Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 43
Capítulo 43: Mais um querendo me matar!


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas maravilhosas! Tudo bem com vocês?
O capítulo está pequeno, mas eu fiquei sem tempo e sem muita criatividade para escrever.
Mesmo assim, espero que gostem!



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Percy’s POV

Já tinha se passado 10 minutos desde que Annabeth havia entrado no banheiro para trocar de roupa. Eu sabia que ela iria sair a qualquer momento e só de imaginar em como ela estaria vestida... Eu já ficava nervoso e ansioso.

Me entendam, eu sou apaixonado por ela e já babava por Annie mesmo quando ela usava seus jeans velhos e a blusa laranja do Acampamento. Então, imaginem como eu fiquei quando a vi com aquela camisola sexy e provocante. Não preciso dizer que fiquei hipnotizado, vidrado, com o coração a mil e sentindo uma vontade incontrolável de beijá-la e de tocá-la só para provar que tal perfeição era real.

Tamborilei os dedos pela cama que agora estava seca (no meio tempo em que Annabeth estava no banheiro, eu aproveitei para trocar o lençol molhado), esperando ansiosamente que ela saísse e pensando também em todos os acontecimentos daquele longo dia,desde Atena brigando conosco até o “meu” livro. Mas fui tirado de meus pensamentos quando ouvi o som da porta do banheiro se abrindo.

— Uau! – foi a única palavra que eu consegui pronunciar após Annabeth sair do banheiro usando sua camisola.

Eu já havia visto-a assim mais cedo, mas minhas lembranças não faziam jus a Annabeth que estava diante de mim.

A pele branca levemente bronzeada reluzia graças a luz do quarto, os cachos loiros caiam como cascata por sobre os ombros nus, o decote da camisola deixava exposto o colo de Annabeth e suas longas pernas atléticas. Meus deuses! Ela era (com toda certeza!) mais bonita que Afrodite (tomara que a deusa não saiba disso, se não terei azar no amor pelos próximos dois milênios), ela não precisava de maquiagem, nem de truques de beleza, ela era linda naturalmente.

Annabeth ainda estava em frente a porta do banheiro, olhando para baixo, estava corada e brincava com a beirada da renda da camisola, obviamente estava envergonhada. Ela ergueu um pouco a cabeça e olhou em minha direção. Era tão difícil ver Annabeth envergonhada que quando acontecia eu sentia a necessidade de aproveitar cada momento para analisar sua expressão e guardar na minha memória. Lentamente ela se aproximou da beirada da cama e ficou parada ali, de pé, me olhando. 

— Você está tão calado. No que está pensando? – perguntou ela, e só nesse momento reparei que não havia dito uma única palavra sequer.

Estava pensando seriamente em dizer: “Pensando em como você é a garota mais linda do mundo”. Mas ao invés disso só consegui pronunciar algo como: “Hum...”.

Annabeth franziu a testa enquanto sorria, parecia um pouco preocupada comigo, mas ao mesmo tempo, também parecia estar se divertindo. Isso fez com que parte da vergonha dela fosse embora.

— Está tudo bem? – perguntou ela rindo enquanto engatinhava na cama para se aproximar de mim. Eu continuava a olhar para ela, na verdade era como se eu estivesse hipnotizado, pois eu analisava cada detalhe de sua pele que estava amostra, ou seja, quase tudo.

Annabeth se sentou diante de mim, me olhou franzindo as sobrancelhas e inclinando um pouco a cabeça para o lado direito, o decote da camisola (que estava diante dos meus olhos) era um pouco profundo e deixava aparente tanto o colo como uma pequena parte dos seios de Annie.

Sacudi a cabeça, seria péssimo se Annabeth reparasse que eu estava olhando para ali, mesmo não tendo sido de forma intencional. Concentrei-me em olhar para seus olhos cinzas, que agora estavam claros e límpidos.

— Tu-tu-tudo bem! – disse eu, mentalmente me xingando por ter gaguejando.

— Se está tudo bem, por que está gaguejando então? – perguntou ela sorrindo minimamente.

— É só que... – resolvi ser sincero e dizer o que eu estava pensando antes, mas achei melhor omitir a parte de que estava olhando atentamente para seu decote – Estava pensando em como você é linda!

— Oh! Obrigada! E eu também te acho lindo, Cabeça de Alga. – disse ela sorrindo, mesmo estando cansada (e isso era visível em seu rosto).

Logo depois ela me abraçou, assim que fez isso foi como se um corrente elétrica tivesse passado por nossos corpos. Ela se fastou e me encarou com seus olhos cinzas hipnotizantes, e eu fiz questão de puxá-la para mim e abraçá-la novamente.

Assim que meus braços saíram de seu entorno, ela me empurrou para fora da cama.

— Agora vá se trocar, Cabeça de Alga, pois teremos uma longa missão para continuar daqui a algumas horas.

Obedecendo a Sabidinha, entrei no banheiro para trocar de roupa.

Bem, talvez eu devesse explicar algo para você. Então... sabe aquilo de ser solidário? Como eu posso dizer... Não foi bem uma escolha minha, é só que, eu resolvi dizer aquilo para que Annie não risse da verdade, ou para evitar qualquer outra reação dela, fora que eu gostaria de matar uma certa filha de Ares pessoalmente. E dizer que estava sendo solidário a ela, pareceu algo certo a se dizer.

Ok, ok! Sei que você deve estar curioso para saber o que houve, digamos que aquela praga (mais conhecida como filhote de deus da Guerra) havia transformado meu pijama azul em trapos, legítimos pedaços de pano destroçados. E haviam deixado um bilhete muito “amigável”, que resolvi reler:

Perciana,

Isso é só uma provinha do que está por vir quando você voltar para o Acampamento.

PS: Não se brinca com Clarisse La Rue e você foi avisado disso antes.

Espero que sobreviva a essa missão, pois quero mata-lo pessoalmente.

Assinado: Clarisse, filha de Ares, sua pior inimiga.

Eu ainda não entendia o que havia feito de errado, porém, sabia que Clarisse estava irritada e que queria me matar. Mas dei de ombros, metade do tempo alguém estava querendo me matar, então isso não era novidade nenhuma. Além do que, eu tinha que me preocupar com coisas muito piores do que Clarisse.

Guardei o bilhete e troquei de roupa. Eu iria voltar para o quarto só de cueca, mas, por algum motivo, talvez o fato de ter ficado sem graça e por ter ficado reparando demais no decote de Annabeth, achei melhor usar meus shorts pretos também.

Abri a porta lentamente, meio preocupado se Annabeth ficaria chateada pelo fato de eu não ter sido “solidário”. Mas após olhar para ela, vi que isso não era necessário, pois a Sabidinha estava dormindo. Ela estava toda enrolada em uma das colchas e entre suas mãos estava o livro de capa dourada e branca. Sorrindo me aproximei dela, tirei o livro de suas mãos (o que fez Annabeth se mexer levemente) e coloquei sobre a mesinha ao seu lado, junto com o laptop de Dédalo.

Com cuidado, para não acordar Annie, me deitei ao seu lado na cama. Quando eu achei que tinha conseguido deitar sem acordá-la, ela se remexeu na cama e se virou em minha direção. De olhos ainda fechados se aproximou de mim e me abraçou.

— Boa noite, Percy! – disse ela enterrando o rosto em meu pescoço, sua voz tão baixinha e sussurrante que eu não sabia se ela estava acordada ou falando enquanto dormia.

— Boa noite, minha Sabidinha! – beijei seus cabelos, passando meu braço ao seu redor e sentindo sua pele macia sob meus dedos.

Enquanto inalava o perfume de seu cabelo, caí no sono profundo, mais precisamente, num sonho.

Eu estava no Olimpo, sozinho, sem ninguém a não ser uma mulher que estava a uns 5 metros de distância.

Ela caminhou em minha direção, usava um vestido bege quase marrom, parecia familiar, mas só notei quem era quanto estava bem próxima de mim.

— Veja se não é Perseu Jackson! – disse Hera sorrindo- Bem, não era com você que eu queria falar, mas... – disse ela sacudindo as mãos fazendo pouco caso - Serve!

Franzi as sobrancelhas, olhei ao redor, parecia que estávamos sozinhos.

— Se a Senhora não queria falar comigo, queria falar com quem então? E onde estão os outros deuses?

Hera revirou os olhos.

— Eu queria falar com a sua namoradinha, Annabeth. E os outros deuses estão em seus quartos, mas de qualquer forma, isso é um sonho, Jackson!

— O que você queria falar com, Annabeth? – perguntei desconfiado, pois se tinha uma coisa que havia aprendido era a não confiar na Rainha dos deuses, afinal, ela já havia tentado matar a mim e a Annabeth.

Hera colocou a mão no queixo e me olhou cautelosamente.

— Eu não queria falar com você, mas considerando que já está aqui, acho melhor te avisar sobre Phobos. Ele pode ser um deus, pode ser mais poderoso, mas ele também deve ter algum medo, ou no mínimo algo que o irrite. Fora você, é claro!- disse Hera sorrindo.

— Hum? Por que está me dizendo isso? Por que você nos ajudaria?

— Porque isso é aqui é minha casa, minha família! – disse ela apontando para o Olimpo – E se Phobos prosseguir com o que quer, teremos uma terrível discussão e já me bastam as brigas de Atena e Poseidon, Afrodite e Hefesto. Não quero que minha família tenha mais discussões ou perturbações, ainda mais depois dessa guerra terrível que tivemos, por isso quero evitar que as ameaças de Phobos cheguem aos ouvidos dos outros deuses. Fora seu pai, que já sabe de qualquer forma. Entretanto, eu não vou poder evitar que todos saibam se você, aquela garotinha petulante e aquele garoto irritante morrerem.

— Ei! Annabeth não é petulante! E nem o Bryan é irritante.  – sai em defesa de ambos embora Bryan fosse realmente irritante às vezes - E isso tudo é para manter a fachada de família perfeita? – perguntei mesmo já sabendo a resposta. Hera continuava sendo aquela mesma deusa que só se importava com as aparências, não se preocupava com os sentimentos dos outros, só com o que queria que os outros vissem.

— Olha como fala comigo, Jackson!- disse ela de forma doce, mas me olhando de forma ameaçadora- Eu posso fazer coisas muito piores do que apenas colocar um livro falso na biblioteca de Dédalo dizendo que você era perdidamente apaixonado por aquela garota chamada Rachel.

Meus olhos ficaram arregalados.

— Foi você? Mas por quê... – eu ia perguntar, mas a resposta veio em minha mente – Oh. Entendo. Você tem tanta inveja de Annabeth, tanta inveja de tudo o que ela alcançou em seus 16 anos, tanta inveja de ela e eu termos uma relação cheia de amor, respeito e felicidade, algo que você nunca conseguiu ao lado de Zeus em seus três milênios! Você tem tanta inveja disso que quer acabar com o que sentimos um pelo outro fazendo intriga? Pois saiba que não irá conseguir.

Hera ficou calada, parecia não ter palavras contra meus desaforos, até que me fuzilou com o olhar.

— Talvez eu tenha um pouco de inveja do fato de vocês terem uma boa relação, mas se eu fosse você, não teria tanta certeza quanto ao fato de vocês serem inseparáveis.

— Isso é uma ameaça?

Hera sorriu.

— Apenas um aviso, mas entenda como quiser. – Hera se virou e foi embora, só que antes me olhou por sobre os ombro e disse: — Você pode ser invulnerável, mas também tem medos, Percy, todos têm algum medo, algum ponto fraco. Se for sábio o suficiente, saberá que existem formas de derrotar um deus ou ao menos de vencê-lo por algum tempo. Ah! Esqueci, você é filho de Poseidon, não tem como ser sábio.

E com essas palavras, sem ao menos deixar eu lhe responder, Hera foi embora, me deixando sozinho, num Olimpo vazio e silencioso.

 


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