Havia se passado sete meses desde que Apolo me pediu em namoro. Pois é, estamos namorando.

Ainda não voltei a falar com meu pai. Ele tenta conecções mas, elas não duram muito.

Acho que se ele quer realmente voltar a falar comigo, tem que estabelecer contato de verdade. E não me bater nunca mais.

Hoje eu iria entrar numa faculdade de medicina. Conseguimos entrar no curso de medicina de Yale. Uma das melhores faculdades dos Estados Unidos. Iria começar o curso de pediatria, e junto comigo iria a *Hanna e *Gwen, uma filha de Apolo. Iriamos fazer o mesmo curso, as três.

Mencionei que agora sou amiga de Hanna? Pois é.

- É realmente muito bom conhecer pelo menos uma pessoa no primeiro dia de aula.  - Gwen murmurou. 

- É, eu sei. - Hanna respondeu. - Gwen, não é estranho fazer faculdade com sua quase madrasta?

- Não, porque é mais estranho saber que a sua mãe pediu para você fingir ser namorada do meu pai.

Eu ri. A Hanna era ótima como amiga, mas não era nada legal de lembrar dela nos braços do meu namorado.

- Ah, ok. Esquece isso, é passado. - ela disse. - Nossos horários batem de primeira aula? 

- Batem, sim. - falei.

- Aham. - Gwen confirmou.

- Se não tiver um menino bonito eu juro que eu tenho um ataque. - Hanna começou a pular.

- Fica quieta, e relaxa.

- Ah é fácil para você falar, Camila. Você está com o gostosão do...

- Veja como fala do meu pai, srta. Collins.

- Como quiser, sra. Simpson.

- Collins, Hale e Simpson. - falei. - Grupinho variado o nosso, não?

Nós rimos e continuamos a andar pelo campus da faculdade, até encontrarmos nossa classe. 471. 

- Sentem-se. Eu sou o professor Davi Smith, mas me chamem apenas de Davi, ou sr. Smith, como preferirem. - o professor disse. - Hoje, nós vamos analisar um defunto para saber do que ele morreu.

- Credo! - alguns murmuraram. Inclusive Hanna e Gwen.

Não gostei que veio de shorts, - ouvi a voz de Apolo soar em minha mente - e você está chamando a atenção, como sempre.

Sorri. Apolo era muito fofo. E protetor.

- Oi. - um menino disse,se aproximando de mim. Ele era ruivo, cabelos desengrenhados e olhos azuis opacos. Não era muito bonito nem muito alto, mas parecia ser simpático. - Sou Lucca. 

- Oi. - respondi. - Sou Camila.

- Hã. Posso te perguntar uma coisa?

- Pode.

- Você é solteira?

- Não. Eu tenho namorado.

- Hm. Ele é daqui?

- Bom, ele é grego. - falei rindo. - Mas fala inglês muito bem e mora em Nova Iorque.

- Ah. Deve ser horrível esta distância. - ele comentou.

- Hm. É, de certo modo. 

- Como?

- Não, nada. Esqueça.

- Olha, se ele está tão longe, acho que, você não merece esperá-lo. Digo, sabe Deus o que ele está fazendo agora.

- Ele nunca me traíria, isso eu lhe garanto.

- Não pode garantir, não está vendo.

- Com licença, mas se está tentando confundir o perfil que tenho do meu namorado para eu correr para você, está muito enganado. Porque eu não vou me separar do meu namorado muito menos, ficar com você.

Me levantei, mas esbarrei em um menino.

- Ahm. Desculpe. - falei, corando.

- Não é nada. - ele sorriu. Espera, eu conhecia aquela voz.

E na minha frente, estava um colega meu de acampamento. Sim, eu o conhecia, ele era um semideus, e estava na mesma faculdade que eu.

Era Peter. Ele era filho de Atena. Ele era moreno de olhos cinzas azulados, era lindo. Não lembrava nada Atena na aparência, tirando a cor dos olhos e a maneira de fitar as pessoas, impaciente e determinado.

Ele era um grande amigo. Eu o adorava. Mas, ele tinha saído para entrar na faculdade, então perdemos o contato.

- Peter! Ai meus... Ai meu Deus! Eu não acredito! - ele sorriu e eu o abracei. - Tampinha, você cresceu.

- Haha. E você continua irritante e mandona?

Dei a língua.

- Olha, eu já mordi ela uma vez porque você fez a mesma coisa. Não me faça repetir a cena.

- Chato. - disse, ainda animada. - Entrou em Yale?

- Ér. Primeiro eu entrei em Harvard, mas ela era muito... Sei lá, rígida. Então, preferi entrar aqui. 

- Wow! Entrou em Harvard?

- Ér... - ele disse, meio sem jeito.

- Awn, eu senti sua falta corujinha. - eu o abracei.

- Eu também. Então, como está o Zac?

Tranquei a cara.

- Nem me pergunte, terminamos há uns... Dezoito meses. - falei.

- Nossa. Tem sido... Díficil?

- Não, eu não estou mais solteira, e... Meu namorado é alguém que me faz muito feliz.

- Ah. - ele suspirou. - Que... Bom! Como se chama seu namorado?

- Hã. Deus-sol. - pigarreei.

- Como?

- Apolo. - disse, por fim.

- Como assim? Você é louca. E seu pai como reagiu?

- Não falo com ele a um tempo também. Ele ficou... Bravo.

- Nossa. É muito bom ficar a par de tanta coisa. 

- Ninguém mandou ser nerdzinho e entrar naquela faculdade.

- Eu sei que era seu sonho, mas...

- Mas eu estou feliz aqui. Lembra da Gwen?

- Sim, lembro. O que tem?

- Ela está aqui, e uma filha de Afrodite, ahm. Hanna.

- Não sei quem é mas vou conhecer.

Arrastei ele até perto delas. Gwen reprimiu um grito.

- Peter! - ela pulou nele. - Pô, que saudades!

- Também!

- Hã. Oi. Sou Hanna. - ela disse, quase babando nele.

- Oi. - ele deu um sorrisinho amarelo, como de quem tenta ser gentil.

E assim, vamos, espero, ficar pelo resto do ano.

Pelo menos três de nós eu queria que se mantesse.

Eu amava Gwen e Peter, sentia a falta deles e estava feliz dos meus melhores amigos terem voltado para perto de mim.

Sentia falta do Acampamento, mas isso era outra história.