Music Of The Heart escrita por Giovanna


Capítulo 8
1ª fase - Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA A DEMORA! Sei que vocês vão me matar, mas tá. Vou explicar. Eu to melhor, ok? Beeem melhor. Não postei, não porque aconteceu algo, mas porque eu estava em provas. Em fim, esse fico beeeeeeeeeeeem grande. Boa leitura!



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— Nico? Nico?

— Percy, olha lá.

Annabeth apontou para a direção de Thalia. Naquele momento, até a pessoa mais burra do mundo entenderia o que se passava no coração de ambos.

Thalia de um lado, estava tentando pagar na mesma moeda o que havia acontecido. E Nico, estava perdendo seu coração. Mas ele não deixaria barato. Claro que não.

— O quê?

— Foco, fé e força. Vamos.

Percy puxou o amigo e se foi, seguido por Annabeth e Jason. Nico estava pensativo depois de tudo o que acontecera. Pensativo e com raiva. Com toda a certeza do mundo.

Em outro lugar, uma garota observava pela janela tudo o que acontecia e não imaginava que amiga era capaz disso.

— Charlie, vem aqui ver isso.

— O que...? CÉUS! COMO A THALIA TEM CORAGEM DE FAZER ISSO?

— Estou me perguntando à mesma coisa.

— Essa menina não toma jeito mesmo.

Thalia, apesar de ter beijado Luke para provocar Nico, a menina sentira algo diferente neste beijo. Não era igual aos outros que já havia dado em Luke, fora especial, cheio de amor.

— Não esperava.

— Não queria me beijar?

— Sim, quer dizer, não, quer dizer... Ah merda.

Thalia riu de Luke e sua confusão. Aquele era um dos motivos por Thalia ter se apaixonado há alguns anos por ele.

— Luke, calma. Eu já entendi.

— Que bom, porque eu iria me confundir se fosse explicar.

— Louco!

— Louco não. Insano mental!

— Cala a boca, Luke!

— Cala você, Thalia...

— Chato!

— Linda...

— Claro que não!

— Tão linda... Thalia, você quer namorar comigo?

Thalia paralisou. Não esperava por aquilo e talvez não estivesse preparada para começar um relacionamento que não fosse com o amor de sua vida. Mas precisaria arriscar, senão nunca saberia se conseguiria.

— Aceito!

Luke abraçou Thalia sorrindo. Mas a menina não estava tão feliz assim. Ela não podia enganar Luke e seria isso que ela iria fazer.

— Thalia, uns amigos meus vão dar uma festa. Você quer vir?

— Claro! Por que não?

— Tá certo. Te pego aqui às 20h. Pode ser?

Thalia assentiu. Luke deu um selinho nela e se foi. Thalia subiu as escadas, pensativa, e se arrastando. Estava triste porque decepcionaria Luke, mas ela precisaria esquecer Nico, pelo menos no momento.

— Parabéns, Thalia.

— O que eu fiz?

— Me deixa ver... Beijou Luke.

— Silena, eu não fiz nada de errado.

— Claro que fez retardada.

—Silena foi um beijo. Qual é o mal de beijar?

— Claro, não tem nenhum mal. A menos que seja pra provocar alguém.

— AAAAARGH! SUA CHATA.

Thalia saiu batendo os pés, como uma garotinha mimada. Naquele momento, se lembrou de seu pai. Pai. Ela sentia tanta saudade dele. Até demais. Mas depois que ele noivou com aquela lá, nunca mais dera atenção para a menina. Era isso que faltava: Atenção. Talvez, se ela tivesse tido um pouco de atenção, não seria revoltada como é.

A tarde passou normal. Thalia passara o tempo todo tocando e ouvindo musica. Olhou no relógio, eram 19h30. A menina vestiu uma roupa qualquer, mas bonita. Iria nessa festa, para não magoar Luke, mas na verdade, ela queria ficar em casa.

— Si? Eu vou sair com Luke, tá?

— Cuidado, Thalia. Ele não é uma boa companhia.

— Começou...

— Ela tá certa, Thalia.

— Charles, e daí? Eu não vou beber, nem fumar, combinado?

— Tá Thalia. Tá. Tchau, amiga.

Thalia saiu pensativa no que Silena falara. Talvez fosse verdade... Thalia estava absorvida em seus pensamentos, até que um carro para ao seu lado.

— Luke! — Thalia o abraçou. — Ei... Porque seus olhos estão vermelhos?

— Por nada não... Vamos?

— Vamos.

Luke dirigiu até uma... Boate? O que eles estavam fazendo em uma boate? Era isso que Thalia se perguntava.

— Luke... O que estamos fazendo aqui, exatamente?

— É aqui a festa.

— Desculpa, mas eu to indo embora.

— Nada disso, você vai entrar comigo.

— Luke, eu não vou!

— Vai sim!

Luke saiu do carro, e pegou Thalia pelo braço e a levou forçada. Mas por alguma força do céu alguém interrompeu.

— Solta ela, Luke. — Luke e Thalia se viraram para trás. Lá se encontrava Percy, Annabeth e Nico. O ultimo estava aliviado por Thalia estar bem, mas estava sério, com um olhar frio e vazio.

— E você vai fazer o que, Annabeth?

— Eu nada. Mas eles sim.

Percy deu um soco no olho de Luke, que soltou Thalia. A menina foi correndo em direção Annabeth, que a abraçou e a levou para o carro.

— Annabeth, eu preciso voltar lá. Luke vai matá-los.

— Thalia, eles sabem se virar. Fica aqui.

Thalia e Annabeth observavam a briga de longe. Nico e Percy estavam em vantagem, levando em conta que eram dois, e Luke apenas um.

Luke desmaiou. Percy e Nico deixaram o menino lá, e voltaram para o carro. Percy estava apenas com um roxo no rosto e Nico com o nariz sangrando.

— Dá pra alguém explicar que diabos estavam fazendo aqui?

— Relaxa, Thalia. A gente explica tudo para você.

Annabeth foi no banco de trás, junto com Thalia, que ouvia a história atentamente.

— Bem, quando você saiu daqui, Luke ganhou fama de...

— Aproveitador de menininhas?

— Muito obrigada, Percy. Aproveitador de menininhas. Ele começava a namorá-las, na mesma noite tirava sua virgindade e se separava.

— Ei! Como ele sabia que eu sou virgem?

— Thalia, posso continuar?

— Continua.

— Ele também andou se drogando. Assim que você saiu da casa de Silena, ela ligou para nós, pedindo que te seguíssemos. Você não desconfiou do carro atrás de você?

— Sim, mas achei que fossem outras pessoas, indo para outro lugar. Não vocês me seguindo.

— Bem, que bom então. Silena estava preocupada que acontecesse isso que ia acontecer.

— Incrível, menos eu pisando na bola com vocês, vocês se preocuparam comigo.

— É isso que os amigos fazem, se preocupam um com os outros. Acho que é o mais importante da amizade.

— Que amor! Percy dirige logo. Vocês dois estão machucados e precisamos curar isso.

— Se quiser se importe com ele, de mim, eu sei cuidar. — Disse Nico, friamente.

— Cala a boca, garoto. To fazendo um favor pra você.

— Ixê! Tá quente aqui, não acha, Annie?

— Dá pra calar a boca, Perseu?

— Obrigada, Thalia.

O resto do caminho foi silencioso, um silêncio constrangedor até demais. Aquilo havia sido causado por Thalia e a culpa a consumia. Não havia percebido o quanto havia sido tola, beijando e namorado aquele garoto que havia dito que tinha mudado. Não. Nunca. Talvez ele gostasse da menina, mas era o mesmo canalha que há anos atrás pisou na bola com ela.

Sem perceber, a menina estava chorando. E não silenciosamente, mas sim escandalosamente, o que fez Annabeth a puxar, encostando a mesma em seu ombro.

— Annie, eu sou uma idiota.

— Só percebeu isso agora, meu bem?

— NICO!

— Que é, Annabeth? É verdade.

— Não, ele tem razão. Eu sou uma idiota mesmo.

— Vamos subir? Antes que Silena tenha uma parada cardíaca. Ela já me ligou umas mil vezes. — Percy.

Thalia saiu do carro, com os olhos inchados. Subiu abraçada com Annabeth, enquanto Nico e Percy vinham atrás.

— Cara, que mancada.

— Mancada? Eu to cansado de ser um bonequinho na mão daquela ali.

— É, mas não precisava ser grosso também.

— Ela pisa em geral e ninguém fala nada, Percy.

O papo morreu ali. Percy sabia que Nico tinha razão, mas Thalia era a priminha querida dele, apesar das brigas. Os quatro entraram no elevador, o mesmo silencio pairando ali.

Silena esperava com a porta aberta. Estava com uma expressão muito aflita.

— THALIA! — Silena saiu correndo ao encontro de Thalia e Annabeth. — O que aconteceu? — Annabeth olhou para Silena com um olhar “depois” e Silena assentiu. — Vem.

As três meninas entraram em casa, com uma delas chorando. Os outros dois meninos vinham logo atrás e começaram a conversar com um terceiro que encontraram.

— Thalia, agora você vai contar o que aconteceu.

— Você já deve saber da metade da história.

— LUKE FEZ O QUE EU TO PENSANDO?

— Quem fez foi outra pessoa — Thalia falou, olhando para Nico, que acabou cruzando olhar com a menina, fazendo um frio percorrer o corpo.

— Quem? Algum amigo dele?

— Silena, você é muito burra.

— Amo quando você me elogia, sabia, Thalia?

— Silena, é o Nico. — Annabeth.

— Tá brincando? Sempre soube que você gostava dele.

— Silena, não... — Disse Annabeth fazendo um gesto no pescoço, como se estivesse cortando-o.

— Deixa, Annabeth. Na verdade, eu to cansada de guardar isso. Isso dói, dói muito. Já fiz besteiras demais para ele. Tá vendo isso? — Disse Thalia, levantando sua blusa — Isso foi à tentativa de morte e sabe por culpa de quem? Daquele infeliz. Eu ia casar? Sabe por que não mais? Por causa dele. Não vou mais guardar isso. Se gosta, lucro. Se não gosta, eu não posso fazer nada.

— Uau. Não esperava por isso.

— E quer saber o que eu vou fazer? Vocês vão ver.

Thalia levantou. Caminhou até Nico e tocou em seu ombro.

— Posso falar com você?

— Vamos pra lá, deixar os dois conversarem? — Disse Annabeth falando.

— Não. Fica. Eu estou mandando. Quero que escutem.

Annabeth, Percy, Silena e Charles se sentaram, um do lado do outro. Nico olhava atento para Thalia, que sorria. Era mais que um sorriso alegre, era um sorriso contagiante.

— Vai falar.

— Claro.

— Calma, calma. Vou pegar pipoca. Já tem pronta.

Silena foi até a cozinha, e trouxe pipocas e refrigerantes.

— Ah e aproveita e pega lenço.

— Lenço?

— Sim, querida. Lenço. Anda.

Silena levantou-se novamente e pegou uma caixa de lenço.

— Sabe, eu to cansada de guardar isso. Sério. Dói demais. Tá vendo isso? — Thalia mostrou novamente o pulso. — Foi por tua causa. Quando eu estava na Alemanha, eu senti falta de todo mundo, mas inclusive a sua. Daí eu lembrei, o quanto você poderia estar feliz aqui, com uma namorada, com a sua faculdade.  Daí uma imensa tristeza invadiu meu coração. Tinha uma ferramenta do meu lado, para concertar um instrumento. Eu me cortei. Mas acabou sendo um pouco mais fundo. Eu, definitivamente, quase morri.

— Você o quê?

— Sim, eu quase morri. Daí, eu conheci meu ex-noivo. — Quando Thalia falou de seu ex-futuro marido, Nico fechou a cara. — Ele era meu melhor amigo. Começamos a namorar, e eu com a expectativa de te esquecer. Mas o que acontece de novo? Você vem na minha mente. Ele me pede em casamento. Eu aceitei. Mas eu percebi a burrada que ia fazer. Rapidamente, terminei com ele. Nisso, eu terminei a faculdade. Voltei pra cá. Daí eu descobri que você ia ser meu irmão. Revoltei-me por completo. Você começou a namorar a vaca lá. Deve ter sido bem legal, né Nico? Magoar os sentimentos das pessoas. É , com toda a certeza. Deve ter sido perfeito. Até mais que isso.

— E você? Como acha que eu me senti com você partindo pra longe? Ficando seis anos em outro país, outro continente? Do outro lado do oceano? Você não pensou, né Thalia? Você pensou que poderia estar ferindo meus sentimentos quando beijou Luke? Quando começou a namorar ele? Pode até ter sido namoro de algumas horas, mas dói em mim também.

— Pelo menos ele teve coragem de falar que me amava, di Ângelo. O que você fez? NADA. Você não é corajoso. VOCÊ NÃO É E NUNCA SERÁ.

— Quem disse? Como você sabe? Você não sabe nem a metade da minha vida, garota.

— Não, claro que não sei. Só vou dizer mais uma coisa para você. EU AMO VOCÊ.

Thalia virou as costas e saiu andando até seu quarto. Mas antes de se ir totalmente, sentiu seu braço sendo puxado.

— Você disse que me amava, mas não deu a oportunidade de dizer. Eu te amo. Amo-te bem mais. — Nico beijou Thalia. As meninas estavam chorando de alegria. E Thalia? Thalia não conseguia chorar, só conseguia sorrir. Sorria por ter conseguido dizer a todos, o que sentia e sem medo de a julgarem. De Nico saber o que ela sente por ele e por ela saber agora, da boca dele, que é correspondida. Thalia parou o beijo com selinhos.

— Você é lindo, sabia?

— Você também. Você é bem, mais.

Houve um “AWN QUE FOFO” das meninas e um “que meloso” dos meninos. Mas aqueles dois ali, só pensavam que existiam os dois.

— Espera, Thalia.

Nico mexeu no bolso, e encontrou uma caixinha pequena.

— Sabe, uma vez minha mãe falou, que os melhores presentes, são os pequenos. Eu ganhei isso do meu avô, e ele disse para eu dar para a garota que eu realmente amasse. Essa garota é você. Thalia, você quer namorar comigo?

Thalia não tinha palavras para expressar o quanto estava feliz. Não parava de sorrir.

— Claro, sim. Óbvio.

— FINALMENTE!

— O quê?

— Achávamos que vocês nunca iam parar de brigar.

— Percy, você não tem coisa melhor pra fazer?

— Na verdade, não.

— Agora tem. Vai pastar.

—Sem problemas. A gente já vai, certo, Percy?

— Claro, Annie!

— Eu também já vou, Thali.

— Por quê?

— Minha mãe pediu pra jantar com ela e seu pai.

— Manda um beijo pro meu irmão, tá? E outros — Thalia beijou Nico diversas vezes, com selinhos — mil pra você.

— Amo você. Sério.

— Eu também.

Nico, Annabeth e Percy se foram. Na sala permaneceu Silena e Charles.

— Que é? Não me digam que nunca viram nenhum casal apaixonado?

— Poxa, amiga. Que fofo.

— Eu amo ele. E sem mais. E nada, nem ninguém vão separar-me dele. Eu sei. Tenho certeza.

Mal sabia ela, que sua vida mudaria a partir de agora. Iria ser bagunçada ao máximo e tudo por causa do amor.


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Notas finais do capítulo

NÃO acabou a fic ainda. Esse é o fim da primeira fase, deixemos claro. Reviews?



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