Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 72
Capítulo 72: Temos um meia vermelha a bordo


Notas iniciais do capítulo

I'm back! Sentiram saudades? ~lê eu fugindo das espadas, flechas, pedras e lanças ~ Eu sei que demorei muuuito, podem acabar comigo! Brincadeirinha! Não acabem comigo.
Título estranho do capítulo né? Mas então, eu tô com presa, foi o melhor título que pude pensar! :P
Bem, antes de mais nada, o capítulo é leve, e eu não coloquei a parte que vai fazer vocês me matarem porque se não ficaria muito extenso, e também, eu acho que depois de tanta demora vocês merecem coisas felizes. Fora que se eu colocasse nesse capítulo, além de ficar cansativo, eu teria que parar na parte que não quero e vocês me matariam mais ainda, então... Ah, mas não se preocupem, do próximo capítulo não passa, até porque, eu já comecei a escrever! Na verdade, eu quase chorei enquanto tentava escrever um pequeno resumo do próximo capítulo. #apenasesperem
Antes de mais nada, eu tenho que recomendar este capítulo para 6 lindos leitores, que me deixaram lindas recomendações, e que me fizeram sorrir muuuito! São eles: LarissaFagali (minha sobrinha, não fui titia má nesse capítulo okay? Você sabe que te adoro!), Nina P Jackson Potter (espero que não tenha ficado com o estômago revirado, ao menos, este capítulo não fará isso), Juh McLean (sua recomendação e o review de outro dia me fizeram chorar), Luiz Chase ( eu te adoro, principalmente quando manda MP pedindo pelo próximo capítulo, mas desculpa pela demora), LadyCharlie (simplesmente adorável e fofa, desculpa por te fazer esperar) e Samantha Jackson Potter ( eu simplesmente fiquei com os olhos brilhando após sua recomendação). Obrigada a todos vocês, vocês são outro motivo pelo qual eu deixei tudo feliz no capítulo!
Gente, capítulo para vocês sorrirem, descontraírem, matarem as saudades da Momentos (sendo honesta, nem tá tão bom porque eu tive que ficar parando mil vezes, demorei dias para continuar, digamos que esse últimos dias não foram muito bons para minha cabeça, outro motivo pelo qual eu queria tudo alegre). Apenas desculpem leitores, se não tem ação ainda, e desculpem vocês 6 (que me deixaram recomendações), pelo capítulo não estar a altura do que vocês mereciam. Desculpa! Capítulos mais ou menos!
Bem, capítulo felizinho, espero que gostem! ~ninguém vai gostar.
Beijos, já cansei vocês!
PS: Qualquer erro desculpa! Eu parei mil vezes, tive alguns bloqueios. E responderei os reviews atrasados essa semana! :D



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Percy’s POV

As palavras de Phobos reverberavam em meus ouvidos. Cada ameaça dada indiretamente fora captada, e meu coração martelava.

Ei! Isso quase rimou! Oh, esqueça!

Ainda em estado de choque, nós três nos olhamos. Não sabia dizer quem estava mais assustado, confuso e preocupado. Acho que todos nós, afinal, Annabeth e eu havíamos sido ameaçados nas entrelinhas (para variar), mas Phobos deixara claro que Bryan era importante para algo, e por isso mesmo ele não podia ameaça-lo.

— Isso foi... Assustador. – disse Bryan, ainda ao redor da mesa de ping-pong, voltando a transformar sua espada em anel.

Vi Annabeth semicerrando os olhos, guardando sua adaga.

— Surpreendente e ameaçador, eu completaria.

Assenti, em concordância, me sentando no pequeno sofá e tapando Contracorrente, lançando um olhar preocupado e aliviado a Annabeth. Preocupado por causa das ameaças de Phobos e do aperto no coração de ainda pouco, aliviado por nada ter acontecido com nós três, principalmente, nada ter acontecido com ela.

Annabeth sentou-se ao meu lado, enquanto Bryan sentava-se em uma pequena poltrona, ambos pareciam pensativos, assim como eu.

O silêncio preencheu o local, cada um de nós parecia muito interessado em olhar o chão, as paredes ou o teto.

As palavras de Phobos rodavam minha mente, e toda aquela missão também. Eu sabia que nós três estávamos em risco, sobre tudo Annabeth e eu. Sendo assim, eu queria poder pensar mais concentradamente nas ameaças de Phobos e nas de Métis, mas eu temia que, se fizesse isso agora, fosse sucumbir, o melhor era evitar pensar naquilo, ao menos por enquanto, e focar apenas em encontrar a espada, me preocupar com a direção do iate, com o mar e com meus amigos. Bem, Annabeth é mais que amiga, mas é amiga. Ah! Você me entendeu!

Passaram-se alguns poucos minutos, nenhuma palavra fora dita, mas eu já olhara para Annabeth umas três ou quatro vezes, ela parecia concentrada, isso era visível, e posso jurar que era quase audível as engrenagens de seu cérebro trabalhando. No entanto, ela me pegara a olhando uma vez. Pelos seus olhos, eu podia ver que ela estava preocupada, mas que tentava mascarar isso.

Resolvi quebrar o silêncio.

— Vamos manter o que tínhamos combinado, encontrar os pedaços da espada, depois descobrimos mais sobre Métis e colocamos as fúrias contra a parede.

Pensei que Annabeth fosse dizer algo, mas quem disse foi Bryan.

— E Phobos?

— Não podemos fazer muito contra ele agora. – eu disse, embora quisesse realmente matar o deus por suas ameaças.

Definitivamente Phobos era filho de Ares, pois por incrível que pareça, todos os que tem algum parentesco com o deus, tem o poder de me irritar e me provocar a fúria. Quer exemplo melhor do que Clarisse La Rue? Ela sim tem o poder de irritar qualquer ser no mundo, não sei como Chris a aguenta...

Ao pensar isso, me lembrei do hotel em NY, que parecia ter sido há meses atrás, e não dias. Me lembrei do bilhete de Clarisse, dizendo que quando chegasse ao Acampamento eu iria sofrer (embora eu ainda não saiba o por que), junto com o “recado” havia meu pijama furado. É, eu não estava ansioso para descobrir o motivo de Clarisse querer acabar comigo, se bem que... Ela sempre quer acabar com todo mundo.

— Percy tem razão. – Annabeth falou pela primeira vez durante a conversa, e sendo assim, tirou-me de meus devaneios – Fora que a missão é mais importante que os planinhos maquiavélicos de vingança que Phobos faz.

Olhei para ela, pois se tem algo que Annabeth havia me ensinado é: não subestime um deus. No entanto, ela estava fazendo isso agora, mesmo sabendo do que Phobos era capaz. Entenda, em geral, eu não ligo muito para os deuses me ameaçarem, Ares faz isso constantemente e eu não me abalo, mas a partir do momento que Phobos ameaçou Annabeth, e mostrou-me do que é capaz... Eu simplesmente não queria subestimá-lo. Annabeth, reparando que eu a olhava, me lançou um pequeno sorriso, como se tentasse me convencer que as ameaças de Phobos eram infantis. Mas infelizmente, eu sabia que não eram, e ela também.

— Mesmo assim... – disse Bryan – Ele ameaçou vocês, e disse que eu era importante para algo, eu estou preocupado com isso.

Annabeth olhou para ele.

— Ei Para-raios, o que quer que Phobos esteja planejando contra nós, vamos dar um jeito, e não se esqueça, ele é o deus do medo, essa é a função dele, causar medo!

Annabeth falava com tanta suavidade e persuasão, que suas palavras foram o suficiente para Bryan concordar em seguir o plano, e tentar ignorar Phobos.

Eu, que havia tocado no assunto de continuar o plano e deixar Phobos de lado, começava a ver que isto era quase impossível, eu estava realmente preocupado.

— Okay, então, Miami nos aguarda.- ele disse se recostando na poltrona.

Levantei-me do sofá, Bryan e Annabeth me olharam, curiosos. Dei de ombros.

— Alguém tem que pilotar o iate.

Bryan deu de ombros, voltando a olhar o chão, mas Annabeth me analisou.

— Vou com você. – ela disse se levantando. Definitivamente ela havia notado que eu estava preocupado.

Bryan, ao contrário de Annabeth, nem levantou o olhar, parecia perdido em pensamentos.

— Tudo bem. - eu dei de ombros.

Deixamos a sala de recreação (okay, eu nunca imaginaria que um iate pudesse ter isso, bem, a não ser os das celebridades de Hollywood, mas...), passando por um pequeno corredor interno e chegando até a cabine de comando, o pequeno percurso fora feito em silêncio.

Sentei-me na cadeira de comando, Annabeth sentou-se ao meu lado, eu tentava não olhá-la, pois sabia que seu olhar se encontrava em mim, me analisando meticulosamente.

Mexi em alguns botões, tirando o iate do piloto automático e voltando a pilotá-lo. Já se passara mais de cinco minutos, nenhum de nós dizia nada, e eu nem a olhava.

— Percy. – ela disse seriamente – No que você está pensando?

—Em nada!– menti, sem nem olhá-la, minha visão focada apenas no enorme mar à frente.

—Sinceramente, muitas vezes eu poderia acreditar que você não está pensando em nada, mas essa aqui não é uma dessas vezes. – ela disse simplesmente, e eu revirei meus olhos.– Olhe para mim Percy. – ela tocou minha mão.

Sem muita vontade, desviei meus olhos do mar e encarei os olhos cinza tempestade de Annabeth.

— Você está pensando no que Phobos disse não é?

A verdade era justamente essa, eu estava tentando não pensar em Phobos, mas eu não conseguia, sendo assim, volta e meia eu pensava em suas ameaças.

—Eu estava tentando não pensar. – eu disse – Mas ele acabou de vir ao iate, nos ameaçou, então, sim, eu estou pensando nisso.

Annabeth me analisou.

— Percy, você mesmo disse, temos que seguir com o plano, a espada precisa ser encontrada, não podemos deixar que Métis volte e torne real seu plano de vingança, e acredite em mim, Métis será um milhão de vezes pior que Phobos, já tivemos Cronos como exemplo disso.

— Eu sei, mas é impossível não pensar no que pode acontecer com... – engoli em seco – Você.

Ela tocou meu rosto.

— E você acha que eu não estou preocupada com você? Que não estou preocupada em perder a única coisa real que eu já tive em toda minha vida? – eu sorri com essa frase- Percy, é claro que estou preocupada, mas será bem pior se Métis voltar, se ela ressurgir, isso não acabaria apenas com nós, mas até com o mundo. Por isso temos que nos concentrar na missão.– ela disse- E vai ficar tudo bem conosco Percy, só precisamos ter cuidado com o que fazemos, fora que sabemos nos cuidar muito bem.

Eu sabia que ela estava certa, todas as outras pessoas do mundo corriam perigo com Métis, mas depois do aperto de mais cedo...

— Sim, mas lembra o que Phobos disse? Defendemos um ao outro, e isso, de certa forma, facilita as coisas.

— Mas também dificulta. – ela completou- E não somos apenas nós, Bryan também é nosso amigo, ele também nos ajuda, nós somos três Percy. Saiba, eu também estou, hum... Temerosa quanto as ameaças de Phobos, porque eu sei do que os deuses são capazes por vingança, mas se ficarmos focados nisso, vamos esquecer a missão e acabaremos virando refém de Phobos. Já pensou que dessa forma ele também nos venceria? Porque sendo o deus do medo, ter nós três com pânico de que algo aconteça, seria simplesmente o sonho dele, por isso precisamos nos focar na missão, por mais que seja difícil.

Assenti.

— Você tem razão, e eu sei disso, nunca passou pela minha cabeça deixar a missão de lado, eu só estava, e vou continuar, preocupado.

— Eu sei disso, a propósito, suas sobrancelhas estão juntas e franzidas. – ela sorriu, e eu retribui, era impossível não sorrir com ela – Mas... – ela suspirou - eu também estou preocupada, não só por você, ou eu, mas por Bryan também, sabemos que Phobos não fará nada para ele, ao menos enquanto ele for importante. No entanto, o que não para de girar em minha mente é: para que Phobos quer Bryan? Ou melhor, não é Phobos que o quer, ele disse que tem ordens. Mas de quem será essa ordem?– ela inclinou a cabeça.

Esse era outro ponto que eu estava curioso.

— Eu também estava pensando nisso. Phobos não perde a oportunidade de ameaçar, não importa quem seja, mas ele não fez isso com Bryan, o que significa que ele deve ser muito importante. – disse semicerrando os olhos.

Annabeth sacudiu a cabeça.

— É melhor não nos focarmos nisso agora, pois por mais que isso seja quase impossível, temos que encontrar a terceira parte da espada, e descobrir como Métis planeja sua vingança contra o Olimpo.

— Annabeth, eu não vou conseguir parar de pensar nisso, de me preocupar, nós corremos riscos, você principalmente.

Ela tocou meu rosto suavemente, e sorriu um pouco.

— Ver você preocupado assim é fofo! – seu sorriso diminuiu um pouco- Mas Percy, riscos nós corremos todos os dias de nossas vidas! E eu também estou preocupada, não comigo, com você, eu já disse isso! Eu te amo Cabeça de Alga!

Ela me deu um selinho, e nessa hora, embora meu cérebro estivesse derretendo, eu pensei no que Phobos havia dito, que era para aproveitarmos cada momento juntos, pois poderia ser o último, era o que eu estava fazendo.

Quando abrimos os olhos, ela me encarou, e, como se lesse minha mente, disse:

— Nós teremos muitos momentos juntos Percy, confie em mim.

Suas palavras se enroscaram por meu cérebro, eu confiava em Annabeth mais do que em qualquer pessoa do mundo, e sendo assim, eu acreditava nela, e ignorava o aperto em meu coração de mais cedo.

— Eu confio em você Sabidinha! Eu te amo!

Ela sorriu.

— Eu sei que você me ama! – ela riu – Então, pare de pensar em coisas que não vamos deixar acontecer e vá tomar um banho de mar.

Ela estava normal, até essas últimas frases, ela parecia quase forçada ao estar tão otimista, mas ignorei isso.

— O que? – eu perguntei, voltando a pilotar o iate.

— Eu te conheço Percy, você está doido para ir ao mar, e considerando que você ainda vai teimar em pensar no que não deve, agora é a melhor hora. Vai lá! – ela disse se levantando da cadeira e me puxando da minha.

— Mas o iate?... – comecei a dizer, mas ela me interrompeu.

— Uma pausa de 10 minutos não vai fazer mal a ninguém, já estamos quase na metade do caminho, então... Vai logo Cabeça de Alga!

— Mas e se acontecer algo? – eu perguntei, sem muita convicção, eu realmente precisava ir para o mar, eu precisava pensar com calma após aquele longo dia.

Annabeth revirou os olhos.

— Percy, qualquer coisa que possa acontecer, eu já pilotei um helicóptero, um iate não deve ser tão difícil assim. – ela sorriu, convencida, ainda me puxando – E não venha me dizer que você não quer mergulhar, isso é visível em seus olhos.

Ela me soltou e cruzou os braços. É, ela me conhecia muito bem.

— Okay sabidinha, você tem razão. – disse parando o iate e me levantando, enquanto ela sorria e voltava a se sentar.

— Eu sempre tenho.

— Alguém anda convencida.

— Não sou convencida, é apenas um fato de que na maioria das vezes eu tenho razão. Agora vai logo dar seu mergulho Cabeça de Alga, temos 10 minutos, não a vida toda.

Sacudi a cabeça, era incrível o fato de ela estar tão... Hum... Feliz? Após a nossa conversa normal, isso estava estranho. Annabeth costumava manter a calma em horas assim, mas apenas para pensar em um plano, isso era comum, mas ela estava feliz, como se tentasse passar isso para mim, como se tentasse me deixar menos preocupado. Seria isso? Ou ela mesma não acreditava que nós dois poderíamos ficar bem, e por isso fingia que acreditava?

— Já estou indo. – disse desconfiado, enquanto saia da cabine e via Annabeth sorridente.

Então, fechei a porta atrás de mim, e pensei que, para ela estar tão feliz, e aparentemente não estar tramando nenhum plano... É que ela deveria: ou estar tramando algo, um hiper plano, ou nem ela acreditava mais que nós dois poderíamos continuar vivos após essa missão, só isso explicaria a situação. Confuso não? Mas só podia ser isso.

Eu, que já havia me afastado da porta que levava a cabine, me aproximei novamente, apenas para olhar a imagem de Annabeth pelo pequeno vidro que havia na porta. O contraste com a imagem dela de menos de 1 minuto atrás era enorme. Ela não sorria mais, nem parecia estar otimista, ela apenas olhava o mar a frente, mas era como se não olhasse, sua cabeça estava inclinada, os olhos semicerrados, os dedos batiam levemente na cadeira. Sim, essa expressão é de quando ela está pensando em algo crucial, um plano talvez, ou uma decisão, e obviamente, eu parecia não estar incluído nisso.

Pensei em abrir a porta e perguntar no que ela pensava, mas as coisas não funcionavam assim com Annabeth. Nunca funcionaram, ela nunca contava tudo que pensava, nunca contava o plano todo, e isso já causara algumas das nossas brigas, mas já nos salvara um milhão de vezes. Então... Mesmo que eu estivesse com um estranho pressentimento, dei de ombros. Annabeth era Annabeth, ela sempre tinha um plano atrás do plano, e um plano atrás do plano do outro plano. Hum... Isso soou confuso. Que seja!

Por fim, me afastei da porta da cabine de comando, tentando ignorar o que Annabeth estava tramando, afinal, ela sempre pensava em algo, e em geral era nossa salvação. Por que dessa vez seria diferente? Eu tentava ser otimista, pouco sucesso.

Ainda pensando nisso, me aproximei da borda do iate, olhando o mar, o território do meu pai, o meu território. Sentir o cheiro da brisa do mar era basicamente como tirar um peso da minha cabeça, como se, naquele momento, só o que importasse fosse o mar. Então, num impulso, pulei a borda de proteção do iate e me lancei na água.

Okay, se algum mortal visse isso, provavelmente pensaria: “Nossa, esse garoto é maluco, se lançou no meio do Oceano Atlântico, sem roupa de mergulho e com roupas comuns, vai acabar virando comida de tubarão.”. Bem, eu não sou maluco (não muito), e sendo eu filho do deus do mar, não tenho problemas com a profundidade (não que eu tenha ido tão fundo, mas até hoje, não tive nenhum problema com a pressão do mar), fora que, eu só me molho no mar se eu quiser, o que eu realmente não quero no momento. E quanto a virar comida de tubarão... Não existe a menor possibilidade disso acontecer, já que todos os animais marinhos respeitam Poseidon e, como sou filho dele, me respeitam também.

Assim que atingi o mar, foi como se o peso do céu saísse de sobre os meus ombros, e acredite, eu sei do que estou falando.

Fiquei ali, tentando não pensar em nada por alguns minutos, para então, depois, poder pensar em tudo. Para isso, fiquei observando um coral que se encontrava próximo de onde eu estava, e também dei uma olhada nos peixes que começavam a nadar perto de mim, mas parei de fazer isso quando eles começaram a me olhar com olhos arregalados e também a cochicharem sobre “o filho de Poseidon”. É, peixes podem ser bem curiosos e fofoqueiros, mas não diga a eles que eu disse isso, porque eles também são temperamentais.

Após alguns minutos analisando o ambiente ao meu redor, comecei a me sentir melhor, mas então, toda a missão, espada de Athena, profecias, Métis, Phobos, Ixíon, Calipso, Bryan, ilha de Afrodite, Annabeth. Tudo voltou como um tsunami, que arrasta tudo pelo caminho, no caso, que me arrastava.

Eu já devia estar acostumado com missões, já devia ter me acostumado com as ameaças, mas isso não é algo tão fácil de se acostumar, mesmo depois de você ter lutado numa batalha contra um titã e tê-lo vencido. Mas eu tinha que admitir que estava mais preparado do que quando tinha 12 anos de idade, e que agora eu estava mais capacitado para lutar, no entanto, isso não significava que eu não ficava confuso com tantos mitos, ameaças, profecias, não significava que eu não sentia medo, apenas que eu sabia mascará-lo, ou mesmo evita-lo. E a verdade é que eu havia ficado preocupado com Métis querendo dominar o mundo, querendo vingança, fiquei temeroso, mas, então, o medo ficou mais concreto após as ameaças concretas de Phobos. Acontece que, depois de minha conversa com Annabeth, eu quase me deixei levar pelo que ela disse, de focar na missão apenas, e era justamente isso que eu estava tentando fazer, mas depois de ver sua expressão de alegria desmoronar quando sai da cabine, eu fiquei com o pé atrás. De qualquer jeito, eu iria me concentrar na missão, afinal, tínhamos que ir a Miami encontrar o terceiro pedaço da espada de Athena, mas eu iria ficar preparado para qualquer possível ataque de Phobos, ou mesmo de algum monstro.

Okay, você deve estar pensando que eu não deveria estar tão preocupado com Annabeth, porque ela é Annabeth. Mas sendo eu namorado dela, e levando em conta que fomos amigos por tantos anos, eu me preocupava com ela de qualquer forma.

Sacudi a cabeça embaixo d’água e olhei ao meu redor, os peixes me encaravam, e isso estava me dando nos nervos, fora que já deviam ter passado 10 minutos, e eu já estava mais leve, ou ao menos decidido.

Então, fiz com que a água me impulsionasse para cima, fazendo assim com que eu parasse de pé e seco no iate. Olhei o mar mais uma vez, e sorri, para então me virar de volta para a cabine de comando.

Eu esperava encontrar Annabeth pensativa, ou que estivesse fingindo estar feliz (como fizera antes), e esperava que a cabine estivesse silenciosa, mas ao invés disso, eu ouvi o som de vozes dentro dela. Seria uma discussão?

Em seguida, ouvi a típica risada irônica de Annabeth, e isso de certa forma foi bom, pois eu sabia que ela não estava “forçando” nada, era apenas ela.

Entrei na cabine para, então, encontrar Bryan e Annabeth conversando, a princípio, nenhum deles prestou atenção em mim.

— Por favor Harpper! – ela disse revirando os olhos cinzas – Você deve ser louco, o Boston Red Sox nunca, mas nunca foi, é, ou será melhor que os Yankees de NY!

— Você só diz isso porque seu boné de invisibilidade é dos Yankees. – ele disse – Se você tivesse ganhado um do Red Sox... Ai seria diferente.

— Primeiro. – ela disse – Se meu boné fosse do Red Sox eu nunca teria encostado nele, porque eu já era uma Yankee desde pequena. Segundo: os Yankees são os melhores, aceite isso.

— No seu sonho. – ele murmurou.

Até aquele momento eles não haviam me notado, provavelmente porque estavam brigando para saber quem era o melhor time de beisebol. Bem, talvez você não saiba, mas aqui, no lado leste dos Estados Unidos, os principais rivais do beisebol são: Boston Red Sox e Yankees de New York, claro que eu sou torcedor do melhor deles – os Yankees!

— Cara. – eu disse andando até a cadeira de comando do iate, me sentando nela e fazendo assim com que eles me notassem – Os Yankees são o melhor time de beisebol de todo o mundo.

Annabeth assentiu e Bryan fez careta. Em seguida, dei partida no iate, seguindo rumo ao lado leste do estado da Flórida.

— Fala sério, até você gosta deles Jackson? – perguntou para-raios.

— Eu sempre fui um Yankee. Ou você acha que azul é minha cor favorita só por causa do mar? – eu respondi, aproveitando o momento de descontração, era disso que eu precisava– Além do mais, é o melhor time de todos os tempos!

— Faz me rir. – ele retrucou.

— É tão ruim ver gente com inveja. – Annabeth disse.

— Digo o mesmo. – Bryan respondeu.

Me virei para ele rapidamente.

— Eu não sabia que você era um “meia vermelha”.

— Como não ser quando o Red Sox é o melhor de toda liga Americana?

— Não sei em que planeta. – disse Annabeth entre falsos acessos de tosse.

— É um dos com mais títulos da liga.

— Mas não chega nem perto do Yankees. – eu respondi.

Bryan revirou os olhos.

— O Red Sox tem 7 títulos de séries mundiais.

— E os Yankees tem 27 títulos mundiais. – disse Annabeth sorrindo, e eu tive que acompanha-la, aquilo foi quase como um tapa na cara dele – Quer que eu fale todos? Pois bem: 1923, 1927, 1928, 1932, 1936, 1937, 1938, 1939, 1941, 1943, 1947, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953, 1956, 1958, 1961, 1962, 1977, 1978, 1996, 1998, 1999, 2000 e 2009. É tanto título que dá até para se perder nas datas.

Bryan e eu encaramos Annabeth por um segundo. Como ela havia gravado tudo isso? Ela apenas deu de ombros.

— Metade deles são roubados. – respondeu o Harpper.

— Roubados? – eu perguntei – É roubar jogar com os melhores rebatedores, apanhadores e ter os melhores técnicos?

— Bryan, se quiser, eu posso continuar falando quantas mais dezenas de vitórias nós temos na Liga Americana e nas séries de Divisão. Você quer que eu continue falando? – Annabeth sorriu vitoriosa.

— Me poupe. – ele disse cruzando os braços.

— Somos melhores. – eu disse, e em seguida, Annabeth e eu fizemos um toque de mãos típico dos Yankees, e então, rimos.

Ficamos um pouco em silêncio, até que, por fim, eu perguntei:

— Como vocês começaram a falar sobre times de beisebol?

— Ah, enquanto você estava no mar, eu fui ver se estava tudo bem com o Bryan, e quando cheguei à sala, ele estava assistindo Red Sox contra o Toronto Blue Jays, foi ai que a “discussão” começou.

— Não teria tido discussão se você não tivesse falado mal do Red. – disse Bryan.

— Eu não teria falado mal se o seu rebatedor tivesse acertado a bola que estava na cara dele.

Nós três nos olhamos, Annabeth e Bryan riram.

— Okay, eu acho que já deu. – falou o para-raios – Não tem como um “meia vermelha” e dois Yankees chegarem num acordo, então, podemos parar por aqui.

— Por mim tudo bem. – falou Annabeth – Até porque, a missão é o mais importante no momento, mas os Yankees são os melhores.

— Concordo, nos dois casos. – disse por fim, nós tínhamos que ter foco, mas o momento de descontração fora bom, por um momento nós parecemos com os mortais – Já sabemos que o terceiro pedaço está no Vizcaya.

— Sim, e que está no monumento que fica na água. – completou Bryan.

— Não é monumento, quantas vezes vou ter que dizer? – perguntou Annabeth – São as ruínas da antiga plataforma de embarque, inspirada nos canais de Veneza.

— Por que um museu teria ruínas no mar? – perguntei.

Annabeth revirou os olhos.

— Porque no século passado foi a residência de James Deering, que em 1916 era vice-presidente da International Harvester, uma antiga empresa de materiais de construção.

— Como você sabe disso? – perguntou Bryan.

— Ninguém faz a mínima ideia de como ela sabe disso. – eu respondi – Mas se eu fosse você, não ficava pedindo explicações, se não, ela é capaz de ficar até amanhã falando no nosso ouvido.

Bryan fez cara de espanto, e Annabeth me lançou uma careta.

— Alguém nesse iate tem que saber alguma coisa, Jackson. – ela pronunciou meu nome com falso desprezo.

— Uh! – falou Bryan, rindo da minha cara.

— Cala a boca. – disse para ele.

— Bem, voltando. – ela disse, remexendo nos cabelos loiros – Provavelmente está nas ruínas da plataforma de embarque, porque eu me lembro que meu pai conseguiu alugar um pequeno barco para que pudéssemos ver as ruínas de perto, e tinha algumas letras em latim lá, mas eu não consegui ler muito bem, porque as letras estavam encobertas por sujeiras, e naquele momento, aquilo não me pareceu muito importante. – ela semicerrou os olhos – Nós sabemos que a terceira parte está, muito provavelmente, nas ruínas, mas eu estava analisando algo. Eu dei uma lida detalhada naquele livro de Dédalo, que pegamos na biblioteca do hotel, parece que é muito comum as espadas terem guardiões, monstros as protegendo, nesse caso, pare que em cada parte da espada teve um ser protetor, o primeiro pedaço tinha armadilhas para dificultar o acesso, e o segundo tinha as estinfales protegendo-o, então, e tudo leva a crer que, ou uma armadilha, ou um guardião, estarão protegendo o terceiro pedaço também, sendo assim temos que nos preparar, criar uma estratégia de ataque.

Fazia sentido o que ela disse, completamente, cada um dos dois pedaços até agora teve algo que nos impedia de chegar até ele, e se ela havia lido algo parecido no livro de Dédalo, era mais que óbvio que teria outro guardião da terceira parte.

Será que era isso que Annabeth estava pensando mais cedo? Antes de eu ir para o mar?

— Estratégia? – perguntou Bryan.

— É. – ela respondeu – Percy e eu, após tantos anos lutando juntos, sabemos cobrir um ao outro muito bem, sabemos deduzir os movimentos do outro, já você, Bryan, embora seja muito bom esgrimista, ainda é novo em batalhas, por isso, precisamos discutir o que vamos fazer, planejar algo, afinal, precisamos estar preparados. Pode ser?

— Claro. – ele disse.

Sim, Annabeth tinha razão no que dizia, precisávamos de um plano. Será que era isso que ela pensava mais cedo?

— Primeiro de tudo, devemos ter em mente que são meio dia e, mesmo que ainda estejamos do lado oeste da Flórida, devido a super velocidade do iate, devemos chegar a Miami daqui a três horas. Por isso eu estava pensado que, bem, chegando lá, o ideal seria um ficar encarregado de pegar o pedaço da espada, e os outros dois cuidariam da retaguarda, para qualquer coisa. É o mínimo que podemos planejar, afinal, não sabemos o que terá lá, mas, considerando o local, é muito provável que, se for um monstro, ou será um marinho, ou um aéreo, já que o mar rodeia o local, e o céu, bem, é o céu e estará acima de nós. – ela disse – Sendo assim, seria melhor que Bryan pegasse o pedaço da espada e que Percy e eu ficássemos responsáveis pela defesa, assim, Bryan poderia se concentrar em encontrar o terceiro pedaço e lidar com as armadilhas ou enigmas, e nós poderiam distrair monstro, depois, nós acabávamos com ele.

— Tudo bem. – disse Bryan – Mas porque eu tenho que pegar o pedaço?

— Porque, como eu disse antes, Percy e eu conhecemos os movimentos um do outro numa luta, então, qualquer coisa...

Sim, era verdade, no entanto, havia outro ponto.

— Mas Annabeth, se as probabilidades são de monstros marinhos e aéreos, não seria mais lógico que você pegasse o pedaço da espada, e Bryan e eu ficássemos na retaguarda? – eu disse, sendo sincero, mas também sabendo que se ela pegasse a espada, eu poderia garantir sua segurança, como se ela precisasse disso.

— Hum, é verdade, mas numa luta só com a espada, Bryan poderia acabar ficando em desvantagem... – ela bateu os dedos na mesa – O que você acha Bryan?

Ele olhou para mim primeiro, e acho que meu olhar dizia o que eu queria: que ele aceitasse meu plano.

— Eu concordo com Percy, afinal, se tiver algum enigma para encontrar a espada, do jeito que eu sou, vamos estar perdidos.

— Então tudo bem! – ela disse – Eu pego o pedaço da espada e vocês ficam na defesa.

Olhei agradecido para Bryan. Porque com esse plano, eu poderia proteger Annabeth de qualquer plano de Phobos, sem que ela percebesse isso.

— Por mim parece um ótimo plano. – disse Bryan, em seguida olhando o relógio – Mas, como temos algumas horas até chegar a Miami, seria muito bom que comêssemos algo, não acham?

Até aquele momento, eu não havia me dado conta do quanto eu estava com fome, até que meu estômago roncou.

— Com certeza! – respondemos Annabeth e eu.

— Eu estou faminta! – ela completou.

— Eu também! – disse Bryan – Eu acho que tem alguns lanches naquela sala de “recreação”. Vamos lá!

Nós três basicamente pulámos da cadeira, e eu estava pronto para correr em direção a porta quando Annabeth me parou.

— Não, o senhor vai ficar ai e pilotando o iate. – ela disse, e isso fez Bryan parar na porta e olhar para nós dois – Afinal, se deixar novamente no piloto automático nós não vamos chegar a Miami tão cedo, então, pode sentar ai e continuar pilotando.

Olhei confuso para ela, meu estômago voltando a roncar.

— Mas eu vou morrer de fome!

— Não, não vai. – ela disse sorrindo – Nós vamos trazer as coisas para cá, comemos aqui na cabine, não é Bryan?

— Claro! – ele respondeu, dando de ombros.

— Pronto, resolvido! Agora volte a pilotar. – ela me tascou um beijo na bochecha, e eu só pude concordar.

Se passaram alguns minutos, eu continuava pilotando o iate, mesmo estando com muita fome, até que Annabeth chegou a cabine, trazendo consigo alguns (muitos) sanduíches naturais.

— Só tem sanduíches naturais e sucos de fruta lá dentro. – ela disse enquanto me dava alguns sanduíches, colocava outros perto do lugar de Bryan e segurava os seus próprios enquanto sentava.

Eu realmente desejava um sanduíche bem gorduroso, mas eu já devia imaginar que, da forma como Afrodite, e igualmente suas filhas, é obcecada pela boa forma, só teria coisas assim no iate, de qualquer jeito, sanduíche natural era bom.

— Cadê o Bryan? – perguntei, comendo um pedaço do sanduíche.

— Trazendo os sucos e vendo se acha mais alguma coisa comestível. – ela respondeu enquanto dava uma mordida em seu próprio sanduíche – Mas diz, foi bom seu mergulho?

— Foi. – eu disse, e em seguida fiz uma careta – Tirando o fato que os peixes ficaram me observando.

— E? – ela perguntou se inclinando em direção a mim.

— E que você não estava comigo. – eu respondi, roubando-lhe um beijo – Mas saiba que dá próxima vez, você vai comigo, mesmo que não queira.

— Por que eu não iria querer? – ela perguntou feliz, me dando um último selinho antes de voltar a sentar em sua cadeira e a comer seu lanche, assim como eu voltei a comer o meu lanche.

— Só estava avisando. – respondi.

Então, o barulho da porta fez com que Annabeth e eu parássemos de conversar e olhássemos para Bryan, que entrava na cabine e carregava três garrafas de suco.

—Nada, nenhum doce! – ele disse – Sério, eu pensei que iria encontrar algum doce, mas não tem nem uma balinha nesse iate. Ao menos o suco é de morango.

Ele se sentou em sua cadeira e jogou a minha garrafa de suco e a de Annabeth.

— Não reclame! Ao menos temos o que comer. – ela o repreendeu.

Após isso, diminui um pouco a velocidade do iate, e todos nós nos concentramos apenas em comer, afinal, estávamos famintos.

Se passaram alguns minutos, e já tínhamos devorado todos os sanduíches, bebido todos os sucos e jogado fora as embalagens.

— Eu admito, este sanduíche natural é o melhor que já comi em toda minha vida! – eu disse.

— Também, é da Olympus Food. – disse Annabeth que, ao ver o olhar de confusão que Bryan e eu tínhamos, revirou os olhos – Estava escrito na embalagem que foi produzido pela Olympus Food, sabe, a lanchonete do Olimpo, uma parceria entre Deméter, Hermes e Dionísio. Só tem coisas saudáveis lá, a entrega é rápida, e a única bebida é suco de morango, porque o Senhor D. não está podendo produzir uva, e bláh, bláh, bláh!

— Como se ele quisesse produzir uva para fazer suco. – eu murmurei.

— Como você sabe disso? – perguntou Bryan a Annabeth, ignorando meu comentário.

— Eu como lá de vez em quando, sabe, quando estou dirigindo a obra do Olimpo.

— Ah sim, você já deve saber que minha namorada é arquiteta oficial do Olimpo. – eu completei.

— Okay, tinha esquecido desse detalhe. – disse Bryan – Então os deuses tem uma rede de Fast Food, só que saudável, no Olimpo, que a propósito fica sobre o Empire State Building, em New York. Legal! - Bryan disse – Fora que minha amiga é arquiteta oficial da casa dos deuses gregos, divertido.

Annabeth olhou para ele e deu de ombros.

— Um dia você se acostuma.

— Ou não. – eu completei, Annabeth revirou os olhos.

— Isso foi animador. – disse Bryan ironicamente – Mas, bem, eu posso me acostumar a isso, ou não, ou então, posso morrer daqui a algumas horas.

— Ou não. – completou Annabeth.

— Ou não. – repetiu Bryan



— Enfim... O que eu quero saber é se, é sempre assim.

— Assim como?-eu perguntei.

—Deuses aparecendo, te ameaçando, manipulando, outros querendo vingança, ai tem as missões, monstros, lutas, tudo isso! – ele disse – É sempre assim?

Annabeth e eu nos entreolhamos, os últimos anos de nossa vida foram exatamente como Bryan disse.

— Em geral... Sim! – Annabeth disse – Há não ser que você fique no Acampamento o ano todo, ou que seja filho de um deus menor.

Bryan pareceu pensar por um segundo.

— E como foi para vocês, viver assim, desde pequenos? – ele perguntou – Por que, se eu não consigo assimilar tantas coisas, vocês quando crianças então...

— Foi bem difícil. - eu comentei – No início, acreditar foi a questão, depois, entender, e teve muitos outros problemas envolvidos.

—Muitos mesmo! – disse Annabeth, arregalando os olhos.

— Vocês poderiam, bem, contar a história de vocês? Como cada um chegou ao Acampamento? É que... Nós somos amigos, e eu estou curioso sobre isso.

Annabeth e eu nos entreolhamos.

— Bem, nenhum problema, apenas... São longas histórias. – Annie disse.

— Sem problemas, temos três horas de viagem. – ele disse – Vocês podem me contar sobre a vida de vocês, e eu sobre a minha.

— É, acho que já está mais do que na hora de fazermos isso. – eu disse – E que hora melhor do que antes de uma provável luta? – eu disse irônico.

— Claro, temos que aproveitar agora. –ele completou – Mas antes de me contarem sobre a história de vocês, tem outra coisa que me deixou curioso. O que tinha na ilha de Afrodite, e por que ela os mandou para lá?

Annabeth e eu nos entreolhamos, avermelhados, mas por sorte, Bryan pareceu não entender o motivo.

— Bem... Afrodite nos mandou para lá porque... Queria impedir nossa morte. – ela disse, ficando super vermelha, confesso que eu também– E... Você é muito curioso e isso não vem ao caso agora! Você quer saber como fomos parar no Acampamento, então, vamos por partes okay?

Annie começou a contar sua história, Bryan não falava nada, nem eu, porque, eu até sabia a história dela, mas eu prestava atenção em cada detalhe novamente, era bom ouvir Annabeth falando de sua vida, ela quase não fazia isso. Sim, eu a conhecia muito bem, quando se tratava de suas expressões e pensamentos em geral, mas ela sempre tinha muitos mistérios, não falava sobre algumas coisas, e isso às vezes me fazia sentir como se não a conhecesse completamente. No entanto, com o passar do tempo, eu fui entendo que ela não fala tudo de si mesma, até como um mecanismo de proteção, e também, porque ela só fala quando acha que é o momento, e eu respeitava isso.

Assim, com cada um contando sua história, nós seguimos dentro do luxuoso iate, eu pilotando, navegando pela costa da Flórida, em direção a cidade de Miami, em direção ao penúltimo pedaço da espada. Quando pensei isso, senti um terrível calafrio, isso não era nada bom!

 


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Notas finais do capítulo

Ficou mais ou menos né? E final fail esse, mas foi o melhor que pude fazer com meu bloqueio!
Então, se ficou ruim, avisem okay? Não, não avisem porque tá ruim, só desculpa a vocês, e desculpa para quem eu recomendei o capítulo, eu sei que deveria ter ficado melhor.
Mais uma coisa: alguém ai vinha no Nyah todo dia ver se tinha capítulo novo da Momentos? Porque tem leitores que dizem isso, mas parece tão surreal para mim...
Espero que tenham sorrido nesse capítulo! Até o próximo! Adoro vocês! Obrigada por todas as recomendações e reviews, vocês são demais!
PS: Obrigada a todos que me desejaram parabéns, obrigada amores! Desejo tudo em dobro para vocês. Ah! Sabe, segundo minha prima de 4 anos, eu tô velha agora que tô com 16! Me sentindo uma velinha de bengala. Eu mereço! hahaha
PS2: Próximo capítulo, terceiro pedaço da espada, a fic tá quase entrando em reta final... Oh!
PS3: Eu não posso falar quantos capítulos faltam para acabar porque nem eu sei, que é meu leitor há algum tempo sabe como eu sou ruim para prazos, datas e quantidade de capítulos! hahaha
PS4: Alguém descobriu qual o limite de capítulos aqui no Nyah? Eu li algumas coisas, mas não fala nada sobre os limites de capítulos.
Deixa eu ir lá, tenho simulado hoje povo! Beijooooos!
Obrigada pelas recomendações e reviews okay? Amei! *---*
AAh! Antes de eu ir, só um favor, minha linda leitora, Annie Jackson, tá precisando da ajuda de vocês, ela tem um blog para o colégio, e ela precisa de acessos para ter pontos, então, não custa nada entrar nessa página: tech-music.webnode.com , e ver o blog né gente? Até porque é sobre música e tecnologia, e todos nós amamos isso! Por favor pessoal! Uma ajudinha?