I Hate You Then I Loved You escrita por Tatiana Mareto


Capítulo 19
Capítulo 19




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O caos sem teorias.

Julie acordou com o sol entrando pela porta do terraço. Esfregou os olhos para ter certeza que estava mesmo acordada, e que aquele ao seu lado era mesmo quem ela pensava. Seus lábios se abriram em um sorriso quando viu Alex acordado, olhando para ela, dizendo bom dia.

_Não precisa nem pensar em sair daqui agora. – Ele disse, beijando-a na testa. – Hoje a agenda é vazia... eu sei.

_Eu sei que você sabe... está bem, não pensarei em trabalho. – Julie recostou-se em Alex. Ele a abraçou, e beijou seus cabelos. Que Julie não fosse como Brenda, ele desejou.

No hotel, Brenda havia passado mais uma noite em branco. Seus olhos não se fechavam, ela queria dormir mas não conseguia. Dongwan parecia um anjo ao seu lado, dormindo como um bebê, na cama minúscula na qual Brenda costumava dormir. E ela, ao seu lado, só conseguia ficar olhando para seu semblante sereno. “Estou ficando completamente doida.” Ela sentiu um arrepio nas costas. Fizeram amor por quase a noite toda e não estava cansada de tocá-lo. “Sim, estou.” Ela confirmou, achando melhor deixar que ele continuasse adormecido. Aquilo estava esquisito demais, Brenda não considerava toda aquela calmaria como algo bom.

O grupo se encontrou novamente na hora do almoço, na casa de um amigo de Minwoo. Estavam todos animados, sorridentes, felizes.

_Isso me assusta. – Brenda disse, sem perceber. Ela ainda estava focada em sua teoria do caos.

_O que assusta? – Julie não entendeu.

_Isso... olhares felizes, pessoas gargalhando. Não conheço o mundo assim... ele me assusta. Tenho medo...

_Medo da felicidade? – Julie caiu na risada.

_Sim, medo. Quando nada se tem, nada se perde...

Julie desistiu de entender e ficar perto de Brenda. A depressão instantânea que vez ou outra acometia a amiga era irritante. Preferiu ir até Alex, ficar com o homem que tinha como seu. Pelo menos naquele momento, ele era seu. Tinha sido seu por toda a noite, então ela podia considerá-lo assim.

O almoço se estendeu tarde afora. Ninguém estava interessado em perder momentos de lazer, ainda mais longe da imprensa. Dongwan muniu-se do violão e a cantoria foi sofrível. Brenda sempre apreensiva, decidiu sentar-se ao lado dele. Gostaria de aprender violão por osmose. Gostaria de sair tocando sem precisar de esforço. Algumas músicas depois, Dongwan ensaiou os acordes de uma bem conhecida dele. E que ele já havia cantado, mas para a mulher errada.

Whenever Im weary

From the battles that raged in my head

You made sense of madness

When my sanity hangs by a thread

I lose my way, but still you

Seem to understand

Now & forever,

I will be your man

_Não sabia que ele cantava isso. – Brenda suspirou.

_Nem eu. – Julie acompanhou. – Não sabia nada do que ele cantava, sequer conhecia esse grupo.

_Hmmm... qualquer um canta isso. – Alex, ciumento.

_Qualquer um não canta para mim. – Brenda deleitou-se com a música.

Sometimes I just hold you

Too caught up in me to see

Im holding a fortune

That heaven has given to me

Ill try to show you

Each and every way I can

Now & forever,

I will be your man

Now I can rest my worries

And always be sure

That I wont be alone, anymore

If Id only known you were there

All the time,

All this time. . .

Until the day the ocean

Doesnt touch the sand

Now & forever

I will be your man

Como fazia calor, um calor vezes desconhecido por alguns, o céu foi tomado por nuvens negras e logo começou a chover, fazendo com que o grupo se recolhesse dentro da casa. Verão na Coréia era sempre daquele jeito, chuvoso e úmido. Não que a comemoração terminasse, pelo contrário. Somente adquiriria outra feição... indoor.

_Acabou a bebida! – Andy protestou.

_Você bebeu tudo, Andy Lee. – Eric caiu na risada.

_Vou buscar mais. – Dongwan pulou na frente, pegando as chaves do carro.

_Vai? – Brenda franziu-se.

_Sim... – Ele a beijou nos lábios. – Esses caras precisam estar lubrificados para o concerto.

_Vou com você. – Brenda pegou a bolsa.

_Vai não... fique com Julie. Eu vou com Wannie. – Alex achou melhor.

_Está bem... eu acho.

_O que houve, Brenda? – Julie perguntou, instantes depois que os rapazes saíram.

_Nada...ah foi algo... só algo que senti.

Passou-se meia hora e ninguém voltou com a bebida. Hyesung já estava reclamando que ninguém poderia levar mais do que quinze minutos para comprar algo para se beber, e Eric já estava cansado de deixar mensagens no celular de Dongwan. Eles já estavam bêbados o suficiente para se tornarem insuportáveis.

_Eles estão atrasados... são duas mocinhas. – Minwoo alfinetou.

_Sim... deixaram as garotas deles aqui para namorarem. – Andy riu.

Brenda, no entanto, já estava aflita. A teoria do caos continuava ecoando em sua cabeça, como se algo péssimo estivesse para acontecer. Todas as suas premonições mais descabidas nunca fizeram tanto sentido. Pegou o celular e discou os números de Alex. Se um não atendia, talvez o outro. O telefone chamou várias vezes, até que alguém atendeu. Uma voz não conhecida. Brenda sentiu o ar lhe faltar... por que um estranho estaria atendendo o telefone de Alex.

*_Quem está falando? – Ela questionou.

*_Oficial Park SooHong. Você quer falar com o dono deste telefone? Quem é?

*_Oficial? – Brenda repetiu. – Eu sou Brenda... esse celular é do Alex... onde ele está?

*_A senhorita é parente dele? – Naquele instante, Eric e Minwoo já estavam grudados em Brenda, ansiosos.

*_Ele é meu amigo. Melhor amigo. Onde ele está? – Brenda já estava perdendo o controle.

*_Lamento informar que seu amigo sofreu um acidente. Ele foi levado junto com a outra vítima para o hospital central, e em estado crítico.

Brenda deixou cair o telefone. Olhou para Julie, boca aberta, olhos pulsantes. O mundo começou a girar bem rápido. Antes que ela pudesse dizer algo, ficou tudo escuro.


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