Capítulo 11 – Pov. Jacob

Aquela garota... Era tão linda, tão gostosa... E aqueles olhos castanhos. Aquele cabelo.

A máquina lançou mais uma bola. Rebati com força, mas não forte o suficiente para que passasse da rede.

- Merda – sussurrei.

Não conseguia fazer nada direito desde que aquela garota me salvou. Renesmee... Um nome tão lindo. Diferente.

Estava tão preso em meus pensamentos que mal vi a bola vindo em minha direção.

- Cuidado – disse uma voz suave.

Virei-me a tempo de desviar da pequena bola amarela. Peguei o controle em meu bolso e desliguei a máquina. Ela levantou-se e caminhou em minha direção.

- Alteza – falou fazendo uma reverência.

Aproximei-me dela ainda mais. Estávamos tão próximos que podia sentir sua respiração.

- Para que tanta formalidade? – sussurrei em seu ouvido e senti ela se arrepiar. – Não se lembra do que aconteceu naquela noite?

Nossas testas estavam coladas.

- Senti sua falta – falou.

- Também senti – respondi passando minha mão por sua face.

Puxei-a em minha direção e beijei-a. Ela recusou de início, tentando se afastar de mim, mas logo começou a corresponder o beijo. Era suave e ao mesmo tempo urgente. Pareciam anos desde que ocorrera aquele incidente na festa.

Ela me empurrou para longe, fazendo com que nossos lábios se separassem.

- Senti falta disso – falei, buscando por sua cintura.

- Nós precisamos conversar, Alteza – disse tirando minhas mãos de sua cintura.

- Já disse que não precisa de tanta formalidade. Me chame de Jake.

Segurei a mão dela e puxei-a para perto de mim.

- Venha, vamos nos sentar.

Fiz com que caminhássemos para perto da fonte e sentei-a em meu colo.

- Você disse que precisávamos conversar.

- Sim, Alt... Quero dizer, Jake.

- Pode falar.

- Aquela noite, no túnel.

- Sim...

- O que aconteceu, foi, ao menos para mim, único. Incrível. Eu, bem, nunca fui uma menina muito comportada. Já fiquei com vários caras, mas, você é diferente. Não pelo fato de ser um príncipe, mas, você tem seu jeito de ser...

Ela suspirou e abaixou a cabeça. Vi uma lágrima escorrendo pelo seu rosto.

- Ei – falei limpando a lágrima. – Fique calma. Eu também não sou o cafajeste que todos pensam que eu sou. Na verdade, eu sou um cavalheiro. Culpa de meu avô!

Ela riu e mostrou seu belo sorriso.

- Você é linda – falei aproximando meu rosto do dela.

- Você também é.

Nos beijamos novamente. Dessa vez, era mais selvagem, mais necessitado.

- Renesmee! – gritou alguém. – Temos que ir!

Ela me deu um selinho e levantou-se.

- Aonde você vai? – perguntei.

- Para casa. Do outro lado do muro.

- Ah...

- Se quiser me ver de novo, me encontre amanhã, no jardim às 22 horas.

- Está bem. Nos vemos amanhã.

Nos beijamos e deixei-a ir.