sobre não se jogar da mesma ponte?

Suspirei fechando os olhos, eu não iria fazer isso, não agora, eu queria ter lembranças dele antes disso, reviver nossos momentos.

Bons e ruins, eram eles que haviam mudado minha vida, mudando quem eu era, e quem eu sou hoje.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO? GOSTARAM? REVIEWS? POSTO O SEGUNDO(E ÚLTIMO) CAP.?
Humm?? Haha
Beijooos :*:*
AMO VOCÊS s2s2