Névoa escrita por Stefany01, Catcamila


Capítulo 4
Capítulo III - O mapa




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Olhei em um dos relógios espalhados pelo alto da parede, havia mais alguns minutos, talvez eu devesse entrar nesse momento, ou esperar a hora do recreio seria melhor?

Suspirei indecisa até que uma mão tocou meu braço.

— Hã?

Dois olhos castanhos repletos de ternura me fitaram.

— Vamos voltar Chrome-chan? — Tsunayoshi disse.

— Hai... — Assenti.

Meus olhos passaram mais uma vez pela porta escura de madeira que havia visto no dia anterior.

Ao retornar as classes tudo continuou normal, os professores passaram no quadro negro fórmulas na qual eu copiei distraída, leram livros na qual minha imaginação correu solta e opinaram sobre uma nova crise que se estabelecia no Japão. Nada disso me interessava.

A única coisa que me interessava era descobrir algo novo, algo tentador, que me mudasse internamente, que me fizesse ter uma razão para viver.

O sinal avisando que o intervalo começara acabara de tocar, um grupo de pessoa já corria para fora, diferente de antes, eu já estava em pé me dirigindo até a porta.

Estranhei o fato de o chefe não perguntar algo, nem me seguir, rapidamente saí da sala e comecei a vagar pelos corredores.

Encontrei aquela porta de madeira escura, fechei os olhos e abri, não havia ninguém, como esperado, rapidamente entrei e procurei em uma das estantes os tais mapas.

Você pode estar se perguntando, besta porque você não usa seus poderes ou sei lá?

Uma das especificações de Reborn era de não usássemos nossos poderes na escola, a não ser em extremo caso.

Ao abrir um livro vários papéis e cartas caíram. Meus olhos se fixaram em uma foto. Era... a mãe de Kyoya.

Ou pelo menos poderia ser, era uma foto em que ele aparentava ter 8 anos de idade e tinha aquele mesmo... Olhar.

Com medo de ser pega me apressei em um juntar as cartas e papéis e rapidamente os coloquei de volta no livro.

Olhei para uma mesa, andei pé ante pé até ela, não havia nada mais que uma caneta e um caderno com uma tranca.

Abri uma gaveta e dei de cara com um porta-retrato, peguei o objeto na mão e pude ver as iniciais D.C atrás. Coloquei-o de volta e então vi um papel colorido.

Sorri ao ver que era o mapa que tanto queria. Meu sorriso então se desmanchou em segundos.

Podia sentir a presença de alguém por perto, rapidamente corri até a porta, encontrei um par de olhos que no fundo tinham um pouco de fúria.

— O que estava fazendo aqui Guardiã? — Hibari disse já posicionado com suas tonfas.

— Me deixe passar – disse firme.

Ele deu um meio sorriso.

— Só se for por cima de mim.

Meus olhos se estreitaram e eu dei um passo adiante o enfrentando. Ele olhou o mapa que eu tinha em mãos.

— Roubar, não esperava que uma Guardiã respeitada como você, fosse fazer tal gesto!

— Eu não quero nada seu, não sou informante, só quero o mapa.

Suas tonfas acertaram minha mão com força fazendo com que o mapa fosse jogado para longe.

— Ai!!!

— O que você quer nele?

Abaixei minha cabeça, humilhada. Levantei e o empurrei para longe com um golpe. Ele não deu mais do que 2 passos.

— Hahahahahahaha Poupe-me. Diga logo o que você quer.

Só então senti meus olhos começarem a marejar.

 Desde quando havia me tornado tão vulnerável?

~~FlashBackOn~~~

— Minha filha, minha doce bonequinha — Os olhos que me encaravam me encantavam. — Você nunca vai se tornar boa se não aprender...

Um pisão em minha mão fez com que eu grunhisse em voz baixa e fechasse meus olhos.

— Quero que treine mais 5 vezes este ataque minha flor de Lótus.

~~FlashBack Off~~

— Tão deprezivel. Tão...

Senti que seus olhos agora corriam sobre minha imagem, eu estava de joelhos sentada olhando para o chão.

— Depois de Mukuro-sama ir... Eu... Não sei mais o que é... Viver. Eu não estou aqui porque quero, eu estou aqui porque devo. Não está sendo fácil. Eu preferia estar tendo a mais das sangrentas lutas. Eu apenas...

— Você quer o mapa para achar um local para se esconder?

Balancei a cabeça em sinal positivo.

Seus pés empurraram para minha direção o pequeno pedaço de papel.

— Fique. Eu não vejo você como um inimigo. Na verdade você não tem a mínima importância para mim. Mas saiba que se fizer algo com a minha escola, sofrerá as consequências.

Me surpreendi com suas palavras, ao levantar a cabeça vi seu corpo já saindo pela porta e me dando uma ultima olhada.

Eu nunca fui assim, eu nunca falei mais do que devia, eu nunca tive sentimentos, o que está realmente acontecendo?

Antes que pudesse refletir, o sinal que já estava virando meu conhecido me avisou que deveria retornar a sala.

Desde quando o tempo passou tão rápido?

— Não importa... — Disse levantando e me dirigindo a sala de aula.

Como uma novela de tempo de guerra 
Preso a máquinas que me fazem existir 
Corte esta vida de mim...

Mal tive tempo de terminar uma de minha anotações na última folha de meu caderno, o mesmo homem que no começo da manhã foi enviado para passar uma das mensagens da diretoria, estava novamente na frente do quadro negro.

— Com licença.

— Hahahahahahahahaha

— Será que mais alguém faltou?

— Aiiiiiin essa droga de celular parou de funcionar!Arg!

— COM LICENÇA — Pediu dessa vez mais alto — Tenho um novo recado. Amanhã haverá uma gincana, os grupos serão divididos no começo da manhã e o prêmio será 1 ponto em cada matéria. O diretor pede desculpa pelo aviso em cima da hora. E diz que espera que todos venham.


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