There Is no Love Here Inside escrita por Miss Volturi, Louise Borac


Capítulo 6
Capítulo 5 – Decisões serão feitas.


Notas iniciais do capítulo

A gente se fala lá embaixo.



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Capítulo 5 – Decisões serão feitas.

POV Nina.

Aquele rosto pálido iluminou a minha sala de estar. Fiquei o encarando.

- Não vai falar nada? – Perguntou ele sarcasticamente. Andrew, meu querido primo. Na verdade não querido. Eu o odeio com todas as minhas forças, sem mais. Encarei-o mais uma vez e fui em direção às escadas, subi até meu grande quarto e me tranquei lá.

Fui para cima da minha cama e chorei, só isso. Eu o odiava mais do que tudo nessa vida. Andrew John era meu primo, mesma idade que eu. Ele vivia na Inglaterra, seu sotaque britânico me enoja, ele me enoja. Lágrimas escorriam pela minha face e lembranças vinham em minha mente.

“- Vamos, Nina. Sua mãe disse que temos de estar arrumados em 45 minutos! – Gritou Andrew. Tínhamos 13 anos na época, ele sempre fora mais alto que eu.

-Tá bom, John. – Eu respondi. John era simples, porém eu amava o chamar dessa forma.

Fui andando em direção à minha casa e adentrei a sala de estar. Corri em direção ao telefone e disquei o número da casa de Bree. Depois de dois toques, uma voz melodiosa me atendeu.

- Alô?

- Bree?

- Sim. Angel? – Ela me chamava assim, eu achava mega fofo.

- Oi. Bem, você já tá pronta?

- Estou sim. Se você não tivesse me ligado agora, já estaria a caminho da sua casa.

-Ah, desculpe. Venha logo, o mais rápido possível. Beijos.

- Beijos, Angel. – Ela respondeu e desligou.

- Nina, cadê você? – Gritou Andrew da escada.

- Caramba, cara. Estou aqui.

- A tá. Vamos logo! – Ele pediu e eu fui em uma velocidade rápida em direção a escada. Arrumei-me em 20 minutos, sou rápida quando quero. Então, do nada, soou a campainha. Era Bree, que bom que ela chegou.

- Você chamou alguém, Nina? – Perguntou Andrew batendo em minha porta.

- Chamei sim.

- Quem? – Perguntou Andrew com curiosidade.

- Bree. – Eu respondi e ele se calou, não perguntou mais nada.

Desci as escadas e avistei Bree sentada no sofá. Ela usava uma calça jeans gasta, blusa de uma alça só, rosa e escrita “I Love”. Seu tênis era preto, sujo e com um rasgo do lado.

- Angel! – Gritou ela correndo em minha direção.

- Bree! Quanto tempo!

- Que saudades. Vamos aonde?

- Ao shopping ver algum filme, não decidimos ainda. Você já conheceu meu primo? – Perguntei apontando Andrew que estava sentado do outro lado da sala. Ele usava uma calça Jeans, blusa social preta e all-star novo.

- Ah, não. – Ela respondeu, um tanto meiga, se virou e disse: - Prazer, Bree Tanner.

- Prazer, Andrew John Kimball. – Ele respondeu e deu ênfase ao seu sobrenome. Bree fingiu que não dera atenção.

- Posso ir ao banheiro? – Perguntou ela.

- Claro! Sinta-se em casa. Siga reto por aqui e no final achará o banheiro. – Falei e ela fez o que lhe expliquei. Assim que ela saiu do campo de audição, Andrew virou para mim e perguntou:

- Ela vai conosco?

- Yeah, yep, si, sim. Entendeu?

- Haha, que engraçado. Eu não quero que ela saia conosco, Angelina. Olha para como ela se veste? Ela estava com um cheiro vago de bebida, ela bebe?

- Não! É o pai dela. Mas você não tem nada a ver com isso! – Ao responder eu olhei e vi Bree, ao lado do braço do sofá onde ela estava sentada. Ela estava com as mãos na sua bolsa de escola roxa com detalhes de flores brancas. Ela pegou a sua bolsa e saiu correndo em direção a porta.

- Bree, espera! – gritei correndo atrás dela. Só que ele sempre fora mais rápida que eu. Ela correu e como minha mãe tinha chegado o portal ainda estava aberto. Ela correu o mais rápido que pôde e eu a perdi de vista.  (...)

Depois daquela dia eu e Bree nunca, mas tivemos a mesma amizade. Sim, continuamos a ser amigas, só que não do jeito que fomos um dia. Ela me perdoou depois de três dias, mas como eu disse, nunca fomos mais a mesma. Eu o odeio, repetirei isso para sempre. Ele estragou a minha vida uma vez, vou deixá-lo estragar de novo? Não, não.

Levantei-me, fui até o meu banheiro, olhei-me no espelho, por sorte eu estava usando uma maquiagem leve e a prova d’água. Depois disso sai em direção à porta do quarto. Desci as escadas e avistei meus pais e Andrew sentados nos sofás caros e confortáveis vendo o tele jornal. Será que Alex ainda estava ali? E de repente o meu celular vibrou no meu bolso. Eu o abri, cliquei e expandi a mensagem de texto para a tela inteira: “Nina, desculpe, mas eu tive que ir embora. Minha mãe estava me ligando preocupada, por culpa desses desaparecimentos bobos. Desculpe mesmo. Boa noite, durma bem. – Alex”

Olhei a mensagem e desliguei o celular.

- Tudo bem, Nina? – Perguntou meu pai, fingindo-se de preocupado.

- Tudo sim.

- Então, porque saiu correndo quando me viu? – Perguntou Andrew.

- Desculpe, é que eu iria pegar seu presente lá em cima.

- Não parecia isso que iria fazer. – Retrucou.

- Mas foi sim. Eu demorei porque revirei meu quarto de cabeça para baixo...

- Eu não ouvi nada. – Interrompeu-me ele.

- Mas foi isso caramba! Eu procurei, mas não achei. Eu provavelmente o deixei na mochila do meu amigo Alex na escola. Amanhã eu pego com ele. Estava com saudades! – Menti descaradamente e o abracei. Aquele foi o pior abraço que alguém poderia esperar. Não que o abraço dele fosse ruim, mas ele era. Soltamos-nos e eu olhei para baixo.

- Vamos jantar agora? – Perguntou minha mãe.

- É claro! – Respondemos em coro.

Em direção a cozinha eu me lembrei de que tinha algo para ele, tinha sim.

- Ah, espera aqui, Andrew. Eu acho que sei onde está seu presente.

- Mas não estava com o seu amigo?

- Eu disse que provavelmente estaria, mas não dei certeza. Não tava no meu quarto. Já volto! – Falei alegremente e saí emdireção ao quintal, ele não vira nada. Estava ali, o presente perfeito.

♦Fim do Capítulo.


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Notas finais do capítulo

Bem, mais um capítulo. Me desculpem a demora! Eu fiz e a Heloisa betou. Espero que gostem, comentem, ok. Beijo;*