Levei Stefan ao barzinho na cidade vizinha, esperando não trazer lembranças da mosca-morta. Sentamos numa mesa e ele saiu rapidamente para pegar nossas bebidas e, nesse meio tempo, um cara sentou no lugar dele. Olhei pra cima, pronta pra ameaçar a vida do tal homem, mas o reconheci.

-Nick! - Gritei feliz, quase pulando em cima dele, não fosse a mesa entre nós.

-Como vai, Franciele! - Ele saudou de volta, também animado por me ver. Nesse momento, Stefan voltava com duas cervejas, uma em cada mão e parou, parecendo tenso demais para dar mais um passo.

-Klaus? - Stefan sussurrou incrédulo.

Pov 3° pessoa

-Olá Stefan... Como vão indo as coisas? -Klaus disse com um sorriso amigável.

-O que faz aqui, Klaus? - Stefan perguntou tenso e o hibrido deu de ombros.

-Estou tendo alguns problemas e resolver as coisas sozinho é entediante. - klaus comentou com a expressão entediada.

-Espera aí: Você conhece Stefan? E, porque diabos ele está te chamando de Klaus? - Fran perguntou confusa pra Klaus, que soltou uma risada e fez sinal pra que Stefan sentasse. Assim que Stefan o fez klaus pegou uma das cervejas e se serviu.

-Meu nome é Niklaus, querida. E sim, Stefan e eu somos velhos amigos. - Klaus respondeu calmamente e Stefan bufou, discordando do hibrido.

-E, durante cinquenta anos você não arranjou um tempinho de me informar isso? - Fran perguntou exasperada.

-Ah, você sabia, Franciele. Só não lembra no momento. - Ele falou se divertindo com o momento. Logo quando Fran ia tirar essa historia a limpo, Stefan a interrompeu.

-Você conhece Klaus, Franciele? -Ele indagou, se inclinando pra ela.

-Lembra-se que nossa querida Fran passou alguns anos desaparecida, Stefan? Pois bem, talvez eu tenha algo a ver com isso... - Klaus disse antes que ela pudesse responder.

-Franciele estava com você?! - Stefan falou, alto demais até, as pessoas da mesa vizinha olharam de relance. Klaus apenas voltou a gargalhar.

-O que Stefan? Ela precisava de alguém pra ensiná-la a ser uma vampira de verdade e além disso, ela pode ser muito divertida quando quer! Claro que você era mais... Aliás, como vai indo? Já desistiu da sua depressão e começou a ser aquele cara legal que era antes? - Klaus disse em tom de brincadeira. Stefan bufou.

-Por que ? Por que está aqui? - Stefan perguntou cruzando os braços e se negando a mudar de assunto.

-Ora, apenas visitando um amigo... - Klaus disse tranquilamente. Stefan apenas o encarou com incredulidade. - Bem, eu queria prepará-lo melhor pra isso, mas se quer tanto saber...

Klaus se interrompeu no meio da frase e, para espanto dos vampiros, segurou firmemente na camisa de Stefan, o forçando a encará-lo.

-Nick! - Fran arfou, sem entender direito o que acontecia. Klaus sorriu novamente e encarou Stefan.

-Agora lembre. - Ele disse, usando compulsão e Stefan parou de lutar para se libertar, seu rosto ficando em branco. Alguns segundos depois, seus olhos pareceram voltar a fitar o hibrido a sua frente.

-Eu lembro de você... Éramos amigos. - Stefan sussurrou e Klaus sorriu de lado.

-Nós somos. Agora vamos, preciso descobrir o porquê de meus planos não estarem dando certo.- Klaus respondeu.

Pov Lizzie

-Ele fez o quê? - Gritei sem acreditar nas coisas horríveis que Elena acabava de me dizer.

-Então, a prefeita Lockwood ligou pra o ex-marido gay da xerife pra torturar a barbie vampira? - Damon perguntou, o olhei com repreensão, o assunto era sério.

-Sim. Ela tem mantido ele preso pra ter certeza de que a verbena saiu de seu organismo e, bem, ela queria que você passasse à amanhã pra fazer ele esquecer de tudo... Você sabe... Aquela coisa de hipnotizar e tal.. - Elena disse pouco a vontade. Acenei em entendimento, mas Damon fez uma careta.

-Não podemos matá-lo? - Damon falou, como se fosse o melhor a se fazer. Elena engasgou ao meu lado.

-Não! Claro que não, Damon! É o pai da Car! - Ofeguei, Damon apenas deu de ombros.

-Ele parece um idiota pra mim. - Ele murmurou. Me limitei a rolar os olhos.

-Então, Elena... Como Caroline está? - Perguntei, me voltando pra Elena novamente e simplesmente ignorando o que Damon disse.

-Não muito bem, mas Tyler está ajudando ela. - Elena murmurou.

-Tyler?! - Perguntei, aumentando a voz pela surpresa.

-Sim e nem me pergunte sobre isso...Coisas de Caroline. - Elena disse na defensiva e reprimi as novas perguntas que ameaçavam escapar da minha boca.

-Ok... Eu acho que por hoje já tive informações demais. Está tarde, deveríamos dormir. - Sugeri, percebendo o modo que os olhos de Elena lutavam para ficarem abertos.

-Certo, mas... Bem, eu pretendo ver Stefan amanhã. - Elena avisou, soando decidida. Damon e eu a olhamos com repreensão ao mesmo tempo.

-Elena, você sabe que é melhor não. - Damon avisou.

-Eu vou. Mesmo que vocês não venham comigo eu vou procurar Stefan e falar com ele. - Ela teimou. Por um lado, eu a entendia: Deveria ser horrível estar longe do cara que ela ama quando ele está precisando dela...

-Ok, eu te levo amanhã. - Disse calma, mal esperava pela cena que Damon faria.

-O quê? Não! Ela não vai ver Stefan! - Ele falou alto, quase gritando comigo. Desviei o olhar dele e respirei fundo, contando até dez para reprimir minha raiva e não gritar de volta. Elena aproveitou minha pausa e explodiu por mim.

-É claro que vou! Você não vê que Stefan precisa de mim, Damon? - Ela gritou de volta.

-Não, ele já tem a Franciele. - Damon falou vagarosamente e isso fez Elena calar e ficar triste.

-O que não é a mesma coisa, além disso ela quer vê-lo. Qual é o problema disso? - Perguntei com a voz neutra, observando-o. Damon apenas semicerrou os olhos com raiva e nos encarou.

Claro que ele não diria o problema real: Ele não queria que Elena e Stefan voltassem a ficar bem. Ele estava com ciumes de Elena.

Sempre Elena. Repeti pra mim mesma amargamente. Não importava o como havia sido bom meus últimos dias com Damon, como ele parecia gostar de mim: No final, seria somente com Elena que ele estaria preocupado.

-Foi o que pensei. - Sussurrei de modo que só Damon ouviria, depois falei mais alto. - Pode ir dormir, Elena. Amanhã iremos ver Stefan. Eu precisava checá-lo, de qualquer maneira.

Elena assentiu, vitoriosa e subiu as escadas. Damon me encarou, ainda com aquela expressão de raiva e eu me limitei a encará-lo de volta até que começou a ficar cansativo e rolei os olhos.

-Sério? - Perguntei bruscamente, meu estado estava entre incredulidade e raiva.

-O quê? Eu só estava protegendo-a de se machucar... - Ele falou, levantando e indo até uma de suas garrafas de wiski. Suspirei.

-Damon, meu querido Damon... - Cantarolei, indo até ele, parando bem na frente dele. - Está na hora de amadurecer. - Avisei.

-O quê? O que eu fiz agora? - Ele perguntou, a imagem da inocência. Bufei e balancei a cabeça, desistindo.

-Sabe de uma coisa? Não importa. Já tive o suficiente por hoje. - Disse, subindo pro meu quarto, sem nem ao menos dar a ele a chance de responder. Estava muito zangada e, com certeza acabaria brigando com ele si ficasse ali.

Pov Julia

Sentada no banco da praça, com meus fones de ouvido explodindo minha cabeça e com um livro velho que havia ganhado da minha tia vampira. O que eu estava tentando fazer? Relaxar e espairecer o fato de que o vampiro que mora na minha casa quer que eu manipule minha própria prima.

Tentava me concentrar um pouco naquele livro, quando um leve movimento no banco me fez perceber que tinha alguém ali. Tirei os fones de ouvido e olhei pro lado. Elena – Legal!

-Ei, Elena! Bom dia! - Cumprimentei e ela cruzou os braços, parecendo muito zangada. -O que foi?

-Eu não disse pra ficar longe disso? - Elena estranhamente falou. Franzi a testa.

-Hã? Longe do quê? - balbuciei, confusa. Elena rolou os olhos.

-Francamente, Júlia! Não me diga que até você me confundi com aquela cópia barata... - Ela respondeu e eu arregalei os olhos.

-Kat! - Gritei pra ela, me jogando contra ela e passando os braços ao redor dela num abraço desajeitado.

-Tá, tá.. já chega. Eu já disse pra parar de fazer isso toda vez que me vê! - Ela falou, se livrando do meu abraço. Me ajeitei no banco, um pouco envergonhada.

-Desculpa. - Murmurei, ainda sorrindo pra ela.

-Certo, agora me diga o que você está fazendo aqui quando Isobel mandou que ficasse onde estava? - Ela falou cruzando os braços.

-Eu não sei! Me digam vocês! Me deixaram sozinha por tanto tempo! Tive que começar a me virar! Sabe pelo que já passei? Eu quase morri! Um vampiro idiota quase me mata e um tempo depois, adivinha? Descubro que ele é o namorado da minha prima! - Dizia, até que Kat me parou.

-Stefan? - Ela perguntou, erguendo uma sobrancelha e eu assenti. - Interessante...

-Então, onde você e minha tia se enfiaram esse tempo todo? - Perguntei. Kat deu de ombros.

-Eu, procurando você e monitorando Klaus, como sempre.. Isobel, morreu. Definitivamente. - Ela disse calma.

-Tia Isobel morreu? - Repeti, meus olhos embaçados pelas lágrimas que vieram rapidamente.

-Shh... Esse não é o ponto. Você precisa voltar, se quiser ficar fora dessa bagunça. - Ela fincou pé. Franzi os lábios.

-Não posso. - Respondi imediatamente e ela franziu a testa.

-Por que não? - Perguntou interessada e eu pensei sobre isso.

-Eu... Eu não sei. Tudo o que sei é que não posso. Eu tenho que ficar, Will ainda precisa de mim. - Expliquei um pouco confusa se era realmente isso, mas decidi deixar pra lá.

-Will? Quem é Will? - Ela indagou, seus olhos sérios. Logo quando ia responder, encontrei mais uma barreria em meu cérebro: Eu não devia contar sobre Will pra ninguém.

-Não posso contar. - Disse, desviando o olhar.

-Júlia, isso é sério! Me conte quem é ele! - Ela voltou a comandar e eu apenas neguei com a cabeça. Kat se calou por um instante, me analisando.

-Onde está sua pulseira com verbena? - Ela tentou e eu soltei a respiração de uma vez.

-Eu não devo usar verbena. - Disse, mais uma vez sem pensar e Kat levantou as sobrancelhas, parecendo que havia descoberto uma charada.

-Júlia, quem é Willian e o que ele fez com você? - Ela perguntou me olhando nos olhos e eu tive que responder, ela também estava fazendo aquilo: usando compulsão. Por um momento eu pensei que minha cabeça fosse explodir, tantas ordens diferentes...

-Willian é um vampiro. Ele me salvou de Stefan quando ele quase me matou e agora ele está morando comigo... Mas ele quer que eu o obedeça e isso é muito chato porque eu não posso dizer não! - Desabafei, feliz por poder ter finalmente dito isso pra alguém. Katherine ficou visivelmente chateada com aquilo.

-Onde você está morando? - Perguntou, já levantando do banco.

-Hmm... É aqui perto... Porque? - Disse confusa, já levantando também. Katherine deu um sorriso perigoso.

-Acho que vou fazer uma visitinha pra esse tal Willian... - Ela ronronou daquele jeito que me dava medo e eu dei de ombros, começando a guiá-la pra minha casa.

****

-Argh! Ele nunca vai voltar não? - Katherine reclamou pela decima vez, enquanto andava pela sala.

-Calma, ele sempre demora mesmo... Daqui a pouco ele aparece... - Disse tranquila, ainda sem entender o porquê de Katherine querer tanto ver Will.

Mal acabávamos de falar, a porta da frente foi destrancada e logo Willian apareceu na sala sorrindo.

-Olá, Júlia e.. hum... Elena? O que faz aqui? - Ele parou rapidamente, olhando pra Katherine. Ela, por sua vez, olhou pra ele com um sorriso brilhante.

-Olá bonitão... Não achei que veria você novamente!