— Em? O que você está fazendo aqui?

— Thalia, Thalia. Cada vez mais bonita.

— ME RESPONDE, CARAMBA!

— Vim visitar minha velha amiga. Não pode?

— Você? Visitando uma velha amiga? E essa velha amiga sou eu? Vai tomar naquele lugar.

— Não vai que convidar para entrar?

— Não.

— Sem problemas, eu entro assim mesmo.

Thalia foi empurrada para dentro, caindo no chão. Dentro de seu quarto no hotel, entrava um garoto, seguido por sua irmã.

— Você não quis sair da minha frente...

— Garota, você é nojenta.

Thalia se levantou.

— Thalia, Thalia. Não fale assim com a minha irmã. Não se esquece que ela é sua cunhada.

— CUNHADA? Escuta, você sabe muito bem que eu terminei com você. Não fala merda não.

— Minha querida, eu não me lembro disso não...

— Não? Então pode deixar que eu te lembro. Querem se sentar? Claro que querem.

Thalia pegou Stephanie pelo cabelo e a jogou no sofá, com toda a sua força, ignorando as reclamações daquela ali.

— Sabia que você podia ter arrancado meu cabelo?

— A intenção era arrancar a sua cabeça.

Naquele momento Thalia se deu conta que todos os seus amigos e seu namorado estavam parados ali, olhando a cena assustados. Até que Annabeth decidiu quebrar o silêncio:

— O que você está fazendo aqui, Stephanie? Não ofendeu a mim, Silena e Thalia demais por hoje?

— Calma... Agora tem a segunda parte, que em minha opinião é a melhor.

— Sua opinião não vale pra nada, Stephanie. Se toca.

— Thalia, não é pra você ficar respondendo minha irmã.

— E vai fazer o que, Stephan? Me bater?

— Se for preciso...

— Para vocês dois. Não é pra ficar brigando por mim.

— Por você? Alguém vai brigar por você? Stephanie vai ver se eu to na esquina.

— Não, querida. Ainda não é seu horário de trabalho.

— O meu ou o seu?

— O seu mesm... Quem são esses meninos lindos?

— Meninos lindos o caramba. — Silena.

— Calma, Si. — Charles.

— Calma? Ela fala isso e você quer que eu tenha CALMA? Ela pode falar da minha maquiagem, do meu cabelo, mas não do meu namorado.

— Sem problemas. Ainda tem dois garotos lindos, gostosos e tudo de bom.

— Repete vadia. Repete e eu quebro seus dentes. — Thalia.

— Sem nenhum problema. Os dois são perfeitos, gostosos e seriam perfeitos lá na minha cama. Principalmente o de olhos negros.

— Mas agora você morre. — Thalia foi pra cima de Stephanie e deu um tapa na face da menina.

— O que, o menino é teu namoradinho? Ah, esqueci. Ninguém gosta de você.

— Perguntei alguma coisa? Quer apanhar mais? Eu não tenho nem um pingo de medo de te bater.

— Thalia controle-se.

— CONTROLAR? ELA ACABA DE FALAR QUE O MEU NAMORADO É GOSTOSO E PERFEITO. VOCÊ QUER QUE EU ME CONTROLE? A ÚNICA PESSOA QUE PODE FALAR ISSO SOU EU.

— Ah, então ele é seu namorado? Eu sabia...

— E se for, tem algum problema? — Pela primeira vez, Nico dirigiu a palavra para Stephanie.

— Tem, porque então você tem um concorrente, que ao meu ponto de vista, é perfeito.

— Perfeito? Você acha seu irmão perfeito? Por favor, Stephanie. Ele não tem nem a metade das coisas que o meu namorado tem.

— Thalia, olha pra mim. Fala que você não sente saudade dos nossos beijos?

— Eu... — Thalia olhou para Nico, que invés de olhá-la confiante, mudou. Agora a observava sem esperanças, sabendo o que a menina responderia. Ia se decepcionar com ela e muito. Mas não, não era aquela a resposta que todos pensavam. Thalia não sentia mais nada por Stephan, na verdade, nunca sentira. O dono de seu coração, sempre foi Nico e ela faria o possível para provar. — Você quer saber a verdade?

— Claro...

— Eu me lembro deles. Como OS PIORES DA MINHA VIDA. Você beija extremamente mal, não sei como consegue ficar com tantas meninas. Você quer saber o que é um beijo de verdade e cheio de amor? Isso. — Thalia andou até Nico, que já andava até o seu quarto, e o beijou. Um beijo de verdade e cheio de amor. Um amor desigual, que ninguém jamais sentira, a não serem aqueles dois apaixonados ali.

— Eu tava começando a desconfiar que você não me amasse. — Sussurrou Nico.

— Nunca, repetindo, nunca mais repita isso. — Thalia beijou Nico novamente.

— Thalia, você me paga.

— Te pago? Quanto eu devo pra você?

— Cínica. Mas fica atenta. Que agora você não vai ter mais paz.

— Oh... Que medo! — Thalia fingiu estar assustada.

— É bom que tenha mesmo. Você não sabe do que eu sou capaz.

— Sei, sei muito bem. Sei o veneno que você e essa cobra-irmã ficam soltando para quem não faz o que vocês querem. Mas eu não vou terminar meu namoro com Nico e muito menos deixar alguém como a Stephanie ou você acabar com isso, estamos entendidos?

— Veremos.

Stephan e Stephanie deram as costas para os seis amigos. Mas Thalia tinha mais coisa pra falar, mas resolveu resumir tudo.

— Espera Stephanie. — Thalia pegou a cabeça da menina e bateu na parede, segurando o queixo da mesma, que tinha as unhas de Thalia quase entrando no mesmo. — Nunca, nunca mais repita o que você disse sobre o meu namorado. Caso você não tenha percebido, ele é só meu e eu não quero que você perto dele. Quero uma grande distancia dele. Senão, quem correrá perigo de vida, será você. — Thalia disse com voz de psicopata. Stephanie engoliu em seco e se foi, seguindo o irmão.

— Não gostaria de estar na pele dessa menina.

— Você não sabe nem a metade das coisas que eu posso fazer. Se toca, Percy. — Disse Thalia, indo abraçar o namorado.

— Sabe, eu acho que você deveria se controlar, Thali.

— Não me manda me controlar, Nico. Você acha que é fácil ver uma antiga amiga sua dando mole pro seu namorado? Mas também, eu não estava com ciúmes.

— Não, claro que não.

— Claro que não! Eu estava normal.

— Você fez, sei lá, um show aqui e não estava com ciúmes, claro que não. Você tava fritando pasteis, né?

— Sabe que você me deu uma boa ideia, Si?

— Sério? Qual?

— Te fritar junto. Um novo sabor para o pastel: Uma garota patricinha e idiota, que ama se meter na vida dos outros.

— Claro e o outro sabor seria: Punk idiota, que ama muito a garota patricinha.

— Que bom que sabe.

— Meninas, muito obrigada pela parte que me toca.

— Ah e claro. Não podemos esquecer o outro e melhor sabor: Nerd que é apaixonada pelo burro. — Thalia.

— Annie, você tá apaixonada por outro?

— Eu não disse? EU DISSE!

Charles comentou com Percy que o “burro” que Thalia disse, era ele.

— Ah entendi... EI!

— Demorou, em amigo?

— Desculpa se não sou tão rápido pra pensar, Thalia.

— Me erra. Enfim, vou tomar sorvete, comer chocolate e acabar com todos os doces daqui.

— Vai ficar gorda.

— Ti ferra, Charles.

— Eita boquinha!

— É. E a boquinha só o Nicão aqui que pode beijar. — Nico deu um selinho em Thalia.

— Que bom que sabe!

— Mas é sério. Eu vou comer.

Thalia saiu correndo até a mini-cozinha que tinha ali e em alguns minutos, voltou com dois potes de sorvete e duas barras de chocolate.

— Esfomeada!

— Me estressei demais. Preciso comer. Com licença.

— Tá brincando que vai comer tudo isso sozinha?

— É claro que não. Vamos peguem!

Bem, não se pode dizer muita mais coisa daquele dia. A única coisa que se pode dizer, é que eles passaram a tarde inteira brincando, comendo e assistindo filme.

Paris era um lugar lindo. Mas guardava grandes problemas para nossos casais. Mas por enquanto, vamos deixar o futuro para pensar depois, vamos se focar no presente. Porque isso que importa.