Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 78
Capítulo 78: Bônus! Viro uma espécie de princesa


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii leitores que eu amo! Tudo bem com vocês?Então, ai, ai, ai! Sério, eu ainda estou boba feat. surpresa, com as lindas declarações de vocês do capítulo de aviso (que eu vou excluir assim que responder a todos vocês). Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada! Mesmo, eu nunca vou me cansar de dizer isso! Obrigada por tudo e por sempre! Mas eu não vou encher a paciência de vocês porque eu acho desnecessário isso agora, ok? hahahaEsse capítulo vai para 4 leitoras, que me deixaram emocionada com suas recomendações! Para: KimSPBFMonroe, por se prender tanto na história que chega a sentir parte dela, obrigada por entrar nessa comigo, me sentindo menos doida! Bologordo , por me fazer chorar e achar legal mandar PS's (hahaha!), obrigada! Lí, por sentir a fic como uma continuação dos livros do Tio Rick, obrigada por todos os seus elogios e por seu carinho (espero seu review). E para Saah Horan, por tornar o meu dia perfeito mais perfeito ainda, por odiar as mesmas coisas que eu numa fic (bate aqui) e por dizer que me acompanhará para sempre, obrigada por tudo isso, e claro, por me fazer chorar né? hahaha Obrigada à todas vocês!Ah, mais dois agradecimentos! Obrigada Mylla Way , leitora nova que está me deixando toda boba com esse monte de reviews! Obrigada por ser um amor! *--* E obrigada Lucas, leitor novo que me deixou nas nuvens, obrigada! *---*Okay, isso está muito longo já (para variar). Capítulo bônus (eu sou trolladora, fazer o que né?), espero que gostem.Ah, eu e alguns amigos fizemos uma fanfic nova, o link segue no fim, espero que leiam! Meu ask também segue no fim da fic okay?Outra coisa: CAPA NOVA! COMENTEM, COMENTEM, COMENTE! AH! Obrigada pessoal da Mysteries Fanfic, especialmente a Sanchess, que foi quem fez a capa. Obrigada! *--*Já enrolei demais.... Boa leitura, pessoal que eu amo!



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Nico’s POV

Acho que a cena à minha frente era a coisa mais bizarra que eu já tinha visto, e olha que eu tinha visto muitas coisas bizarras em minha vida, inclusive, minha própria existência era uma bizarrice. Mas, definitivamente, encontrar aquela deusa em especial, sentada num banco do Central Park, chorando e sorrindo ao mesmo tempo, enquanto a as lágrimas escorriam por seu rosto e a aura a sua volta se alternava entre roxo, rosa, e preto, bem, isso era a coisa mais sinistra que eu tinha presenciado.

Okay, talvez eu deva voltar um pouco a cena, e explicar algumas coisas, como por exemplo, o porquê de eu estar aqui contando isso para você.

Pois então, você deve estar surpreso com a minha aparição, digamos assim, repentina, mas algumas coisas precisam ser esclarecidas, então, é para isso que eu estou aqui. Por isso, vou contar um pouco do que aconteceu comigo antes de eu encontrar a deusa no parque.

**********************************************************************

Fazia uma semana desde que me comprometera com Percy, Bryan e Annabeth de descobrir alguma pista sobre a espada de Athena, mas lamentavelmente, eu ficara rondando todo mundo inferior, falara com alguns seres e não conseguira nada, parecia que todos estavam extremamente cautelosos com o que diziam, também, depois de Ixíon ter fugido e da espada ter sido descoberta como existente, não era para menos.

De qualquer jeito, durante aquela semana nenhuma palavra sobre ambos os assuntos fora trocada, nem mesmo meu pai, que estava claramente aborrecido, falava disso claramente, muito menos comigo. No entanto, era visível que a estrutura do local estava abalada diante de tantos acontecimentos, e que todos temiam alguma espécie de punição de Zeus, por mais que Hades não admitisse isso, eu sei que ele temia que algo contra ele fosse armado, ou que mesmo os deuses parassem de respeitá-lo como estavam respeitando. A atmosfera estava extremamente pesada lá embaixo, e eu sabia que não conseguiria nada com meu pai ou Perséfone, e que nenhum servo me diria nada, por isso, decidi começar a me esconder mais tempo nas sombras para tentar descobrir algo.

No mesmo dia que decidi passar mais tempo nas sombras, descobri coisas muito importantes. Como por exemplo, que Ixíon só conseguiu sair dos Campos de Punição, pois tivera alguma ajuda muito poderosa, tão poderosa que conseguira enganar a mente de Tânatos e o fez manter as portas da morte abertas tempo o suficiente para Ixíon escapar. E somente depois de muitos minutos foi que Tânatos voltou a si, e avisou aos servos de meu pai sobre o ocorrido, no entanto, era tarde demais, nada podia ser feito, a não ser mandar as fúrias atrás do fugitivo. Porém, não, isso não fora suficiente, a tal pessoa que o ajudara a sair, também o ajudará a ficar escondido perante as benevolentes, o que comentavam, só havia piorado o humor do deus dos mortos.

Bem, pelo que eu havia entendido, tais informações não estavam sendo ditas pelo submundo, pois não queriam que as almas soubessem que alguém já havia fugido de lá, isso poderia levar a tentativas generalizadas de escapatória, e quem sabe, o mesmo ser que ajudou Ixíon, poderia querer ajuda-los a fugir. O que levantava outro ponto nas conversas entre os servos mais próximos de Hades: quem seria o misterioso ser que havia ajudado Ixíon? Seria Cronos, e sendo assim, ele não tinha morrido? Ou seria algo mais poderoso? A preocupação era palpável embaixo da terra.

Diante destas descobertas, havia uma questão que ainda me intrigava, e não era a identidade do ser poderoso. Não, porque eu sabia que uma hora isso seria descoberto, talvez até o próprio se revelasse. O que eu realmente não conseguia tirar da cabeça era como a espada de Athena, que fora jogada no Estige, não se desintegrara, como?

Eu pensava que não fosse descobrir nada sobre isso tão cedo, mas me enganara. Porque, enquanto andava nas sombras, sem ser detectado por nenhum ser, acabei avistando as três horríveis fúrias, com seus rostos enrugados, suas garras e asas de morcego, conversando numa das salas do palácio de meu pai. Todas pareciam abaladas, mas Megaira estava extremamente fora de controle, andava de um lado e para o outro.

“Como? Como? Eu juro que joguei a espada no Estige, eu a vi afundar e só depois fui embora. Eu sabia que algo estava errado quando senti aquela estranha sensação, eu devia ter voltado.” – disse Megaira, a fúria do rancor.

“Megaira, você cumpriu seu trabalho, e se você diz que jogou no Estige, Alécto e eu acreditamos. Mas pense bem, não teve nada estranho naquele dia? Fora a sua sensação?” – era estranho ver Tisífone, a fúria do castigo, consolar Megaira, porém, era o que fazia.

“Não, nada, tudo normal. Se bem que... Eu podia jurar que sentia algo me observando, mas pensei que fosse o senhor Hades que olhava pelas sombras, como acontece de vez em quando.”- Megaira parara de andar e agora, tentava raciocinar.

“Obviamente não era Hades, senão, não estaríamos nessa situação. Bem, só há uma explicação plausível.” – disse Alécto – “Se a espada era realmente poderosa, não deve ter sido destruída rapidamente, em geral os materiais que Hefestos usa nas armas dos deuses são melhores, então, pode ser que alguém vendo isso, retirou a espada do Estige assim que você saiu. Mas para que? Porque essa espada é tão importante ao ponto de fazer alguém entrar no Estige?”.

Foi a vez de Megaira voltar a falar.

“Concordo com Alécto, mas eu também não sei por que a espada é importante, e Hades se recusa a dizer a algo, provavelmente, ela é extremamente valiosa e poderosa, e isso só aumenta a raiva que tenho de mim mesma nesse momento, se tivesse ficado lá mais uns minutos...”.

“Não se culpe totalmente Megaira, todos comentem erros.” – disse Tisífone. Já disse que é estranho vê-la consolar alguém? – “Um exemplo disso é Tânatos, que deixou as Portas da Morte abertas e deu a chance de Ixíon fugir, claro, a culpa não é bem dele, algo mexeu com sua mente. Mas não muda o fato que foi um erro.”

“Verdade.” – concordou Alécto – “Eu continuo me perguntando quem mexeu com a mente do pobre Tânatos. Minhas teorias giram ao redor de antigos deuses ou titãs, não sei ao certo, só sei que é mais forte e esperto do que Cronos, só assim para enganar Tânatos.”.

Acabei engasgando perante tal hipótese, porque se Alécto estivesse certa, teríamos grandes problemas. Porém, acho que o barulho fora alto demais, já que no mesmo segundo, Tisífone berrara um ameaçador: “Quem está aí?”.

Não respondi, não podia ser pego, ao invés disso, resolvi fazer uma viagem nas sombras para um lugar um pouco distante dali, e que sempre me fazia bem quando eu queria pensar, me dirigi ao Central Park.

Assim que chegara ao parque, olhara ao redor, vira pontos coloridos girando ao meu redor, e posso garantir que não era pelo sol intenso. Era a exaustão de ter ficado tanto tempo nas sombras e então, ter feito uma viagem por elas. Eu podia ter melhorado no controle dos meus poderes, mas muito tempo usando-os ainda era algo delicado e cansativo.



Sem conseguir definir o que me rodeava direito, deitei-me na grama, a fim de descansar um pouco, não havia como fazer nada além disso, não naquele momento.




Não sei ao certo quanto tempo ficara deitado, olhando para cima, só sei que quando os pontos coloridos se foram, o céu antes amarelado, já começava a projetar-se com uma mistura de cores roxas e negras, assim como o teto do mundo Inferior.





Por fim, sentei-me vagarosamente na grama, e antes que pensasse em tudo que havia ocorrido, resolvi permitir-me uma olhada no local.



Eu me encontrava debaixo de uma grande árvore, que devido à proximidade do outono, começava a ficar com as folhas amareladas. A minha volta não havia ninguém, no entanto, próximo dali, era visível que muitas pessoas passeavam àquela hora no parque, principalmente, casais apaixonados. Quase me xinguei por isso, eu deveria saber que o entardecer e o anoitecer eram as horas que mais haviam casais no Central Park. Não me entenda mal, não é que eu não goste de casais, apenas, não é nada legal ver um monte de gente apaixonada se abraçando e se beijando por aí, você basicamente se sente uma vela ambulante, e acaba pensando em quem gosta, mas isso não vem ao caso.

Em poucos segundos coloquei-me de pé, queria sair dali e andar um pouco, pensar sobre o que havia ouvido, e me afastar dos alegres casais. Por isso mesmo, antes de decidir para onde ir, observei um pouco, a fim de descobrir o caminho que os casais menos escolhiam, no entanto, eles eram tantos que todos os caminhos possuía pelo menos um deles, então, por fim, dirigi-me para o caminho a esquerda. Não sei, eu só senti a vontade de seguir por ali, não me importavam mais os casais.

Percorrendo o caminho da esquerda, comecei a pensar sobre o que havia ouvido no Mundo Inferior. Tânatos sendo controlado para que Ixíon voltasse à vida, a espada de Athena, que parecia ter sido tirada do Estige, algo poderoso que armava contra os deuses. Três coisas que eram extremamente preocupantes, sendo que as três, de alguma forma, tinha relação com o reino de meu pai. Mas de todas elas, a que mais me intrigava era a segunda: a espada de Athena, que havia sido retirada por alguém do rio mais poderoso do mundo, bem, pelo menos, era a teoria das fúrias. No entanto, quem seria louco de tirá-la do Estige?

Talvez eu tivesse ficado pensando nisso por muito tempo, não fosse a visão perturbadora que surgiu a minha frente.

Sentada num banco do Central Park, sob uma antiga árvore, trajando um vestido vermelho, ou seria branco? É difícil dizer, ele mudava toda hora. Bem, sentada no banco estava Afrodite, a deusa do amor e da beleza.

O estranho era que assim como sua roupa e seus cabelos, que mesmo de longe mudava de tons de castanho para loiro, a aura ao seu redor também mudava, ora rosa, ora roxa, ora preta. E isso era muito esquisito, a aura ser visível assim, para isso, a deusa deveria estar realmente abalada.

Lentamente, me aproximei dela, mais ninguém parecia perceber a presença da deusa, nem mesmo os casais apaixonados, tudo que eles faziam era desviar do banco, mais nada.

**********************************************************************

E agora, ali estava eu, parado ao seu lado, sem ser notado pela mesma. Por fim, resolvi lhe falar.

— Senhora Afrodite? – perguntei, temeroso por sua reação, porém, preocupado com seu estado.

Rapidamente, seu olhar pairou sobre meu rosto, seus olhos eram impossíveis de serem definidos, eles pareciam ter todas as cores. Imediatamente, vendo de quem se tratava, a deusa começou a secar suas lágrimas e retocar a maquiagem, utilizando-se de produtos mágicos que surgiram não-sei-de-onde e depois voltaram para o mesmo lugar misterioso.

Por fim, as lágrimas haviam ido embora, uma maquiagem sutil completava seu rosto já belo, mas indefinido.

— Olá, Nico! Sente-se, por favor. – disse ela, sorrindo educadamente enquanto dava palmadinhas no local ao seu lado.

Receoso por seu estado emocional, sentei-me ao seu lado no banco de madeira verde.

Observei-a e após alguns segundos, resolvi arriscar.

— A Senhora está bem? – eu sabia que era uma pergunta idiota, era visível que ela não estava bem, no entanto, era a única pergunta que me veio à mente.

Ela suspirou.

— Eu não sei, é meio difícil decidir se estou ou não bem, Nico, é tudo muito complexo.

A deusa evitava me olhar, tanto que enquanto falava, admirava as árvores do outro lado.

— É por isso que sua aura está mudando de cor? – perguntei sem pensar, e isso só a fez ficar calada e olhar fixamente para frente.

Fiquei com medo de ter sido abusivo ou atrevido de mais, deuses são imprevisíveis, nunca se sabe quando se trata deles. No entanto, fiquei aliviado, quando Afrodite se virou para mim e deu um sorriso mínimo.

— Exatamente por isso. Eu não sei como estou me sentindo agora, mas acho que estou mais feliz do que triste, embora um pouco preocupada. É por isso que vim aqui. – ela apontou para o parque – Gosto do Central, é um ótimo lugar para pensar, e acho que não sou a única que acha isso, não é mesmo?

Ela me olhava carinhosamente, e foi inevitável não sorrir, por algum motivo, Afrodite tinha esse poder sobre os outros, talvez, fosse sua beleza e charme.

— Acho que não. Eu também gosto de vir aqui pensar, mas nunca imaginei uma deusa fazendo o mesmo, porque, bem, você pode ir para qualquer lugar do universo.

Antes que ela me respondesse, analisei-a, o que era difícil, já que sua aparência mudava constantemente, mas posso dizer que as feições de Annabeth eram quase visíveis nela: os cabelos loiros e olhos cinzas, que agora me encaravam, para depois então mudar para o azul, verde e caramelo.

— Sim, posso, mas eu gosto daqui, tem muitos casais, e tem você. – ela apontou para mim enquanto falava. Essa resposta me pegou de surpresa, e me fez encará-la mais – E eu realmente precisava falar com você.

— Comigo? – perguntei na defensiva – Então é por isso que eu senti a vontade de vir por esse caminho?

Ela sorriu angelicalmente.

— Talvez eu tenha realmente relação com isso, mas é o de menos, o que importa é que você está aqui, e está mais do que na hora de conversarmos, jovem semideus.

Fechei a cara.

— Isso quer dizer que você não está mal, apenas me atraiu até aqui?

— Não, nada disso. Eu estou realmente em duvida sobre como estou, sabe, por causa de um casal. Eles são tão perfeitos, tão fofos, tão tudo. – sua expressão se tornou sonhadora, por um momento, a deusa pareceu se esquecer de mim – Mas ela morreu, ele lutou para trazê-la de volta, conseguiu, porém, ela está tão fraca que pode morrer de novo. Ai, ai! Tudo tão doloroso e melhor do que um dia sequer imaginei, que dá vontade de dar pulinhos enquanto choro.

Sem acreditar no que ouvia, olhei incrédulo para a deusa.

— A senhora está feliz com isso? Como? Por quê? Isso é horrível, eles devem estar com problemas, e sendo a senhora a deusa do amor, devia estar triste com isso, e...

Ela remexeu no cabelo e me interrompeu abruptamente.

— Não, não, como deusa do amor, isso até me deixa mais feliz. Claro, triste por causa do estado da menina, eu a aprecio tanto, não fosse isso, eu poderia pular de alegria. Porque, fora isso, com a morte dela, tantas coisas aconteceriam. Como por exemplo, ele entraria em desespero tentando salvá-la de novo, e assistir uma dor tão intensa e que há tanto tempo não se vê, seria divertido. Mas bem, como eu ia dizendo? Ah sim! Ele tentaria salvá-la de novo, eu tenho certeza disso, ele moveria céus e terras, até que por fim, se daria conta de que nada adiantaria e iria atrás de vingança, considerando que depois disso sobrevivesse, e eu tenho certeza de que sobreviveria, então, ele teria que escolher entre duas soluções: ou ele viveria sem ela, e a cada dia a dor em seu coração seria maior, ou, o que eu acho mais provável, ele se mataria, para ficar ao lado de sua amada. – sua voz sonhadora e angelical fazia tudo parecer um lindo conto de fadas - E isso, meu jovem Nico, nos faria ter a nova versão de Romeu e Julieta, mais nova, melhor, e com maiores consequências. Seria épico, a história que nunca, jamais, seria esquecida, seria apenas, perfeita!

Eu não podia acreditar no que havia acabado de ouvir, eu podia sentir meu estômago dando nós. E o pior, enquanto falava, a deusa sorria, de felicidade, parecia que só faltava pular e dançar.

— Claro, eu ficaria um pouco triste com a morte deles, mas no fim, seria por uma boa causa, afinal, serem personagens principais de um romance que irá transpassar gerações, é uma ótima causa pela qual se morrer.

Pulei de meu assento, ficando de pé perante a deusa, que se assustou.

— A senhora está maluca? – disse me exaltando, esquecendo que falava com uma deusa, mas nem me importava àquela altura – Está falando da vida de duas pessoas, não de personagens de um livro! Não se pode brincar assim com a vida dos outros, são vidas!

Eu nem sabia de quem se tratava, só sabia que não estava gostando nada daquela história.

— Mas eu não estou fazendo nada, só estou expondo o que acho, se bem que... Eu poderia fazer algo...

— Não, a senhora não vai fazer nada, nada mesmo.

Ela me ignorava e olhava sonhadora para frente.

— E para melhorar, tem os outros dois que gostam dela, seria tão interessante ver suas reações...

— Pare! – gritei.

Afrodite me fuzilou, e juro que vi a morte de perto, e olha que a vi muitas vezes, literalmente.

Então, assim como a expressão de fúria veio, se foi, em seu lugar, uma expressão serena surgiu.

— Ai, ai. – suspirou, cruzando as pernas, e remexendo em seu vestido vermelho/branco. – Talvez você tenha razão, é melhor não mexer na vida deles, ao menos, não quando se trata disso, mas vou ficar de olho no que for ocorrer por esses dias. No entanto... – Afrodite puxou-me de volta ao banco e virou-se completamente para mim - Vamos falar sobre outro caso então, um que será um tanto quanto, divertido. – um sorrisinho simpático, porém suspeito surgiu em seu rosto, seus olhos pairaram sobre mim – O seu caso, Nico Di Angelo.

Eu, antes aliviado com sua decisão de deixar o casal desconhecido de lado, me senti engasgando.

— Como? – perguntei, dando graças aos deuses por estar sentado, se não, poderia ter caído no chão.

— Ah Nico, vamos, não faça essa cara de assustado, eu amo complicar as coisas, você sabe. Por exemplo, você com sua paixonite por Annabeth. – meu coração pulou – Não tente negar, eu sei que você a viu em mim, aliás, isso é divertido: você gosta dela, mas ela e Percy são apaixonados, que coisa não? – um sorriso quase maquiavélico - Ou seja, suas chances com ela são incrivelmente baixas, senão, nenhuma.

— Eu, eu. – gaguejei feito um idiota.

Afrodite sorriu triunfante, endireitando sua postura. Ela havia me atingido em cheio.

— Não precisa falar Nico, eu sei que você nunca tentaria prejudicar o lindo casal, eu sei. E eu posso te dizer algo, que é o que eu vim fazer, você achará a garota certa.

Confuso, e sem entender nada, franzi a sobrancelha.

Okay, talvez você não tenha entendido sobre Annabeth. Mas acontece que desde que ela salvara a mim e a Bianca, há 2 anos atrás, eu nutria uma paixão secreta por ela. Porém, eu sabia que nunca daria em nada, e eu começava a achar que só me sentia assim em relação a ela pelo fato de ter me salvado, e claro, ser mais velha, muito esperta e bonita. E a verdade, era que, de uns tempos para cá, depois que ela e Percy começaram a namorar, eu vinha tentando encontrar alguém para sentir algo, e assim, deixar esse sentimento por Annie de lado, porque eu não queria continuar tendo essa paixão pela namorada do cara que é, provavelmente, meu melhor amigo, mas sentimentos não são fáceis assim de mudar.

Então, quando Afrodite disse isso, senti meu coração saltar no peito. Aquela era a esperança que eu precisava, era a solução para não me sentir péssimo ao lado de Percy.

— Você gostou do que eu disse não? – sorriu a deusa - Porém... – ela sorriu mais, um brilho perverso no olhar – Creio que levará certo tempo até que isso ocorra, mas posso garantir Nico, será surpreendente a todos. No entanto, depende de um conjunto de fatores, não só de você, mas de outras pessoas, apenas se tudo ocorrer bem é que você terá seu amor, senão... Bem, a vida não é perfeita.

Ela me lançou um sorriso triunfante.

— O que? Por que a senhora está me dizendo isso? – agora eu me sentia terrível, sabendo que poderia um dia encontrar alguém, mas que dependia de inúmeros fatores. E se nada ocorresse? E se tudo desse errado? O que seria da minha vida? Por que Afrodite me disse isso?

— Fácil. – ela respondeu – Eu vim te avisar, e tornar tudo mais legal. Assim, você vai ansiar por encontrar seu amor. Talvez, um dia, você me agradeça. – num gesto ligeiro, ela ergueu o dedo indicador no ar, como se lembrasse de algo, e voltou-se para mim, como para contar um segredo – Ah! Antes de eu ir, uma coisa. Quando chegar a hora, se tudo der certo, e você vir um pássaro dourado em sua janela, não se esqueça, será a hora de ir embora.

Atônito, levantei-me do banco, encarando a deusa, que permanecia sentada. O que Afrodite estava dizendo?

— O que? Como? Que pássaro? Ir embora de onde? – minha mente dava voltas, Afrodite estava bem?

— Apenas faça como a Branca de Neve e a Cinderela, siga o pássaro, ok? – franzi as sobrancelhas, não entendia de princesas, e pouco me importava, eu queria saber que pássaro era esse e de onde eu teria de ir embora. Mas Afrodite parecia ter seus próprios pensamentos, e soltou uma longa gargalhada - Na verdade, você pode ser o cosplay da Branca de Neve: o Branco de Cadáver! Ou então, Branco de Vela! Se for da Cinderela, fica melhor ainda: Cinderico! – ela riu mais um pouco, parou, recompondo-se, e então piscou os olhos verdes/azuis/caramelos/cinzas, brilhando.

Eu não achei nenhuma graça em sua associação. E acho que nada me faria rir, diante dos fatos. Tudo o que eu queria era entender melhor a situação.

— Bem, hora de eu ir embora. Foi ótimo conversar com você, Cinderico, até algum dia. – então, ela sussurrou minimamente - Eu realmente gostei disso.

Eu queria gritar com a deusa e fazer-lhe mil perguntas: saber quem era o casal de que falara do início, por que eu demoraria a conhecer alguém que gostasse, que pássaro era esse, e de onde eu tinha que ir embora. No entanto, antes que eu pudesse reagir, ela se levantou do banco e começou a assumir sua forma de deusa, sua aura já havia ido embora, o que significava que estava estável novamente, em compensação, eu estava abalado, aquela fora a conversa mais doida que eu tive. Tudo que pude fazer foi fechar os olhos e desviar o rosto, para não ser fulminado, além de ficar com milhares de perguntas em minha mente.

Por fim, eu desabei no banco que estava anteriormente, e fiquei ali, em estado de choque, olhando o nada, enquanto casais felizes passeavam no parque. Eu não lembrava mais de espada, Tânatos, nem do ser misterioso que queria voltar, não, eu só conseguia pensar no pobre casal que estava na mira de Afrodite, em Annabeth (um estranho calafrio percorreu meu corpo), no que seria de minha vida agora, e no quanto Afrodite podia ser cruel. A vontade que eu tinha agora, era de torcer-lhe o pescoço e tirar aquele sorriso “simpático” da cara.

Além disso, eu tinha certeza de uma coisa: eu passaria toda minha vida esperando por uma garota especial e por um pássaro dourado idiota que iria aparecer em minha janela um dia, claro, se tudo desse certo.

É, Afrodite, com toda certeza, sabe ser cruel mais do que todos os olimpianos, mais até do que Hades.

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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Sim? Não? Por quê?Bem, bem. Obrigada por tudo e por sempre pessoal, amo vocês! Mas agora, alguns PS's, porque eu sei, todos estavam morrendo de saudades.PS: Viram a capa de HoH? AAAAAh! Pirando! Para completar, lança dia 8 de outubro aqui no Brasil, junto com a versão americana (semideuses piram).PS2: Alguém quer, por caridade me doar dinheiro? Tipo, eu vou falir segundo semestre, sabem por quê? Olha o que vem por aí: O Mar de Monstros, HoH, Em Chamas, Believe Tour, novos cds do Justin (vocês leram certo, no PLURAL), Believe em 3D, e talvez, um cd bônus da Taylor. Além de, é claro, eu ter que comprar: o Guia Definitivo dos semideuses, o livro de contos de mitologia grega do Percy, o encontro do Percy com o Carter e a Saddie, entre outros. Okay, até lá, estarei falida! hahaha ~okay, isso é brincadeira, não é para acharem que estou pedindo mesmo dinheiro, mas se quiserem mandar.... hahahahaPS3: Uma boa alma carioca vai no show do meu bebê? Alguém?PS5: Me visitem no ASK! Okay?PS6: Sentiram saudades dos PS's né? Eu sei que sentiram! Admitam! PS7: Domingo eu fui no Jardim Botânico, muito lindo! *---* Mas, mais lindo ainda porque me senti no CHB (por alguma estranha razão, lá me lembra o Acampamento!).PS8: Amo vocês! *---* Obrigada por tudo!Beijoooos! Obrigada!Nikki
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