Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 44
Capítulo 44: Por que sempre acontece alguma coisa?


Notas iniciais do capítulo

Hi, guys! Tudo bem com vocês? Bem, tomara que ao menos vocês estejam ótimos, porque eu estou um pouco doente, mas mesmo assim escrevi o capítulo deitada na minha cama.
Falando em cama... Esse capítulo tem um pouco disso, só espero que não queiram acabar comigo no final. Então, ai vai uma frase que muitos queriam ler!
CAPÍTULO NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS!
Aproveitem o capítulo! Beijos!



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Annabeth’s POV

Eu tive uma maravilhosa noite sem sonhos, sendo acordada pelo sol de meio-dia que invadia o quarto e aquecia minha pele.

Eu permanecia de olhos fechados, mas sabia que aquela era a manhã de uma segunda-feira, que pelo horário  o trânsito de Manhattan já devia estar uma loucura, e que se eu estivesse no colégio estaria na aula de Geometria. Sabia também que começaríamos hoje com a missão, com a parte de buscar a espada de minha mãe.

No entanto, esse pensamento rapidamente fora esquecido logo após eu sentir o braço de Percy ao meu redor. Eu queria ficar ali nos braços dele para sempre, queria sentir aquela sensação agradável de tê-lo tão perto o máximo de tempo possível.

Vagarosamente, abri os os olhos e me concentrei em olhar para Percy. Eu já estava virada em sua direção, o que facilitava muito para mim, já que assim eu poderia olhar para ele e nem teria que me mexer, evitando assim que Percy acordasse.

Ele dormia tranquilamente, sua expressão era suave e calma, como se ele estivesse em paz. Seus cabelos pretos estavam completamente bagunçados, a boca estava entre aberta (mas ele não babava, o que era uma sorte a minha), suas pernas estavam entrelaçadas nas minhas e seu braço estava ao meu redor, de forma que isso fazia com que ficássemos mais perto um do outro. Fiquei olhando-o, admirando sua beleza e a forma como ele parecia uma pequena criança  dormindo.

Sorri ao pensar isso, estava considerando ficar daquele jeito mais tempo, abraçada a ele, aproveitando cada minuto possível antes de entrarmos em missão. Eu sabia que teria de levantar em algum momento, no entanto, poderia esperar mais um pouco.

Aconcheguei-me mais em Percy, o que fez com que mesmo dormindo ele me segurasse mais forte, de forma protetora.

— Eu te amo, Annabeth. – ele sussurrou de forma tão clara que até pensei que estava acordado, mas ele não estava. Sua respiração continuava tranquila, intacta, assim como sua expressão.

Ele dizer que me amava me fez sorrir feito uma boba, principalmente porque ele nem ao menos estava acordado, o que queria dizer que ele provavelmente estava sonhando comigo. Eu não consegui tirar o sorriso do meu rosto.

— Eu também te amo, Cabeça de Alga! – sussurrei enquanto passava meus dedos por seu cabelo preto e me aproximava lentamente de seu rosto.

Com delicadeza, grudei meus lábios nos dele. Fora algo simples e sutil, um simples roçar de lábios, porém parece que isso fez Percy acordar, pois logo ele correspondeu ao meu beijo.

Ao nos separarmos, Percy abriu os olhos lentamente, como se quisesse permanecer ali. Eu continuei a observá-lo e quando ele abriu completamente os olhos, também ficou me olhando. Ficamos nos encarando por um tempo sem que nenhum de nós fizesse menção de desviar o olhar.

Continuamos sem trocar nenhuma palavra, apenas nos olhando pelo que  poderia ter sido meia hora, mas que na verdade foram apenas simples segundos.

Por um momento meus olhos desviaram de seu rosto e se dirigiram para a roupa que ele usava. Sim, eu conseguia ver que ele estava usando uma bermuda, isso porque, no meio da noite, nossas cobertas foram parar aos nossos pés na cama.

Arqueei uma sobrancelha, mas não disse nada.

Seus olhos seguiram os meus e Percy deu de ombros, parecendo entender o que eu sugeria. Até parece que ele não me conhece, é claro que um simples dar de ombros não me acalmaria. Eu já ia perguntar a ele o porquê disso, quando notei que seus olhos estavam seguindo meu corpo todo e se prolongando em minhas pernas, que ainda estavam encaixadas nas dele.

Entretanto, ele não me olhava de forma simplória, não. Seus olhos não pareciam avaliatórios, na verdade ele me olhava com... Cobiça? Eu poderia apostar que Percy estava me desejando, e por algum motivo isso me deixou arrepiada. Não de um jeito ruim, mas de um jeito bom, como quando o carrinho da montanha-russa está subindo vagarosamente o ponto mais alto do trilho antes de despencar em alta velocidade. 

Sendo honesta, eu sabia muito bem que era normal os garotos olharem assim para algumas garotas, ainda mais quando esse garoto está olhando para a namorada, mas... Percy nunca me olhara dessa forma tão intensamente e isso fez com que, além de arrepiada, meu rosto ficasse extremamente quente e provavelmente muito vermelho. 

E por mais que Percy seja um Cabeça de Alga, ele notou o modo como fiquei arrepiada e como havia ficada corada.

— Está tudo bem, Annabeth? – perguntou ele, seus olhos e sua voz assumindo um tom de preocupação, o que fez com seu olhar de cobiça sumisse um pouco. Isso me deixou desapontada, a tal ponto que cheguei a meio que bufar.

“Eu tinha que estragar tudo, não é mesmo?”— pensei comigo mesma.

— Tudo. – disse sem muita convicção. Isso fez Percy franzir as sobrancelhas, um sinal de que estava ainda mais preocupado.

— Tem alguma coisa errada? – perguntou ele me abraçando fortemente.

— Nada – tentei parecer sincera, no entanto, sem nenhum sucesso.

Percy voltou a olhar em meus olhos.

— Annabeth, me diga o que há de errado, por favor. – ele segurou minha mão- Você está passando mal? Quer descansar mais? Quer ficar mais um tempo deitada?

Ri suavemente.

— Eu não estou passando mal, Percy, nem preciso descansar mais. – dessa vez fui sincera e ele notou isso. Então, resolvi arriscar e dizer o que eu estava pensando – Mas quanto a ficar na cama... parece uma boa ideia.

O Cabeça de Alga me olhou em dúvida.

— Não que eu esteja reclamando, mas... Se não está cansada, por que quer ficar deitada na cama?

Revirei os olhos quando Percy disse isso e logo depois escondi meu rosto em seu ombro, tomando coragem para falar o que queria.

— A cama não serve só para dormir, Cabeça de Alga, na verdade, existem muitas coisas para se fazer nela. – ao dizer isso eu beijei seu pescoço, logo depois segui em direção a sua boca e meus dedos se entrelaçaram por seus cabelos. Em resposta a minha reação, Percy segurou minha cintura com uma das mãos e com a outra segurou meu rosto suavemente.

Não sei dizer, mas naquele momento, tudo parecia certo, perfeito. Não me importava se nossa missão começaria hoje, nem que li era um hotel, pois tudo isso estava esquecido. Era um desejo incontrolável o que eu estava sentindo, era a primeira vez que eu sentia que não podia me segurar e por isso não me interessava a bronca que eu levaria de minha mãe, nem o fato de eu ter apenas 16 anos, só o que me importava era ter Percy ali, comigo.

Nosso beijo foi ficando feroz e incontrolável, e nisso Percy segurou minha perna, me puxando contra seu corpo.

— Hum... Acho que eu entendi. – disse Percy me afastando um pouco e em seguida segurando meu rosto, me obrigando a olhar em seus olhos – Tem certeza de que quer fazer isso, Annabeth?

— Toda a certeza! – disse eu, e num impulso, coloquei minhas pernas ao seu redor e girei, de forma que fique por cima do Cabeça de Alga. Deitei-me sobre ele e voltei a beijá-lo, agora nossos corações estavam acelerados, eu podia sentir o coração dele batendo contra o meu em perfeita sincronia um com o outro e com nossos lábios e nossos movimentos.

Percy parou de me beijar passando a mão por debaixo da minha camisola, quando reparei que o que ele desejava fazer era tirá-la, me sentei, ainda sobre Percy, e comecei a ajuda-lo. Passei-a pela cabeça, tirando-a por completo, jogando-na no chão do quarto, ficando assim apenas de lingerie.

Espera, lingerie? Ok, numa hora dessas eu não devia pensar nisso, mas... Eu havia colocado apenas uma calcinha e um short por baixo da camisola, não me lembrava de ter colocado um sutiã e muito menos de ter tirado o short.

Confusa e ainda sobre Percy, olhei rapidamente para a lingerie que eu usava.

Ela era vermelha igual a camisola e cheia de renda, o que era mais um problema por que eu não havia levado nenhuma lingerie cheia de renda para a missão. Estava tentando achar uma explicação lógica para isso, no entanto, ficou impossível pensar quando Percy inverteu nossas posições, ficando por cima de mim, e começou a seguir uma trilha de beijos que ia desde minha clavícula até meus lábios.

Aquilo estava bom, bom demais na verdade. Tanto que acabei deixando escapar um gemido baixinho e isso fez Percy sorrir contra minha pele, além de estimula-lo a continuar me beijando, mas dessa vez ele ousou um pouco, me beijando desde meu abdômen, passando pelo vale entre meus seios e chegando até minha boca novamente. Ele fez o percurso três vezes e isso estava me deixando louca! Eu precisava dele!

Quando Percy voltou para minha boca beijei-o com força, mordendo seu lábio inferior e prendendo uma de minhas mãos em seu cabelo, enquanto a outra se dirigia para a barra de sua bermuda, com o intuito de tirá-la. E foi nisso que senti seu membro duro contra meu corpo.

Certo, agora minha mão estava tremendo, eu queria tanto Percy, eu precisava tanto do Cabeça de Alga, mas estava ficando constrangida só de pensar no que eu estava prestes a ver e sentir.

— Quer parar? – perguntou ele reparando em como minhas mãos tremiam.

Olhei em seu rosto, ele me olhava com luxúria, paixão e amor, mas estava disposto a parar se aquela fosse a minha vontade.

— De jeito nenhum! – disse eu enquanto tirava sua bermuda e ele ficava só de cueca.

Eu não sabia o que faria a seguir. Quero dizer, teoricamente eu sabia, mas na prática, era algo bem diferente. As únicas coisas que sabia sobre sexo eram as que eu aprendera na aula de Educação Sexual (e apenas me lembrava de ter que usar preservativo, mais nada), e o que eu havia ouvido das conversas de algumas filhas de Afrodite lá no acampamento e de algumas outras garotas no internato. E dessas últimas eu duvidava um pouco que fosse verdade, afinal, as histórias delas pareciam muito com as de algumas séries e livros para adolescentes.

De qualquer forma, para azar meu e de Percy, nós fomos interrompidos por três batidas na porta.

— Vamos deixar que continuem batendo. – disse ele interrompendo o que eu ia dizer (que por um incrível acaso era o mesmo que ele havia dito) e me calando com um beijo.

No entanto, quem quer que fosse, continuou a bater. Eu até chegara a pensar que fosse Bryan, mas depois de uns segundos descobri que não era ele.

— Camareira! – gritou uma voz esganiçada.

Percy e eu nos entreolhamos como quem dizia: “Só pode ser brincadeira!”.

— Vamos ficar quietos e ver se ela vai embora. – disse Percy beijando meu pescoço e seguindo novamente em direção ao vale entre meus seios.

Era fácil para ele dizer para que ficássemos calados, afinal, a boca dele estava bem ocupada em meu corpo e sendo assim ele não precisava falar nada, enquanto eu tinha que me segurar para não deixar nenhum gemido escapar. Com esse pensamento em minha cabeça, uma das mãos de Percy se dirigiu para trás de meu sutiã, procurando o fecho.

— Se não abrir em dois minutos eu mesma abro, pois tenho o cartão reserva que abre a porta. – disse a mulher de voz esganiçada novamente.

Percy e eu nos entreolhamos novamente e apenas pelo olhar decidimos que era melhor abrirmos a porta do que esperarmos ela entrar e nos encontrar em tal situação.

— Já vai! – disse Percy com os lábios contra os meus, para logo depois se levantar, pegar a bermuda e correr para o banheiro.

Olhei-o de forma confusa antes dele fechar a porte, ao que ele me respondeu olhando para sua cueca. Sorri sem jeito, ficando completamente vermelha.

Assim como ele, me levantei da cama, guardei a camisola e peguei uma muda de roupas, assim que fiz isso Percy saiu do banheiro.

—Deixa que eu abro! – disse ele já vestido com uma bermuda limpa e com uma blusa branca. — Pode ir trocar de roupa.

Assim, eu entrei no banheiro meio que rezando para que nossa cama não estivesse parecendo uma zona.

Enquanto eu começava a me arrumar, ouvi o som da porta do quarto se abrindo e ouvi a voz esganiçada dizer:

— Finalmente!

— Desculpe, estávamos dormindo!- disse Percy, e sua voz parecia sincera, o que eu achei estranho, Percy nunca fora muito bom em mentir.

— Não foi isso que eu quis dizer. O que eu queria dizer era: finalmente achei vocês!

Aquela conversa havia tomado um rumo inesperado. Comecei a trocar de roupa correndo, preocupada, enquanto procurava minha adaga. 

De repente, ouvi a voz de Percy, me chamando, mas não estava gritando e sim sussurrando.

No mesmo instante abri a porta do banheiro e uma luz amarela, muito parecida com a do sol quando entra pela janela de manhã, veio em minha direção. Me fazendo fechar os olhos. Para logo em seguida eu tentar abri-los. Sem sucesso!

Eu podia ouvir que Percy ainda sussurrava meu nome, mas eu não conseguia abrir os olhos por causa da luz, e isso fazia eu me sentir impotente. O pior de tudo, eu não estava entendendo o que estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ou querem me matar?
Vou indo gente, porque como disse no início, estou meio doentinha.
Ah! Feliz Páscoa para vocês!

Beijos com sabor de chocolate!