What I Like About You escrita por Roxanne Evans


Capítulo 7
Jantar na casa de InuYasha


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! ^^
Desculpe-me a demora na postagem...Mas é que estamos alcançando o capítulo dez....Onde eu parei, por isso queria dar um tempo de continuar a escrever antes de postar i.i



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A noite estava extremamente agradável, uma brisa fresca no ar dando ar de noite de verão. As luzes das ruas acesas davam um ar de familiaridade por quem quer que passe por elas.

Kagome estava, neste exato momento, sentada na sala de jantar da espaçosa casa de Inu-Yasha, que morava em um tranqüilo bairro residencial de classe alta, depois de uma tarde inteira trabalhando em trabalhos escolares cansativos. Os lábios formavam um sorriso alegre e distraído; Daquele tipo que sempre distraía o meio youkai do que quer que ele tentasse fazer, somente para encara-la, vidrado. A morena conversava sobre assuntos amenos, animadamente com Hakkudoushi e Shiori.

O primeiro era o filho mais novo da família, também meio youkai como InuYasha, e a menina, Shiori, sua namorada.

-Que horror Hakku-san! – A menina exclamava com um falso tom de espanto na voz – Você não se acha muito novo para namorar não? – Pergunta, entretida mais na conversa do que na comida a sua frente.

-Claro que não! Você pode namorar com qualquer idade e eu já namoro há dois anos com a Shiori, diferentes dos outros dois fracassados dessa casa que nem namorada tem! – Comenta o irmão mais novo, provocando Inu-Yasha

-Feh! – Inu-Yasha dá um soco na cabeça do mais novo – Você tem sorte do Sesshoumaru ainda não ter chegado porque ele faria pior! – Resmunga, mal-humorado – Além do mais, eu gosto de uma garota para a sua informação!

-Calma Inu-Yasha, ele só estava brincando! – Diz Kagome percebendo que a discussão iria longe, interrompendo-os antes que piorasse a situação – E de quem você gosta Inu-chan? – A morena estava curiosa, os olhos brilhavam, deixando o garoto desconcertado.

-Não é da sua conta! – Exclama o youkai de cabelos prateados, estranhamente nervoso e mal-educado. A menina o olha com desânimo e já ia voltar a forçar o assunto, quando é interrompida.

-Mas Kagome, você disse que esteve a tarde inteira trabalhando em um projeto para a aula, que projeto é esse, se eu posso perguntar – Pergunta a mais nova da mesa, Shiori, mudando rapidamente de assunto para salvar a pele do cunhado.

Já havia tempo que percebera que ele gostava da garota que estava a sua frente, era tão óbvio! Só não entendia porque ele não fazia alguma coisa a respeito, e embora Kagome fosse muito interativa e espevitada, era muito reservada se tratando de relacionamentos. Mesmo assim, de observa-los de longe, Shiori tinha quase certeza absoluta que a garota correspondia os sentimentos de InuYasha, só bastava o tonto perceber também e tudo se resolveria de maneira perfeita!

-Hã... – Parece parar um pouco para pensar em como explicar o que estava fazendo, antes de continuar – Eu tenho... – Nesse momento o celular de Kagome toca, assustando-a – Ah gente, com licença – Ela se levanta e vai para a sala, segurando o aparelho.

-Alô? Kagome... – Uma voz feminina, insegura, se faz ouvir do outro lado da linha, parecia tão frágil e quebrável que faz a morena instantaneamente preocupada.

-Sango? Tudo bem? O que aconteceu? – Pergunta, percebendo que a outra fungava...

-Foi o meu pai Ka-chan, ele que aconteceu...

-O que você quer dizer, o que diabos ele aprontou dessa vez? – Kagome sabia que Sango sempre possuíra uma relação muito próxima com o pai, mas esse, depois do divórcio havia ido morar na Inglaterra, abandonando-os, só se comunicando até então através de cartas, coisa que a morena que escutava a amiga chorar achava imperdoável.

-Meu pai finalmente se estabeleceu totalmente na Inglaterra... – Ela parecia dar uma pausa, pensando – E ele e a mamãe estão brigando muito, ele quer que a gente vá morar com ele...

-O que— Mas Kagome não consegue terminar a sentença, sentindo uma tontura se apoderar dela com força, drenando-lhe o dom da fala.

De todas as pessoas no mundo, Sango era uma das que Kagome era mais próxima, tinham estado juntas desde que entraram na escola, na primeira série, e logo se perceberam extremamente parecidas, formando um extremamente forte laço de amizade. Se possível Kagome se sentia mais próxima de Sango do que de suas irmãs. Na verdade, era a única pessoa além de InuYasha de quem era tão próxima quanto da sua própria família. E saber que ela iria embora, assim tão subitamente, e que nunca mais iria vê-la era como perder um membro de sua família de sangue.

Mas para manter-se forte a menina não hesitou, engolindo o choro, faria o que era melhor para a amiga, não importando o que isso fosse, mesmo que isso significasse que ela iria embora para longe, talvez para nunca mais se encontrarem.

-Mas e então, o que aconteceu? O que você decidiu? – A voz soou um pouco fria para a morena, mas naquele momento aquilo era o melhor que poderia manejar.

-Eu não sei, ele é minha família também! E você sabe que sempre achei injusto a gente passar o tempo inteiro com a minha mãe... – Parou um pouco, respirando fundo, e depois continuou, quase defensiva – Você sabe que eu sempre fui muito ligada ao meu pai, e ao Kohako também...

-Sim, eu sei... – A menina se limitou a responder, perdida em pensamentos. – E por que está me dizendo isso agora? – A pergunta era limpa e clara, embora, para o momento, parecesse um pouco maldosa e dispensável.

A menina do outro lado da linha se vê surpresa com o tom de voz e a pergunta a ela direcionados, tudo o que queria era apoio agora.

-Eu queria saber a sua opinião, não é óbvio?

Sem conseguir se conter, Kagome solta um riso irônico, mas pára, ao perceber o que estava fazendo, não podia deixar a amiga ir embora brigada com ela, não era o melhor e muito menos o certo para se fazer.

-Você já sabe a minha opinião Sango, então por que a pergunta? – Parecia mais convicta agora, só decidida e sem grosserias, estaria ali para ajudar, mesmo que isso a machucasse depois.

-Eu quero que pense – Parece hesitar então, respirando fundo, tentando conter o choro insistente – O que você faria se fosse eu? – Kagome se surpreende com a pergunta, abaixando o rosto.

-Acho que você também sabe a resposta para essa pergunta, não importando o quão dolorosa possa ser a verdade... – O silêncio reina entre as duas por um minuto, antes de Sango pigarrear. Sem mais, a de cabelos negros desliga o telefone, começando a soluçar, aos poucos se entregando ao desespero da realidade.

Embora soubesse que aquilo não era o certo, agora não conseguiria fazer o certo, estava magoada e ainda meio brava para faze-lo, sabia que não era culpa da amiga, mas o ressentimento surgia dentro dela sem controle, feroz, destrutivo.

Pouco tempo depois, InuYasha entra na sala, preocupado pela demora da menina, a sua procura, e, vendo-a naquele estado, sente seu coração apertar no peito, a preocupação crescendo em camadas, ocupando cada vez mais espaço, rapidamente.

-Kagome! O que houve? Você está bem? – A voz transparecia todo o sentimento de apreensão que ele sentia naquele momento. Ela apenas lhe devolveu um sorriso triste, lágrimas brilhantes escorrendo por sua face.

-Inu-Yasha! – Ela fala seu nome em um murmúrio, aconchegando-se em seus braços, abraçando-o. – Ela vai embora... – Fala em seguida, baixinho, para completar, mas sem fazer sentido algum para o hanyou.

-Quem vai embora Kagome? – Ele tenta entender, levantando o rosto dela e olhando-a nos olhos

-A Sango, ela vai para Inglaterra, nunca mais vou vê-la! – A garota chorava descompassada

-Calma, calma... – Abraçou-a com força, tentando lhe passar conforto e tranqüilidade – Vem cá, beba uma água, se acalme um pouco e depois eu te levo para casa –Foi conduzindo-a para a cozinha, devagar.

Lá, a cozinheira Kaede trabalhava, mas, ao ver a garota que entrava, ainda com algumas lágrimas nos olhos, logo se preocupa.

-O que foi minha querida? O que faz uma menina tão bonita como você chorar? – Ela era extremamente carinhosa e atenciosa para com todos da casa, estava trabalhando lá desde que o nascimento de Sesshoumaru – Sente-se aqui que eu vou buscar um copo de água para você

-Olha Kagome – O garoto começa, respirando fundo – primeiro converse com ela para ver se ela vai mesmo e depois— Mas não consegue terminar sua sentença ao encara-la – Droga! Eu odeio te ver chorando! – Em seu íntimo, uma súbita raiva por Sango havia nascido, afinal, ninguém que é bom de verdade faria Kagome chorar. Senta-se ao lado dela e fica olhando-a soluçar, notando que aos poucos, o choro diminuía.

Levanta sua mão, ainda preocupado e enxuga algumas lágrimas que teimavam em cair pelo rosto delicado, logo depois, fazendo um leve carinho no rosto da mesma com a ponta dos dedos

-Desculpe InuYasha, acho que acabei estragando seu jantar – Diz ela olhando-o com um sorriso infantil, mas verdadeiro, antes de encarar seu colo – E eu não queria te ver preocupado comigo! – Estava choramingando.

O de cabelos prateados já ia protestar quando Kaede aparece com o copo de água, as rugas se estendendo com os olhos que estavam levemente puxados de inquietação.

-Desculpe a demora – Ela ofega um pouco – Aqui está minha querida, beba tudo. O hanyou respira fundo, encarando-a e percebendo que ela parara de chorar, o que já o deixava levemente aliviado.

-Kagome, você não está em condições de fazer o trabalho – Era a vez dela protestar, mas ele a interrompe – Vem, eu te levo em casa – InuYasha já ia se levantando, não deixando espaço para reclamações, logo estirando uma mão para a morena.

-Está bem... – Ela se conforma rápido, percebendo que realmente não estava com o mínimo ânimo de continuar. Ele a conduz para o carro.

O caminho é feito em silêncio, enquanto as duas pessoas que lá se encontravam pensavam sobre o que fazer.

InuYasha pensava em quanto sua raiva tinha crescido no momento que vira a garota ao seu lado chorar, ele teria de ser mais discreto se não quisesse que ela descobrisse o que sentia por ela, não podia deixa-la descobrir... E se ela não se sentisse da mesma forma e tudo o que tinham até agora fosse arruinado? Toda a sua amizade! Isso ele não podia permitir, faria de tudo para que não acontecesse, não importando o que! Nem que para isso sacrificasse seus sentimentos e continuasse a ser apenas o amigo, mesmo se isso doesse, mesmo que significasse que nunca a teria só para si.

Ele seria firme! Seria por ela, afinal, ela precisava de um amigo agora e não mais uma preocupação!

Enquanto isso, Kagome tinha certeza de que aquilo acabaria sendo o certo para a amiga, mas o baque tão repentino tinha feito com que hesitasse, não poderia fazer isso novamente, tinha sempre de pensar no melhor para as pessoas que amava. Seus olhos esgueiram-se com cuidado para InuYasha, ele parecia tão concentrado.

Ela solta um suspiro de tensão, encarando-o com timidez. O que ela teria feito se fosse com ele? Conseguiria deixa-lo partir? Seu coração falhou uma batida só de pensar no assunto. Ela volta a olhar para o vidro a seu lado, para a estrada...

Teria de deixar... Afinal, a escolha não seria dela para fazer...

Logo os dois chegam ao apartamento da garota, os dois ainda em seu regime de silêncio. InuYasha toca a campainha, logo percebendo movimento do outro lado da porta fechada. Rin não demora a abrir a porta, já de pijama.

A menina que usava um mini shorts azul e uma blusa com uma nuvenzinha desenhada já ia zombar com a irmã por estar voltando tarde para casa, mas percebe a expressão dessa, o que causa uma linha de tensão em seu rosto.

-Kagome? O que aconteceu?

-Nada! – A do meio percebe que simplesmente não estava a fim de falar do assunto, afinal a decepção era sua e não iria compartilha-la com mais ninguém. Vai caminhando lentamente para o quarto, mas Inu-Yasha a segue.

Entra e se joga na cama, sem pensamentos na mente, só com a intuição de dormir, estava tão cansada, sentia-se como se suas energias tivessem sido drenadas de uma hora para outra. O garoto senta-se ao seu lado na cama, mas ela nem se move, fechando os olhos. Ele então fica a mexer nos cabelos dela, lenta e cuidadosamente, sabendo como ela gostava daquilo quando estava com sono.

Ele logo a percebe adormecida, então a encara, zeloso. Esperava que o dia que o dia seguinte fosse melhor, não queria vê-la sofrer novamente, nunca mais. Com cuidado, beija a cabeça dela para que não acordasse, se levantando.

-InuYasha? – Sussurra Rin, entrando no quarto, sem fazer barulho.

-Sim? – Ele responde, no mesmo tom.

-Você não quer dormir aqui? Já está muito tarde para você voltar. – Ele a encara por um segundo, voltando a olhar para Kagome.

-Está bem, e além do mais, estou preocupado – Diz, indicando a menina a seu lado. A mais nova simplesmente sorri para ele.

Kagome era uma tonta se não percebia o quanto ele a amava! Não era possível que não percebesse!

-Ótimo, mas você vai ter de dormir no colchonete da sala – Ela parece hesitar um pouco com a informação, mexendo os braços com certo nervosismo – tudo bem?

-Claro... – Rin então se despede de InuYasha na sala dizendo boa-noite, logo em seguida voltando para o quarto onde iria terminar suas lições antes de se deitar.


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