Nami pov’s

–Luffy o que ainda faz aqui? – eu disse me aproximando – Está muito frio para ficar aqui fora sem cobertor e nem é seu turno de vigia

Ele estava sentado no ninho do corvo, na certa pensando,ele está muito pensativo desde que saímos de Thriller Bark, acho que estava preocupado com o que nos aguardava, é estranho ver ele assim calado e afastado.

–Não consegui dormi Nami- disse ele sorrindo – Mas não se preocupe comigo.

–Não mesmo – disse me sentando do lado dele e estendendo um cobertor – Venha podemos nos aquecer com isso.

Ele se aproximou de mim e ficamos os dois enroladas no cobertor, eu não entendo por que mas estava me sentindo bem com ele tão perto de mim talvez por que tivesse me preocupado muito com ele nesses dias passados, é bom sentir ele calmo novamente.

–Nami que barulho é esse? – disse ele curioso – Acho que está vindo de mim e de você.

Ele afastou o cobertor e encostou a cabeça nos meus seios como se quisesse ouvir algo depois forçou minha cabeça contra o peito dele e falou.

–Viu?È o mesmo som,parece um tambor bem rápido.

–É o seu coração – eu respondi – Ele bate forte quando você se sente bem.

–A entendi – disse ele sorrindo – Ele está assim por que estou com você Nami,e você é uma amiga muito especial para mim.

Ao ver aquele sorriso inocente que só aquele capitão bobo sabia dar recordei de tudo que tinha acontecido e de como fiquei preocupada com ele nos dias anteriores, ver ele sorrindo assim como se nada tivesse acontecido me deixava com mais medo ainda de perde-lo, sem perceber me joguei em seus braços em lagrimas ele ficou parado como se não entende-se.

–A Luffy ainda bem que você está salvo – eu disse entre lagrimas – Lá naquela batalha você estava tão ferido, seu corpo estava tão gelado que eu pensei que...pensei que...

As lagrimas não me deixaram terminar e eu o abracei mais forte, ele segurou meus ombros e me olhou nos olhos.

–Mas eu estou vivo – ele disse sorrindo – Você ouviu meu coração batendo e o Chopper disse que isso quer dizer vida, para que prova maior?

As lagrimas que ainda escorriam ele limpou com doçura e ficou me olhando com um sorriso maroto, eu sabia qual era a prova maior, eu queria sentir o calor do corpo do meu capitão mais perto mas não sabia se podia.

–Luffy, eu posso tocar em você? – disse timidamente.

Ele me olhou confuso e não respondeu, passei minhas mãos pelos braços, rosto e abdome dele que se arrepiava a cada toque, ele é tão inocente, sentia seus muculos se contraírem nas minhas mãos, mas ele não tentou se afastar.

–Luffy... – eu chamei novamente – Eu posso beijar você?

Novamente não me respondeu, na inocência dele talvez não soubesse o que estava acontecendo ali, mesmo assim nosso lábios se selaram em um selinho que durou cerca de três segundos ate ele se afastar.

–Não entendo o que quer fazer Nami – ele disse assustado – Me explica?

–Eu adoraria – respondi sorrindo.

Mas antes que eu fala-se algo Zoro gritou lá de baixo que era hora de mudança de turno, eu um pouco frustada me preparei para descer quando Luffy me puxou e me fez sentar novamente.

–Pode deixar Zoro – ele gritou –Eu ainda não estou cansado.

O espadachim não reclamou e voltou para a cabine, eu olhei para Luffy que sorria.

–Tem certeza? – eu disse – È melhor você dormi um pouco e ...

Não terminei de falar, um beijo meu capitão me silenciou, mas esse foi um beijo serio que durou por um longo tempo que não me atrevi a contar.

–É assim Nami? – disse ele quando nos separamos – Era isso que você queria fazer?

–Você aprende rápido. – eu disse rindo - Rápido ate demais.

Adormecemos ali mesmo enroladas no mesmo cobertor, acordei em minha cabine e teria achado que foi tudo um sonho se de manha Sanji não estivesse discutindo com Luffy querendo saber o que ele tinha feito comigo na noite anterior, eu dei risada da briga mas não entrei nela, o que aconteceu naquela noite foi especial e nada seria capaz de estragar isso.