Pov Lizzie

-Klaus não esta cumprindo o acordo. Ele vai continuar com isso até que um dia vai descobrir sobre Elena ou... Sobre mim. - Sussurrei com a voz trêmula de medo, quando Damon voltou de sua missão macabra de “esconder o cadáver”.

Ele sentou ao meu lado no banco de madeira e pegou minha mão. Enquanto eu só conseguia pensar que havia colocado em risco os séculos que passei me escondendo de Klaus e agora era só uma questão de tempo pra que ele soubesse que estou viva e aí ele viria atrás de mim. Minha respiração acelerava a medida que compreendia o quão perto chegamos de sermos descobertos hoje.

-Shh... Vai ficar tudo bem, bruxinha... - Damon disse, passando os braços ao meu redor. Me atirei no abraço dele, precisando me sentir segura, como sempre me sentia quando ele estava perto. O resultado foi imediato: A sensação de segurança se espalhando pelo meu corpo enquanto eu escondia meu rosto em seu peito e me acalmava.

-Vamos? - Ele chamou um minuto depois, me deixando um pouco confusa. Levantei o rosto, dando de cara com seu sorriso. -Acho que se temos tão poucos momentos calmos precisamos aproveitar, não acha? A festa ainda não acabou...

Sorri, a animação voltando com tudo: Ele tinha razão, não vou ficar perdendo tempo me lamentando.

Aceitei a mão de Damon e ele me guiou até a pista de dança, onde uma música muito dançante estava tocando e ele rapidamente entrou no ritmo e começou a me girar, fazendo uns passos bem engraçados dos quais eu quase engasgava de tanto rir quando tentava imitar. Em pouco tempo, ele havia afastado todo o desânimo que eu tinha e a música foi trocada por uma lenta.

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Pegue a minha mão, eu vou te ensinar a dançar.
Eu vou te fazer girar, não vou deixar você cair
Quer me deixar guiar? Você pode subir nos meus pés
Tente, vai ficar tudo bem

Damon descansou as mãos em minha cintura ao mesmo tempo em que meus braços envolveram seu pescoço, ele me puxou para mais perto, nossos corpos colados um no outro.

O ambiente está em silêncio
E agora é o nosso momento
Entre no clima, sinta e fique firme
Olhos em você, olhos em mim
Estamos indo certo

Olhei para cima e encontrei com seus olhos azuis que me atraiam como imãs, expulsando de minha mente todo e qualquer pensamento que não fosse sobre nós, como se não houvessem mais problemas ou perigos. E, era exatamente assim que eu me sentia enquanto estava nos braços dele: Segura, completa. Sorri com o pensamento e Damon tirou uma de suas mãos de minha cintura para colocar uma mecha de meus cabelo para trás da orelha.

Holofote brilhando, somos só nós
Somos oh, oh, oh, oh, só nós uh, uh, uh, uh, nós.
E todo coração no lugar vai derreter
Essa é uma sensação que eu nunca tive, mas
Somos oh, oh, oh, oh, só nós

Sua mão levantava meu queixo e ele se aproximou, depositando um leve beijo na ponta do meu nariz. Fechei os olhos, sentindo os lábios de Damon descerem e roçarem levemente sobre os meus, minhas mãos se moveram em seu pescoço e alcançaram sua nuca, o puxando mais pra mim e me perdi no beijo.

De repente, eu me sinto corajoso
Não sei o que deu em mim
Por que me sinto assim
Podemos dançar devagar?
Posso te segurar
Posso te segurar pertinho de mim?

Quando me separei um pouco dele para respirar, vi os olhares que as pessoas nos lançavam e percebi que estávamos nos empolgando demais, de um jeito que não era nem um pouco educado de se fazer na frente de testemunhas.

-Não podemos ficar fazendo essas coisas em público, Dam... O que vão pensar de nós? - Falei em meio aos beijos que distribuía em seu pescoço.

-Que se danem... - Ele murmurou, alcançando novamente minha boca e me beijou, me deixando ofegante. Num movimento rápido, desviei dele, quebrando o beijo.

-Damon, não podemos...- Murmurei, me interrompendo para dar a ele um sorriso malicioso. -Não aqui. - Completei, meus dedos caminhando por seu peito. Ele devolveu meu sorriso.

-Oh, você é má... - Ele disse com um sorriso de aprovação e, antes que eu percebesse suas intenções, deslizou o braço sob meus joelhos e me ergueu nos braços.

-Damon! - Ofeguei enquanto tudo ao meu redor girava por contado movimento rápido. A resposta dele foi apenas dar um risadinha diabólica enquanto me carregava da festa.

**

Eu realmente não faço a mínima ideia de como chegamos a isso, mas no momento, Damon e eu dançávamos como dois malucos pela casa vazia dos Salvatore, cada um com uma garrafa de wiski na mão, o que não estava ajudando muito com essa coisa de manter o controle.

O fato incontestável era que Damon me fazia tão bem... Num instante eu quase perdi a cabeça pelo medo que eu tenho de Klaus, e no outro estou aqui dançando e me divertindo. Ao lado de Damon, eu me sinto invencível, como se quando estávamos juntos, nada pudesse me atingir.

Deus, como eu amo esse homem...

Emoções encheram meu corpo, como se ele implorasse por contato com Damon e, sem conseguir me conter, me aproximei dele e o beijei. Damon não precisou de um segundo estimulo e me segurou firme, meus pés saíram do chão e eu enrosquei as pernas ao redor da cintura dele.

Pude sentir o vento passando por mim numa velocidade vertiginosa, quando ele rapidamente me levou ao quarto dele e num segundo, eu estava deitada em sua cama. Damon quebrou o beijo e me olhou intensamente.

-Você tem certeza de que quer fazer isso? - Ele perguntou sério, nos seus olhos o desejo era quase palpável.

Eu fiquei aturdida com a pergunta: até agora estava me deixando levar apenas por instinto, não pela cabeça. Quando percebi o que estava prestes a fazer, um surto de ansiedade e medo passou por mim mas, quando olhei nos olhos dele, sabia que não tinha mais volta. Não havia a menor possibilidade de não ceder a ele quando ele me olhava daquele jeito- como se eu fosse a coisa mais maravilhosa do mundo, algo incrível.

-Sim, eu quero... - Respondi, enviando pelo olhar toda a certeza que tinha em mim.

Então a boca dele estava na minha de novo a intensidade aumentando. Famintos, como se não conseguíssemos chegar perto o suficiente, nos agarrávamos um ao outro, minhas unhas arranhando a pele descoberta de sua barriga e arrancando dele um som de contentamento enquanto as mãos dele moveram-se para minhas coxas que a essa altura estavam ao redor dele.

O tecido da camisa que Damon usava rasgou sob meus dedos ao mesmo tempo que ele fazia o mesmo ao meu vestido, e logo não havia mais noção de tempo ou lugar, somente nós dois e a atração desenfreada que agia em nós.

**

Pov 3° pessoa

-Stefan, você não pode ficar assim pra sempre! Foi só mais um humano, nada demais! - Disse Fran impaciente para Stefan, que parecia desequilibrado.

-Nada demais?! Veja o que eu fiz com ele! - Stefan apontou para o corpo desfigurado no chão e ela fez uma pequena careta.

Admitia que aquilo não estava mesmo nem um pouco bonito de se ver: O cadáver do rapaz no chão estava desfigurado, o corpo caído de um jeito antinatural, enquanto sua cabeça estava há alguns metros distante – A expressão de horror cravada para sempre nas feições mortas.

-Argh! Acorda Stefan! Você é um vampiro que matou um humano! Você só seguiu o que sua natureza mandava, não pode passar o resto da sua vida se lamentando pelo que você é! - Discutiu, sua teimosia característica aparecendo.

-Vá embora, Fran. Você não está ajudando! - Stefan praticamente gritou e ela arregalou os olhos, surpresa e magoada ao perceber que havia o estava incomodando.

-O quê? Não! Eu não posso te deixar sozinho! -Fran rebateu, insatisfeita com o rumo que a conversa tomava.

-Sério, Fran... Preciso ficar sozinho por um tempo. Prometo que vou ficar bem. - Ele falou, se afastando dela, para olhar mais uma vez pro corpo.

Com certeza Stefan ficaria a noite toda se martirizando por aquilo e, não havia nada que ela pudesse fazer por ele, ao contrario, se ficasse aqui iam acabar discutindo pelo fato sem sentido de ele ficar tão mal por ter feito isso. Era melhor se afastar, além disso, ela sabia exatamente para onde ir: O aniversário da Elena.

Entendiado, Willian vagava pela festa que parecia estar longe de ter um fim, esperando que Elena e Júlia terminassem o momento de emoção entre primas. quando avista sozinha encostada em uma árvore uma loirinha, que estava abertamente lançando a aniversariante um olhar mortal. Curioso, se aproximou da garota.

-Tentando matar alguém com a força da mente? - Ele perguntou, se postando ao lado da garota e olhando para a mesma direção que ela, onde Júlia e Elena conversavam animadamente.

-O que quer, idiota? Não tem mais nada pra fazer não? - Ela disparou, sem paciência para aguentar um engraçadinho.

-Sabe, se queria ver Elena morta, não devia vir a uma festa que celebra a vida dela... - Ele cutucou novamente, gostando do novo passatempo que arranjou: Irritar a loirinha.

-E se quiser poupar a si mesmo de uma morte lenta e dolorosa, devia sair de perto de mim agora. - Ela rebateu, começando a ficar com raiva.

Willian ficou confuso com o comentário da garota – Aquilo não era algo que uma humana falaria. Lembrou-se então que o Salvatore mais novo havia sido libertado da sua tosca prisão e havia ganho uma “babá”, uma ex-namorada que havia voltado depois de anos. Será?

-Não me diga que é a babá do nosso pequeno Salvatore? - Ele perguntou, pegando Fran de guarda baixa.

-O quê? O que sabe sobre isso? - Ela perguntou, franzindo o cenho e o fitando. Willian abriu um sorriso.

-Oh, essa festa está cada vez mais melhor!... E em pensar que estava justamente querendo encontrá-la! - Will falou sorrindo para a vampira, que estava cada vez mais confusa.

-Me encontrar? Pra quê? - Ela perguntou desconfiada.

-Bom, eu gostaria de fazer uma aliança com você... Acho que não deve saber quem sou eu, não é? - Ele perguntou, continuando quando ela negou. - Bom, sou Willian Conicelli, prazer.

-Hmm... Que tipo de aliança você está propondo? - Fran queria ir direto ao ponto, ainda sem entender o que se passava.

-Veja bem: É verdade que você deseja que Elena fique bem longe de Stefan, não é? Quer que Stefan

esqueça dela? - Ele sondou e Fran semicerrou os olhos.

-Certo. - Afirmou ela, lembrando dos momentos em que Stefan ficava calado e pensativo, preso em seu casulo de dor, dor que, uma vez confessou ele, era por não estar com Elena.

-Eu, por minha vez quero que Elizabeth fique longe de Damon. O que proponho é que juntemos nossas forças para que Damon e Elena fiquem juntos. Isso faria Elizabeth e Stefan recuarem. - Willian explicou com um sorriso satisfeito. Um sorriso maldoso começou a nascer nas feições delicadas de Fran.

-É uma boa proposta... Estou dentro. Qual seu plano?- Ela perguntou, gostando do novo tratado.

-Deixarei você saber em outro momento, agora preciso ir. - Willian apressou, percebendo que a conversa das primas chegava ao fim.

-Ok, estarei esperando, sócio. - Fran brincou, dando as costas a Willian e voltando para encontrar Stefan, pensando que ainda teria muito sujeira pra limpar antes que descobrissem as novas peripécias dele.

Willian sorriu, satisfeito com a nova aliada e esperou calmamente que Júlia viesse até ele. Ela, por sua vez, o surpreendeu, atirando os braços ao redor do vampiro.

-Obrigada. - Ela sussurrou para Willian.

O vampiro demorou alguns segundos para entender a atitude da garota, mas tão logo entendeu o que acontecia, retirou os braços de Júlia.

-Não, não. Nem tente, você não vai fazer isso... - Ele murmurou para Júlia, a deixando confusa.

-O quê? Eu só estava agradecendo... - Ela disse franzindo a testa e o encarando, tentando entender a carranca que estava no rosto dele.

-Ah, as Petrova... Quase tinha me esquecido de como é difícil lidar com vocês... - Ele disse com um sorriso amargo, lembrando-se de Katherine.- Vamos, você precisa descansar, você terá muitas coisas a tratar nos próximos dias...